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O ENTARDECER

O ENTARDECER

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NA UNIÃO EUROPEIA

 


Administração Directa e Indirecta do Estado na União Europeia (excluindo as administrações regionais e locais)

PAÍS - FUNCIONÁRIOS - NÚMERO DE HABITANTES POR FUNCIONÁRIO

Portugal - 568 384 (Número actualizado pelo Governo em Setembro de 2006) - 17,6

Luxemburgo - 24 000 - 20,8

Bélgica - 444 000 - 23,4

Chipre - 29 000 - 24,1

Letónia - 90 00 - 25,5

França - 2 302 000 - 26

Malta - 14 000 - 28,5

Alemanha - 2 861 000 - 28,8

Grécia - 381 000 - 28,8

Holanda - 558 000 - 29,2

Reino Unido - 2 010 000 - 29,7

Rep. Checa - 333 000 - 30,6

Dinamarca - 173 000 - 31,2

Áustria - 254 000 - 31,8

Eslováquia - 161 000 - 33,5

Eslovénia - 59 000 - 33,8

Hungria - 292 000 - 34,5·
Espanha - 1 212 000 - 34,9

Estónia - 39 000 - 35,8

Suécia - 250 000 - 36

Irlanda - 105 000 - 38

Itália - 1 463 000 - 39,5

Polónia - 901 000 - 42,3

Lituânia - 76 000 - 44,7

Finlândia - 113 000 - 46

Total UE - 14 171 000 - 32,2 - Dados: Eurostat relativos ao número de funcionários públicos na Administração Central do Estado, excluindo administrações locais e regionais.

in "Correio da Manhã"    28 Nov 2006

 

Nota: Portugal apresenta o pior número (17,6 habitantes por funcionário público!)

Não está a ser considerado o valor do PIB - o que agravaria mais a situação!

AS PERNAS A CAMINHAR …

 

Aqui vai um bom conselho

No ser humano, as pernas correspondem a 20% do peso do corpo.

É onde temos os músculos mais longos (sartorius) e mais fortes (glúteos).

O sangue desce por gravidade mas tem que subir de volta para o tronco.

Entre os músculos e o Tibialis Posterior temos veias e artérias que, por contracção, produzem o efeito de circulação do sangue.

É como se em cada perna existisse uma bomba.

O par de músculos na barriga da perna - os gémeos -  são activados cada vez que caminhamos e ainda mais intensamente quando subimos escadas ou andamos nas pontas dos pés.

Muitas horas sentados ou em pé, sem activação adequada destes músculos, é muito prejudicial a longo prazo para a nossa saúde.

Pernas enfraquecidas por falta de movimento significam patologias circulatórias, falta de equilíbrio, fraco alinhamento postural que pode também resultar em dores articulares e tensões na parte superior do corpo.

 

Por isso, caminhe …pela sua saúde! E divulgue pelos seus amigos se os quer manter por muito tempo!

 

GERAÇÃO RASCA

Geração à Rasca é o nome dado em Portugal a um conjunto de manifestações ocorridas em Portugal e outros países, no dia 12 de Março de 2011, as maiores manifestações não vinculadas a partidos políticos desde a Revolução dos Cravos.

Um evento no facebook e um blogue, criados por um grupo de amigos: Alexandre CarvalhoAntónio FrazãoJoão Labrincha e Paula Gil, foram o ponto de partida2] para o movimento de protesto, autointitulado "apartidário, laico e pacífico", que reivindica melhorias nas condições de trabalho, como o fim da precariedade. O manifesto incitava à participação numa manifestação dos "desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, mães, pais e filhos de Portugal".[

WIQUIPEDIA

O problema da divida

A confusão entre Dívida e criação de Moeda

A causa de todos os males ou de todos os bens?

«o dinheiro é emitido com divida, vai haver sempre divida. a criação de mais dinheiro com mais divida é um escalar que nos trouxe ao estado em que estamos hoje. desta forma há sempre problema da divida [sic]».

Viva!

Perante uma afirmação como a supra-citada e, tendo em conta o desconhecimento generalizado sobre o funcionamento do sistema financeiro, parece-me necessário explicar: Dívida, seja ela pública ou nacional, é uma coisa; criação de dinheiro é outra!

Dívida Pública é o dinheiro que o Estado terá de pagar, juros incluídos, quando se vencerem os prazos das aplicações financeiras emitidas para angariar dinheiro. Este é um grande problema em Portugal, como todos sabemos.

