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O ENTARDECER

O ENTARDECER

A CORREÇÃO DO DÉFICE

 

 

A nível internacional assistimos ao despontar dos países emergentes, baseados em longas jornadas de trabalho diário e mão-de-obra barata. Como se isso não chegasse, o mundo concedeu à China condições ímpares no mercado mundial. Em Portugal todos vimos e assistimos à atividade comercial chinesa. Fronteiras abertas, concorrência desleal para com o comércio nacional e venda única de produtos "made in China", com retorno dos proventos à sua origem, sem valor acrescentado para os países hospitaleiros! Nem em mão de obra, sequer!

É aqui que cabe perguntar, porque não se aprofunda a União Europeia no sentido de dispensar idêntico tratamento aos países em grandes dificuldades? Portugal e Grécia! Sabe-se que a falência destes pode arrastar a falência da própria União Europeia e o fim do sonho Europa Unida!

O reequilíbrio da UE e dos países em dificuldades, passa por importar menos e exportar mais e, tombem, por as suas populações sentirem na própria pele os erros cometidos por aqueles que elegeram. Passa, por consumirmos mais produtos nacionais! Nunca passará por soluções unicamente financeiras!

Ainda assim, temos estado a falar dentro de uma visão meramente de "curto prazo". Pois, pensando em médio-longo prazo as soluções terão forçosamente de ser outras. Não esquecer que o crescimento arrasta em si grandes investimentos e também consumo de bens em risco de exaustão e cara (petróleo, água, matéria-prima, etc.).

Será ajuizado, apontar "baterias" para termos que viver com crescimento e défice, tipo "zero". E, começarmos a pensar em ajustar comportamentos sociais para uma nova economia sustentável. Também para novos conceitos de emprego, mais moldáveis a estas novas realidades, que em breve surgirão no domínio do trabalho. O aumento das atividades laborais a nível local, trará em si, mais competitividade, menos dispêndio em transportes e, certamente, menos horas de trabalho/empregado, para, desse modo, aumentar o número de empregados e resolver o desemprego. Tudo isto, daria lugar a algum trabalho diário gratuito a favor da economia social e da cidadania. Esses, parecem ser os novos tempos que se avizinham. A cidadania assumirá, um pequeno serviço diário gratuito, ou remunerado com isenções fiscais. 

É imperioso valorizar um novo modelo de sociedade, menos egoísta e muito mais humano. Cuidar com amor e verdade dos nossos idosos, crianças, deficientes e marginais! Também dos desempregados expolidos do seu direito ao trabalho contemplado na Constituição Política da República. Também dos nossos rios e ambiente no seu todo. É fundamental que ao morrermos, tenhamos orgulho do país que deixamos aos nossos seguidores. É um dever de cidadão.

O DÉFICE DAS QUALIFICAÇÕES

O SECTOR DA INOVAÇÃO?

Em qualquer País evoluído, tudo passa pela existência de uma verdadeira Sociedade Civil. Aquilo que nós temos, é uma Função Pública que nunca mais acaba! Que consome toda a pouca riqueza que Portugal produz. E nunca chega!

A evolução na inovação passa por uma Sociedade Civil, livre, apoiada e devidamente estimulada, nunca de um País nas mãos de políticos partidários, que pouca ou nenhuma experiência têm da vida real, empresarial, ou inovadora, etc. Mostrem o vosso currículo fora do partido? Bom, o maior défice, não é este, nem o défice de 2,1%, será este devidamente actualizado, e todo o peso da dívida externa, que nos esmaga no futuro próximo!

Quanto a inovação, bastará ver que ao fim de cinquenta e tal anos de vida “democrática”, que lugar ocupamos na Europa, ou mesmo no mundo? Infelizmente qualquer evolução neste período foi sempre a descer, por culpa dos partidos, principalmente, do partido socialista.

