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O ENTARDECER

O ENTARDECER

Quem é o teu melhor amigo?

 

 

 

 

Conheces a relação entre os teus dois olhos? Eles piscam juntos,  movem-se juntos, choram juntos, vêem as coisas juntos e dormem juntos. Ainda que nunca, possam ver-se um ao outro... a amizade deve ser exatamente assim!

 
Estamos na semana mundial do melhor amigo. Quem é o teu melhor amigo?
 
Envia este texto a todos os teus melhores amigos. Mesmo a mim, se for um deles.Vê quantos receberás de volta. Se receberes mais de 3, então és realmente uma pessoa cativadora.
 
Campanha! Os amigos também dizem: QUERO-TE MUITO...

Descrição: cid:1669621cda117a68aa50d96d23de6cda@iol.pt

Queijas não é um dormitório

 

 

Depois de ter sido um pequeno aglomerado, que ameaçava tornar-se lugar dormitório, Queijas parece ter sabido aproveitar de outra forma a proximidade da cidade de Lisboa. Transformou-se numa área urbana em plena expansão, cheia de dinamismo, quer a nível comercial, quer ao nível social.
Chegando aos anos noventa com mais de nove mil habitantes, é nessa lógica de expansão que se integra a progressiva dotação de Queijas de novos equipamentos, como foram os vários estabelecimentos de ensino, Igreja e Centro Social, Posto da GNR, Mercado, Jardim, comércio, agências bancárias, associações, entre outros.
Um projecto pioneiro ao nível da recolha selectiva do lixo denotou preocupações ambientais dignas de registo e são visíveis esforços ao nível do enquadramento harmonioso de pequenos espaços ajardinados.

 

O Agrupamento de Escuteiros n.º 774

 

É uma das realidades mais vitais de Queijas pelo apoio que tem prestado à população e muito particularmente aos jovens.

Em Portugal a maior organização de juventude dá pelo nome de Corpo Nacional de Escutas (CNE), e desde 1923 que se dedica aos ideais do escutismo. O CNE estende-se a todo o território português, por meio de mais de 1100 agrupamentos locais.

De entre as acções que os agrupamentos escutistas empreendem a nível local, destacam-se as acções de educação ambiental e conservação da natureza, como a vigilância de incêndios, plantação de árvores, campanhas de reciclagem, a campanha "Limpar Portugal". E também as acções de conservação do património histórico - cultural, as actividades sócio - educativas (música, danças populares, radioamadorismo), prática de desporto e a vida ao ar livre, através de campismo, espeleologia, montanhismo, canoagem, vela, ciclo turismo. Outras vertentes são também desempenhadas como o serviço social em lares e hospitais, o socorrismo, a colaboração com a Protecção Civil, Bombeiros e Socorros a Náufragos.

Mais de 10 mil animadores adultos (cerca de 50 % com menos de 30 anos, e perto de 60 % com menos de 35) consagram aos escuteiros jovens o seu tempo livre, em regime de voluntariado, em tarefas educativas e de gestão.

Os escuteiros regem-se por três princípios básicos: dever para com Deus - lealdade e fidelidade à religião que exprime estes princípios e aceitação dos deveres que delas decorrem; dever para com os outros - lealdade para com o seu país; participação no desenvolvimento da sociedade, respeito pela dignidade humana e integridade da natureza; dever para consigo mesmo. Estes princípios são suportados pela " Promessa Escutista", baseada na crença em Deus, honra pessoal, auxílio aos semelhantes em todas as circunstâncias e obediência à " Lei do Escuteiro". Esta lei impõe, entre outras regras, a confiança, lealdade, autoria de boas acções, amizade a todos, pureza nos pensamentos, palavras e acções.

O escutismo define-se ainda como uma fraternidade mundial em que as actividades e os contactos entre escuteiros de diferentes países são uma constante.  

Pois foi tudo isto e muito mais que algumas pessoas em Queijas puseram em prática há muitos atrás e ofereceram a muitas centenas de jovens da nossa freguesia. Tem sido um trabalho de grande dedicação e alto serviço público levado a cabo com grande empenho mas também certamente com muito sacrifício pessoal e familiar.

Para todos estes admiráveis seguidores de BADEN - POWELL um imenso obrigado, pois bem sabemos que o escutismo é uma grande escola de cidadania activa e é disso que o Mundo e a nossa Freguesia de Queijas mais precisam.

