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O ENTARDECER

O ENTARDECER

A CULTURA EM QUEIJAS

PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2009

A Direção da Junt ´arte submete à aprovação da sua AG o Plano de Atividades para 2009:
1 – No ano em que a ACQ festeja o seu 10.º aniversário, pretendemos assegurar as múltiplas atividades que vêm sendo desenvolvidas nos últimos anos de atividade, ou seja :
Artes decorativas
Artes plásticas
Porcelanas
Fusão em vidro
Animação cultural no acordo de parceria com o Centro Social
Azulejo

2 – Pretendemos iniciar as aulas de vitral, fotografia e recuperação de peças degradadas. Estas atividades foram prejudicadas no seu início, em virtude do clima de alguma instabilidade dentro da ACQ., que foi criado por duas ou três pessoas, mas que levou à desmotivação e carência de recursos necessárias à sua implementação. Além destes factos, continuamos a não dispor de instalações adequadas a estas atividades, que requerem espaços arejados e com luz natural. Nas relações mantidas com a CMO, fomos informados pela vereação de que estará para breve prevista a cedência de novas de instalações para esta associação.
3 - Relacionada com esta realidade atrás descrita, está igualmente o facto de não se ter procurado aumentar o número de aulas e de associados. Na altura própria envidaremos esse esforço, com a colaboração que pediremos a todos os actuais associados. É um trabalho para ser feito por todos.
4 - Promover neste ano de 2009, algumas celebrações para comemorarmos com dignidade a data histórica dos 10 anos de atividade contínua desta associação. Solicitamos a todos os associados que façam chegar à direção, todas as sugestões que entendam apropriadas e dignas para as celebrações.
5 – As atividades de exposições serão retomadas quando as promessas da CMO estiverem satisfeitas quanto a novas instalações, pois, as instalações prometidas permitem-nos voltar a dispor de um espaço próprio para esse fim.
6 – pelo que já foi dito este será um ano no qual apostaremos em mais convívio entre os nossos associados, nomeadamente em viagens culturais e recreativas.

Com os respeitosos cumprimentos da Direção

O Presidente

 

António Reis Luz
2008-01-21

 

FLORESTA ARDIDA

 

 

Prof. Jorge Paiva, Biólogo Universidade de Coimbra in Público, 2006.

 

"Antes da última glaciação, Portugal estava coberto por uma floresta sempre-verde (laurisilva).

Durante essa glaciação a descida drástica da temperatura fez desaparecer quase por completo essa laurisilva, tendo sido substituída por uma cobertura florestal semelhante à actual taiga.

Após o período glaciar, a temperatura voltou a subir, ficando o país com um clima temperado como o actual.

Assim, a floresta glaciar foi substituída por florestas mistas (fagosilva) de árvores sempre-verdes (algumas delas relíquias da laurisilva) e outras caducifólias, transformando o país num imenso carvalhal caducifólio (alvarinho e negral) a norte, marcescente (cerquinho) no centro e perenifólio (azinheira e sobreiro) para sul, com uma faixa litoral de floresta dominada pelo pinheiro-manso e os cumes das montanhas mais frias com o pinheiro-da-casquinha (relíquia glaciárica).

Por destruição dessas florestas, particularmente com a construção das naus (três a quatro mil carvalhos por nau) durante os Descobrimentos (cerca de duas mil naus num século) e da cobertura do país com vias férreas (travessas de madeira de negral ou de cerquinho para assentar os carris), as nossas montanhas passaram a estar predominantemente cobertas por matos de urzes ou torgas, giestas, tojos e carqueja. A partir do século XIX, após a criação dos "Serviços Florestais", foram artificialmente re-arborizadas com pinheiro-bravo, tendo-se criado a maior mancha contínua de pinhal na Europa. A partir da segunda década do século XX, apesar dos alertas ambientalistas, efectuaram-se intensas, contínuas e desordenadas arborizações com eucalipto, tendo-se criado a maior área de eucaliptal contínuo da Europa.

Sendo o pinheiro resinoso e o eucalipto produtor de óleos essenciais, produtos altamente inflamáveis, com pinhais e eucaliptais contínuos, os incêndios florestais tornaram-se não só frequentes, como também incontroláveis.

Desta maneira, o nosso país tem já algumas montanhas transformadas em zonas desérticas.
Sempre fomos contra o crime da eucaliptização desordenada e contínua.

