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O ENTARDECER

O ENTARDECER

A Revolução Industrial em Portugal

 

Com uma economia pequena e virada para outros mercados ( África e América ) e com problemas estruturais de vária ordem, a revolução Industrial demorou a chegar ao país que deu novos mundos ao mundo.

As origens de tal realidade devemos ir encontrá – las à nossa posição geográfica, periférica da Europa, e à nossa própria história muito ligada às Ordens Religiosas e aos descobrimentos.

Ordens religiosas e Cruzadas

Todos os reinos ibéricos puderam beneficiar do apoio de várias Ordens Militares, das quais se destaca a Ordem dos Templários, uma Ordem militar e religiosa instituída com o propósito da cristianização.

Portugal, especialmente, viria a beneficiar das Cruzadas em trânsito para o Médio Oriente, tendo estas desempenhado um papel importantíssimo na tomada de algumas cidades portuguesas e subsequente expansão, bem como na fundação do próprio Reino de Portugal.

As Cruzadas na conquista de Portugal

Quando surgiu o reino de Portugal, a cristandade agitava-se no fervor das Cruzadas do Oriente. Os portos de Galiza, que davam acesso a Santiago de Compostela, a barra do Douro e a vasta baía de Lisboa, eram pontos de escala das frotas de cruzados que do Norte da Europa seguiam para a Terra Santa. Quando em 1140 Afonso I tentou a conquista de Lisboa, fê-lo com o auxílio de estrangeiros: setenta navios franceses que tinham entrado na barra do Douro e aportado a Gaia. Mas a conquista não foi possível devido às poderosas defesas que rodeavam Lisboa. Em 1147 entra na barra do Douro, vinda de Dartmouth, uma frota de 200 velas, transportando cruzados de várias nações: alemães, flamengos, normandos e ingleses num total de 13 000 homens. Aproveitando este facto, D. Afonso Henriques escreveu ao bispo do Porto D. Pedro, pedindo-lhe que persuadisse os cruzados a ajudarem-no na empresa, prometendo-lhes o saque da cidade. No dia seguinte desembarcaram os cruzados em Lisboa, que tiveram as últimas negociações com D. Afonso, firmando o pacto. Depois da tomada da cidade muitos cruzados ficaram por cá. Um capitão de cruzados, Jourdan, foi senhor e parece que o primeiro povoador da Lourinhã. Ao francês Allardo foi doada Vila Verde dos Francos, no distrito de Lisboa e concelho de Alenquer (perto da Serra do Montejunto).

Alguns anos depois, em 1152, partiu de Bergen uma esquadra de peregrinos do Norte da Europa, comandados por Rognvaldo III, rei das Orçados, com 15 navios e 2 000 homens. No inverno do ano seguinte esta esquadra estava nas costas de Galiza onde pilhou algumas povoações. No verão de 1154 desce a costa portuguesa e ajuda o monarca na conquista de Alcácer do Sal. A empresa era rendosa, pois a cidade era o mais importante porto do Sado, cercada de pinhais, cujas madeiras eram utilizadas na construção de navios. A empresa falhou e o mesmo se deu anos mais tarde desta vez com a ajuda da frota do conde da Flandres composta de franceses e flamengos, e partiu para a Síria em 1157, aportando à barra do Tejo.

Em 1189 D. Sancho I entra em negociações com outra esquadra, que acabou por entrar na baía de Lagos e ocuparam o Castelo de Albur (Alvor), um dos mais fortes da região. Meses depois entra no Tejo outra frota alemã que tocara em Dartmouth recebendo muitos peregrinos e que ajudou a conquistar Silves. Capital de província, populosa, grande centro de comércio e de cultura, a cidade estava bem fortificada. A notícia destas vitórias chegou ao Norte de África e a resposta não se fez esperar. Os mouros põem cerco a Silves, que não conseguiram tomar, partindo o califa em direcção a Santarém, tomando Torres Novas no caminho e pondo o cerco a Tomar. Perante esta situação, D. Sancho I pediu auxílio aos cruzados vassalos de Ricardo Coração de Leão, que se tinham reunido no Tejo, e foram ter a Santarém, que não chegou a ser atacada por causa da peste que vitimou a maior parte dos mouros.

No ano seguinte, os mouros regressam reconquistando Silves, a província de Alcácer, com excepção de Évora. Anos depois outra armada de cruzados, mesmo sem terem chegado a acordo com D. Sancho I, tomam Silves e saqueiam a cidade, prosseguindo para a Síria. Em 1212 com a derrota de Navas de Tolosa, o reino mouro entra em decadência. Em 1217 entra nova frota alemã, e D. Soeiro, bispo de Lisboa, convenceu-os a conquistar Alcácer do Sal, navegando a esquadra por Setúbal, com os seus 100 navios. Alcácer resistiu durante dois meses até capitular. No princípio do Inverno regressa a frota ao Tejo, passando aí o resto do inverno.