 

A continuação da aposta

 

A morosidade inerente a este tipo de mudanças leva a que, como seria de esperar, a autarquia continue a apostar fortemente nesta política, até porque os resultados são bastante satisfatórios, em termos globais. Daí que a Câmara Municipal tenha entendido que apenas um dia por semana para a recolha de material reciclável seria pouco, passando essa mesma recolha a ser executada, para além das habituais Quintas – Feiras e também às Segundas - Feiras. Esta nova campanha engloba jovens de diversas idades, designados "Eco -Conselheiros", bem como de um leque apreciável de material informativo, que vai desde a simples brochura até um spot publicitário. Estes "Eco - Conselheiros" têm a tarefa de informar os munícipes sobre como separar correctamente o material.
A política ambiental da Câmara Municipal de Oeiras desde cedo se pautou pela maior eficácia, relegando para segundo plano os custos. Um bom exemplo disso mesmo traduz-se nos famosos «Ecopontos», a que a autarquia não aderiu por inteiro, mesmo tendo em linha de conta que esses sistemas eram financiados por fundos comunitários, fazendo com que a maior parte dos municípios portugueses os adquirissem em grande quantidade.
Oeiras considera que o «Sistema de Ecoponto» não se enquadra na arquitectura equilibrada e sustentada de uma cidade, optando desde logo, por optimizar o sistema de recolha porta a - porta e dos respectivos sacos. Ultimamente, também se partiu para a utilização das denominadas «Ilhas Ecológicas» que, sendo também, um género de «Ecopontos», têm a vantagem de estarem enterradas, não constituindo barreira arquitectónica, embora tenham preços mais elevados.
Com este cruzar de políticas ambientais, os resultados têm vindo a melhorar consideravelmente. No entanto, ainda estamos longe do ideal. Acreditamos que com a continuidade desta política camarária e o esforço individual de cada um de nós, o futuro seja bem mais saudável

 

Projecto-Piloto de Queijas

 

Alguns anos são passados desde o tão falado «Projecto-Piloto de Queijas», que muito contribuiu para o sucesso da reciclagem no concelho de Oeiras: contudo, e muito embora se tenha notado uma nítida melhoria de comportamentos, longe estamos, ainda, da situação ideal.
No ano em que a Estação de Triagem de Vila Fria foi construída, a autarquia levou a cabo essa mesma experiência na freguesia de Queijas, e que teve o intuito de perceber como reagiriam as pessoas à separação dos resíduos nas suas residências. Queijas foi escolhida por se tratar de uma zona populacional geograficamente bem delimitada, de características predominantemente urbanas.

Foram efectuadas sensibilizações "porta a - porta", editaram-se brochuras, colocaram-se cartazes, enfim, tudo no sentido de explicar à população dessa freguesia como separar em casa os resíduos, nomeadamente, em duas categorias: um saco azul (que era fornecido gratuitamente) que se destinava a receber as embalagens de cartão, plástico e metal, e um outro, preto, que se destinava ao restante lixo. As recolhas foram então feitas quatro vezes por semana, tendo a Câmara Municipal percebido, algum tempo depois, que a recolha deveria ser efectuada apenas uma vez por semana, já que os referidos sacos se apresentavam na recolha quase vazios. Reduzindo para um dia a recolha, a autarquia solicitou que as pessoas apenas colocassem os sacos na via pública, no próprio dia da recolha (5ª.s Feiras). Desta forma, conseguiu-se, por fim, bons resultados, tendo-se decidido então alargar o projecto a todo o concelho. Complementarmente a esta nova política ambiental, a autarquia entendeu sensibilizar os mais novos, levando a cabo um projecto de educação ambiental, que se estende até aos dias de hoje, e em que o principal objectivo é ensinar as crianças, de todas as idades, a separar os lixos convenientemente.