Fomos vilipendiados, maltratados, injuriados, fomos chamados à Judiciária, etc. Mas sabíamos que tínhamos razão.

Infelizmente não vemos nenhum dos que defenderam sempre essa eucaliptização vir agora assumir as culpas destes "piroverões" que passámos a ter e que, infelizmente, vamos continuar a ter.

Também sempre fomos contra o delapidar, por sucessivos Governos, dos Serviços Florestais (quase acabaram com os guardas florestais).

Isso e o êxodo rural (os eucaliptos são cortados de 10 em 10 anos e o povo não fica 10 anos a olhar para as árvores em crescimento tendo, por isso, sido "forçado" a abandonar as montanhas e a ficar numa dependência económica monopolista, que "controla" o preço da madeira a seu belo prazer) tiveram como resultado a desumanização das nossas montanhas pelo que, mal um incêndio florestal eclode, não está lá ninguém para acudir de imediato e, quando se dá por ele, já vai devastador e incontrolável.
Infelizmente vamos continuar a ter "piroverões" por mais aviões "bombeiros" que comprem ou aluguem. Isto porque, entre essas medidas, não estão as duas que são fundamentais, as que poderiam travar esta onda de incêndios devastadores que nos tem assolado nas últimas décadas.

Uma, é a re-humanização das montanhas, que pode ser feita com pessoal desempregado que, depois de ter frequentado curtos "cursos de formação" durante o Inverno, iria vigiar as montanhas, percorrendo áreas adequadas durante a Primavera e Verão.

A outra medida fundamental seria, após os incêndios, arrancar logo a toiça dos eucaliptos e replantar a área com arborização devidamente ordenada. Isto porque os eucaliptos rebentam de toiça logo a seguir ao fogo, renovando-se a área eucaliptada em meia dúzia de anos, sem grande utilidade até porque o diâmetro da ramada de toiça não é rentável para as celuloses.

Mas como tal não se faz, essa mesma área de eucaliptal torna a arder poucos anos após o primeiro incêndio e assim sucessivamente.

Muitas vezes, essas mesmas áreas são também invadidas por acácias ou mimosas, bastando para tal que exista um acacial nas proximidades ou nas bermas das rodovias, pois as sementes das acácias são resistentes aos fogos e o vento ajuda a dispersá-las por serem muito leves.

As acácias, como são heliófitas (plantas "amigas" do Sol), e não havendo sombra de outras árvores após os incêndios, crescem depressa aproveitando a luminosidade e ocupando aquele nicho ecológico antes das outras espécies se desenvolverem.
Mas como vivemos numa sociedade cuja preocupação predominante é produzir cada vez mais, com maior rapidez e o mais barato possível, as medidas propostas são economicamente inviáveis por duas razões: primeiro, porque é preciso pagar aos vigilantes e respectivos formadores; segundo, porque arrancar a toiça dos eucaliptos é muito dispendioso (custa o correspondente ao lucro da venda de três cortes, isto é, o lucro de 30 anos).

É bom também elucidar que os eucaliptais só são lucrativos até ao terceiro corte (30 anos).

Depois disso, estão a abandoná-los, o que os torna um autêntico "rastilho" ou, melhor, um terrível "barril de pólvora", áreas onde os seus óleos essenciais, por vaporização ao calor, são explosivos e, quando a madeira do eucalipto começa a arder, provocam a explosão dos troncos e respectiva ramada, lançando ramos incandescentes a grande distância.

Este "fenómeno" tem sido bem visível nos nossos "piroverões".
Por outro lado, pelo menos uma destas medidas (arranque da toiça e re-arborização ordenada) não tem resultados imediatos mas a longo prazo.

Por isso os governantes não estão interessados na aplicação dessas medidas, pois interessa-lhes mais resultados imediatos (as eleições são de quatro em quatro anos...) do que de longo prazo.
Assim, sem resultados imediatamente visíveis e com uma despesa tão elevada, os governos nunca vão adoptar tais medidas.

Preferem gestos por vezes caricatos, como distribuir telemóveis aos pastores, mas que nunca não acabarão com os "piroverões".
Finalmente, após a referida delapidação técnica e funcional dos Serviços Florestais (antigamente, os incêndios florestais eram quase sempre apagados logo no início e apenas pelo pessoal e tecnologia dos Serviços Florestais), esqueceram-se da conveniente profissionalização e apetrechamento dos bombeiros, melhor adaptados a incêndios urbanos.
Se os nossos governantes continuarem, teimosamente, a não querer ver claramente o que está a acontecer, caminharemos rapidamente para um amplo deserto montanhoso, com a planície, os vales e o litoral transformados num imenso acacial, tal como já acontece em vastas áreas de Portugal."