Dívida nacional é o dinheiro que o Estado e as empresas de um país devem aos Estados e empresas estrangeiras, devido a empréstimos e compras por pagar que, quanto mais tempo levarem a ser pagos, mais juros se acrescentam. Este é o problema da Islândia, discutido no link acima.

Como já não utilizamos o “padrão-ouro“, a moeda em circulação não tem correspondência em metais preciosos guardados no Banco Central, neste caso, o Banco Central Europeu. Hoje, a economia de mercado baseia-se num sistema fiduciário, ou seja, o dinheiro é imaginário e criado do nada, fruto de uma operação matemática. O valor do dinheiro é, meramente, relativo à confiança de quem o utiliza. E foi este sistema que nos permitiu atigir o nível de progresso e bem-estar actual.

Na nossa economia liberal, o dinheiro “aparece” de duas formas: o Banco Central emite Divisa e o sistema financeiro (os malditos bancos!) cria moeda. Em nenhuma destas situações há lugar ao aumento ou diminuição das Dívidas pública ou nacional.

A moeda pode ser emitida, por exemplo, por falta de liquidez (pouco dinheiro em circulação, normalmente por haver muita poupança ou por a balança comercial ser negativa e muito dinheiro ir para o exterior), por a moeda estar muito forte no mercado cambial (isso prejudica as exportações, já que os produtos ficam mais caros para os compradores) ou para pagar a Dívida Pública (só em último recurso!). O problema é que, se não houver criação de riqueza que justifique a emissão de moeda, está-se a inventar dinheiro a partir do nada. Portanto, se a riqueza não acompanhar, a emissão de moeda implica uma desvalorização da mesma e, se a moeda vale menos, os bens e serviços têm de aumentar o preço, ou seja, aumenta a inflacção. Por este motivo é que é um absurdo emitir moeda para pagar a Dívida pública!

Mas, a moeda também é criada e, numa economia saudável, multiplica-se, graças aos bancos comerciais. E o milagre da multiplicação da moeda começa porque há dois tipos de moeda: a moeda física, que circula, e a moeda escritural, ou bancária. É preciso, agora, acrescentar que há três tipos de bancos: Banco Central, bancos de investimento (como o B.P.P.) e, os que criam dinheiro, os bancos comerciais. E é nestes últimos que nos vamos focar.

Os bancos são empresas que recebem depósitos e, como intermediários financeiros, com esses fundos concedem empréstimos e fazem investimentos. Como qualquer empresa, o objectivo é o lucro para os accionistas. Não é demais acrescentar que banco que se preze, tem de ter liquidez (capacidade de converter depósitos em moeda física), rendibilidade (produção de lucro) e solvência (capacidade de satisfazer as suas obrigações para com os credores).

massa monetária é constituida pela moeda física em circulação e pela moeda escritural depositada nos bancos. A moeda física depositada nos bancos não conta como moeda, senão estaríamos a contar duas vezes o mesmo dinheiro. A moeda física na posse dos bancos e os depósitos destes no Banco Central (que também não contam como moeda), constituem as Reservas, impostas por lei numa percentagem dos depósitos ou, caso os bancos queiram, maior – são as Revervas que nos garantem, quando vamos ao banco fazer um levantamento, que o banco tem moeda física para nos entregar.

Vamos, portanto, supôr que um banco tem as Reservas legais, por exemplo, de 20%. Eu vou ao banco depositar 1000€ em moeda física: o meu depósito vai aumentar em 1000€ o Passivo, mas, a moeda física que entreguei vai contar como Reserva, portanto, também vai aumentar em 1000€ o Activo. Relembremos que as Reservas não contam como moeda. Para satisfazer a obrigação legal de 20%, 200€ terão de ficar em caixa, logo haverá 800€ à disposição do banco para investir ou emprestar.

Vamos, agora, supôr que aparece alguém no banco a pedir um empréstimo de 800€. Se for um dos poucos portugueses a quem os bancos ainda concedem crédito, o banco vai depositar-lhe os 800€ na conta e ele vai levantá-los. Os empréstimos contam como Activos, logo, no balanço do banco, haverá um Passivo de 1000€ do meu depósito, um Activo de 200€ da Reserva legal e outro Activo de 800€ do empréstimo. O banco emprestou o meu dinheiro! Mas, como os 800€ do empréstimo foram levantados, aumentou a moeda em circulação, logo, o banco ao conceder o crédito, criou moeda. Além dos meus 1000€, há agora alguém com 800€, portanto, há 1800€ para serem gastos.

