A revolução Técnico – Científica que o século XX viu crescer no desenvolvimento da Revolução Industrial, criou capacidades inimaginadas nas sociedades pré-industriais. No início do século XX, antes das catástrofes que cilindraram o século, já nos principais países industrializados se viviam os problemas que emergiam das novas capacidades de produção e de consumo. Em certos países instalava-se assim, desde os anos 60, a denominada sociedade da abundância. Contudo, não pode subsistir produção em massa sem consumo em massa, sociedade da abundância sem sociedade de consumo. A revolução Técnico - Científica tornou irreversível este processo.
No âmbito dos comportamentos individuais, o consumo transforma-se, porém, em consumismo, menos significativamente no consumo de produtos de primeira necessidade. Vivemos um novo século em que novos desafios, conquistas e preocupações nos são colocadas como consumidores. Até onde pode e deve ir o progresso? Não perderá nunca o Homem o controlo sobre a sua capacidade de descobrir e ir mais além? É nesta atmosfera que novas realidades vão surgindo, colocando novas interrogações na sociedade de consumo, como é o exemplo presente dos alimentos trangénicos .
O mundo lá ia evoluindo mas as condições de vida das populações e os seus direitos sociais eram praticamente inexistentes.
Havia porém quem sonhasse com um novo mundo a sério e para isso servia-se da sua imaginação!
No caso de Leonardo da Vinci, não sei dizer se foi o mais artista de todos os cientistas ou o mais cientista de todos os artistas. Acho que foi as duas coisas. Leonardo foi matemático, engenheiro, arquitecto, projectista, mecânico, anatomista, botânico, zoólogo, cientista, futurólogo, pintor, poeta, físico, inventor e sobretudo um génio que viu o que ninguém foi capaz de ver em sua época e transformou-se em uma personalidade sem igual na galeria dos pensadores humanos. Foi também um grande cozinheiro e empresário. Em sociedade com Botticelli, abriu um restaurante. Para comodidade e higiene dos seus clientes, inventou o guardanapo. Era início do século XVI. Leonardo morreu na França em 1519 e nasceu em 1452. em Anchiano, um lugarejo próximo de Vinci, na Toscana, Itália. Desde cedo mostrou o seu talento e aos 20 anos, junto com o seu mestre Andrea del Verrochio, pintou o Baptismo de Cristo, onde as características dos dois pintores são bem nítidas e onde o aluno mostrou definitivamente que havia superado o mestre. Leonardo da Vinci é considerado o pai da Renascença. É preciso que se entenda bem o significado disso.
Espanha e França eram as nações poderosas naquela época. A Itália estava dividida sob a influência de Veneza, Milão, Nápoles e Florença. A família dos Médici, onde proliferavam papas, reis e rainhas, dominava Florença. Os Médici deixaram um grande legado artístico e cultural e contribuíram para o esplendor de Florença. Foi em Florença onde ressurgiu o poderio cultural italiano. Aos 25 anos, Leonardo da Vinci trabalhava para Lorenzo dei Médici na administração da cidade estado.
A ultima ceia
Conviveram nessa época de grande efervescência artística mas também de guerras, intrigas e abuso do poder, outros génios da pintura, como Raphael e Michelangelo, por exemplo, mas nenhum foi versátil como Leonardo. Trabalhando como engenheiro militar para Cesare Borgia, irmão de Lucrecia Borgia, projectou desvio de rios importantes e equipamentos de guerra, ao mesmo tempo que deslumbrava o mundo com sua arte. Cesare Borgia foi um conquistador e parte do seu poder provinha das inovações bélicas sugeridas e fabricadas por da Vinci. Muitos progressos científicos tiveram início com os seus esboços.
Olhando do nosso tempo, é difícil imaginar alguém pensando em máquinas voadoras no final do século XV. Fosse outra a tecnologia da época e Leonardo da Vinci teria voado. Claro que não disputa o título do primeiro voo mas mesmo assim é o pai da aviação.
Esboço de Helicóptero
A arte de Leonardo da Vinci se destaca da grande safra de génios da pintura que viveram naqueles tempos, mesmo entre os renascentistas italianos. A técnica, o talento, o trabalho minucioso que parece dar vida aos personagens. Da vontade de sorrir de volta para a Gioconda e de perguntar o porquê daquele sorriso tão maroto e instigante. O que estaria pensando a bela mulher? Se é que é uma mulher, afinal, pois há quem pense o contrário. Da Vinci impressiona pela perfeição mas o que, para alem da retórica e do devaneio, faz admirar esse homem é o seu espírito criador, capaz de pensar e projectar o que ninguém mais sonhava. Uma máquina de fazer parafusos, uma poderosa artilharia, complicados estudos trigonométricos, esteiras industriais que vislumbravam a produção em série, helicópteros, tanques de guerra que só iriam surgir na Primeira Guerra Mundial e uma infinidade de criações, simples e complexas, em quantidade inesgotável e sobre todos os assuntos, mostram bem como funcionava a mente desse homem admirável.
Em vida, da Vinci jamais permitiu o manuseio dos seus muitos cadernos, onde anotava tudo, desde os compromissos particulares, dívidas, frases, pensamentos, poemas, até projectos inteiros, experiências científicas, onde explicava mais através de esboços e desenhos do que de palavras. Dizia que quanto mais detalhadamente se explicasse um projecto, mais pareceria confuso, ao passo que uma figura esclareceria tudo. Toda a riqueza desse material só foi examinada após a sua morte.