 

A continuação da aposta

 

A morosidade inerente a este tipo de mudanças leva a que, como seria de esperar, a autarquia continue a apostar fortemente nesta política, até porque os resultados são bastante satisfatórios, em termos globais. Daí que a Câmara Municipal tenha entendido que apenas um dia por semana para a recolha de material reciclável seria pouco, passando essa mesma recolha a ser executada, para além das habituais Quintas – Feiras e também às Segundas - Feiras. Esta nova campanha engloba jovens de diversas idades, designados "Eco -Conselheiros", bem como de um leque apreciável de material informativo, que vai desde a simples brochura até um spot publicitário. Estes "Eco - Conselheiros" têm a tarefa de informar os munícipes sobre como separar correctamente o material.
A política ambiental da Câmara Municipal de Oeiras desde cedo se pautou pela maior eficácia, relegando para segundo plano os custos. Um bom exemplo disso mesmo traduz-se nos famosos «Ecopontos», a que a autarquia não aderiu por inteiro, mesmo tendo em linha de conta que esses sistemas eram financiados por fundos comunitários, fazendo com que a maior parte dos municípios portugueses os adquirissem em grande quantidade.
Oeiras considera que o «Sistema de Ecoponto» não se enquadra na arquitectura equilibrada e sustentada de uma cidade, optando desde logo, por optimizar o sistema de recolha porta a - porta e dos respectivos sacos. Ultimamente, também se partiu para a utilização das denominadas «Ilhas Ecológicas» que, sendo também, um género de «Ecopontos», têm a vantagem de estarem enterradas, não constituindo barreira arquitectónica, embora tenham preços mais elevados.
Com este cruzar de políticas ambientais, os resultados têm vindo a melhorar consideravelmente. No entanto, ainda estamos longe do ideal. Acreditamos que com a continuidade desta política camarária e o esforço individual de cada um de nós, o futuro seja bem mais saudável

O Projecto de Queijas

 

Alguns anos são passados desde o tão falado «Projecto-Piloto de Queijas», que muito contribuiu para o sucesso da reciclagem no concelho de Oeiras: contudo, e muito embora se tenha notado uma nítida melhoria de comportamentos, longe estamos, ainda, da situação ideal.
No ano em que a Estação de Triagem de Vila Fria foi construída, a autarquia levou a cabo essa mesma experiência na freguesia de Queijas, e que teve o intuito de perceber como reagiriam as pessoas à separação dos resíduos nas suas residências. Queijas foi escolhida por se tratar de uma zona populacional geograficamente bem delimitada, de características predominantemente urbanas.

Foram efectuadas sensibilizações "porta a - porta", editaram-se brochuras, colocaram-se cartazes, enfim, tudo no sentido de explicar à população dessa freguesia como separar em casa os resíduos, nomeadamente, em duas categorias: um saco azul (que era fornecido gratuitamente) que se destinava a receber as embalagens de cartão, plástico e metal, e um outro, preto, que se destinava ao restante lixo. As recolhas foram então feitas quatro vezes por semana, tendo a Câmara Municipal percebido, algum tempo depois, que a recolha deveria ser efectuada apenas uma vez por semana, já que os referidos sacos se apresentavam na recolha quase vazios. Reduzindo para um dia a recolha, a autarquia solicitou que as pessoas apenas colocassem os sacos na via pública, no próprio dia da recolha (5ª.s Feiras). Desta forma, conseguiu-se, por fim, bons resultados, tendo-se decidido então alargar o projecto a todo o concelho. Complementarmente a esta nova política ambiental, a autarquia entendeu sensibilizar os mais novos, levando a cabo um projecto de educação ambiental, que se estende até aos dias de hoje, e em que o principal objectivo é ensinar as crianças, de todas as idades, a separar os lixos convenientemente.

 

A continuação da aposta

 

A morosidade inerente a este tipo de mudanças leva a que, como seria de esperar, a autarquia continue a apostar fortemente nesta política, até porque os resultados são bastante satisfatórios, em termos globais. Daí que a Câmara Municipal tenha entendido que apenas um dia por semana para a recolha de material reciclável seria pouco, passando essa mesma recolha a ser executada, para além das habituais Quintas – Feiras e também às Segundas - Feiras. Esta nova campanha engloba jovens de diversas idades, designados "Eco -Conselheiros", bem como de um leque apreciável de material informativo, que vai desde a simples brochura até um spot publicitário. Estes "Eco - Conselheiros" têm a tarefa de informar os munícipes sobre como separar correctamente o material.
A política ambiental da Câmara Municipal de Oeiras desde cedo se pautou pela maior eficácia, relegando para segundo plano os custos. Um bom exemplo disso mesmo traduz-se nos famosos «Ecopontos», a que a autarquia não aderiu por inteiro, mesmo tendo em linha de conta que esses sistemas eram financiados por fundos comunitários, fazendo com que a maior parte dos municípios portugueses os adquirissem em grande quantidade.
Oeiras considera que o «Sistema de Ecoponto» não se enquadra na arquitectura equilibrada e sustentada de uma cidade, optando desde logo, por optimizar o sistema de recolha porta a - porta e dos respectivos sacos. Ultimamente, também se partiu para a utilização das denominadas «Ilhas Ecológicas» que, sendo também, um género de «Ecopontos», têm a vantagem de estarem enterradas, não constituindo barreira arquitectónica, embora tenham preços mais elevados.
Com este cruzar de políticas ambientais, os resultados têm vindo a melhorar consideravelmente. No entanto, ainda estamos longe do ideal. Acreditamos que com a continuidade desta política camarária e o esforço individual de cada um de nós, o futuro seja bem mais saudável

