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O ENTARDECER

O ENTARDECER

UM SOCIALISMO IRREALISTA

COMENTÁRIOS OPORTUNOS

“Queremos construir uma sociedade decente em que todos possam aceder ao conhecimento”, disse o primeiro-ministro na mensagem natalícia, com pouco mais de cinco minutos, na qual elencou algumas medidas já tomadas pelo Executivo neste âmbito, como o alargamento do ensino pré-escolar às crianças a partir dos três anos de idade e o lançamento do programa “Qualifica”, para adultos. António Costa falou ainda do alargamento da majoração do abono de família a todas as crianças até aos três anos, de um programa para o sucesso educativo e de um novo modelo de avaliação.

O primeiro-ministro salientou os bons resultados obtidos por Portugal no estudo internacional PISA — em que pela primeira vez o país ficou acima da média da OCDE — e disse que esse “é o caminho que temos de prosseguir”, pois, defendeu, “foi este investimento no conhecimento que permitiu recuperar sectores como o calçado ou o têxtil, que melhorou a qualidade dos nossos produtos agrícolas e dos nossos serviços turísticos e que nos abriu as portas a novos sectores”.

António Costa disse ainda que é objectivo do Governo aumentar “os empregos de qualidade, que ofereçam confiança no futuro à geração mais qualificada que Portugal já formou”. O governante expressou o desejo de que essa geração “nunca mais seja forçada a emigrar” e admitiu que “a pobreza e a precariedade laboral são mesmo as maiores inimigas de uma melhor economia”.

O nosso primeiro-ministro parece querer fazer esquecer o maior ou um dos maiores problemas que Portugal tem pela frente: Pagar uma dívida externa impagável pela sua dimensão. Tudo isto é conversa para ganhar eleições, pois essa é na realidade a sua maior preocupação. Parece também querer esquecer que foi um governo, do qual fez parte, que deixou o nosso país entregue à TROICA!

Mesmo que conseguíssemos pagar a dívida, para nos desenvolvermos pelos nossos próprios meios, Portugal não é só dos meninos de três anos de idade, que muito terão de aprender para terem mais conhecimento que os seus pais e avós. Estamos a regressar aos tempos desastrosos das “NOVAS OPORTUNIDADES”! Seria bom que o senhor primeiro-ministro com o investimento que já fez aos senhores e senhoras investigadores, inventassem primeiro uma forma de fazer desaparecer toda a população que no seu benfazejo pensamento anda aqui a mais, OS IDOSOS. Depois poderia também tentar vender metade das nossas auto-estradas. Não esquecer que somos o País com mais auto-estradas por quilómetro quadrado. Em metade das que sobrassem poderia mandar plantar hortaliças e outros legumes que nós importamos para não morrermos à fome! Também seria bom que resolvesse o problema dos fogos e mandasse plantar entre os eucaliptos e choupos, muitas árvores de fruto para perceber que há coisas muito mais necessárias, como por exemplo acabar com os malditos fogos. Senhor primeiro-ministro pense depois que está a falar com gente que muito trabalhou por este país e que não gosta de “perdões fiscais, Qualifica”, rendas, cativações e cursos para adquirir mais conhecimentos, pois aquilo que o nosso país precisa é acima de tudo de pessoas que trabalhem e não de “loas” desastrosas e desanimantes. Por favor não nos desgaste ainda mais, mesmo com a barriga vazia. O socialismo não provou em país algum, muito menos provará em Portugal. Entretanto, o melhor é esquecermos os enormes “conhecimentos” dos seus apoiantes da extrema-esquerda!

- AQUILO que Portugal precisa é regressar ao sistema educativo que já teve, ou seja, com muito e bom conhecimento.

 - Recuperar sectores como o calçado, mobiliário ou o têxtil? Estes sectores têm muitos anos de convívio de feiras industriais e de vontade para evoluírem, Também têm muito bons empresários feitos à sua própria custa e não das escolas públicas!