Escreveu muitas coisas de modo que só podia ser lido através do espelho ou camuflando escritos dentro de labirintos complicados. Uma boa precaução pois era tido como feiticeiro em uma época que os feiticeiros iam para a fogueira e muitas das suas ideias científicas pareceriam feitiçaria para o povo, naquele tempo. Dissecava cadáveres quando a Igreja condenava essa prática e foi proibido pelo Papa Leão X de continuar seus estudos. Foi o maior futurólogo de todos os tempos, mais do que Júlio Verne, em minha opinião, principalmente pelo embasamento científico correto sobre o qual montava os seus sonhos e projectos. Alem das maravilhosas obras de artes, deixou mais de 6.000 páginas de anotações com poemas, pensamentos, devaneios e principalmente, ciência. O génio da Vinci é considerado o iniciador da óptica, da acústica, da hidráulica, da balística e da aviação. Não se conhece nenhum homem que tenha superado tão amplamente os limites do seu tempo como Leonardo da Vinci,
Em 1994, quando o mundo se consciencializou das barbaridades de Hitler, tomou providências para que a matança fosse interrompida. Era tarde de mais para esconder toda a verdade. Os sobreviventes judeus, por quererem evitar a repetição do holocausto, propuseram à ONU a criação de um Estado Judaico nas Palestina, onde antigamente se localizava Canaã. Com pressões de todos os lados, no espaço de três anos, A Assembleia Geral das Nações Unidas determinou o estabelecimento do Estado Judeu na Palestina e que seria seguida, após alguns meses, da proclamação do Estado de Israel. Segundo muita gente, a Palestina nada mais é, que a terra que foi prometida por Deus aos Judeus que saíram do Egipto e caminharam 40 anos pelo deserto em busca destas terras. Viveram ali muitos anos, mas foram expulsos por outros povos que habitavam a região, espalhando-se então por todo o mundo. Haviam passado quase dois mil anos, quando regressaram, encontrando a terra prometida habitada pelos árabes e dominada pelos ingleses. Quando os ingleses saíram, para permitirem a criação do Estado de Israel, começaram as lutas com os países vizinhos. Dos catorze milhões de judeus que existem por todo o mundo, só um pouco mais de um quinto vive em Israel; há mais judeus em Nova York que em toda a nação judaica. Com uma população residente de 6 milhões, a comunidade judaica dos Estados Unidos é de longe a maior. Ao todo, os Estados Unidos, o Canadá (300 mil), e a América Latina (620mil) concentram mais de 65% dos judeus. Os judeus tiveram de se adaptar constantemente à língua e aos costumes dos locais que escolheram para viver. Devido à influência do Estado de Israel, o hebraico voltou a ser a língua básica da educação judaica, depois da língua nativa das comunidades da Diáspora.
Ultrapassa em muito as 6 000 milhões de almas. O crescimento populacional aumenta a um ritmo impressionantemente progressivo. É certo que ele varia segundo as regiões, e porque as condições para o povoamento não se oferecem igualmente repartidas, a densidade populacional é também muito variável. Algumas zonas são praticamente desabitadas: as regiões polares, os desertos de África, da Ásia Central, da Austrália, da América, as grandes florestas, os altos cumes. Outras são fortemente povoadas: as zonas industriais da Europa e dos Estados Unidos, os deltas e as planícies da Ásia do Sudeste, e os arquipélagos japoneses e malaio.
De qualquer maneira as estimativas oficiais apontam para uma população mundial, em 2050, da ordem dos 9 000 milhões de pessoas.
Exactamente por essa razão, alguns economistas defendem que se deve avançar com planos de investigação e desenvolvimento de energias alternativas. Tendo em vista este caminho será conveniente ter bem presente as seguintes Leis da Termodinâmica:
Primeira Lei: Princípio da Conservação da Energia: “ A energia não pode ser criada nem destruída, somente transformada”.
Segunda Lei: Lei da Entropia: “ A entropia – grau de desordem – de um sistema fechado aumenta continuamente”
O termo energia vem do grego “energueia” ( έν dentro, εργον trabalho, obra, dentro do trabalho) e, conforme a sua formulação é quase sinónimo de trabalho. Para fins científicos e genéricos, a definição mais usual trata a energia como a capacidade de produzir trabalho.
Desde sempre o Homem dispôs somente de energia da sua própria força muscular e da tração animal, do calor da lenha e da captação do movimento das águas e dos ventos. A invenção da máquina a vapor há trezentos anos e a utilização do petróleo a partir do século XIX, possibilitaram novas condições e qualidade de vida, mas criaram também novas situações económicas, sociais e ambientais na busca dessa energia. Apesar disso, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não trem acesso à energia elétrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com melhor padrão de vida, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia. – E, conforme a sua formulação é quase sinónimo de trabalho. Para fins científicos e genéricos, a definição mais usual trata a energia como a capacidade de produzir trabalho.