A Recolha Selectiva

 

O projecto de Triagem de Embalagens de Queijas

Implementado em 1994, a par com oito municípios da União Europeia, constituiu, então, um dos mais importantes e arrojados projectos em matéria de tratamento e valorização de resíduos sólidos.

O sucesso de tal experiência, medido pelos índices de adesão da população de Queijas, conduziu à necessidade de alargar o projecto, sendo que, a partir de 1997, este passou a ser uma realidade em todo o concelho de Oeiras e mesmo em todo o país.

 

Muito tempo antes de a preocupação ambientalista estar na moda, já a autarquia de Oeiras apresentava sérias preocupações relativas aos seus meio - ambiente e qualidade de vida dos munícipes. E, a comprová-lo esteve a criação da primeira estação de triagem do país, construída pela autarquia no ano de 1994, em Vila Fria.

Contudo não basta ter-se uma estação de triagem.
Para que a reciclagem se tornasse num projecto viável, foi necessário introduzir nas populações a ideia de que as embalagens deveriam ser separadas na origem, ou seja, que não fossem misturadas com resíduos orgânicos. Este processo obrigou a que a comunidade adoptasse novas atitudes e comportamentos, já que a mesma sempre esteve habituada a ter, exclusivamente, apenas um recipiente para lixo, onde incluía todo e qualquer tipo de resíduos. Foi uma tarefa que não se avizinhava fácil.

 

Transportes e Vias de Comunicação

 

Se nos reportarmos aos finais do século XIX, a estrada de saída de Queijas aparecia no prolongamento da Estrada das Várzeas, até ao eucaliptal situado a seguir à actual rotunda.

A partir daqui, quem quiser compreender melhor aqueles tempos e a realidade que se vivia, terá que se esquecer da A5 ou da anterior Auto - Estrada do Estádio Nacional, porque eram coisas que não existiam.

Entre Queijas / Linda - a - Pastora e a Cruz Quebrada, teremos que visionar terrenos com muita vegetação e alguns caminhos.

Ainda há muito pouco tempo, dentro do referido eucaliptal, era bem visível uma calçada que flectia à esquerda até à capela de S. João baptista e já em Linda - a - Pastora, virava à direita e seguia na direcção da actual piscina do Estádio, até à Estação da Cruz Quebrada, passando pela Quinta de S. José e pelo Esteiro, já junto da marginal.

A partir da Capela de S. João Baptista, havia ainda a possibilidade de descer pela Rua Manuel Pereira de Azevedo, curvar à direita onde há hoje um túnel, e seguir em direcção ao rio JAMOR, passar a ponte antes dos cortes de ténis, onde havia um cruzeiro, tomar a Estrada da Costa e seguir até à Cruz Quebrada.

De todo o modo, para se apanhar o eléctrico era ainda necessário atingir o Dafundo, local de inicio e términos das carreiras.

Só a partir dos anos quarenta do século XX, o eléctrico passaria a chegar à Cruz Quebrada e, mais de uma década depois chegaria finalmente a uma rotunda no Estádio Nacional.

Depois da revolução de Abril/74, terão sido assassinados, quando estacionados de noite, os dois funcionários da Carris, sendo depois suprimido este terminal. 

De Queijas em direcção ao MURGANHAL, LAVEIRAS e CAXIAS, o caminho era a Estrada de D' El Rei, que hoje dela apanhamos somente o início.