 

Rui Freitas (rui.m.freitas@netcabo.pt)

 

 

Desemprego real’

 

É quase o dobro do conhecido

9/8/2017, 13:066.600

128

O INE juntou pela primeira vez as pessoas que contam para a taxa de desemprego e as que ficam de fora, por inactividade ou subemprego. A conclusão? São mais de 900 mil, quase o dobro da taxa oficial.PAULO NOVAIS/LUSA

A taxa de desemprego está a descer de forma mais ou menos consistente desde que atingiu o seu máximo em 2013, mas o ‘desemprego real’ é quase o dobro da taxa de desemprego considerada oficial, de acordo com um indicador divulgado pela primeira vez esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As notícias que chegam do mercado de trabalho são positivas. A taxa de desemprego não era tão baixa há mais de oito anos, há mais sectores a criar emprego para além dos serviços e também há mais pessoas com menor nível de escolaridade a entrar no mercado de trabalho.

No entanto, nem tudo são rosas. E os números divulgados pelo INE mostram uma realidade bastante diferente daquela que é normalmente dada a conhecer. O Instituto Nacional de Estatística publicou pela primeira vez, esta quarta-feira, uma taxa de subutilização do trabalho, que engloba não apenas os desempregados que entram nas listas, mas também os inactivos e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial.

No segundo trimestre, havia 461,4 mil pessoas desempregadas que contavam para o cálculo da taxa de desemprego ‘oficial’. Mas incluindo estas pessoas que estão excluídas do mercado de trabalho, mas que não contam como desempregados para o cálculo da taxa ‘oficial’, o número passa a ser de 903,3 mil, quase o dobro.

Os dados do INE mostram que também aqui a realidade está a melhorar, com menos 140 mil pessoas a serem consideradas para esta taxa, em comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Ainda assim, a taxa de subutilização do trabalho no segundo trimestre deste ano estava estimada em 16,6%, quase o dobro dos 8,8% da taxa de desemprego ‘oficial’.

Quem são estas pessoas de fora da taxa de desemprego?

O INE incluiu três novos grupos de trabalhadores que não contam para a taxa de desemprego neste novo indicador. Os inactivos à procura de trabalho mas não disponíveis, os inactivos disponíveis mas que não procuram trabalho e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial. O que quer dizer cada um destes?

Inactivos à procura de trabalho mas não disponíveis:  pessoas que tenham procurado activamente trabalho ao longo de um período específico (no período de referência ou nas três semanas anteriores), mas não que não estava disponível para trabalhar porque não tinham desejo de trabalhar, vontade de ter um trabalho remunerado ou uma actividade por conta própria, no caso de se poder obter os recursos necessários e a possibilidade de começar a trabalhar num período específico.

Estes incluem ainda, explica o INE, pessoas que estavam à espera do resultado de entrevistas, as que iam começar a trabalhar nos três meses seguintes ou mais, e por isso não procuravam emprego.

Inactivos disponíveis mas que não procuram emprego:  pessoas que, estando disponíveis para trabalhar, não tinham procurado empregam activamente no período específico. A procura activa de emprego, como definida pelo INE, implica o contacto com centros de emprego público ou agências privadas de colocações, o contacto com empregadores, contactos pessoais ou com associações sindicais, colocação, resposta ou análise de anúncios, procura de terrenos, imóveis ou equipamentos, realização de provas ou entrevistas para seleção e/ou solicitação de licenças ou recursos financeiros para a criação de empresa própria.

Subemprego de trabalhadores a tempo parcial: este é o conjunto de trabalhadores a tempo parcial que dizem que querem trabalhar mais horas do que as que habitualmente trabalham e que estão disponíveis para começar a trabalhar essas horas, mas não encontram.

Nota: E as pessoas que normalmente emigram, anualmente? E aquelas que querem regressar mas não podem por não terem emprego garantido em Portugal? Etc,

FLORESTA

 

Prof. Jorge Paiva, Biólogo Universidade de Coimbra in Público, 2006.

 

"Antes da última glaciação, Portugal estava coberto por uma floresta sempre-verde (laurisilva).