 

O Reino de Portugal nasceu assim com muito auxilio dos cruzados e logo o nosso primeiro rei D. Afonso Henriques se dispôs a auxiliar os “Templários”, sendo ele próprio um deles.

Segundo Plantard, os Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião seriam duas facetas de uma mesma organização: a primeira pública e a última secreta.

 

Ainda segundo Plantard, em 1188 o Priorado de Sião ter-se-ia separado dos Templários, passando a operar às escondidas (Plantard chamou a esta separação "corte do olmo"), tornando-se uma "sociedade secreta" da elite.

 

A Ordem dos Cavaleiros do Templo de Jerusalém - TEMPLÁRIOS –

 

Nasceu da ideia de cruzada, que justificou e legitimou uma instituição ao mesmo tempo religiosa e militar, votada à santa”.

O grande objectivo é combater os muçulmanos dentro de uma regra religiosa. Dá-se deste modo a fundação da ordem do Templo sob o nome oficial de “Fratres Militiae Templi”, na Terra Santa em 1119, com o objectivo de combater os infiéis.

Em 1128 a ordem é confirmada pelo papa devido à intercessão directa de S. Bernardo de Clairvaux que escreve “ De laude nova militae ad milites Templi” na qual exalta os novos cavaleiros e levanta todas as dúvidas sobre a legitimidade das suas acções na Terra Santa
Grandes doações permitem à nova ordem criar uma rede de comendas no ocidente, cujas receitas são enviadas para o oriente, tal como muitos homens livres (nobres ou não) que pronunciam os três votos (obediência, pobreza e castidade) e partem para a Terra Santa para defende-la do infiel.

Em 1307 são acusados de renegar Cristo, práticas mágicas, e práticas sexuais devassas, as clássicas acusações contra heréticos, prenunciando o seu fim. A reacção dos Templários é inútil e a fogueira é o castigo para 54 membros em Paris, talvez em 1310.

Os Templários foram violentamente atacados pelo rei francês Filipe IV, o Belo e pelo Papa Clemente V. Em 13 de Outubro de 1307, Filipe IV ordenou a prisão de todos os Cavaleiros Templários. Este evento deu origem à superstição do azar nas sextas-feiras 13. Uma lenda diz que na noite anterior à detenção, um número desconhecido de Cavaleiros teria partido de França com dezoito navios carregados com o lendário tesouro da Ordem. Uma parte desses navios teria aportado na Escócia e os Templários ter-se-iam fundido noutros movimentos, fazendo sobreviver as suas ideias heréticas ao longo dos séculos seguintes sob a capa dos ritos maçons.

O processo dos Templários (1307-14) simboliza a afirmação da política do estado moderno face ao poder da igreja. Em 1312 a coroa francesa, na pessoa do rei Filipe IV, o Belo, principal opositor dos Templários, leva o papa Clemente V a abolir a Ordem do Templo, mas sem a julgar ou condenar, no concílio de Viena.

Os seus bens são atribuídos á ordem do Hospital ou passaram para a coroa francesa. O mestre da Ordem, Jacques de Mollay, após uma conduta hesitante por parte das autoridades inicialmente, termina na fogueira em 18 de Março de 1314.

O Reino de Portugal

Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal e a sua primeira dinastia, com o Rei Afonso I de Portugal (D. Afonso Henriques).

Só a 5 de Outubro de 1143 é reconhecida independência de Portugal pelo rei Afonso VII de Castela, no Tratado de Zamora, assinando-se a paz definitiva. Desde então, D. Afonso Henriques (Afonso I) procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos Conventos. Dirigiu-se ao papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia.

A sua herança, além de uma imensa fortuna, é o Condado Portucalense, primeiro território europeu que estabelece sua identidade nacional.

Muitos são os que afirmam que tal imensa fortuna teve origem no tesouro trazido pelos templários que procuraram refugio em Portugal.

É ainda durante o governo de D.Teresa que os Templários fundam a sua sede no castelo de Soures no rio Mondego, construindo o castelo de Tomar no reinado de D. Afonso Henriques, para onde se haviam de instalar definitivamente com a sua sede, distinguindo-se nas conquistas dos castelos a norte e a sul do Tejo.