Como curiosidade adiantarei que há muitos anos, só com uma licença se poderia utilizar qualquer meio de transporte na Estrada Militar, mas a pé, era o caminho natural para a Freguesia de Barcarena.

Chegamos deste modo à conclusão de que Queijas e Linda - a - Pastora, foram esquecidas no que se refere a transportes até à década de quarenta, do último século.

Contudo a construção do Estádio Nacional veio melhorar esta situação, pela abertura de novas vias como a Auto-estrada do Estádio e a estrada que ainda hoje nos leva de Queijas até à Cruz Quebrada, passando em frente da Praça da Maratona.

Antes da construção da A5, o acesso era até muito mais directo.

Foi então que as carreiras de uma empresa privada, Eduardo Jorge, começaram a fazer a ligação entre Queijas e a Cruz Quebrada, sendo todavia o número de frequências diárias assaz insuficiente e sem entrarem em Queijas.

Só a partir de finais do ano de 1967, uma empresa de transportes públicos da região, com sede em Carnaxide, chamada VIMECA, passou também a vir a Queijas, contudo também não circulava neste nosso lugar.

Mais tarde foram abertas carreiras para Lisboa, Marquês de Pombal, via Monsanto, Buraca e Carnaxide.

Algum tempo após a revolução de Abril/74, a população tomou uma medida de força e obrigou as carreiras a circularem dentro da povoação.

Sempre com muitas dificuldades para obtenção de qualquer benefício para a população, o próprio correio era entregue num estabelecimento de um comerciante, pessoa estimada em Queijas, onde era feita a sua distribuição, mas para operações mais complicadas o destino dos habitantes da nossa terra tinham que se deslocar aos CTT em Carnaxide.

O telefone em Queijas começou por aparecer em casa deste mesmo comerciante, onde era disponibilizado pelo dono, para casos urgentes, à população.

Só por volta dos anos cinquenta a electricidade e a água canalizada chegaram ao lugar de Queijas e, com elas, a possibilidade de ouvir a rádio, na altura tanto na moda , de ter a comodidade de abrir a torneira para ver a  água a correr, sem ter que ir buscá-la à  fonte mais próxima.

Ainda na década de sessenta do último século, para os primeiros habitantes da Auto-Construção, o recurso às fossas era uma constante.

Depois, este problema para as áreas de recente urbanização foi sendo resolvido, continuando todavia no núcleo antigo, o que fez correr muita tinta, até muito recentemente, sobre os despejos para a Regueira de Queijas.

 

Actividade religiosa

 

No ainda lugar de Queijas, durante centenas de anos, não há memória da existência de qualquer templo religioso.

Afirma-se e diz-se ter existido neste lugar multi-centenário uma velha Ermida, a ser assim, certamente o tempo decorrido, terá feito, que dela nada restasse. Ou então mudou de nome, por qualquer conveniência particular.

Também se afirma, ter sido S. Joaquim o ORAGO desta velha povoação.

De há muitos anos que a paróquia de S. Romão, em Carnaxide, vinha chamando insistentemente a atenção das autoridades civis e eclesiásticas, para a falta de templos nas povoações da freguesia com o mesmo nome.

Principalmente para os casos de Queijas e Linda - a - Velha e ainda para a necessidade de normalizar a posse da Capela de S. João Baptista em Linda - a - Pastora.  

Na realidade, em muito precárias condições por falta de instalações, tanto em Queijas como em Linda - a - Pastora ia sendo ministrada catequese e alguma evangelização, mas em casa particulares.

Todavia em Queijas, com normalidade, ela terá começado só no início dos anos setenta do último século, e coube aos padres “Dehonianos” a dita evangelização, sendo a catequese dada pelos alunos do seu Seminário em Alfragide.

As primeiras missas foram rezadas na dependência de uma moradia, gentilmente cedida pelo seu proprietário.

O número de praticantes foi sendo sempre maior, até que por volta de 1975, é construído o chamado "Salão", no qual passa a ser celebrada a Eucaristia.

A actividade religiosa ia sempre aumentando, de tal maneira que não tardaria a que a Igreja tivesse cinco Coros em acção, sendo de salientar o Coro Juvenil.

A inauguração da Igreja de Queijas teve lugar, precisamente, no Dia do seu Padroeiro S. Miguel Arcanjo, 28 de Setembro de 1986, pouco mais de dois anos depois de ter sido lançada a primeira pedra.