Durante essa glaciação a descida drástica da temperatura fez desaparecer quase por completo essa laurisilva, tendo sido substituída por uma cobertura florestal semelhante à actual taiga.

Após o período glaciar, a temperatura voltou a subir, ficando o país com um clima temperado como o actual.

Assim, a floresta glaciar foi substituída por florestas mistas (fagosilva) de árvores sempre-verdes (algumas delas relíquias da laurisilva) e outras caducifólias, transformando o país num imenso carvalhal caducifólio (alvarinho e negral) a norte, marcescente (cerquinho) no centro e perenifólio (azinheira e sobreiro) para sul, com uma faixa litoral de floresta dominada pelo pinheiro-manso e os cumes das montanhas mais frias com o pinheiro-da-casquinha (relíquia glaciárica).

Por destruição dessas florestas, particularmente com a construção das naus (três a quatro mil carvalhos por nau) durante os Descobrimentos (cerca de duas mil naus num século) e da cobertura do país com vias férreas (travessas de madeira de negral ou de cerquinho para assentar os carris), as nossas montanhas passaram a estar predominantemente cobertas por matos de urzes ou torgas, giestas, tojos e carqueja. A partir do século XIX, após a criação dos "Serviços Florestais", foram artificialmente re-arborizadas com pinheiro-bravo, tendo-se criado a maior mancha contínua de pinhal na Europa. A partir da segunda década do século XX, apesar dos alertas ambientalistas, efectuaram-se intensas, contínuas e desordenadas arborizações com eucalipto, tendo-se criado a maior área de eucaliptal contínuo da Europa.

Sendo o pinheiro resinoso e o eucalipto produtor de óleos essenciais, produtos altamente inflamáveis, com pinhais e eucaliptais contínuos, os incêndios florestais tornaram-se não só frequentes, como também incontroláveis.

Desta maneira, o nosso país tem já algumas montanhas transformadas em zonas desérticas.
Sempre fomos contra o crime da eucaliptização desordenada e contínua.

Fomos vilipendiados, maltratados, injuriados, fomos chamados à Judiciária, etc. Mas sabíamos que tínhamos razão.

Infelizmente não vemos nenhum dos que defenderam sempre essa eucaliptização vir agora assumir as culpas destes "piroverões" que passámos a ter e que, infelizmente, vamos continuar a ter.

Também sempre fomos contra o delapidar, por sucessivos Governos, dos Serviços Florestais (quase acabaram com os guardas florestais).

Isso e o êxodo rural (os eucaliptos são cortados de 10 em 10 anos e o povo não fica 10 anos a olhar para as árvores em crescimento tendo, por isso, sido "forçado" a abandonar as montanhas e a ficar numa dependência económica monopolista, que "controla" o preço da madeira a seu belo prazer) tiveram como resultado a desumanização das nossas montanhas pelo que, mal um incêndio florestal eclode, não está lá ninguém para acudir de imediato e, quando se dá por ele, já vai devastador e incontrolável.
Infelizmente vamos continuar a ter "piroverões" por mais aviões "bombeiros" que comprem ou aluguem. Isto porque, entre essas medidas, não estão as duas que são fundamentais, as que poderiam travar esta onda de incêndios devastadores que nos tem assolado nas últimas décadas.

Uma, é a re-humanização das montanhas, que pode ser feita com pessoal desempregado que, depois de ter frequentado curtos "cursos de formação" durante o Inverno, iria vigiar as montanhas, percorrendo áreas adequadas durante a Primavera e Verão.

A outra medida fundamental seria, após os incêndios, arrancar logo a toiça dos eucaliptos e replantar a área com arborização devidamente ordenada. Isto porque os eucaliptos rebentam de toiça logo a seguir ao fogo, renovando-se a área eucaliptada em meia dúzia de anos, sem grande utilidade até porque o diâmetro da ramada de toiça não é rentável para as celuloses.

Mas como tal não se faz, essa mesma área de eucaliptal torna a arder poucos anos após o primeiro incêndio e assim sucessivamente.

Muitas vezes, essas mesmas áreas são também invadidas por acácias ou mimosas, bastando para tal que exista um acacial nas proximidades ou nas bermas das rodovias, pois as sementes das acácias são resistentes aos fogos e o vento ajuda a dispersá-las por serem muito leves.

