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O ENTARDECER

O ENTARDECER

Entre a utopia e a realidade

 

 

A palavra utopia nasce de um livro escrito em 1516 pelo filósofo Inglês, Thomas Moro, com o título “Utopia”. A partir desta obra, a palavra “utopia” tornou-se sinónimo de uma sociedade ideal, impossível de existir, ou uma ideia generosa, mas impraticável. Em contraponto à utopia temos a realidade…a dura realidade!

Os partidos vivem hoje entre a utopia e a realidade e isso tem-se refletido no aumento da abstenção. Alguns dirigentes revelam falta de adesão à realidade, falando em circuito fechado e criando uma nova versão da “cortina de ferro” que os separa dos eleitores e despromove a sua participação.

Para levantar esta cortina não contribuem situações como a que sucedeu, no passado dia 26 de Outubro, com o social-democrata José Eduardo Martins. Este viu-se ultrapassado pela lógica partidária em detrimento da escolha dos eleitores. Quando se preparava para assumir a responsabilidade que os lisboetas lhe haviam dado, foi apeado pelo aparelho Distrital do PSD.

José Eduardo Martins foi o rosto da candidatura à Assembleia Municipal, escolhido unanimemente no PSD e que, apesar do resultado negativo, obteve 38.263 votos. São mais 10.000 votos que Teresa Leal Coelho e mais de 35.000 votos que o autarca de freguesia do PSD mais votado.

Trata-se de um jovem quadro, ex-Secretário de Estado, Advogado de sucesso, com projeção e notoriedade nacional e que tem capital político para, eventualmente, até vir a ser candidato a líder do PSD (como advoga a comunicação social).

Na adversidade existem janelas de oportunidade e José Eduardo Martins poderia ser essa janela para o PSD poder construir um projeto vencedor e conquistar o Município de Lisboa a Medina (político da mesma geração), já daqui a 4 anos. A sua rejeição por parte do diretório partidário pode ser interpretada pelos eleitores como uma deslealdade. Afinal foi nesse rosto que confiaram o seu voto 38.263 lisboetas.

A adesão dos partidos políticos à realidade é cada vez menos e com estas atitudes revelam estar mais próximos da utopia. As lógicas distorcidas dos partidos políticos estão a levar estes elementos chave da democracia para um divórcio litigioso com os portugueses.

Hoje é o PSD que vive momentos em que a sua importância e implantação está posta em causa, mas amanhã podem ser os demais partidos portugueses. Basta que para isso continuem, todos eles, mais próximos da utopia do que da realidade.

 

 

 

FONTE: Jornal i, https://ionline.sapo.pt/Publicado em 02/11/2017

 

LINK DA NOTÍCIA: https://ionline.sapo.pt/587173/

 

O Mercado de Queijas

 

 

Os habitantes de Queijas têm, naturalmente, motivos para algum desconforto ao lerem, no “Correio de Oeiras” de 16/07/2008, opiniões sobre o Mercado de Queijas, do Presidente da Junta e de um vereador da CMO.

 

As opiniões recolhidas pelo jornal, também não ajudam muito, na medida que não foram diversificadas, antes demasiado selectivas. Que saudades nos deixou o saudoso Carlos Saraiva.

 

Ficámos a saber que o Mercado de Queijas está sem vida própria, sem actividade comercial e com lojas fechadas. Para os lados da Cheuni há um centro comercial no mesmo estado de alma!

Comecemos por tentar entender o PJ de Queijas. Sabemos que há muito não vivia nesta vila e cá se instalou para ser o tal Presidente que o movimento IOMAF precisava ou lhe foi imposto. Entretanto, foi afastado do PSD e juntou-se a três outros cidadãos que nas anteriores eleições tinham integrado uma lista independente contra Isaltino de Morais. É muito complicado, mas dá para as pessoas desconfiarem. Se quiserem.

Naturalmente faltava ao actual presidente o conhecimento do passado, sempre muito importante. Não teve, também,  humildade para se inteirar. Antes, entregou-se nas mãos destes  “ independentes”,  que tudo leva a crer que, afinal, não o são. Com o senhor vereador passar-se-á o mesmo. Assim, não sabem bem como dar a volta à situação!