- Portugal não tem oferta turística de hoje, mas um trabalho desenvolvido desde há muitos anos!

- A geração de que fala não aparecerá nunca com os seus fantasiosos e dispendiosos cursos! Mesmo que assim fosse, nunca chegaria por menos de trinta ou mais anos. Um país desenvolvido consegue-se com muito trabalho, produção e respeito por todos. E não de socialismo irrealista!

 

 

ASSÉDIO MORAL

 

UMA JAULA DEMOLIDORA!

Amarraram uma juventude dentro de uma jaula bafienta. Durante 3,4,5,6 anos e a isto chamaram tropa.Mandaram-nos para o chamado “cú de Judas”. Longe da família e dos amigos. Convivendo com gente que não se conhece! Fazer um intervalo numa vida jovem, sem recompensa monetária e dormindo em casernas ou ao ar livre impregnado de insectos e doenças! Trata-se de um imposto tremendo! Agravado com a desistência de projectos universitários, porque tudo tem um tempo de execução. 

Hoje, já quando se é “velho”, perguntamos a nós próprios: Porquê tamanho castigo? Depois, já velhotes, vamos lendo jornais para esquecermos a morte próxima! Aqui, e ainda , fazem assédio Moral connosco obrigando-nos a uma revolta que não queríamos alimentar. Dizem-nos que não haverá mais “cortes” na longa carreira contributiva! Só pode ser um insulto!

Então, numa reforma antecipada arrancada para renovar trabalhadores e admitir outros muito piores, mas mais novos ou desempregados. Depois, dizem que a taxa de desemprego diminuiu! Tudo à custa de ataques de assédio MORAL!

Dizem-nos para aceitarmos isto e aquilo, debaixo de ameaças veladas e nojentas. A gente não aguenta mais e o cansaço leva-nos a aceitar, convencidos que vamos ter essa reforma até morrer. Eis senão quando, fazem-nos cortes e mais cortes como se estivessem a fazer “cativações”, em prol de números simpáticos e mais convenientes. Porque o fundo financeiro social está rebentado por eles! Pela sua incompetência e oportunismo!

Vejam-se, as antigas caixas de Previdência que controlaram financeiramente a perspectiva desses fundos que implicaria o acerto no tempo, com os valores inflacionários incluídos em cada ano que passasse. Não, nada disso, deixaram de os actualizar e passados 15 ou vinte anos, esta reforma já não é reforma! Mesmo assim, para tentarem endireitar as contas querem fazer sempre “cortes”. Porquê! Ninguém sabe, nem pode saber, mas que são ditatoriais, são.

Falam sem fundamento em carreiras contributivas desde os 12 anos e 14 anos de idade. Isto, só no gozo!

Foram eles que na sua euforia e no seu deslumbramento, quiseram fazer uma revolução militar. Porquê? Parece que para tirar as antigas colónias a Portugal e as entregarem a povos que nunca as tinham visto.

Os retornados, outras vítimas, vieram para Portugal, sem nada nem sequer um tostão no bolso!

Nessa revolução quiseram fazer uma justiça de “trazer por casa”! Quiseram e deram, pequenas reformas a centenas de milhares de pessoas que nunca haviam trabalhado, nem descontado. Claro está, rebentaram o dinheiro que as caixas geriam saudavelmente. E ainda emprestavam dinheiro com juros ao Salazar para suportar a guerra!  

Se queriam fazer justiça social faziam-na com o dinheiro da riqueza que o mesmo Salazar cá deixou, com aquilo que era dos outros nunca. Mas nunca. Só numa ditadura a que querem chamar democracia!

Agora, pego no jornal e leio: Soma dos descontos já conta para a pré-reforma! Por favor tenham mais respeito por quem trabalhou honradamente e nunca andou metido em coisas não legais, e que não são, nem nunca foram democráticas!  