O período dourado da ordem em Portugal coincide com o governo do mestre Gualdim Pais (1156-1195), que participara na Segunda cruzada (1151/52-1155/56) e que ficara pelo Oriente mais uns anos após a cruzada. Quando regressa é eleito mestre, mandando erguer o castelo de Pombal (1156). Recebem também em 1159 o castelo de Ceras. Terminam a construção do castelo de Tomar em 1169. O rei confirma-lhes a posse do seu território e ganham ainda mais dois castelos: Cardiga e Zêzere.

O seu papel na ocupação do território e na sua defesa foi fundamental tal como atraíam colonos e deram um grande incentivo ao povoamento dos territórios a eles confiados. O seu património a nível geográfico situa-se entre o Mondego e o Tejo.

Em Portugal em 1319, devido ao grande papel de D. Dinis (1279-1325), funda-se a Ordem de Cristo, em substituição da Ordem dos Templários que continuavam a ser perseguidos.

Esta ordem conserva o hábito branco e a cruz vermelhas dos Templários, apesar, de se afiliar a Calatrava. A sua primeira sede foi Castro Marim, no extremo sudeste do reino. Mais tarde a sua sede foi transferida para Tomar. Não vale a pena dizer mais sobre esta ordem porque o seu tempo será o da expansão ultramarina onde ai sim irá continuar o espírito da reconquista mas numa outra perspectiva.

Portugal é um dos raríssimos países do mundo com fronteiras estáveis desde o século XIII. Isso deve-se à qualidade excepcional dos primeiros reis e ao carácter independente do povo.

  1. Dinis cria mercados e feiras francas por todo o país. Manda semear, arrotear e enxugar terras. Nuns lados divide as terras em casais, noutros adopta o regime colectivista, a parceria ou a jugada. Decreta que os fidalgos e nobres não percam nobreza e honras ao tornarem-se lavradores. É semeado o pinhal de Leiria que, além de impedir o avanço das dunas, vai proporcionar a madeira para a construção dos barcos. Proíbe que as ordens religiosas adquiram bens de raiz para que a terra seja melhor dividida. Aumenta as relações comerciais e diplomáticas com a França, a Flandres e a Grã-Bretanha. Cria uma considerável frota marítimo-comercial, supervisionada pelo almirante genovês Manuel Pessanha.

Em 1308 é organizada a marinha portuguesa.

O país é tão bem orientado económica e financeiramente que D. Dinis faz, por três vezes, empréstimos ao rei de Castela no valor de alguns milhões de maravedis.

É ainda, com muita sabedoria e diplomacia, que D. Dinis consegue que os bens da Ordem dos Templários sejam transferidos para a Ordem de Cristo.

 

  1. Dinis, perante os factos precedentes, cria a Ordem de Cristo em 1319, com sede em Tomar, e transfere para ela todos os bens dos Templários. Ao mesmo tempo convence o Papa João XXII da justeza desta atitude. Os Templários tinham ajudado a consolidar, alargar e a povoar o país. Em Portugal, não havia motivo a queixas.

Desde D. Afonso Henriques que os Templários recebiam um terço daquilo que conquistassem.

Apesar da boa gestão dos nossos primeiros reis o tesouro da Ordem de Cristo fazia Portugal sonhar em desbravar o Atlântico.

Em boa verdade, os bens transferidos para a Ordem de Cristo foram, mais tarde, o suporte para os descobrimentos portugueses.

VIVEMOS DA MANHA SALOIA

 

 Nem se fale do equilíbrio demográfico, ou mesmo de robustecer as cidades do interior, esquecendo as suas aldeias, lugares e lugarejos lá para os lados de Pedrógão! A fixação demográfica passa por elas.

Ouvir uma ministra da Educação, com ar muito seráfico, falar de cátedra aos portugueses sobre o encerramento de escolas do interior (4.000 já foram e 900 vão sê-lo), faz-nos dar voltas ao estômago. Escolas com menos de 21 alunos e nas quais serão afectadas 15 mil crianças das 470 mil que frequentam o 1.º ciclo. O Encerramento de escolas leva a uma “forte quebra da qualidade do ensino” e ao “aumento do desemprego”, considera em comunicado a Federação Nacional dos Professores.

Muitos outros problemas irão afectar estas crianças inopinadamente afastadas da sua família, dos seus carinhos e da sua vigilância local. Serão atiradas para tempos mortos em zonas de desafectos e perigosas, remetendo-as de vez para a separação do seu local de nascimento. As actuais cidades estão hoje cheias de gente que suspira pela segurança e quietude das aldeias que perduram nos seus sonhos. Era lá que preferiam morrer em paz.