 

O primeiro-ministro, António Costa,

Considerou hoje que o “maior défice estrutural” que o país apresenta é o das qualificações, sustentando que a “chave” do problema passa pelo sector da inovação. “O país tem ouvido falar muito de défices ao longo dos últimos anos, mas o maior défice estrutural que o país tem e que se acumulou durante séculos, que se acumulou durante as décadas do século XX, foi mesmo o défice das qualificações”, disse. - Veja mais em: https://www.dinheirovivo.pt/economia/antonio-costa-maior-defice-estrutural-qualificacoes/#sthash.4velVnLE.dpuf

INFLUÊNCIAS NO DÉFICE

HOSPITAIS PRIVADOS

No dia 06-03-2017, podíamos ler nos jornais:

Saúde deve 26 milhões aos hospitais privados!

O Ministério vai reter 8,3 milhões de euros às unidades públicas para pagar vales cirúrgicos de Abril de 2016.

Quantos casos não haverá, nesta e noutras áreas do Estado, com dívidas que não foram pagas em tempos normais na actividade empresarial?

Estas dívidas, do Serviço Nacional de Saúde (SNS), aos hospitais privados, por cirurgias que as unidades públicas não conseguiram realizar aos doentes em 2016, nos tempos máximos de resposta garantida, ascenderá a pelo menos 26 milhões de euros, refere a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada!

De facto, o Estado tem de ser um “bom pagador” para respeito do país em que vivemos. Tem de ser o Estado a dar todos os bons exemplos! Qual foi o tempo médio de pagamentos ao privado por serviços prestados por este? Quantos casos ocorreram em toda a actividade do Estado em 2016?  Qual o seu montante? Que influência tiveram no défice anunciado?

 

 

 

As paróquias e as freguesias

 

 

Podemos afirmar que a Freguesia é uma consequência lógica da evolução das Paróquias, cujo começo teve origem em 1830 pelo Decreto n.º 25.

A partir dessa altura e na base desse Decreto em cada Paróquia haveria “uma junta nomeada pelos vizinhos da Paróquia e encarregada de promover e administrar todos os negócios que forem de interesse permanente local”. A partir de então passaram as Paróquias/Freguesias a fazer parte, como autarquias locais, do sistema administrativo público do Estado.

Ao longo destes 172 anos, apesar de várias tentativas para extinguir as freguesias, estas, ao contrário revitalizam-se.

Hoje as Juntas de Freguesias são órgãos do Estado que se afirmam, cada vez mais, junto das populações quer pelo trabalho que desenvolvem quer pelo empenho que manifestam na defesa dos interesses locais.

O título meramente informativo mas com o objectivo bem definido de todos os leitores poderem aferir do que era a Paróquia/Junta de Freguesia ao tempo, realço alguns aspectos bastantes curiosos:

1-Têm voto na eleição dos membros da Junta e secretário da Junta da Paróquia todos os chefes de família ou cabeças de fogo, domiciliados na área da Paróquia.

2-Era ao regedor da Paróquia que competia presidir à Junta e dirigir os seus trabalhos. Além do gesto administrativo da Junta, era da sua competência manter a ordem pública, procurando prevenir ou dissipar qualquer rixa, tumulto ou motim.

3- Perante uma morte violenta era competência do regedor não consentir que o cadáver fosse enterrado enquanto o Juiz de Fora ou do Crime não viesse fazer o exame com médicos ou cirurgiões.

4-Também era da sua competência no caso “flagrante delito” ou em seguimento dele prender as pessoas envolvidas, remetendo-as dentro das primeiras 24 horas contadas a partir da hora da prisão, ao Juiz de Fora ou do Crime debaixo de guarda segura acompanhado do respectivo auto que tivesse sido lavrado.

5- Outro aspecto mais de acordo com a hoje chamado Solidariedade Social estava na competência do regedor em recolher quaisquer crianças achadas ou abandonadas na área da Paróquia e encaminhá-las para a roda dos enjeitados do Concelho provendo à sua sustentação e condução; se algum vizinho da Paróquia quisesse encarregar-se da criação e educação gratuita e caritativa da criança desde que fosse considerado pessoa capaz para o fazer, o regedor entregava-lhe a dita criança lavrando-se Auto de Entrega que após assinado seria remetido ao Juiz de Órfãos etc.