SONHOS DA VIDA

 

Perguntas bailavam na mente

Respostas não se encontravam,

Não podia ficar indiferente

Ser como aquela gente

Que quer tudo e não quer nada;

 

Fui então ao mar perguntar

Para quê viver a vida,

Que tanto obriga a remar

Sonhos fazem-nos naufragar

Numa viagem perdida no ar;

 

E o mar me respondeu

Que a vida não é dor,

Que a alegria não morreu,

Para todo o que viveu

O segredo foi o amor!

 

Viver é amar.

O segredo da vida é o amor!

Malik

 

SÍNDROME DE UM VELHO POLÍTICO

 

Um certo e velho líder do nacionalismo, caiu com estrondo quando já estava na reforma. Uma fortuna escondida em offshores, mal justificada com “questões” de família; está na origem de um escândalo que lhe retirou o título de “cidadão honorável” e nos mostra que a verdade pode demorar, mas sempre chega.

Por cá ou por lá as leis inaplicáveis, a falta de meios da justiça, por vezes de competência judicial, mas sobretudo, o pacto de silêncio e a proteção inter pares que reina nos bastidores do poder, e se tem visto em vários casos conhecidos publicamente, criaram este pântano em que vivemos. Temos um poder “picado” por este “síndrome do velho político”, que gere a respeitabilidade pública com a ajuda de um exército de papagaios mediáticos e esconde os pecados no véu protetor da família e da alegada privacidade. Se a justiça reinante não rompe agora com esta cortina de ferro, nunca mais sairá do estatuto de máquina compressora dos mais desfavorecidos. Se as pessoas decentes que ainda há nos partidos não entenderem de vez, que se torna imperioso criminalizar o enriquecimento ilícito e aumentar as penas dos delitos económicos, então só a “legalidade revolucionária” de um qualquer partido esquerdista prevalecerá. Se é isso que querem, aproveitem agora que o terreno está fértil….    

FLORESTA ARDIDA


 

 

Prof. Jorge Paiva, Biólogo Universidade de Coimbra in Público, 2006.

 

"Antes da última glaciação, Portugal estava coberto por uma floresta sempre-verde (laurisilva).

Durante essa glaciação a descida drástica da temperatura fez desaparecer quase por completo essa laurisilva, tendo sido substituída por uma cobertura florestal semelhante à actual taiga.

Após o período glaciar, a temperatura voltou a subir, ficando o país com um clima temperado como o actual.

Assim, a floresta glaciar foi substituída por florestas mistas (fagosilva) de árvores sempre-verdes (algumas delas relíquias da laurisilva) e outras caducifólias, transformando o país num imenso carvalhal caducifólio (alvarinho e negral) a norte, marcescente (cerquinho) no centro e perenifólio (azinheira e sobreiro) para sul, com uma faixa litoral de floresta dominada pelo pinheiro-manso e os cumes das montanhas mais frias com o pinheiro-da-casquinha (relíquia glaciárica).

Por destruição dessas florestas, particularmente com a construção das naus (três a quatro mil carvalhos por nau) durante os Descobrimentos (cerca de duas mil naus num século) e da cobertura do país com vias férreas (travessas de madeira de negral ou de cerquinho para assentar os carris), as nossas montanhas passaram a estar predominantemente cobertas por matos de urzes ou torgas, giestas, tojos e carqueja. A partir do século XIX, após a criação dos "Serviços Florestais", foram artificialmente re-arborizadas com pinheiro-bravo, tendo-se criado a maior mancha contínua de pinhal na Europa. A partir da segunda década do século XX, apesar dos alertas ambientalistas, efectuaram-se intensas, contínuas e desordenadas arborizações com eucalipto, tendo-se criado a maior área de eucaliptal contínuo da Europa.

Sendo o pinheiro resinoso e o eucalipto produtor de óleos essenciais, produtos altamente inflamáveis, com pinhais e eucaliptais contínuos, os incêndios florestais tornaram-se não só frequentes, como também incontroláveis.

Desta maneira, o nosso país tem já algumas montanhas transformadas em zonas desérticas.
Sempre fomos contra o crime da eucaliptização desordenada e contínua.