Salta à evidência uma vontade governativa e indómita de mais “obras públicas”!

Mais despesa, sempre mais despesa!

Contudo, a senhora ministra, sempre de nariz empinado, dá a garantia de melhores condições para os alunos e assegura o transporte adequado. Como pode ela dar estas garantias, se afasta crianças indefesas para longe das suas famílias?

Como pode assegurar transporte quando o que existe já dá uma tremenda despesa ao Estado? Desconhece certamente os montantes da responsabilidade do Estado, envolvidos em indemnizações compensatórias? Os elevados encargos com material circulante e combustível, sempre importados, por um país com uma dívida externa medonha. Desconhece a previsibilidade do crescente aumento do crude e da acrescida insustentabilidade dos próprios transportes público a curto prazo!

Tudo isto tendo pela frente uma normal situação do ensino, mais económica e segura, mais criadora de desenvolvimento do emprego local e manutenção do mesmo. Tudo isto são promessas vãs, eivadas de populismo barato, que visionam mais popularidade barata (sem valor).

Lê-se nos títulos dos jornais de hoje sobre o ensino:

“Provas acessíveis sobem resultados. Alunos com melhor desempenho nos exames de Português e matemática.” Fazer política séria para os portugueses e para o país, não é nada disto ….

 

AS VOLTAS DAS CONTAS

 

Passados alguns séculos, da invenção da escrita, foram inventados os algarismos numéricos, que tinham um desenvolvimento mais lento que a escrita, enquanto a escrita se desenvolvia através de vários símbolos para diferentes sílabas , as contagens continuavam a ser feitas com base no conceito 1. Um evento igual a um risquinho numa pedra, numa árvore ou num osso.

Uma das categorias que contribuíram para o avanço da ciência do cálculo foram os primitivos pastores. Durante séculos eles soltavam seus rebanhos pela manhã, para pastar em campo aberto, e recolhiam à tarde. Tudo de maneira simples, até que um dia alguém perguntou para um pastor como é que ele sabia que a quantidade de ovelhas que saiu foi a mesma que voltou? Esse "seríssimo" problema foi resolvido por um pastor, que pela manhã, fazia um montinho de pedras, colocando nele uma pedra para cada ovelha que saia, e à noite retirava uma pedra para cada ovelha que voltava. Mesmo sem saber foi o primeiro ser humano a calcular. Porque pedra, em latim, é calculus.

A primeira maneira que os homens encontraram para mostrar a quantidade a que se estavam a referir foi com o uso dos dedos das mãos. Cinco mil anos atrás para se contar até 20 eram necessários 2 homens, porque tinham que ser usadas quatro mãos, até que alguém percebeu que bastava apenas acumular o resultado de duas mãos, e voltar à primeira mão.

Até essa época a maioria das pessoas só sabiam contar até três.

Há cerca de 4 mil anos os mercadores da Mesopotâmia desenvolveram o primeiro sistema cientifico para contar e acumular grandes quantias. Primeiro eles faziam um sulco na areia e iam colocando nele sementes secas (ou contas) até chegar a dez. Depois faziam um segundo sulco, uma só conta – que equivalia a 10 –, esvaziavam o primeiro sulco e iam repetindo a operação: cada dez contas no primeiro sulco valia uma conta no segundo sulco. Quando o segundo sulco completava dez contas, um terceiro sulco era feito e nele era colocada uma conta que equivalia a 100. Assim uma quantia enorme como 732 só precisava de 12 continhas para ser expressa.

Apesar de o homem ter começado a fazer, com elas também vieram os erros, e para diminuir esses erros os homens  preocuparam - se em inventar um aparelho para auxiliar na contagem.

A EVOLUÇÃO DA ESCRITA NO TEMPO

                          

Não é de hoje que o homem escreve, sempre que pode ou sabe. Os meios e as formas da escrita evoluíram muito lentamente. Por mais incrível que possa parecer, nos dias actuais, os motivos porque se escreve são os mesmos de há 4 mil anos atrás.

Inicialmente, escrevia-se usando figuras - a escrita pictográfica - uma figura para cada objecto. Esta parece ter sido a origem de todas as formas de escrita. Este tipo de escrita, apesar do grande número de símbolos que a compõem, pode ser utilizada para qualquer língua falada.

Ainda não se sabe com certeza absoluta, porém, qual terá sido a primeira forma escrita que apareceu na região entre os rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia, locais onde surgiram as primeiras civilizações urbanas, cidades de Lagash, Umma, Nippur, Ur e Uruk, entre o sexto  e o primeiro milénio AC.