E não fica por aqui! O indivíduo que pediu o empréstimo vai gastar o dinheiro, vamos imaginar, em roupas e mercearias. Os lojistas a quem ele pagou (partindo do princípio que pagou…) vão, concerteza, depositar o dinheiro nos bancos e a criação de dinheiro há-de continuar.

Isto é o processo do multiplicador do crédito. É claro que os aumentos de criação de moeda serão cada vez menores. Deixa de ser possível criar moeda a partir dos meus 1000€ quando o volume de depósitos consequentes tiver crescido tanto que as Reservas são exactamente 20% do total de depósitos e iguais a 10000€. Neste ponto não há mais excesso de Reservas no sistema bancário, portanto, a expansão do crédito  e resultante criação de moeda terminou.

Para não complicar, evitei referir as consequências de uma maior ou menor quantidade de moeda na inflacção ou nas taxas de juro. Nem abordo outro processo tão importante como a criação de moeda, a destruição de moeda.  Outro factor que deveria ser desnecessário referir é isto: o processo de multiplicador do crédito é um processo finito! Enquanto houver moeda a ser criada, há crescimento económico, mas, quando a criação de moeda acaba, o crescimento económico pára e ficam as dívidas para pagar, com juros! Qualquer pessoa sensata percebe, quando chegamos a este ponto que, se a criação da moeda (ou, para este efeito, o crescimento pela concessão de crédito) não for acompanhada de um aumento da riqueza, o ciclo de crescimento termina e a economia entra em recessão.

Servindo-nos, então, da discussão que deu origem a este artigo – os desvarios esquerdistas da Islândia em consequência da falta de liquidez do sistema bancário – chegamos ao problema de Portugal: não há criação de riqueza!

A destruição do sector produtivo português começou no P.R.E.C., com as nacionalizações e reforma agrária, continuou no cavaquismo, com o desmantelamento do sector primário, e acabou com a inércia de quem nos governa até hoje! O sector da transformação foi arrastado pelo colapso do sector primário e as empresas que não desapareceram entretanto (a típica indústria portuguesa de mão-de-obra barata), estão agora a fechar ou a “deslocalizar-se” – eufemismo para irem explorar trabalhadores noutros países que estão a seguir o mesmo modelo económico que nos levou ao estado em que estamos. Aqueles que preseveraram, investiram, criaram empregos, produzem valor acrescentado e contribuem para o crescimento económico, depois do desprezo a que foram votados até há pouco, são agora asfixiados com impostos (para pagar os erros dos outros) e limitações à produção (por motivos que não interessam para este artigo).

A aposta portuguesa foi nos sector dos serviços que traz dinheiro rápido, mas, não produz riqueza. Quando muito, actividades como o turismo trazem divisa estrangeira – é como ter alguém a esvair-se em sangue e, em vez de tentar estancar a hemorragia, ir remediando com transfusões.

Chegamos, assim, àquilo que, no meu entender, desde as aulas de Economia Política com o Professor Arlindo Donário, considero o fracasso fundamental deste país: a falta de capital humano. A falta de educação – profissional e intelectual – de um povo é o maior obstáculo ao seu desenvolvimento. É indiscutível que pobreza gera pobreza e ignorância gera ignorância. O passo de gigante foi dado com o investimento na educação pública, mas, num mercado globalizado, não basta ter a maior parte da população com cursos superiores: a competição deve ser na qualidade das competências e não na “contagem de cabeças”. A renovação das gerações é uma certeza, mas, o que mais falta, é uma revolução das mentalidades.

Impõe-se, num artigo desta dimensão, uma conclusão em jeito de “moral da história”. Se algo há a retirar daqui é a fé nos Estados de Direito Democráticos, berços da economia liberal que colocou a sociedade Ocidental em patamares de desenvolvimento inéditos na história da Humanidade. Defendo, obviamente, a regulamentação dos mercados – a ausência de regras transforma a democracia em capitalismo selvagem, o que não é melhor que o comunismo! Onde a democracia não funciona, nada funciona – é uma certeza que a História nos dá. Por isso é que observo com um misto de riso e tristeza a deriva da Islândia, rumo a sistemas que já provaram não trazer nada de bom. Novamente a História, o derradeiro juíz, dar-me-á razão…

Cumprimentos!

António Gaito

O FUTURO DO MUNDO

 

Se nos atrasarmos nunca mais acertaremos o passo com o futuro que alguns dizem estar para vir :

Qual o Futuro no Mundo?