Fomos vilipendiados, maltratados, injuriados, fomos chamados à Judiciária, etc. Mas sabíamos que tínhamos razão.

Infelizmente não vemos nenhum dos que defenderam sempre essa eucaliptização vir agora assumir as culpas destes "piroverões" que passámos a ter e que, infelizmente, vamos continuar a ter.

Também sempre fomos contra o delapidar, por sucessivos Governos, dos Serviços Florestais (quase acabaram com os guardas florestais).

Isso e o êxodo rural (os eucaliptos são cortados de 10 em 10 anos e o povo não fica 10 anos a olhar para as árvores em crescimento tendo, por isso, sido "forçado" a abandonar as montanhas e a ficar numa dependência económica monopolista, que "controla" o preço da madeira a seu belo prazer) tiveram como resultado a desumanização das nossas montanhas pelo que, mal um incêndio florestal eclode, não está lá ninguém para acudir de imediato e, quando se dá por ele, já vai devastador e incontrolável.
Infelizmente vamos continuar a ter "piroverões" por mais aviões "bombeiros" que comprem ou aluguem. Isto porque, entre essas medidas, não estão as duas que são fundamentais, as que poderiam travar esta onda de incêndios devastadores que nos tem assolado nas últimas décadas.

Uma, é a re-humanização das montanhas, que pode ser feita com pessoal desempregado que, depois de ter frequentado curtos "cursos de formação" durante o Inverno, iria vigiar as montanhas, percorrendo áreas adequadas durante a Primavera e Verão.

A outra medida fundamental seria, após os incêndios, arrancar logo a toiça dos eucaliptos e replantar a área com arborização devidamente ordenada. Isto porque os eucaliptos rebentam de toiça logo a seguir ao fogo, renovando-se a área eucaliptada em meia dúzia de anos, sem grande utilidade até porque o diâmetro da ramada de toiça não é rentável para as celuloses.

Mas como tal não se faz, essa mesma área de eucaliptal torna a arder poucos anos após o primeiro incêndio e assim sucessivamente.

Muitas vezes, essas mesmas áreas são também invadidas por acácias ou mimosas, bastando para tal que exista um acacial nas proximidades ou nas bermas das rodovias, pois as sementes das acácias são resistentes aos fogos e o vento ajuda a dispersá-las por serem muito leves.

As acácias, como são heliófitas (plantas "amigas" do Sol), e não havendo sombra de outras árvores após os incêndios, crescem depressa aproveitando a luminosidade e ocupando aquele nicho ecológico antes das outras espécies se desenvolverem.
Mas como vivemos numa sociedade cuja preocupação predominante é produzir cada vez mais, com maior rapidez e o mais barato possível, as medidas propostas são economicamente inviáveis por duas razões: primeiro, porque é preciso pagar aos vigilantes e respectivos formadores; segundo, porque arrancar a toiça dos eucaliptos é muito dispendioso (custa o correspondente ao lucro da venda de três cortes, isto é, o lucro de 30 anos).

É bom também elucidar que os eucaliptais só são lucrativos até ao terceiro corte (30 anos).

Depois disso, estão a abandoná-los, o que os torna um autêntico "rastilho" ou, melhor, um terrível "barril de pólvora", áreas onde os seus óleos essenciais, por vaporização ao calor, são explosivos e, quando a madeira do eucalipto começa a arder, provocam a explosão dos troncos e respectiva ramada, lançando ramos incandescentes a grande distância.

Este "fenómeno" tem sido bem visível nos nossos "piroverões".
Por outro lado, pelo menos uma destas medidas (arranque da toiça e re-arborização ordenada) não tem resultados imediatos mas a longo prazo.

Por isso os governantes não estão interessados na aplicação dessas medidas, pois interessa-lhes mais resultados imediatos (as eleições são de quatro em quatro anos...) do que de longo prazo.
Assim, sem resultados imediatamente visíveis e com uma despesa tão elevada, os governos nunca vão adoptar tais medidas.