 

Prosseguimos para dar a estes senhores a informação que a área do mercado, não é agradável nem convidativa. Com uma Casa de D. Miguel ao abandono e barracas de permeio, ainda não resolvidas. Com um lago cheio de pedras e lixo e sem um repuxo (que teve), num local onde abunda a água (um extenso lençol de água no subsolo). Existem três bombas a retirar água e a lançá-la no esgoto, para que o parque de estacionamento não fique inundado! Há quem tenha ouvido o Sr. Presidente da CMO em 2001, em visita ao mercado, dar ordens aos senhores arquitectos, para na frente do mercado, serem colocados efeitos de água, visando o embelezamento local. Até hoje nada.

O aspecto exterior não abona pela falta de limpeza e ajardinamento! Quanto ao interior as coisas ainda se complicam muito mais. O mercado, depois de uma fase inicial (1998/2001) em que manteve actividades lúdicas e muitas atracções artísticas de qualidade, foi sendo deixado ao descuido. Hoje tem lojas vazias, falta de qualidade e credibilidade. Tudo acrescido com a ocupação de duas lojas pela CMO. Numa, colocaram um serviço meramente de campanha (pequenas assistências a idosos pobres) esquecendo que Queijas, como as outras terras vizinhas, tem idosos ( ainda bem ), mas não são indigentes. Claro que há oportunistas! Á frente dela colocaram uma figura sobejamente conhecida em Queijas. Demais! Liderou o IOMAF na última campanha autárquica, local e tem 71 anos e praticamente não sabe ler! O que faz, quem lhe paga e como, é um mistério. o IGAT deveria investigar. O abandono do mercado tem razões!

Na outra sala, a que a Junta chama de multiusos, têm tentado fazer cultura (?)  ou coisas parecidas. Sem conseguirem. Normalmente está fechada. Os elementos do executivo, nunca subsidiaram a Associação Cultural de Queijas, que poderia ou deveria utilizá-la. Se assim fosse, muita gente seria atraída diariamente ao local. Pretendem manipular esta associação e ela não deixa! Ela é, talvez, a única coisa independente em Queijas.

Os mercados de Algés e Carnaxide não são comparáveis com o de Queijas. Existem há muito mais tempo e souberam ganhar o seu espaço. O de Queijas, muito por culpa da tal figura colocada no mercado, foi prometido e quando chegou já não fazia sentido! Era o tempo dos Centros Cívicos. Os erros paga-os a população! O Centro Comercial da Cheuni está amorfo, mas por outras razões. Tem a ver com a situação muito periférica. Vive dos moradores da cooperativa.

De resto o centro de gravidade comercial e cívico de Queijas está a deslocar-se mais para a zona do Pingo Doce, Escola Secundária e Pavilhão.  Numa área de qualidade e expansão acentuada iniciadas nos anos 1998/2001. O presidente da Junta não era guarda-nocturno, nem paraquedista!

 

Quanto ao Centro de Saúde de Queijas ou como mais modernamente diz o Presidente da Junta USF, está desde os anos 1998/2001, com protocolo assinado entre a CMO e o Ministério da Saúde. Deu muito trabalho e dias inteiros de reuniões.

Foi assinado em directo na SIC, para todo o país, entre estas duas entidades. Lamentavelmente parece que a CMO tem interesse em resolver este problema, primeiro em Algés e Carnaxide. Não admira, são áreas onde habitam muitos votantes. Existem gravações destes factos e por eles o presidente da Junta poderá certificar-se deles e ver como a Junta de então conseguiu estar em directo de manhã no programa de Fátima Lopes e á tarde, a cobrir uma grande manifestação de gente desta vila frente ao Centro de Saúde de Carnaxide. Presentes centenas de pessoa e o Presidente da Junta com a vereadora da saúde de então, Teresa Zambujo. Por último se informa que também esteve presente um dos actuais “ independentes”, que faz parte do actual executivo. Provavelmente até já se esqueceu! Não é autarca quem quer mas quem tem a bênção! Mesmo que não valha muito como tal! O povo paga tudo. É a vida.

António Reis Luz

 

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