Não será porém de admirar que apesar de estar consagrada uma verdadeira autonomia das Freguesias no n.º2 do art.237 da Constituição da República Portuguesa estas ainda não o tenham conseguido por vários motivos onde a componente de autonomia financeira tem um forte peso.   

 

 

 

AS FORÇAS DE BLOQUEIO

 

Quem ouvir os noticiários, ler os jornais e alguns livros e for ouvindo os telejornais, procurando estabelecer uma relação entre as notícias, depara certamente com acontecimentos aparentemente sem lógica, mas que se percebe não acontecerem por acaso, tal o grau de eficiência que existe na sua execução.

 

É como se um conjunto de pessoas, não expostas, mas muito influentes, através de um complicado sistema de cordelinhos conseguissem encaminhar todos os acontecimentos a seu belo prazer, supõe-se também que com vantagens próprias asseguradas.

 

Do real ao imaginário, podemos visualizar um rio, daqueles com água muito transparente e fria, naturalmente pouco profunda. A sua torrente vai esbarrando nas imensas pedras espalhadas no seu leito, sem que a água nunca as cubra. A leveza que proponho, física e mental, vai permitir, que saltemos de pedra em pedra, quase sem nelas fazermos peso. Sempre que o nosso pé toca numa pedra, pisamos a realidade. Enquanto saltamos, percorremos o imaginário.

Provavelmente, tudo não passará de simples coincidência, ou mesmo de pura alucinação, com certeza provocada pelo “stress” com todos os seus efeitos colaterais geradores de desconfianças, fraquezas, mal entendidos e especulações, mas, mesmo assim, vale a pena pensar, evitando a castração do melhor que Deus nos deu, que foi o recurso ao pensamento.

Naturalmente que se forem coincidências, também não vem grande mal ao mundo, estaremos então a entrar no campo da pura ficção, que de certo modo nos fará esquecer outras preocupações mais reais e nefastas para a nossa saúde e bem-estar psíquico.

Ninguém duvidará da honestidade e competência de ninguém, contudo, ficou sempre por esclarecer o que eram e de onde vinham as ditas forças de bloqueio. Acredita-se que elas existiram e continuarão sempre a existir. Tinham e têm, sobretudo, uma ação bloqueadora terrivelmente nefasta! Estarão, também, as mais das vezes, ao serviço do mal!

 

 

ONDE ESTÃO OS NOSSOS DESEMPREGADOS ?

 

Depois de a sua filha ter sido assassinada durante uma viagem em família, Mack entra em depressão profunda e passa a questionar todas as suas crenças. No meio de mais uma crise de fé, ele recebe uma carta misteriosa ordenando que vá até à cabana na qual o corpo da sua filha foi encontrado.  Apesar das suas dúvidas, Mack segue para o meio da mata do Oregon onde encontra três pessoas enigmáticas que mudarão para sempre a sua vida. Neste encontro, Mack escuta verdades significativas que irão transformar o seu entendimento sobre a tragédia que abalou a sua família e a sua vida mudará para sempre.

Caros amigos, pressinto que estão à espera de saber quais são as verdades significativas. Pois é! Também eu gostaria de vos dizer quais são elas. Porém, também eu estou completamente desorientado e esquecido. Já não sei o que é a verdade ou a mentira! Acordei hoje, a pensar que o nosso governo só fala para criancinhas! Verdade, ao ligar a rádio, televisões ou ler os jornais, fico aflita sem saber o que fizeram aos adultos deste país! Tudo isto me convence de que os governos que escutamos contam histórias sem fim à criançada que não se cansam de bater palmas, mas não adormecem.

Os adultos, com as coisas neste pé, devem ter emigrado para fazerem baixar o número de desempregados…. Na cabana, não estarão por certo, dificilmente lá caberiam. Talvez estejam ou andem disfarçados de empregados, não a tempo inteiro! Divididos por muitas cabanas ……
 

O populismo

 

A democracia liberal está em perigo na Europa. Dando voz ao eleitoral, a nossa democracia parece não perceber que está longe de o representar e, em complemento, apareceu um “populismo” de duas facetas lembrando-lhe que o povo não se sente representado.