Desde sempre o Homem dispôs somente de energia da sua própria força muscular e da tração animal, do calor da lenha e da captação do movimento das águas e dos ventos. A invenção da máquina a vapor há trezentos anos e a utilização do petróleo a partir do século XIX, possibilitaram novas condições e qualidade de vida, mas criaram também novas situações económicas, sociais e ambientais na busca dessa energia. Apesar disso, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não tem acesso à energia elétrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com melhor padrão de vida, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia. Hoje, a Ásia é o maior continente produtor de energia (34% do total), seguida da América (31,1%) e da Europa (25,6%). A América do Norte é o maior consumidor, principalmente os Estados Unidos que consomem mais de um terço do total produzido. A produção mundial de energia, em 1997, segundo os dados da Agência Internacional de Energia, somou o equivalente a 9,5 mega toneladas de petróleo, dos quais 86,2% são provavelmente de fontes não renováveis – carvão, gás natural e petróleo. As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos, as de gás natural, um pouco mais de cem anos, as reservas de carvão aproximadamente 200 anos. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis, aquelas que se podem renovar espontaneamente (água, sol e vento) ou por medidas de conservação (vegetação) – são responsáveis apenas por 13,8% do total produzido. As Fontes de Energia Alternativas conhecidas são neste momento as seguintes:
Eólicas, Geotérmica, Solar e Biomassa, ou ainda outras fontes alternativas podem merecer análise como as marés, ondas, xisto, Fissão Nuclear (é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois menores e mais leves). Todas com vantagens e desvantagens, mas ainda num estado de aproveitamento bastante incipiente. A nível mundial é muito mais correto falar de petróleo, dentro das causa económicas, do que vagamente da economia mundial. Em boa verdade esta depende em absoluto das fontes de energia e, no caso, o petróleo domina maioritariamente a realidade económica mundial. As alternativas de que falámos aparecem como tal, de forma muito incerta, empurrando as estratégias mundiais de todos os países, muito mais no sentido de garantirem o consumo do petróleo enquanto ele existir, do que para as áreas da investigação e desenvolvimento de outros tipos de energia.
Das causas apontadas para os conflitos mundiais e locais, a economia e as religiões, a maioria das vezes elas não aparecem isoladamente, mas sim, entrelaçadas. Será caso para dizer de mãos dadas. Justificam-se mutuamente e são habilmente manobradas ao serviço das ditas estratégias das grandes potências mundiais. Como poderia o Homem sobreviver sem os recursos mundiais do seu planeta? Ele que à terra e ao mar arranca, numa labuta de sempre e para sempre, os produtos de que precisa para se alimentar, viver e confeccionar toda a sorte de utensílios de que necessita. Ele que, na constante tentativa de viver numa sociedade cada vez mais rica e mais confortável, lhe tem sabido dispensar um ritmo impressionante de progresso, e que já se volta, ambicioso, para os espaços siderais. A economia mundial tem, pois, os seus alicerces nos recursos naturais, tanto no estado primitivo como na forma final conseguida através das operações levadas a cabo pelo Homem para os tornar utilizáveis. Será o caso dos recursos que se extraem do solo e do subsolo e de que os minerais metálicos e os combustíveis são os exemplos mais marcantes. Por seu turno, é o mundo dos seres vivos – animais ou vegetais – o manancial primário dos recursos naturais. O Homem explora-o e desenvolve-o desde o seu aparecimento na face da Terra – pescando e caçando, criando animais domésticos, abatendo árvores, cultivando o solo.
Pessoalmente, acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.
Representará tal conquista a vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia, sociedade em geral e a própria economia.
Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta: a escassez, dentro de duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.
Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os pólos da humanidade, reconhecer e conhecer a atividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro, que virá. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol!
Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 1 7000 000 de anos. Até hoje sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer?
É na lógica de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no seu consumo, gestão e preservação! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta rutura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio coletivo é indispensável à nossa sobrevivência.
Parece, contudo, que depois deste «caos», em crescendo, surgirá a já anunciada nova Idade de Ouro. Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje. Esse “paraíso” virá, numa normal convicção, de uma força universal a unir as pessoas, que brotará por volta de 2040 na montanha Sinjar, no Iraque. Resultará ela, de uma nova cultura que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido colectivo, quase perfeito, em consequência direta de se ter atingido um grau superior na sua civilização.
Novamente aquela região doa grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova civilização! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via! A Idade de Ouro.
Essa será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim poderá ser em meados do actual século!
Esta é uma história real de homens, de árvores e de tempos. Eles conhecem a verdade da terra, bem como a omnipotência do céu sobre as colheitas, pedra angular da existência para si e para as suas famílias. Lá em cima nada é como dantes. A desregulação climática perturba os ecossistemas e leva os homens à loucura. Desde há muito tempo os homens exploram a floresta sem “discernimento”. Ao ponto de ameaçarem os elementos fundamentais de uma biodiversidade até então ideal para a existência de uma floresta de elevada qualidade. E de porem em perigo uma economia de proximidade vital para as populações campestres e aldeias.
Uma só árvore purifica 600 litros de água por ano, protegendo, simultaneamente, o ambiente. Actualmente os seus produtores enfrentam desafios críticos devido às alterações climáticas. A praga das doenças nas plantas e as chuvas diluvianas, mesmo com algum auxílio, para serem combatidas carecem de novas técnicas na cultura da floresta.
“Plantar uma árvore pode custar meia-dúzia de euros e alguns minutos de trabalho, para depois prestar serviços ecossistémicos gratuitos durante 50 a 100 anos.