Preferem gestos por vezes caricatos, como distribuir telemóveis aos pastores, mas que nunca não acabarão com os "piroverões".
Finalmente, após a referida delapidação técnica e funcional dos Serviços Florestais (antigamente, os incêndios florestais eram quase sempre apagados logo no início e apenas pelo pessoal e tecnologia dos Serviços Florestais), esqueceram-se da conveniente profissionalização e apetrechamento dos bombeiros, melhor adaptados a incêndios urbanos.
Se os nossos governantes continuarem, teimosamente, a não querer ver claramente o que está a acontecer, caminharemos rapidamente para um amplo deserto montanhoso, com a planície, os vales e o litoral transformados num imenso acacial, tal como já acontece em vastas áreas de Portugal."

 

APARENTEMENTE

APARENTEMENTE

O Governo foi deixando cair a anulação do défice, estava longe de resolver o problema das famílias endividadas e aumentou a despesa sem a compensar com receita.

Não se esqueceu de alterar o sistema de financiamento dos partidos, permitindo que estes voltem a receber financiamentos em dinheiro! 

Em recessão, a queda dos juros teve por objectivo reanimar o consumo e o investimento. Mas a descida dos juros para um nível próximo de 0% pode provocar o que os economistas designam de “armadilha de liquidez”. Estamos a caminho de uma depressão. Tudo isto teve origem em 2008 e 2009.

Falando de “Perdão Fiscal”, podemos perguntar:

  1. Quantos países estão hoje (2017) a pagar juros de zero ou próximo do zero?
  2. Sabe-se o número de pessoas/empresas que não liquidaram os seus impostos em 2016. Seria bom que os nossos jornalistas, dissessem a quem compra os seus jornais/revistas o montante cobrado e aquele que ficou por cobrar. E, como pode haver perdão, se a maioria dos portugueses pagaram aquilo que deviam e no prazo estipulado. Então parece valer a pena ser mau pagador?
  3. Também nos poderiam informar de quanto esse dinheiro cobrado aos caloteiros influenciou a descida do défice para os três vírgula tal.
  4. Também faria bem aos portugueses, serem informados no sentido de saberem quanto euros estão depositados nos nossos bancos a juros quase nulos?
  5. Depois seria bom que o ministro das finanças, informasse O PAÍS da contribuição que estes bravos portugueses tiveram para a queda do défice. Isto porque ficaram muito mais pobres, depois das poupanças que fizeram para nada!
  6. Depois, e ainda, antes de fazerem elogios ao ministro das finanças, agradecerem a esses portugueses que o país não tivesse sido castigado por “défice excessivo”.
  7. Também, seria bom sabermos todos quantos euros voaram para o estrangeiro, oriundos de gente que não se sacrificou a bem do seu país e depositaram enormes volumes de dinheiro no estrangeiro.
  8. Puseram a salvo, mas deveriam ter sido desmascarados!

Relembrando: À medida que os juros (2009) iam descendo os membros do BCE, admitiram a possibilidade de “encolher” ainda mais o preço do dinheiro, o comum dos mortais pode interrogar-se se sobre o que acontecerá se os juros chegarem a zero. A resposta não pode ser positiva: se tal suceder, é porque a Europa entrou numa depressão histórica e nem o “dinheiro de borla” garantirá que o investimento e o consumo reanimarão.

Numa recessão, a resposta clássica dos bancos centrais é descer os juros. Vem nos manuais: dinheiro mis barato, incentiva o consumo de particulares e o investimento de empresas, a procura agregada aumenta a economia.

Em Portugal nada disto aconteceu e com esta situação criou-se uma dívida monumental, com juros a matar tudo e todos, salvo aqueles que continuam a receber zero % e com drásticas  machadadas nas reformas que pagaram.

Chegámos a uma situação tal. que as expectativas das empresas do país e dos portugueses conscientes, são tão más que nem com dinheiro de “borla” alguém se dispõe a investir.