Quanto ao populismo, como quase tudo neste mundo, sobressaem nele dados positivos e outros negativos!

Do lado positivo, teremos;

- Uma hipotética mobilização dos sectores excluídos da sociedade

- Melhoramento por, pressão, da capacidade de resposta do sistema político

- Reforço da responsabilização do sistema democrático

Do lado negativo, teremos;

- Enaltecendo os conceitos da soberania popular, desgastando e debilitando a protecção dos direitos fundamentais

- Politizações das questões que não são consideradas pelas elites

- Deixando ressaltar uma moralização que parece andar arredia da maioria silenciosa

Realçando algumas questões; dir-se-ia como positiva, a actividade dos chamados partidos radicais de direita na Europa, sem ela, o problema dos emigrantes passaria ao lado. Como aspectos negativos, podem sobressair, os atentados às maiorias das eleições democráticas. De referir que, mesmo quando o sistema democrático se torna estável, a regra geral é aumentar a contestação, em lugar do silêncio ou mesmo do seu apoio.  

 

   

UM RICO PAI

 

HERANÇA DE MÁRIO SOARES

O antigo Presidente da República, Mário Soares, deixou aos filhos uma fortuna indeterminada, onde se incluem variados imóveis, uma biblioteca, uma colecção única de obras de arte, fundos de investimento, acções e obrigações, avaliadas em milhões de euros.

O ex-chefe de Estado acumulou uma fortuna que fica agora disponível para os filhos, João Soares e Isabel Soares.

O testamento de Mário Soares ainda não é público, sendo a informação recolhida referente à última declaração pública apresentada em 2005 no Tribunal Constitucional no momento da candidatura às eleições presidenciais, segundo a revista FLASH.

No capítulo dos rendimentos, em 2004, Soares auferiu cerca de 482 mil euros, divididos entre rendimentos de trabalho, de capitais, prediais e de pensões.

Os valores crescem significativamente com dados de 2005 que revelam que, entre aplicações, depósitos a prazo, fundos de investimento, acções, obrigações, produtos estruturados e produtos de eficiência fiscal, o “pai da democracia” possui um valor que dava um total de poupanças perto de 1,2 milhões de euros.

A acrescentar às quantias depositadas no banco, os filhos de Soares vão herdar ainda uma extensa biblioteca, com cerca de 40 mil volumes de livros “de valor indeterminado”.

Consta ainda a posse de dois imóveis na rua Dr. João Soares, pertencentes ao Colégio Moderno, onde o antigo político detinha 80% do capital social.  A aposta em imobiliário como investimento seguro, está assim patente na sua lista de bens.

Na extensa declaração de bens não está no entanto presente um andar, também na rua Dr. João Soares, e os dois andares que detinha no nº100 do Campo Grande.

O património de Mário Soares estende-se para fora de Lisboa, incluindo uma casa e três terrenos em Nafarros, Sintra, uma moradia junto à praia do Vau, em Portimão, no Algarve, dois terrenos, um misto e um rústico em Montes de Alvor e, por fim, uma casa na Bezuga, em Azeitão, numa zona protegida e altamente valorizada.

   

 

Valeu a pena dizer "Jamais"

 

Publicado por Paulo Marcelo em 30 Set 2009, às 23:13 | jamés (8)

Os blogues coletivos envolvem riscos. Não é fácil conciliar tantas personalidades diferentes com identidade e coerência. Apesar do nosso objetivo principal -contribuir para uma mudança política em Portugal- não ter sido alcançado, o balanço que faço é muito positivo.

Fomos "alinhados" mas nunca previsíveis. Fomos uma voz livre e irreverente, mostrando que a política não tem que ser cinzenta, nem feita por gente sisuda em sedes partidárias ou gabinetes governamentais. Apesar das críticas, por vezes duras, contra a máquina de propaganda socialista, não caímos nos ataques pessoais, contribuindo para elevar o debate político, numa campanha já demasiado marcada por episódios asfixiantes. Conciliámos experiência com juventude, lançando novos autores na blogosfera política. Escrevemos mais de 1000 textos originais gerando milhares de comentários e mais de 130 mil visitas (cerca de 259 mil "page views").