Multiplicar as espécies de árvores ajuda o agricultor a aumentar o seu rendimento. Desta forma, o agricultor pode, em cada ano, vender as colheitas das suas árvores de fruto e produzir mais madeiras preciosas.
Torna-se imperiosa a criação e implementação de um programa de educação e sensibilização florestal, dos riscos dos fogos e da sua prevenção – a negligência é a principal causa dos incêndios. Sobre isto nada se tem feito no nosso País, muito menos, em qualquer pretensa reforma florestal. No último ano, este pobre País ardeu de norte a sul.
No ano que corre foi ainda pior! Autêntica tragédia de norte a sul.
Segundo o Relatório de Contas da Caixa Geral de Aposentações de 2005, existiam no Estado 378 mil pensionistas, dos quais mais de três mil com reformas acima de 4 mil euros. O DE tentou saber junto do Ministério das Finanças quantos reformados do Estado têm pensões superiores a 12 IAS, mas tal não foi possível. A pensão média no Estado é de 1.104 euros.
informação
14Mar2011
Reformados pagam mais de mil milhões da consolidação em 2012
Por Nuno Aguiar, Publicado em 14 de Março de 2011
Um quarto do esforço previsto para 2012 será pago pelos idosos portugueses através de cortes de pensões e aumentos de impostos Os anteriores pacotes de austeridade já tinham mexido na carteira dos idosos portugueses, mas as novas medidas apresentadas sexta-feira pelo governo pedem novo esforço adicional aos reformados, com os pensionistas a dar um contributo decisivo para a consolidação das contas nacionais. Segundo o novo PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento), só em 2012, entre cortes e aumentos de impostos, os reformados irão contribuir com mais de mil milhões de euros. Tendo em conta que existem 2,3 milhões de pensionistas por velhice, significa que para o ano o Estado vai poupar 435 euros por cada reformado.
As tabelas divulgadas pelo Ministério das Finanças mostram que o esforço extra exigido pelo governo aos portugueses em 2012 representará 2,5% do PIB (4,31 mil milhões de euros), dos quais 0,6 pontos percentuais - mil milhões - terão origem nos bolsos dos mais velhos.· Função pública
Reformados pagam o dobro pela ADSE
Denise Fernandes 17/07/09 00:05
Deste montante, 432 milhões de euros virão de uma contribuição especial paga pelos reformados que ganhem mais de 1500 euros brutos por mês. No final de 2009, 180 mil pessoas estavam nessa situação, a maioria das quais (133 mil) da Caixa Geral de Aposentações. Os reformados do Estado serão os mais afectados por esta medida: 31% recebe mais de 1500 euros/mês. No entanto, estes 180 mil são um número conservador, principalmente depois da corrida às reformas no sector público em 2010. Esta contribuição será aplicada com regras semelhantes às dos cortes dos salários da função pública, apesar de o ministro das Finanças ter esclarecido que este corte será aplicado apenas em 2012.· Os cortes começam nos 3,5% para reformas entre os 1500 e 2000 euros, o que representa menos 50 a 70 euros. A partir daí, a percentagem vai aumentando até aos 10% para pensões superiores a 4200 euros, onde o corte chega aos 420 euros. As pensões acima dos 5000 euros já pagam uma taxa de 10% este ano. Nesta categoria estão incluídas as reformas de políticos portugueses, como o Presidente da República.· Os pensionistas que recebem menos de 1500 euros não ficam, contudo, livres de contribuírem para a consolidação. Todas as pensões estão congeladas até 2013, o que permite ao Estado poupar cerca de 345 milhões de euros por ano.· Os pensionistas vão contribuir ainda com mais 259 milhões de euros, por via da conclusão da "convergência do regime de IRS de pensões e rendimentos de trabalho", o que significa, na prática, um aumento de impostos para os idosos. No conjunto das três medidas, são 1,036 mil milhões de euros em 2012.
A este número poderia juntar-se também os 518 milhões de euros que o governo estima poupar através de cortes nas comparticipações de medicamentos e redução de despesa nos subsistemas de saúde, que prejudicam principalmente os mais velhos. Se forem contabilizados, em conjunto com outros 518 milhões de euros provenientes de medidas que serão estendidas até 2013 (congelamento de pensões e na saúde), a contribuição dos idosos sobe para 2,072 mil milhões de euros.
O cidadão português não se compenetrou ainda dos seus direitos e, mesmo quando isso não é verdade, reage por comodismo ou simples falta de atitude, não reclamando!
Terá sido esta a razão pela qual em 2005 o governo em vigência, tornou obrigatório o uso do “ Livro de Reclamações”.
“ As exigências das sociedades modernas e a afirmação de novos valores sociais têm conduzido, um pouco por todo o mundo, ao aprofundamento da complexidade das funções do Estado e à correspondente preocupação da defesa dos direitos dos cidadãos e respeito pelas suas necessidades, face à Administração Pública. A resposta pronta não se compadece com métodos de trabalho anacrónicos e burocráticos, pouco próprios das modernas sociedades democráticas!