Mais à frente, a nossa igreja haveria de ser enriquecida com a inauguração de uma Torre Sineira.

 

A transmissão da fé

 

A transmissão da fé não se faz só com palavras mas exige um relacionamento com Deus através da oração e da própria fé em acção. E nesta educação para a oração é crucial a liturgia, com o seu papel pedagógico, no qual o sujeito que educa é o próprio Deus e o verdadeiro mestre da oração é o Espírito Santo.

A Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada à catequese tinha reconhecido como dom do Espírito – para além do florescimento, em número e dedicação, dos catequistas – a maturidade registada nos métodos que a Igreja soube desenvolver para implementar a transmissão da fé e permitir aos homens viver o encontro com Cristo5. São métodos de experiência que envolvem a pessoa humana. Métodos plurais, que activam de modo diferenciado as faculdades do indivíduo, a sua inserção num grupo social, as suas atitudes, as suas dúvidas e procuras. Esses métodos assumem como próprio instrumento a inculturação5. Para evitar o risco de dispersão e de confusão inerente a uma situação assim tão diversificada e em constante evolução, o Papa João Paulo II recolheu por aquela ocasião um exemplo dos Padres sinodais e fez dele uma regra: a pluralidade dos métodos na catequese pode ser um sinal de vitalidade e de genialidade, se cada um destes métodos souber interiorizar e fazer sua uma lei fundamental que é aquela da dupla fidelidade, a Deus e ao homem, numa mesma atitude de amor5.

Ao mesmo tempo, o Sínodo sobre a catequese tinha como grande preocupação o de não perder os benefícios e os valores recebidos de um passado marcado pela preocupação de garantir uma transmissão sistemática da fé, integral, orgânica e hierárquica5. Por esse motivo, o Sínodo relançou dois instrumentos fundamentais para a transmissão da fé: a catequese e o catecumenado. Graças a eles, a Igreja transmite a fé de forma activa, semeando-a nos corações dos catecúmenos e dos que frequentam a catequese para fecundar as suas experiências mais profundas. A profissão de fé recebida pela Igreja (traditio), germinando e crescendo durante o processo catequético, é restituída (redditio), enriquecida, com os valores das diferentes culturas. O catecumenado transforma-se, assim, num importante centro de incremento da catolicidade e fermento de renovação eclesial.5

A revitalização destes dois instrumentos – o catecumenado e a catequese – destinava-se a incorporar aquela que foi designada como “pedagogia da fé”.5 A este termo é confiada a função de ampliar o conceito de catequese, estendendo-o àquele de transmissão da fé. A partir do Sínodo sobre a catequese, esta não é outra coisa que o processo de transmissão do Evangelho, assim como a comunidade cristã o recebeu, o compreende, o celebra, o vive e o comunica5. «A catequese de iniciação, sendo orgânica e sistemática, não se reduz ao meramente circunstancial ou ocasional; sendo formação para a vida cristã, supera – incluindo-o – o mero ensino; e sendo essencial, visa àquilo que é«comum» para o cristão, sem entrar em questões disputadas, nem transformar-se em pesquisa teológica. Enfim, sendo iniciação, incorpora na comunidade que vive, celebra e testemunha a fé. Realiza, portanto, ao mesmo tempo, tarefas de iniciação, de educação e de instrução. Esta riqueza, inerente ao Catecumenado dos adultos não batizados, deve inspirar as demais formas de catequese»5.

O catecumenado é entregue a nós, então, como o modelo que a Igreja recentemente assumiu para moldar os seus processos de transmissão da fé. Relançado pelo Concílio Vaticano II5, o catecumenado foi integrado em tantos projectos de reorganização e revitalização da catequese, como modelo paradigmático de estruturação desta tarefa de evangelização. Assim, o Directório Geral para a Catequese sintetiza esses elementos básicos, sugerindo as razões pelas quais tantas Igrejas locais se inspiraram neste paradigma para reorganizar as suas práticas de anúncio e de preparação para a fé, dando mesmo origem a um novo modelo, o «catecumenado pós baptismal»6, que recorda constantemente à Igreja a missão da iniciação à fé. Chama à responsabilidade toda a comunidade cristã. Coloca no centro de todo o percurso o mistério da Páscoa de Cristo. Faz da inculturação o princípio do próprio funcionamento pedagógico; é concebido como um verdadeiro e real processo formativo6.