Ao contrário, tecem-se elogios ao ministro das finanças, e à geringonça (sem igual no mundo), em vez de se apontarem os principais culpados de tudo isto.

Nem o senhor Presidente da República se dispõe a fazer tal! Para já não se falar da comunicação social que temos. 

BOLSA DE TERRAS

 

Precisamos de um D. Dinis para repensar a agricultura em Portugal”

“Onze meses depois de ter sido criada, a Bolsa de Terras só foi palco de duas transações| Está previsto que as terras do Estado venham a ser disponibilizadas na Bolsa de Terras mas ainda falta legislação para que isso aconteça.”

É no estado de graça - que não é mais do que o choque dos adversários e a expectativa dos apoiantes - que se tem de decidir. Romper, avançar, demonstrar firmeza e consistência.

A demora, por si só, não é hesitação. É demora. E a demora trava o impulso e redobra a inércia. Tudo o que se adia custa mais a fazer - ou não se faz.

A agricultura deve deixar de ser encarada numa perspetival estritamente económica, mas como uma “questão estratégica de defesa nacional”. De facto, Portugal transformou-se rapidamente num país com uma economia eminentemente terciária, de prestação de serviços, não apostando na produção de bens tangíveis.

Portugal deverá voltar a virar-se para a produção agrícola como aposta na criação de riqueza e valor internos, apoiando a agricultura e os agricultores. O país deve manter uma capacidade de produção que garanta a autonomia perante os mercados internacionais.
A aposta no desenvolvimento da agricultura é, também, necessária na medida em que esta contribuirá para atenuar as disparidades entre interior e litoral. Uma aposta rápida, forte e clara neste sector de atividade teria tido repercussões positivas em todo o território nacional. Mesmo assim, mãos à obra.

 

 

“ QUESTÕES IDEOLÓGICAS”

 

 “Cá pelos nossos lados a discussão das ideologias é recorrente. Vai, que não vai salta para a ordem do dia. Quase sempre para apaziguar as angustias dos socialistas. Mas, agora, é mais sério. O PS vê as barbas do PCP a arder e trata de pôr as suas de molho. Só que a questão para os socialistas é mais complicada. Mário Soares, por ventura o mais “ousado” de todos em questões “ideológicas”, abriu o caminho mantendo cautelosamente o socialismo na gaveta. Guterres fez o resto. Deu no que todos sabemos. Apesar disso, Soares acaba de presentear-nos com mais uma das suas achegas ideológicas. Historicamente de fim de percurso e residual na essência (Expresso, 04.08). Os socialistas são filhos transviados de boas famílias ideológicas. Excelentes pensadores, invulgares humanistas. Mas as modernas gerações já não recordam sequer os nomes dos avós e não sabem onde pára a herança, que agora parece fazer-lhes falta. Venderam as jóias mas querem continuar a exibir os pergaminhos. Dizem-se socialistas com o mesmo despudor e falta de senso com que os renovadores se dizem comunistas. Nada de novo, porém. O socialismo que o “ideólogo” Soares meteu na gaveta era, já então, uma mera ficção. Eram os primórdios, de um pragmatismo oportunista e eleitoralista perfeitamente insultuosos. De fazer dar voltas na cova a todos os ícones socialistas. O PS passou a ser, como todos os seus congéneres, apenas, uma máquina de guerra no assalto ao poder. Para nada, afinal. A discussão ideológica mudou-se para restritos clubes de gente bem mais dados aos prazeres da discussão e da especulação do que aos destinos da governação, que sabem (hoje) não passar por aí. Perdido o poder, sem ideias, e fustigados por uma prática que quase os destruiu, os socialistas andam, agora, à procura de referências e não as encontram. Não admira que andem atarantados. Viram o PCP desfazer-se. Saltaram para a oposição e ninguém tem saudades deles no governo. A sua verdadeira ideologia é a procura do caminho mais curto de regresso ao poder.