Na rua ouve-se muita coisa, mesmo sem querer, quando as pessoas desabafam umas com as outras. Foi dessa forma que um punhado de gente ouviu a lamentação e indignação de uma mãe que terá ido à Junta da sua terra expor um problema familiar íntimo e pedir ajuda. Teve de fazê-lo na frente de todos os funcionários. Contava ela que, para melhor ouvirem, pararam o trabalho, enquanto ela era atendida. Mesmo não falando alto, o atendimento num “open space” coloca qualquer um numa situação desagradável e, por via disso, tinha sabido que o seu lamento familiar andava na rua, de boca em boca.
Dá – se o caso de as instalações daquela Junta já ter tido boas condições com um atendimento personalizado. Obtidas com onerosos recursos financeiros, para que o cidadão pudesse ser atendido dentro de uma cultura de serviço público aprofundada, orientada para os cidadãos e pautando–se pela eficácia, descrição e qualidade.
Na Junta em causa tais objectivos foram atingidos com um funcionário em permanente atendimento, quando solicitado, num espaço reservado e acolhedor. As pessoas em espera, ficavam comodamente sentadas numa antecâmara, esperando a sua vez. Sempre que este funcionário se tivesse de ausentar, chamaria outro colega, de modo a haver, sem demora, alguém que atendesse. Este colega poderia, caso não houvesse ninguém para atender, continuar a processar o seu trabalho, dados os computadores estarem ligados em rede.
Tudo que foi feito ficou exarado num “ Regulamento Orgânico da Junta”. Aprovado pelo executivo e discutido e aprovado por unanimidade na Assembleia de Freguesia.
Tal Regulamento fez levar à prática o conteúdo do decreto – Lei n.º 135/99 de 22 de Abril, que considerou, e bem, que os serviços públicos estão ao serviço do cidadão, em particular, e da sociedade civil em geral.
Duas torres quadradas, em boa madeira, foram imaginadas para proteger a privacidade e poderem servir também de arquivo, aos documentos mais necessários num atendimento célere.
Logicamente que os funcionários, para que pudessem efectivar um bom desempenho deviam, também, ter boas condições de trabalho. E tiveram. Nos mandatos seguintes, a mentalidade reinante fez “ finca pé “ nos defeitos mais drásticos dos pseudo políticos de Portugal e que se resumem na expressão: “Os tipos que perderam as eleições eram uns “ burros “ e só fizeram asneiras “. É assim, com este espírito, que o país gasta rios de dinheiro e volta sempre à estaca zero! Destruíram tudo, mesmo tudo. E continuam lá.
O atendimento voltou a um balcão despersonalizado e a um atendimento em massa! Voltou ao “open space “, com todos a pararem o seu trabalho para ouvir e darem, até, a sua opinião! Por último, com a vida dos cidadãos a ser trazida para a praça pública!
É muito triste ser político em Portugal e, mesmo assim, não é político quem quer. Também é cansativo fazer e desfazer milhares de coisas que estavam bem-feitas: Fazer e desfazer governos, ministérios, câmaras, Juntas, jardins, pessoas e até o próprio país! É esta gente que se vai perpetuando por todos estes sítios e, muitos outros porque, não têm alma, dignidade ou classe. É de facto uma canseira mas, até pode dar dinheiro, e dá, como dá outras vantagens em recompensas, como prémio de venderem a alma ao diabo.
Os sinais exteriores de riqueza de alguns estão bem à vista..... As ditas recompensas monetárias, embora disfarçadas, também!
Portugal afundou. Quer que aconteça um milagre económico no nosso país?
Então deixe-se de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses, que não os nossos!
Não se deixe mais manipular pelo marketing! Faça aquilo que os políticos, por razões óbvias, não lhe podem recomendar sequer, mas que individualmente você pode fazer: torne-se PROTECCIONISTA da nossa economia!
Para isso:
1. Experimente comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal. Experimente começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes, bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais).Experimente trocar, temporariamente, a McDonald's, ou outra qualquer cadeia de fast food, pela tradicional tasca portuguesa. Experimente trocar a Coca-Cola à refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool, fabricada em Portugal. Beba apenas vinho Português!
2. Adie por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que tenha planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros eletrodomésticos, produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc., etc..
Leia com atenção e reencaminhe para que sejamos muitos a ter esta atitude!
Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e comentários mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular dos países mais ricos.
Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de desenvolvimento.
Agora, mais do que lamentar a situação, cabe-nos dar a resposta ao mundo mostrando de que fibra somos feitos, para podermos recuperar a nossa autoestima e o nosso orgulho. Nós seremos capazes de ultrapassar esta situação difícil. Vamos certamente dar o nosso melhor para dar a volta por cima, mas há atitudes simples que podem fazer a diferença.
O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados fora de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as etiquetas de origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em Portugal, sempre que existir alternativa.
Desta forma, estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego. Há quem afirme que bastaria que, cada português, substituísse em somente 100 € mensais as compras de produtos importados, por produtos fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido. Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a 12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção de um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3 meses!
Este comportamento deve ser assumido como um ato de cidadania, como um ato de mobilização coletiva, por nós, e, como resposta aos povos do mundo que nos acham uns coitadinhos incapazes.
Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso. Quem já viajou com Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar ecomprar as passagens, ou pacote, em agencia Espanhola, depois, se viajam de avião, fazem-no na Ibéria, pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas (Meliá, Riu, Sana ou outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem sequer comparar o preço (por exemplo em Portugal só abastecem combustíveis Repsol, ou Cepsa). Mas, até mesmo as empresas se comportam de forma semelhante! As multinacionais Espanholas a operar em Portugal, com poucas exceções, obrigam os seus funcionários que se deslocam ao estrangeiro a seguir estas preferências e contratam preferencialmente outras empresas espanholas, quer sejam de segurança, transportes, montagens industrias e duma forma geral de tudo o que precisem, que possam cá chegar com produto, ou serviço, a preço competitivo, vindo do outro lado da fronteira. São super proteccionistas da sua economia! Dão sempre a preferência a uma empresa ou produto Espanhol! Imitemo-los nós no futuro!
Passe este texto para todos os seus endereços para chegarmos a todos os portugueses. Quando a onda pegar, vamos safar-nos.
Será um primeiro passo na direcção certa! Viva Portugal.
Da natureza, saltam à vista quando os esforços desenvolvidos pelos Estados Unidos para proporcionarem ao povo uma vida melhor se propagaram internacionalmente. Estamos começando a entender as ligações entre o excessivo consumo, o prejuízo ambiental e a degradação da qualidade de vida.
Estamos começando a perceber a necessidade de uma atitude mais cuidada da espécie humana, a necessidade de uma moralidade de grupo.
Deveria estar ao alcance de cada pessoa, como consumidor individual, perceber que tem de renunciar a certas formas de consumo de energia a fim de garantir a sua disponibilidade para os seus filhos ou mesmo, para a sua própria geração no futuro.
Tal como o nosso corpo humano atinge finalmente uma condição de crescimento zero, o mesmo deveria acontecer à população mundial como um todo. De assinalar que as desvantagens de uma população mais numerosa são vistas de uma maneira mais nítida pelos que nasceram numa época anterior. Em regra, os seres humanos mais jovens nada vêem de errado em muitas das alterações criticadas pelos mais idosos.
Com o aumento da população devem ser criadas hierarquias cada vez mais complexas. Cada indivíduo deve aceitar a sua impotência política pessoal …. Todo e qualquer incremento no aumento da população, requer a renúncia a uma proporção maior do ideal democrático. Liberdade e igualdade são inimigos jurados e permanentes, e quando uma prevalece, a outra morre. Deixem o homem livre e verão que as suas desigualdades naturais irão multiplicar-se quase geometricamente. Para suster o crescimento da desigualdade, a liberdade deve ser sacrificada … Mesmo quando reprimida, a desigualdade cresce … na extremidade superior, o talento leva a melhor. As utopias da igualdade estão biologicamente condenadas.
Somos um país que ainda luta contra o abandono escolar e que tem altas taxas de retenção...
É verdade. Fizemos grandes progressos nos últimos anos e isso é algo por que devemos estar todos gratos aos professores, aos directores e às escolas. Fizemos grandes progressos porque conseguimos baixar a taxa de abandono nos últimos quatro anos em cerca de dez pontos percentuais. Conseguimos fazê-lo num momento difícil, em que houve muitas mudanças no país, em que a escolaridade obrigatória se estendeu até ao 12.º ano e o Inglês se tornou finalmente obrigatório ao longo de sete anos. E isso é um bom sinal. O que acho importante termos claro é o seguinte: não podemos mascarar a realidade em relação à educação, pelo contrário, devemos conhecer a realidade, actuar sobre ela, ser mais ambiciosos e querer que os nossos jovens saibam mais. Não podemos olhar para resultados educativos que são ainda fracos e pensar "vamos mascarar esta realidade" seja eliminando avaliações, ou baixando o nível dos exames e das provas, ou simplificando os programas. Não podemos pensar assim, devemos pensar ao contrário. Temos de pensar que os nossos programas devem vir a ser ainda mais ambiciosos, que os nossos jovens devem saber ainda mais.
Por volta de 1300 a população europeia teria atingido aproximadamente 100 milhões de pessoas e, segundo alguns, o continente estava superpovoado. Ocorre, então, uma sensível pioria climática. Períodos de fome como o de 1315-1317, eventos catastróficos como a Peste Negra, além de conflitos como a Guerra dos cem anos, causam abalos nas estruturas da sociedade e trazem um forte baque no ciclo de prosperidade que se havia instalado. Algum tempo depois esse baque seria superado, mas então já estaremos na transição da Idade Média para a Idade Moderna, com o Renascimento Italiano.
A partir do século XII, a Europa expandiu - se e a vida cultural desloca - se dos mosteiros. Em meados do século XIII, estavam funcionando várias universidades: Paris, Montpellier, Oxford, Cambridge, Bolónia, Salerno, Palencia e Salamanca.
O ensino era em latim e o instrumento básico era o livro. Devido ao desenvolvimento criado por essas universidades, houve a necessidade de dispor novos textos correctamente escritos no menor tempo possível e a baixo preço, criando a figura do estacionário, pessoa encarregada de conservar os exemplares, fazendo com que a difusão fosse realizada com a máxima fidelidade possível. As cópias eram feitas pelos próprios estudantes ou confiadas aos encadernadores , que existiam geralmente ligados às universidades.
Começa a ser criada a profissão dedicada a fazer livros, onde se desenvolve o ofício das artes aplicadas: caligrafia, iluminação e encadernação. A partir daí, o livro passa a converter – se num objecto de ostentação, criando-se verdadeiras obras de arte com a colaboração dos mais destacados artistas da época onde o texto é relegado para segundo plano.