As acácias, como são heliófitas (plantas "amigas" do Sol), e não havendo sombra de outras árvores após os incêndios, crescem depressa aproveitando a luminosidade e ocupando aquele nicho ecológico antes das outras espécies se desenvolverem.
Mas como vivemos numa sociedade cuja preocupação predominante é produzir cada vez mais, com maior rapidez e o mais barato possível, as medidas propostas são economicamente inviáveis por duas razões: primeiro, porque é preciso pagar aos vigilantes e respectivos formadores; segundo, porque arrancar a toiça dos eucaliptos é muito dispendioso (custa o correspondente ao lucro da venda de três cortes, isto é, o lucro de 30 anos).

É bom também elucidar que os eucaliptais só são lucrativos até ao terceiro corte (30 anos).

Depois disso, estão a abandoná-los, o que os torna um autêntico "rastilho" ou, melhor, um terrível "barril de pólvora", áreas onde os seus óleos essenciais, por vaporização ao calor, são explosivos e, quando a madeira do eucalipto começa a arder, provocam a explosão dos troncos e respectiva ramada, lançando ramos incandescentes a grande distância.

Este "fenómeno" tem sido bem visível nos nossos "piroverões".
Por outro lado, pelo menos uma destas medidas (arranque da toiça e re-arborização ordenada) não tem resultados imediatos mas a longo prazo.

Por isso os governantes não estão interessados na aplicação dessas medidas, pois interessa-lhes mais resultados imediatos (as eleições são de quatro em quatro anos...) do que de longo prazo.
Assim, sem resultados imediatamente visíveis e com uma despesa tão elevada, os governos nunca vão adoptar tais medidas.

Preferem gestos por vezes caricatos, como distribuir telemóveis aos pastores, mas que nunca não acabarão com os "piroverões".
Finalmente, após a referida delapidação técnica e funcional dos Serviços Florestais (antigamente, os incêndios florestais eram quase sempre apagados logo no início e apenas pelo pessoal e tecnologia dos Serviços Florestais), esqueceram-se da conveniente profissionalização e apetrechamento dos bombeiros, melhor adaptados a incêndios urbanos.
Se os nossos governantes continuarem, teimosamente, a não querer ver claramente o que está a acontecer, caminharemos rapidamente para um amplo deserto montanhoso, com a planície, os vales e o litoral transformados num imenso acacial, tal como já acontece em vastas áreas de Portugal."

 

 

A QUEDA DE ÍCARO

 

 

Desde sempre o Homem sonhou voar, estando essa firme vontade bem expressa na histórica lenda de ICARO que vale a pena recordar:

Dédalo era o melhor e mais conhecido dos artesãos e inventores da antiguidade. Quem desejasse algo engenhoso vinha primeiro à sua oficina em Atenas. Dédalo tinha um sobrinho, Talos, filho de sua irmã, Policasta . Ele aceitou Talos como aprendiz , e o garoto, apesar de ter só doze anos, logo mostrou sinais de ser mais esperto do que seu mestre! Foi Talos que inventou o primeiro serrote, a roda do oleiro e imaginou o primeiro par de compassos. A reputação de Talos espalhou - se e as pessoas começaram a trazer os seus problemas mais complicados para o garoto, e não para o mestre. Consumido de ciúmes, Dédalo atraiu o garoto até o topo do templo de Atenas e  empurrou - o para a morte. A mãe de Talos, Policasta, suicidou-se de tristeza, e Dédalo, juntamente com seu filho, Ícaro – um garoto vaidoso sem nada da esperteza de Talos – foram banidos da cidade de Atenas. Dédalo e Ícaro  refugiaram - se na ilha de Creta, onde Dédalo colocou a sua habilidade e esperteza a serviço do rei Minos. Mas ele perdeu os favores do rei, quando Teseu matou o minotauro e conseguiu escapar do Labirinto, que supostamente era à prova de fuga, e que Dédalo havia construído para abrigar o monstro. Furioso, o rei Minos jogou Dédalo e seu filho na prisão. Enquanto Ícaro passava os dias  cuidando de si, vaidoso, Dédalo estudava profundamente, planeando como escapar de Creta. Era longe demais para nadar até à próxima ilha, e impossível conseguir um bote devido à vigilância da armada do rei Minos. Finalmente, Dédalo concebeu um plano audacioso. Ele construiu dois pares de asas, tecendo as penas e juntando-as com cera. Quando as asas estavam prontas, levou Ícaro para um canto. "Coloque isso e siga - me", disse, "mas cuidado para não voar perto demais do sol, ou perto demais do mar. Mantenha um curso médio. Com essas asas escaparemos daqui." Os dois levantaram voo a partir de um rochedo alto e seguiram para o horizonte. Por muitos quilómetros o jovem Ícaro seguiu o seu pai mas, sentindo-se jovem e despreocupado, e desfrutando de vento, começou a subir para o céu, livre como um pássaro.
Quando Dédalo olhou ao redor procurando-o,  não conseguiu vê - lo . "Ícaro! Ícaro!", chamou o pai ansioso. Mas não veio resposta. No mar, lá em baixo, um punhado de penas flutuava nas ondas, e algumas pequenas ondulações marcavam o ponto onde Ícaro caíra, pois o rapaz tinha voado perto demais do sol, e a cera que unia as asas derreteu-se como manteiga.