  1. As Igrejas locais como agentes da transmissão

O sujeito da transmissão da fé em toda a Igreja, manifesta-se nas Igrejas locais. O anúncio, a transmissão e a experiência viva do Evangelho realizam-se nelas. Mas não apenas isso; as próprias Igrejas locais, além de sujeitos, são também o resultado dessa acção de anúncio do Evangelho e da transmissão da fé, como nos recorda a experiência das primeiras comunidades cristãs (cf. Act. 2, 42-47): o Espírito reúne os crentes em torno das comunidades que vivem fervorosamente a sua fé, alimentando-se da escuta da palavra dos Apóstolos e da Eucaristia, gastando as suas vidas na proclamação do Reino de Deus. O Concílio Vaticano II fixa essa descrição como fundamento da identidade de cada comunidade cristã, quando afirma que «esta Igreja de Cristo estáverdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas igrejas no Novo Testamento. Pois elas são, no local em que se encontram, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e com plena segurança (cf. 1 Tess. 1, 5). Nelas se congregam os fiéis pela pregação do Evangelho de Cristo e se celebra o mistério da Ceia do Senhor “para que o corpo da inteira fraternidade seja unido por meio da carne e sangue do Senhor”».6

A vida concreta das nossas Igrejas têm tido a sorte de ver, no campo da transmissão da fé e, mais geralmente, no campo do anúncio, uma realização concreta e, muitas vezes, exemplar desta afirmação do Concílio. O número de cristãos que nas últimas décadas se entregou de modo espontâneo e gratuito ao anúncio e à transmissão da fééverdadeiramente notável e marcou a vida das nossas Igrejas locais como um verdadeiro dom do Espírito dado às nossas comunidades cristãs. As acções pastorais relacionadas com a transmissão da fétornaram-se um lugar que permitiu à Igreja estruturar-se em diferentes contextos sociais locais demonstrando a riqueza e a variedade dos cargos e dos ministérios que a compõem e que animam a vida do dia a dia. Em redor do Bispo assistiu-se ao florescimento do papel dos padres, dos pais, dos religiosos, dos catequistas, das comunidades, cada um com a sua própria missão e a sua própria competência.

 

A pedagogia da fé

 

A transmissão da fé não se faz só com palavras mas exige um relacionamento com Deus através da oração e da própria fé em acção. E nesta educação para a oração é crucial a liturgia, com o seu papel pedagógico, no qual o sujeito que educa é o próprio Deus e o verdadeiro mestre da oração é o Espírito Santo.

A Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada à catequese tinha reconhecido como dom do Espírito – para além do florescimento, em número e dedicação, dos catequistas – a maturidade registada nos métodos que a Igreja soube desenvolver para implementar a transmissão da fé e permitir aos homens viver o encontro com Cristo5. São métodos de experiência que envolvem a pessoa humana. Métodos plurais, que activam de modo diferenciado as faculdades do indivíduo, a sua inserção num grupo social, as suas atitudes, as suas dúvidas e procuras. Esses métodos assumem como próprio instrumento a inculturação5. Para evitar o risco de dispersão e de confusão inerente a uma situação assim tão diversificada e em constante evolução, o Papa João Paulo II recolheu por aquela ocasião um exemplo dos Padres sinodais e fez dele uma regra: a pluralidade dos métodos na catequese pode ser um sinal de vitalidade e de genialidade, se cada um destes métodos souber interiorizar e fazer sua uma lei fundamental que é aquela da dupla fidelidade, a Deus e ao homem, numa mesma atitude de amor5.

Ao mesmo tempo, o Sínodo sobre a catequese tinha como grande preocupação o de não perder os benefícios e os valores recebidos de um passado marcado pela preocupação de garantir uma transmissão sistemática da fé, integral, orgânica e hierárquica5. Por esse motivo, o Sínodo relançou dois instrumentos fundamentais para a transmissão da fé: a catequese e o catecumenado. Graças a eles, a Igreja transmite a fé de forma activa, semeando-a nos corações dos catecúmenos e dos que frequentam a catequese para fecundar as suas experiências mais profundas. A profissão de fé recebida pela Igreja (traditio), germinando e crescendo durante o processo catequético, é restituída (redditio), enriquecida, com os valores das diferentes culturas. O catecumenado transforma-se, assim, num importante centro de incremento da catolicidade e fermento de renovação eclesial.5