Não fiquemos de boca aberta. A Nova Economia não está morta. Diz-se que vai haver um segundo "boom" até 2009. A Internet, a Web, o telemóvel e a banda larga entrarão num percurso imparável - passarão a valores próximo da total penetração nos mercados dos países mais desenvolvidos atingindo mesmo a massificação por volta de meados/final desta primeira década do século XXI.

Telecomunicações e transportes.

Desenvolvimentos tecnológicos nas telecomunicações: TV, vídeo, fax, telefonia móvel, Internet, estradas e redes de informação. Desenvolvimentos tecnológicos nos transportes: aviões, comboios de alta velocidade, automóveis de baixo consumo, bicicleta; consequência: o bombardeio da informação e da publicidade, a aldeia global, a progressiva não-habitabilidade das cidades; reflexões éticas sobre o controle da informação e a criação de opinião.

Ciência, tecnologia e sociedade no mundo desenvolvido

A energia. Desenvolvimento científico; desenvolvimento tecnológico: energias contaminantes e energias alternativas; o controle da investigação energética; problema da ciência militarizada; a necessidade da participação dos cidadãos na tomada de decisões; consequências económicas e do meio ambiente; ética nuclear e ética do meio ambiente.

A produção industrial. Desenvolvimentos tecnológicos: automatização da produção (informática, robótica…); consequências sócio - económicas; industrialização e desindustrialização; terceirização; crises no Estado de bem-estar social; consumo e desemprego; desequilíbrios em nível mundial: primeiro e terceiro mundos; reflexão ética e política sobre um problema social.

Saúde e demografia. Desenvolvimentos científicos: a Biologia e a Genética modernas; desenvolvimentos tecnológicos: a Medicina moderna (vacinas, novas técnicas cirúrgicas, controle da natalidade) e a Engenharia genética; o controle da investigação e da fixação de prioridades; a influência da ideologia; consequências; controle da mortalidade e explosão demográfica; políticas de controle da natalidade; escassez e progressivo esgotamento de recursos naturais.

Estas profundas mudanças económicas atingirão de forma particularmente violenta, a população activa com baixos níveis de escolaridade onde os houver, a qual passou a concorrer no mercado de trabalho com imigrantes de todo o mundo. A educação passou a ser de facto um capital ainda mais socialmente valorizado pelas famílias.

As Pessoas, será ponto assente, que a principal riqueza de um País ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham.

A nova geração, ou sejam os nossos netos, viverão um novo "boom" longo como aquele que ocorreu entre 1942 e 1968 ou tal como o que aconteceu entre 1902 e 1929.

O próximo "boom" longo, entre 2023 e 2040, desenvolverá, ainda mais, estas tecnologias, estilos de vida e modelos de negócio até atingirem a saturação no mercado de massas, exactamente como aconteceu entre os anos 40 e 70 do século XX. A biotecnologia, tal como as baterias de hidrogénio, serão grandes motores deste "boom".

 

 

 

Turbilhão, redemoinho

Todo movimento rotativo é uma representação do tempo e de sua evolução e, no caso do turbilhão, é acelerado para que a evolução seja impossível de controlar. O turbilhão nos adverte que estabelecemos uma relação que está se acelerando e ameaçando nos arrastar para o desastre. O túmulo é igual, mas motivado pela busca descontrolada de conhecimento que também pode levar à destruição por sua força psíquica….

 

Redemoinho

Sua forma helicoidal remete ao simbolismo de evolução, porém uma evolução guiada e dirigida por forças superiores fora do controle humano. Esse processo pode caracterizar-se por dois aspectos: o redemoinho de queda e o ascensional, ou seja, regressão ou progresso. Mas expressa sempre, pela sua violência, uma extraordinária intervenção no decurso das coisas.

A GRANDE MUDANÇA

                             

 

A actualidade da Mensagem de Fernando Pessoa, na verdade,  faz pensar e renovar espiritualmente a raça portuguesa. Saibamos, no entanto, que essa Mensagem não é a apologia do povo português, mas o apelo à utopia, para melhorar Portugal e talvez o mundo.