Mas para lá chegarem precisa de publicitar uma qualquer banha da cobra. Lembraram-se agora, (alguns) da velha ideologia. Mas estão desacreditados de mais para serem levados a sério e falta-lhes a lata dos renovadores. Talvez por isso a grande maioria evite falar de socialismo e se limite a reclamar-se "“de esquerda"” O que tem, pelo menos, uma vantagem: demarcam-se por simples exclusão de partes. Não precisam de ideias, ideais ou ideologias.”

 

                                                               Correio da Manhã 6 Agosto 2002

 

O SEGREDO

 

Nada melhor para definir o segredo do que descrever o polvo:        

 

“Octopus vulgaris”. Agarra-se a tudo que passa ao seu alcance. As mandíbulas são terríveis. Atrai o peixe miúdo e o graúdo Aprecia especialmente as lagostas e as santolas. O polvo é capaz da camuflagem mais perfeita mais adequada a cada situação. Mas, não se engana quem considera o polvo um ser manifestamente róseo ou rosado, tendo essa tonalidade predominante e mimética, múltiplas gradações de intensidade variável. O polvo é pois um predador inveterado. Sempre pronto a lançar nuvens de tinta negra para se disfarçar e ocultar situações, exímio na mudança de cor e de atitude ao sabor das conveniências, dotado de um apetite insaciável!

 

O nosso País precisa, isso sim, de organizações que debatam as grandes dificuldades que enfrentamos, até pode ser em segredo, mas no plano da execução o «segredo» tem que ficar de fora, para que tudo possa reflectir o máximo de transparência. Ela, a transparência, é a única forma de captar a confiança do povo e a sua inteira motivação para a luta que nos espera. O segredo incentiva as práticas ilegais e menospreza o ser humano. 

 

 

O POVO E OS "APARELHOS" PARTIDÁRIOS

 

Ele, POVO, sabe aquilo que os pseudo iluminados, fazedores de opinião, fingem não saber.

Conhece na sua terra o modo como aqueles que dominam as estruturas partidárias locais, fecham o partido à sociedade para se apropriarem de uma infinidade de interesses. Interesses esses que são os grandes responsáveis pela degradação da classe política. Também sabe de outros grandes interesses representados por alguns senhores do seu burgo, que ele bem conhece, em promíscua relação de cumplicidades negociais com o poder,  central, regional ou local.

Percebe, por fim, que os dois tipos de interesses que enxameiam os partidos, grandes e pequenos, degradam o regime, retirando-lhe eficácia e desta maneira arruínam o País. Percebe tudo isso melhor que a enorme multidão de iluminados que pulula nos órgãos de informação, pois percebe que castigar dois ou três arguidos, antes de condenados, de quem por vezes o POVO gosta, nunca resolverá problema algum, bem pelo contrário.

 

Os agentes de tanta sabedoria, em exclusividade, e pretensos tutores dum povo cada vez mais empobrecido, só não querem perceber que são exactamente os “ Aparelhos Partidários” os causadores de tudo isto! Os causadores das negociatas, da promiscuidade política e do baixo nível em que se encontra a política em Portugal. Claro que há quem se aproveite desta situação, alguns até se chegam a considerar donos da Pátria, chamando de reaccionários àqueles que sentem vergonha e denunciam tudo aquilo que faz os patrões do “sistema” taparem os olhos para não ver.

 

Quem ousa constituir em arguidos os membros dos Aparelhos partidários? Ninguém! Porque será? Porque será que o órgão “Aparelho” não consta dos estatutos de qualquer partido e ninguém sabe sequer os nomes dos seus membros, mas que, afinal, são eles quem tudo controla no partido, na política, nos negócios e no País? Porque será que qualquer político que a ele (aparelho) não se submeta é literalmente afastado ou constituído arguido, mesmo com o povo do seu lado? Os mansos, os dóceis, os inócuos, os corruptos que servem com desvelo o Aparelho, esses, nunca sabem o que é ser arguido! São os candidatos ideais para o aparelho, mesmo sem terem o agrado da população!

 

António Reis Luz

 

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