O espaço político "não socialista" tem um caminho a percorrer.  Crescer em convicção e em clareza, no modo como apresenta o seu projeto e defende as suas ideias. Ganhar o “argumento” para depois ganhar o poder, alcançando uma mudança política duradoura em Portugal. Convicção não faltou neste blogue. Espero que alguns dos argumentos que aqui produzimos façam o seu caminho. Apesar do resultado eleitoral negativo, valeu a pena dizer "Jamais". O vernáculo manguito ficou adiado, mas surgirá na altura própria, e não terá de esperar quatro anos.

 

A NOÇÃO DE TEMPO

 

O Homem cada vez mais sentia a necessidade de apurar a noção do tempo em que vivia, parece estranho, mas existe uma linha do tempo e ele queria domina – la . Para tal precisava do auxílio de um instrumento a que mais tarde iria chamar relógio.

Desde a Antiguidade, quando os agricultores sabiam a hora pela posição do sol, até aos dias de hoje, quando já dispomos de relógios atómicos, muita coisa interessante aconteceu... para medir uma abstracção!

3500  a. C. – A cultura sumeria foi perdida. Aparentemente, os egípcios foram os seguintes a dividir os dias em partes, algo parecido com as nossas horas. Já em 3500 a . C. construíram obeliscos cujas sombras em movimento formavam uma espécie de mostrador solar, possibilitando dividir o dia em manhã e tarde. Os obeliscos também mostravam o dia mais longo e o mais curto quando a sombra do meio-dia era a mais longa ou a mais curta do ano. Mais tarde, marcadores adicionais ao redor da base do obelisco indicavam outras subdivisões do tempo.  

1500 a . C. – Outro Relógio de Sol ou Gnómon egípcio, possivelmente o primeiro medidor de tempo portátil, foi usado ao redor de 1500 a . C. . Este dispositivo dividia a parte iluminada de um dia em 10 partes, com duas “ horas crepusculares “ na manhã e à tarde. Quando o ponteiro, com 5 marcas em espaços desiguais, era orientado pela manhã para leste e oeste, uma viga levantada na ponta leste projectava uma sombra móvel sobre as marcas. À tarde, o dispositivo era deslocado para a posição oposta para medir as “horas” vespertinas. As horas eram mais curtas no inverno e mais longas no verão.  

1500 a . C. – Os Relógios de Água estão entre os primeiros medidores de tempo que não dependiam da observação de corpos celestes. Um dos mais antigos foi encontrado na tumba do faraó egípcio Amenhotep I, enterrado à volta de 1500 a . C. . Mais tarde, estes medidores seriam utilizados pelos gregos.

950 a . C. – Homero menciona em suas obras os períodos do dia e do ano solar.

600 a . C. – O Merkhet, a ferramenta astronómica mais antiga que se conhece, foi desenvolvido pelos egípcios. Usava-se um par de Merkhets para estabelecer a linha norte-sul ( ou meridiano) alinhando-os com a Estrela Polar. Podiam então ser usados  para indicar as horas nocturnas determinando quando certas outras estrelas cruzavam o meridiano. Na mesma época, Beroso fez referência a um relógio de sol, chamado “ pedra horária”, construído na Babilónia.

350 a . C. – Os Relógios de Água foram utilizados pelos gregos, que os chamavam de Clepsidra, palavra que significa “ ladrão de água”   (clept = roubar e hidra = água ) . Eram recipientes de pedra com declives laterais que permitiam o gotejo da água através de pequenos orifícios existentes no fundo, num escoamento praticamente constante. Outras clepsidras eram recipientes cilíndricos ou em forma de tigela que eram preenchidos lentamente com um fluxo de água constante. Marcas na superfície interna mediam a passagem das “ horas” quando eram alcançadas pelo nível da água. Estes relógios eram utilizados para determinar tanto as horas nocturnas como diurnas. Outra versão consistia numa bacia de metal com um orifício no fundo. Quando era colocada num recipiente com água, a bacia era preenchida lentamente até que afundasse. Estas bacias ainda são utilizadas no norte de África nos dias de hoje.     