Em fins do século XIII, começa uma das revoluções mais transcendentes da história do livro: o aparecimento do papel. A produção do papel será feita com trapos de linho e cânhamo. Os materiais que predominam na encadernação são peles, que procuram conservar seu valor natural. A decoração é completada com um traçado de três filetes grossos no meio dos quais se estampam os ferros a frio, formando quadros que eram marcados com figuras de santos, emblemas, flores estilizadas e folhas.
Entre o século XIII e o XV, desenvolve - se em toda a Europa a encadernação gótica e durante todo século XVI, os manuscritos são luxuosos, convivendo com livros populares com o objectivo de satisfazer todos os gostos e necessidades.
Com o aparecimento do papel, material muito mais barato, a nova tecnologia foi baptizada com o nome de "Galáxia Gutenberg" e o manuscrito será uma forma de arte e produto exótico frente à obra mecânica que o tempo se encarregará de converter este invento na maior revolução da história da cultura.
O Renascimento do século XII consistiu num conjunto de transformações culturais, políticas, sociais, e económicas ocorridas nos povos da Europa ocidental. Nessa época ocorreram eventos de grande repercussão: a renovação da vida urbana, após um longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros; o movimento das Cruzadas, a restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social (os burgueses) e, sobretudo, o renascimento cultural com um forte matiz científico-filosófico, que preparou o caminho para o renascimento italiano, eminentemente literário e artístico.
É um período que se caracteriza pela emergência de um novo grupo social: os burgueses, dedicados essencialmente ao comércio (que se vai impondo como uma das actividades económicas mais determinantes da sociedade). É interessante verificar que até o nome burguês provém de "burgo", que remete para outra característica desta época histórica: a modificação das cidades que vão abandonando a sua dependência agrária, em torno dos castelos e dos mosteiros.
As mudanças culturais são também reflexos do contacto com o mundo oriental e árabe através das cruzadas e do movimento de reconquista da Península Ibérica. De fato, na altura, o mundo islâmico encontrava-se bastante avançado em termos intelectuais e científicos. Os autores árabes tinham mantido durante muito tempo um contacto regular com as obras clássicas gregas (Aristóteles, por exemplo), tendo feito um trabalho de tradução que se tornaria valioso para os povos ocidentais, já que por este meio voltaram a entrar em contacto com as suas raízes eruditas anteriormente “esquecidas”. Seja em Espanha (Toledo), seja no sul de Itália, os tradutores europeus vão produzir um espólio considerável de traduções que permitiram avanços importantes em conhecimentos como a astronomia, a matemática, a biologia e a medicina, e que se tornariam o gérmen da evolução intelectual europeia dos séculos seguintes.
O mesmo ciclo de prosperidade que impulsionou a produção cultural traz também grande impacto na área da técnica. Ocorrem muitas inovações na forma de utilizar os meios tradicionais de produção. No sector agrícola, por exemplo, foi essencial o desenvolvimentos de ferramentas como a charrua, o peitoral, o uso de ferraduras, e a utilização de moinhos d'água. Na arquitectura, surge o estilo Estilo gótico, que foi possibilitado por diversos avanços nas técnicas que foram aplicadas à construção das catedrais.
O período que segue o renascimento do século XII já foi chamado de a Revolução Industrial da Idade Média, pelo aumento radical no número de invenções e importação de tecnologias. Presenciaram-se descobertas como as dos óculos no século XIII, da prensa móvel no século XV, o aperfeiçoamento da tecnologia da pólvora (descoberta na China) e a invenção dos relógios mecânicos, que se espalharam nos ambientes urbanos e transformaram a noção de tempo daquelas sociedades. Muito importantes foram também avanços em instrumentos como a bússola e o astrolábio, que, somados às mudanças na confecção de mapas e à invenção das caravelas, tornaram possível a expansão marítimo-comercial Europeia do início da Idade Moderna.
Não é de hoje que o homem escreve, sempre que pode ou sabe. Os meios e as formas da escrita evoluíram muito lentamente. Por mais incrível que possa parecer, nos dias actuais, os motivos porque se escreve são os mesmos de há 4 mil anos atrás.
Inicialmente, escrevia-se usando figuras - a escrita pictográfica - uma figura para cada objecto. Esta parece ter sido a origem de todas as formas de escrita. Este tipo de escrita, apesar do grande número de símbolos que a compõem, pode ser utilizada para qualquer língua falada.
Ainda não se sabe com certeza absoluta, porém, qual terá sido a primeira forma escrita que apareceu na região entre os rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia, locais onde surgiram as primeiras civilizações urbanas, cidades de Lagash, Umma, Nippur, Ur e Uruk, entre o sexto e o primeiro milénio AC.
Sabe-se que o sumério era uma língua aglutinante, monossilábica, composta de palavras que não se modificavam, e os documentos mais antigos escritos nesse idioma datam do IV milénio A . C. . O acádio que apareceu na metade do III milénio a . C. . no sul da Mesoptâmia, é uma língua semítica, flexionada.