Em boa verdade o Homem voou mais longe do que naquele tempo Ícaro poderia imaginar !

ENERGIA NUCLEAR

                                             

A Sua Descoberta

O fenómeno da radioactividade foi descoberto pelo físico francês Henri Becquerel em 1896, quando verificou que sais de urânio emitiam radiação semelhante à dos raios-X, impressionando chapas fotográficas e concluiu que, se um átomo tiver seu núcleo muito energético, ele tenderá a estabilizar, emitindo o excesso de energia na forma de partículas e ondas.

Definição de energia

Energia, é geralmente definida como a capacidade de um sistema em realizar trabalho e tem sido indispensável no intenso processo produtivo ocorrido no século XX e que originou o consumismo a ele inerente.

Normalmente, este termo é melhor entendido do que definido. Ou melhor, quando uma vela está acesa e colocamos a mão sobre a chama, o que sentimos? Calor, uma sensação de que a temperatura da superfície da nossa mão está aquecendo, e que senão a tirarmos dali, nos  queimaremos. Isto é um exemplo de energia térmica, outro exemplo de energia, mas agora eléctrica, é a luz que utilizamos para iluminar uma sala, ou então, a energia necessária para fazer funcionar um aparelho como o monitor de nosso computador. Neste caso, a energia eléctrica é consumida e parte é transformada em energia luminosa (luz) e térmica (calor). 

Algumas formas de energia

Energia cinética - é a energia relacionada com movimento dos corpos;

Energia potencial - é a energia que  está acumulada ou armazenada num corpo, como por exemplo, a energia química de pilhas e baterias; a energia de combustíveis encontrada em combustíveis como petróleo, álcool, madeira, etc. ; a energia nuclear, que é encontrada em átomos de todos os elementos químicos, mas que é melhor empregue quando se utilizam átomos pesados e instáveis, como o urânio-235, por exemplo.

Energia magnética relacionada com os imãs.

Uso da Energia

A cada dia que passa, a humanidade vem necessitando cada vez mais de energia, seja para o próprio consumo, na forma de alimentos, ou para proporcionar maior conforto ou facilidades de trabalho. Um exemplo é a produção de uma lata de refrigerante. Para se obter uma lata de alumínio é necessário a disposição e o consumo de muita energia eléctrica, que terá uma parte utilizada como tal e outra parte transformada em energia térmica e energia mecânica. Esse consumo de energia deve - se ao facto do alumínio não se encontrar na natureza na forma metálica, sendo encontrado na forma de minerais que deverão ser trabalhados para a remoção física e química do alumínio metálico, esse processo consome muita energia. A reciclagem do alumínio consome menos energia, mas mesmo assim, é ainda grande a quantidade de energia consumida.

A indústria de uma maneira em geral, necessita e muito de energia eléctrica, que é mais fácil de se obter e que pode ser transformada em qualquer outra. É a partir dessa energia que é possível iluminar cidades, accionar e fazer trabalhar máquinas e equipamentos electrónicos, etc.

Para as pessoas em geral, a energia eléctrica também é indispensável nos dias de hoje, para ligar um aparelho eléctrico, como televisão, computador e frigorífico é necessário energia eléctrica, pois senão o aparelho não funciona. E como poderemos imaginar as pessoas sem estes aparelhos? Actualmente estes aparelhos são indispensáveis para a sua comodidade e conforto.