300 a . C. – Tentando melhorar a precisão das medidas durante o ano, os relógios de sol evoluíram de placas horizontais ou verticais para formas mais elaboradas. Uma das versões era um mostrador hemisfério, uma depressão em forma de cuia ( vasilha) cavada num bloco de pedra, contendo um gnómon ( ponteiro) e inscrito em conjuntos de linhas de horário para as diferentes estações do ano. O hemiciclo, ao que parece inventado à volta de 300 a . C. , eliminou a metade sem uso do hemisfério, dando uma aparência de “ meia bacia” cortada na borda de um bloco quadrado. 

287 a . C. – Arquimedes inventa as rodas dentadas.

157 a.C. - Roma conhece a Clepsidra, levada por Scipião Násica.

27 a.C. - É erigido no Campo de Marte, em Roma, um obelisco com a função de Gnómon.

100 a.C. a 500 d.C. - Relógios de água mais elaborados e imponentes foram desenvolvidos pelos horologistas e astrónomos gregos e romanos entre 100 a.C. e 500 d.C.. A maior complexidade visava tornar o fluxo mais constante através da  regulação da pressão e oferecer mostradores mais atractivos. Alguns relógios de água tocavam sinos ou gongos. Outros abriam pequenas portas e janelas para mostrar figuras humanas ou moviam ponteiros, mostradores e modelos astrológicos do universo. Um astrónomo macedónio, Andronikos, supervisionou a construção do seu Horologion, conhecido hoje em dia como a Torre dos Ventos, na praça do mercado de Atenas na primeira metade do século 100 a.C. Esta estrutura octogonal mostrava para os sábios e os compradores um relógio de sol e indicadores de horas mecânicos. Apresentava uma clepsidra mecanizada e indicadores para os oito ventos, o que deu o nome à torre, além de mostrar as estações do ano e datas e períodos astrológicos .Os romanos também desenvolveram clepsidras mecanizadas, mas sua complexidade melhorou muito pouco os métodos mais simples.

30 a.C. - Vitruvius descreveu 13 estilos diferentes de relógios de sol usados na Grécia, Ásia Menor e Itália.

250 d.C. - As Ampulhetas ou Relógios de Areia eram, na verdade, clepsidras transportáveis. Toda fechada, à prova de vazamento, construída, como era tradicional, por dois vasos — um em sentido superior ao outro e ligados internamente por um orifício por onde a areia escoava.

200 a 1300 - No oriente, a fabricação de relógios astronómicos/astrológicos mecanizados desenvolveu-se de 200 a 1300. Clepsidras chinesas do século III accionavam vários mecanismos que ilustravam fenómenos astronómicos. Uma das torres-relógio mais elaboradas foi construída por Su Sung e seus colaboradores em 1088. Em 1090 Su Sung publicou um tratado sobre relógios de torre movidos a água. O mecanismo utilizado por Su Sung incorporava um escape movido a água inventado ao redor de 725. A torre-relógio de Su Sung, com mais de 9 metros de altura, possuía uma esfera armilar de bronze para observações, um globo celestial com rotação automática e cinco painéis frontais com portas que permitiam ver manequins que tocavam sinos ou gongos que seguravam tabuletas que indicavam a hora ou outros momentos especiais do dia.