A revitalização destes dois instrumentos – o catecumenado e a catequese – destinava-se a incorporar aquela que foi designada como “pedagogia da fé”.5 A este termo é confiada a função de ampliar o conceito de catequese, estendendo-o àquele de transmissão da fé. A partir do Sínodo sobre a catequese, esta não é outra coisa que o processo de transmissão do Evangelho, assim como a comunidade cristã o recebeu, o compreende, o celebra, o vive e o comunica5. «A catequese de iniciação, sendo orgânica e sistemática, não se reduz ao meramente circunstancial ou ocasional; sendo formação para a vida cristã, supera – incluindo-o – o mero ensino; e sendo essencial, visa àquilo que é«comum» para o cristão, sem entrar em questões disputadas, nem transformar-se em pesquisa teológica. Enfim, sendo iniciação, incorpora na comunidade que vive, celebra e testemunha a fé. Realiza, portanto, ao mesmo tempo, tarefas de iniciação, de educação e de instrução. Esta riqueza, inerente ao Catecumenado dos adultos não batizados, deve inspirar as demais formas de catequese»5.

O catecumenado é entregue a nós, então, como o modelo que a Igreja recentemente assumiu para moldar os seus processos de transmissão da fé. Relançado pelo Concílio Vaticano II5, o catecumenado foi integrado em tantos projectos de reorganização e revitalização da catequese, como modelo paradigmático de estruturação desta tarefa de evangelização. Assim, o Directório Geral para a Catequese sintetiza esses elementos básicos, sugerindo as razões pelas quais tantas Igrejas locais se inspiraram neste paradigma para reorganizar as suas práticas de anúncio e de preparação para a fé, dando mesmo origem a um novo modelo, o «catecumenado pós baptismal»6, que recorda constantemente à Igreja a missão da iniciação à fé. Chama à responsabilidade toda a comunidade cristã. Coloca no centro de todo o percurso o mistério da Páscoa de Cristo. Faz da inculturação o princípio do próprio funcionamento pedagógico; é concebido como um verdadeiro e real processo formativo6.

  1. As Igrejas locais como agentes da transmissão

O sujeito da transmissão da fé em toda a Igreja, manifesta-se nas Igrejas locais. O anúncio, a transmissão e a experiência viva do Evangelho realizam-se nelas. Mas não apenas isso; as próprias Igrejas locais, além de sujeitos, são também o resultado dessa acção de anúncio do Evangelho e da transmissão da fé, como nos recorda a experiência das primeiras comunidades cristãs (cf. Act. 2, 42-47): o Espírito reúne os crentes em torno das comunidades que vivem fervorosamente a sua fé, alimentando-se da escuta da palavra dos Apóstolos e da Eucaristia, gastando as suas vidas na proclamação do Reino de Deus. O Concílio Vaticano II fixa essa descrição como fundamento da identidade de cada comunidade cristã, quando afirma que «esta Igreja de Cristo estáverdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas igrejas no Novo Testamento. Pois elas são, no local em que se encontram, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e com plena segurança (cf. 1 Tess. 1, 5). Nelas se congregam os fiéis pela pregação do Evangelho de Cristo e se celebra o mistério da Ceia do Senhor “para que o corpo da inteira fraternidade seja unido por meio da carne e sangue do Senhor”».6

A vida concreta das nossas Igrejas têm tido a sorte de ver, no campo da transmissão da fé e, mais geralmente, no campo do anúncio, uma realização concreta e, muitas vezes, exemplar desta afirmação do Concílio. O número de cristãos que nas últimas décadas se entregou de modo espontâneo e gratuito ao anúncio e à transmissão da fééverdadeiramente notável e marcou a vida das nossas Igrejas locais como um verdadeiro dom do Espírito dado às nossas comunidades cristãs. As acções pastorais relacionadas com a transmissão da fétornaram-se um lugar que permitiu à Igreja estruturar-se em diferentes contextos sociais locais demonstrando a riqueza e a variedade dos cargos e dos ministérios que a compõem e que animam a vida do dia a dia. Em redor do Bispo assistiu-se ao florescimento do papel dos padres, dos pais, dos religiosos, dos catequistas, das comunidades, cada um com a sua própria missão e a sua própria competência.

 

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