Conversão para energia eléctrica

No mundo, a principal fonte de energia eléctrica ainda serão as centrais hidroeléctricas, que convertem a energia potencial e cinética das correntes da água em energia eléctrica. O que ocorre é que a água é forçada a cair sobre um dispositivo (turbina) que girará dando movimento a um gerador. Este gerador será o responsável pela produção de energia eléctrica, que aparecerá pelo fenómeno da indução electromagnética (uma corrente eléctrica aparecerá com o movimento de um imã).

Noutros países, principalmente na Europa e na América do Norte, a principal fonte de energia eléctrica já são as centrais nucleares. Antes de entrar neste assunto é necessário analisar alguns conceitos básicos.

Núcleo Atómico

Um núcleo de um átomo qualquer é constituído basicamente por prótons e neutrons. Neste núcleo existem forças (forças nucleares) que mantêm os prótons e neutrons ligados. Estas forças devem ser suficientemente grandes para realizar o trabalho de contrabalançar as repulsões eléctricas decorrentes da carga positiva dos protões. Uma vez que os neutrões não possuem carga eléctrica. Isso deve ocorrer para explicar a existência de núcleos atómicos estáveis.

E é esta energia, a energia presente no núcleo atómico, responsável pela estabilidade de alguns núcleos atómicos, que também será responsável pela geração de energia eléctrica nas centrais nucleares.

Energia eléctrica a partir de energia nuclear

Para se obter energia eléctrica a partir da energia nuclear é necessário que haja a fissão de um átomo, geralmente de urânio-235, neste processo ocorrerá a quebra do núcleo atómico, que ocorrerá com libertação de grande quantidade de energia, da ordem de 1010J de energia libertada por mol de urânio quebrado. A reacção de quebra do urânio pode ser controlada ou não, caso não seja, a energia produzida poderá ser utilizada em bombas atómicas caso ela seja controlada, poderá ser utilizada de maneira benéfica, como na produção de energia eléctrica.

A grande quantidade de energia produzida na reacção de quebra do urânio será utilizada para aquecer um caldeirão que gerará vapor. Este vapor será induzido a passar por um sistema de turbinas, que serão as responsáveis por fazer girar um gerador, que por sua vez produzirá energia eléctrica através da indução magnética, ou seja, do movimento de um imã, que fará aparecer uma corrente eléctrica no sistema. A produção de energia eléctrica a partir de quedas d'água ou de fissão nuclear controlada produz a mesma energia eléctrica.

A energia eléctrica produzida a partir de energia nuclear não é radioactiva e é igual à energia produzida em hidroeléctricas, podendo ser utilizada para os mesmos

“UM OU OUTRO PORTUGUÊS DISTRAÍDO”

 

 

 

 

Marcelo critica o “português distraído” que trocou o “aplauso” de Angola por “uma vaia”

Por Redação

27 Setembro 2017 - 10:26

O Presidente da República desdramatizou os assobios que ouviu durante a tomada de posse do homólogo de Angola. Para Marcelo, só “um ou outro português distraído” é que pode ter confundido “aquilo que os povos consideraram um aplauso” com “uma vaia” ao representante de Portugal.

Foi um dos momentos mais quentes da tomada de posse de João Lourenço, o novo Presidente de Angola. Marcelo Rebelo de Sousa ouviu assobios e palmas quando foi anunciado como representante da República Portuguesa.

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“É estranho que sejam os presidentes dos outros países, os diplomatas dos outros países, a notarem e a felicitarem como” os angolanos “gostam dos portugueses e haja um ou outro português distraído que entenda que aquilo que os povos consideraram um aplauso acabou por ser uma vaia”, desdramatizou Marcelo, quando confrontado pelos jornalistas sobre o momento.

Para o Presidente português, o povo angolano teve um especial carinho pela antiga metrópole, quase meio século depois da descolonização.

“A ovação de hoje, claramente superior a todas às outras na cerimónia, não foi dirigida à pessoa do Presidente”, reforçou Marcelo.

“Fosse o Presidente qualquer um, teria sido dirigida à Portugal e aos portugueses e eu só estranho o facto de haver portugueses que não gostam de ser aplaudidos por povos irmãos”.

Para o chefe de Estado português, a eleição de João Gonçalves como novo Presidente de Angola não vai alterar as relações entre os dois países, cimentadas por décadas de irmandade.

Os povos português e angolano fizeram uma escolha, essa escolha tem a ver com a nossa história, com a nossa cultura, com a língua comum, com muito daquilo que uns e outros nos demos ao longo dos séculos, mas também tem a ver com hoje e com o amanhã”.

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