Sabe-se  que o sumério era uma língua aglutinante, monossilábica, composta de palavras que não se modificavam, e os documentos mais antigos escritos nesse idioma datam do IV milénio A . C. . O acádio que apareceu na metade do III milénio a . C. . no sul da Mesoptâmia, é uma língua semítica, flexionada. 

Estas civilizações estavam formadas por pequenas comunidades sob a autoridade de um soberano e perante a necessidade de controle administrativo surgiram os primeiros registos da escrita que foram os registos contáveis relacionados com as quantidades de sacos de grãos ou cabeças de gado. Este tipo de contas estava reservada a um grupo privilegiado: os escribas, que ocupavam também importantes cargos sacerdotais. Esses registos contáveis realizavam-se sobre tábuas de argila, que uma vez escritas, eram secas ao sol. Utilizavam para escrever, objectos de metal, osso e marfim, largos e pontiagudos numa das extremidades e na outra, plano, em forma de paleta com a finalidade de poder cancelar o texto, alisando o material arranhado ou errado.

Em princípio, as tábuas só serviram para registros contáveis, posteriormente foram utilizadas para inscrições sobre votações, comemorativas, narrações históricas, relatos épicos, exemplo disso são as estrelas babilónicas e o código de Hammurabi e o poema de Gilgamesh, estes elaborados com material muito mais duradouro.

Essas informações chegaram até nós, em virtude do descobrimento da biblioteca de Ebla (cidade próxima a Ugarit), que constava de duas salas. Uma onde se encontravam os documentos administrativos, legais, históricos e religiosos e outra onde encontravam os documentos económicos. As tábuas estavam guardadas em cestos e caixas de madeira ordenadas com inscrições para poderem ser localizadas.

O mais extraordinário das primeiras escritas é que elas puderam adaptar-se a outras línguas: suméria, acadia, hitita e persa. Assim, entre o terceiro e primeiro milénio AC. a escrita cuneiforme estendeu-se até ao sul da Palestina e ao norte da Arménia, e sem esta extensão teria sido impossível decifrá-la.                                    

Como podem os icebergs,

 

Que ficam no mar, ser feitos de água doce?

Por Redacção Mundo Estranho

Access_time19 ago 2016, 17h02 - Publicado em 18 Abr. 2011, 18h59

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Eles são enormes blocos que se desprendem das geleiras polares – que, por sua vez, foram formadas pelas neves da Era Glacial. São, portanto, de água doce e não devem ser confundidos com água do mar congelada. O nome vem do holandês iceberg, literalmente “montanha de gelo”. Estima-se que a formação dos atuais icebergs tenha começado há pelo menos 3 000 anos, quando se acumulou a neve que lhes deu origem. Esse acúmulo monumental faz com que, nas camadas mais profundas, a neve se transforme em enormes lâminas de gelo, compactada pela pressão das camadas superiores. Devido ao movimento de subida e descida das marés, grandes massas de gelo acabam se soltando da lâmina principal nas regiões costeiras, formando, assim, os icebergs, que saem flutuando a esmo pelo oceano. Os dois pontos principais de formação de icebergs são no Oceano Atlântico, na Antárctida e na Groenlândia. Os que causam mais problemas são esses últimos.

Embora sejam maiores, os da Antárctica costumam derreter antes de atingir as principais rotas de navegação. O maior iceberg já visto no Atlântico Norte, em 1957, atingia cerca de 180 metros só em sua parte fora de água (que costuma equivaler a um nono da massa total desses blocos de gelo).

 

Ela era a minha escola!

 

Com muito carinho Saddam recorda na autobiografia que publicou, a sua mãe: “Ela era a minha escola, a minha mentora. Enquanto as suas mãos amorosas acariciavam o meu cabelo, ela ia-me contando histórias”, escreve o presidente iraquiano. Ninguém pode ignorar como esta área do mundo é rica em contos e vários outros tipos de histórias. Todas elas com forte apelo aos valores árabes, nacionalistas e das figuras heróicas daquele povo. Tem todo o cabimento relembrar aqui essas peças literárias do mundo da fantasia de milhões de crianças, até adultos, vistas em filmes, lidas ou somente contadas por uma mãe que sabemos nos amar, como foi o caso de Sabha com o seu filho Saddam. Foram muitas destas lendas e contos que pulverizaram o imaginário do presidente agora em fuga e, quem sabe, talvez do silêncio do seu esconderijo alguém possa ouvir Saddam rindo ou chorando ao sabor da história que a sua mente lhe projecta, enquanto se recorda menino e, sente ainda as mãos suaves de sua mãe afagarem-lhe o cabelo.

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