O nosso país, é hoje um país onde as reformas estruturais parecem nunca passar da sua primeira fase! Ou seja, do seu anúncio. No contexto europeu, somos hoje um mau aluno, ao jeito de qualquer possuidor de um diploma das “Novas Oportunidades”. Cresce o descontentamento, a criminalidade, o desemprego e decresce o nível de vida, a economia, e a esperança dos portugueses. Estes, aturdidos, votam cada vez mais à esquerda, em contra-ciclo, com a Europa! A nossa democracia está frágil e desacreditada aos olhos dos votantes. Muitos perigos espreitam, hoje, Portugal e os portugueses. Muitas vozes se têm levantado convidando à reflexão e à mudança, todavia, existe na pele dos lusitanos uma indiferença que os torna cegos e surdos! Olham para tais arautos (da desgraça)  como se fossem loucos.

Porém, a nossa salvação, a ser conseguida, aparecerá somente ao fim de várias dezenas de anos. É tempo demais para ter esperança numa nova vida.

De resto, ninguém conhece qual o rumo a seguir para o país que temos. Não há projecto e sem ele não há futuro. Numa Europa e num mundo globalizados, a circunstância de estarmos no fim do pelotão europeu, é desanimadora para toda a gente.

Todavia, parece ser sina nossa, sermos diferentes. Ou somos pioneiros arrasando o mar em busca de conquistas impressionantes ou ficamos perdidos na estrada que suporta a nossa mágoa e tristeza juntamente com o nosso cansaço.

Do mar nunca retivemos a imagem do “surfista” que espreita a formação da onda, para nela se montar e galgar com prazer, a distância à terra firme. É pena. No fundo é de uma onda que nos leve, que os portugueses precisam! De mar sabemos nós. Temos dormido e sonhado vidas inteiras com ele. Das ondas também. Vamos, pois, parar e pensar.

Para é fácil. Há muito que o fazemos. O pensar tem-se tornado cada vez mais difícil para nós. Quanto maior é o caos, incerteza e pessimismo, maior é a necessidade de “fuga para a frente” e menor é a coragem de se pensar nos porquês, uma vez que isso demora tempo. Parece que o tempo urge e que estamos parados há décadas, mas talvez seja vantajoso parar com inteligência.

É essa inteligência que nos pode mostrar e lembrar que a crise é global. No mundo as interrogações são muitas. O aquecimento global, escassez de recursos (água, petróleo, matéria prima, etc.) Soluções não abundam. Só abundam convicções. Dentro delas sabe-se que o enorme aumento da natalidade é preocupante. O desemprego avassalador por todo o lado, também!

A dignidade do Homem e mais, ainda, das famílias, tem de ter uma resposta. Metade do mundo não pode nadar em supérfluos e a outra em fome e miséria. A mudança é imperiosa! Às cegas nunca. Devemos partir montados na onda, sendo ela, agora, os valores humanos mundiais. Desde logo, uma enorme plêiade de novos conceitos. No fundo é o capital humano, e as vias para o seu relacionamento.

”Os políticos e os líderes empresariais necessitam de mudar os fundamentos da civilização moderna". Ou seja: 1) a sociedade deve abandonar o conceito da dominação e orientar -se para o conceito da colaboração: 2) a economia necessita de ir para lá do objectivo do crescimento e estabelecer uma nova ordem económica baseada na transformação: 3) necessitamos abandonar também a disponibilidade infinita da energia e dos recursos e definir o conceito da interferência mínima no ambiente: 4) necessitamos de um novo quadro social e económico de criação de valor, baseado nos valores humanos universais.  

" O ponto de mudança da Grande Transformação está perto. Há tremendas oportunidades ou um enorme desastre. As nossas acções - ou os nossos fracassos em agir - decidirão o futuro da vida na Terra".

Por último, uma aposta em Portugal, membro da UE, feita pela Europa dos 27, impõe-se: seríamos nós, Portugal, pela sua dimensão reduzida, pelo baixo valor dos seus indicadores económicos, pelas qualidades e experiência do seu povo, a lavrar esta grande mudança a caminho de um novo mundo mais solidário e sustentável. Não seríamos cobaia mas sim pioneiros. Orgulhosos.

Caminharíamos na frente e isso nos motivaria. Aos outros países ficaria a certeza do caminho não minado. De um caminho seguro. De resto, a tarefa de explorar o mar já nos foi dada. Está bem entregue. Era lindo ver liderado pelo povo português, o V Império de Fernando Pessoa. O Durão Barroso pode abrir este caminho para um novo mundo, ao lado dos seus compatriotas. Fazia-se história e abria-se uma grande janela no mundo. A janela do respeito e da solidariedade entre os Homens. Aberta pela utopia!

António Reis Luz

 

 

 

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