Estas civilizações estavam formadas por pequenas comunidades sob a autoridade de um soberano e perante a necessidade de controle administrativo surgiram os primeiros registos da escrita que foram os registos contáveis relacionados com as quantidades de sacos de grãos ou cabeças de gado. Este tipo de contas estava reservada a um grupo privilegiado: os escribas, que ocupavam também importantes cargos sacerdotais. Esses registos contáveis realizavam-se sobre tábuas de argila, que uma vez escritas, eram secas ao sol. Utilizavam para escrever, objectos de metal, osso e marfim, largos e pontiagudos numa das extremidades e na outra, plano, em forma de paleta com a finalidade de poder cancelar o texto, alisando o material arranhado ou errado.
Em princípio, as tábuas só serviram para registros contáveis, posteriormente foram utilizadas para inscrições sobre votações, comemorativas, narrações históricas, relatos épicos, exemplo disso são as estrelas babilónicas e o código de Hammurabi e o poema de Gilgamesh, estes elaborados com material muito mais duradouro.
Essas informações chegaram até nós, em virtude do descobrimento da biblioteca de Ebla (cidade próxima a Ugarit), que constava de duas salas. Uma onde se encontravam os documentos administrativos, legais, históricos e religiosos e outra onde encontravam os documentos económicos. As tábuas estavam guardadas em cestos e caixas de madeira ordenadas com inscrições para poderem ser localizadas.
O mais extraordinário das primeiras escritas é que elas puderam adaptar-se a outras línguas: suméria, acadia, hitita e persa. Assim, entre o terceiro e primeiro milénio AC. a escrita cuneiforme estendeu-se até ao sul da Palestina e ao norte da Arménia, e sem esta extensão teria sido impossível decifrá-la.
1587- Começa em Genebra, Suíça, a fabricação de relógios.1600 - Generaliza-se a produção e o uso de relógios portáteis, que tomam as mais variadas formas.1610 - Inicia-se o uso dos vidros de protecção sobre os mostradores e ponteiros dos relógios portáteis.1640 - Galileu Galilei, com 76 anos e cego, dita a seu filho e a seu aluno Viviani todos os detalhes que permitiram a estes desenhar o célebre relógio de Galileu, provido de um pêndulo e um escapamento livre.1650 - Christian Huygens planeia a aplicação do pêndulo no relógio.1657 - É construído o primeiro relógio a pêndulo pelo relojoeiro Salomão Coster, de Haia.1670 - O ponteiro de minutos começa a ser aplicado.1675 - É fundado em Greenwich, Inglaterra, o Observatório Real. Christian Huygens inventa a espiral de aço, cabelo, para relógios de bolso, substituindo a cerda de porco.1676 - Quare e Barlow criam a soneria de repetição, batendo horas e quartos, pela pressão do suporte da argola, nos relógios portáteis.1700 - Surgem neste século os primeiros relógios de azeite.1704 - Nicolas Fatio é o primeiro a produzir e usar nos relógios rubis perfurados como mancais.1714 - O parlamento inglês oferece um prémio para o construtor de um relógio que permitisse melhor determinação da longitude no mar.1726 - George Graham inventa o pêndulo com compensação a mercúrio.1730 - O primeiro relógio Cuco é fabricado na Floresta Negra, Alemanha.1748 - Pierre Le Roy apresenta à Academia de Ciências de Paris um escapamento livre.1751 - É fabricado em Paris, por Le Plat, um relógio que carrega a sua corda, com variações da pressão atmosférica.1759 - Thomas Mudge inventa o escape a âncora para relógios portáteis que, com algumas alterações, ainda é usado nos nossos dias nos modernos relógios de pulso com corda.1761 - John Harrison, com o seu cronometro de marinha número quatro, resolve o problema das longitudes no mar e recebe do governo inglês uma parte do prémio de 20 mil libras. Pela primeira vez é usado o termo cronometro por Pierre Le Roy.1765 - Surge o ponteiro central de segundos.1775 - John Arnold inventa o cabelo helicoidal, para cronômetros.1790 - Abraham Louis Breguet melhora e introduz inovações importantes nos relógios de bolso, tais como corda automática, sistema à prova de choque e outras.1800 - É inventada a pilha eléctrica, por Alexandre Volta.1830 - Pela primeira vez um pêndulo é accionado pela electricidade pelo físico Zamboni, de Verona.1839 - Com a invenção do telégrafo foi possível transmitir sinais de hora.1840 - Lord Grimthorpe inventa o escape a gravidade, concebido especialmente para o Big-Ben de Londres.1842 - Adrien Philippe inicia a fabricação dos seus relógios de bolso, com corda pela coroa.1856 - Louis Clement François Breguet idealiza um dispositivo electromagnético, para carregar a corda dos relógios.1865 - George Fréderic Roskopf inventa o escapamento económico, com âncoras de pinos.1875 - Surge o primeiro despertador na Alemanha.1880 - O casal Curie descobre as qualidades piezoeléctricas do cristal de quartzo.1884 - Vinte e cinco países aceitam o meridiano de Greenwich como o ponto inicial na escala dos meridianos para o cálculo das longitudes. A Libéria adopta - o somente em 1972. Thomas Alva Edison descobre a emissão termoiónica, efeito de Edison, que permitiu a criação da válvula eletrônica.
1891 – Este assunto será de novo analisado quando for abordado o desenvolvimento ocorrido no século XX, desta vez comparando o ritmo das suas incontáveis descobertas técnicas com a lenta evolução sustentada acontecida nos milhares de anos entretanto decorridos, ou seja, até ao inicio do citado século.