721 - Y. Hang, astrónomo chinês, constrói uma clepsidra mecânica que indicava o movimento dos astros.885 - Alfredo, o Grande (um rei da Saxónia) usava velas acesas para medir o tempo.1000? - (Dinastia Sung) Velas e incenso queimando marcavam o tempo na China.1251 - O arquitecto Villard desenha um escapamento de relógio.1292 - É construído o relógio da catedral de Canterbury.1330 - O abade Ricardo de Walingfard constrói o relógio astronómico de Santo Albano.1370 - O rei Carlos V, da França, decretou que todos os sinos das igrejas de Paris precisavam tocar à mesma hora que os do palácio real, ajudando a acabar com o toque dos sinos nas horas canónicas (horas de oração) decretadas pela Igreja.1380 - Surgem na península itálica os primeiros relógios domésticos.1400 - Nos anos 1400 são construídos os relógios mecânicos na Europa, usando uma mola principal e uma roda de balanço.1459 - A fita de aço é pela primeira vez aplicada nos relógios como elemento motor, a mola.1500 a 1510 - Peter Henlein, de Nürenberg, inventa a mola principal usando cerdas. A mola do volante do relógio permitiu que trabalhasse independentemente da sua posição, transformando os relógios fixos em móveis. Acondicionou os mecanismos em pequenas caixas metálicas ricamente decoradas transformando-os em relógios de bolso. A corda durava cerca de 40 horas e tinham apenas um ponteiro para mostrar as horas.1525 - O caracol é inventado por Jacob Zech, de Praga.

1530 - Começam a ser usadas platinas de latão nos relógios portáteis.1549 - Os portugueses introduzem no Japão os relógios mecânicos.1560 - Surge a corrente do caracol, que substitui o fio de tripa.1567 - Devido ao naufrágio de navios porque se desconhecerem as suas localizações, o rei Felipe II da Espanha ofereceu uma recompensa para quem apresentasse um método para se determinar a longitude no mar. Para obter a longitude — a localização leste-oeste — a partir da posição do sol ou das estrelas, é preciso conhecer a hora local, o que era impossível devido aos relógios da época.1570 - Inicia-se a aplicação das figuras animadas na relojoaria.1583 - Galileo Galilei descobre o isosincronismo das oscilações do pêndulo. Percebeu que a frequência do movimento de um pêndulo depende do seu comprimento.1585 - Jost Burgi constrói um relógio com corda para três meses.

1587- Começa em Genebra, Suíça, a fabricação de relógios.1600 - Generaliza-se a produção e o uso de relógios portáteis, que tomam as mais variadas formas.1610 - Inicia-se o uso dos vidros de protecção sobre os mostradores e ponteiros dos relógios portáteis.1640 - Galileu Galilei, com 76 anos e cego, dita a seu filho e a seu aluno Viviani todos os detalhes que permitiram a estes desenhar o célebre relógio de Galileu, provido de um pêndulo e um escapamento livre.1650 - Christian Huygens planeia a aplicação do pêndulo no relógio.1657 - É construído o primeiro relógio a pêndulo pelo relojoeiro Salomão Coster, de Haia.1670 - O ponteiro de minutos começa a ser aplicado.1675 - É fundado em Greenwich, Inglaterra, o Observatório Real. Christian Huygens inventa a espiral de aço, cabelo, para relógios de bolso, substituindo a cerda de porco.1676 - Quare e Barlow criam a soneria de repetição, batendo horas e quartos, pela pressão do suporte da argola, nos relógios portáteis.1700 - Surgem neste século os primeiros relógios de azeite.1704 - Nicolas Fatio é o primeiro a produzir e usar nos relógios rubis perfurados como mancais.1714 - O parlamento inglês oferece um prémio para o construtor de um relógio que permitisse melhor determinação da longitude no mar.1726 - George Graham inventa o pêndulo com compensação a mercúrio.1730 - O primeiro relógio Cuco é fabricado na Floresta Negra, Alemanha.1748 - Pierre Le Roy apresenta à Academia de Ciências de Paris um escapamento livre.1751 - É fabricado em Paris, por Le Plat, um relógio que carrega a sua corda, com variações da pressão atmosférica.1759 - Thomas Mudge inventa o escape a âncora para relógios portáteis que, com algumas alterações, ainda é usado nos nossos dias nos modernos relógios de pulso com corda.1761 - John Harrison, com o seu cronometro de marinha número quatro, resolve o problema das longitudes no mar e recebe do governo inglês uma parte do prémio de 20 mil libras. Pela primeira vez é usado o termo cronometro por Pierre Le Roy.1765 - Surge o ponteiro central de segundos.1775 - John Arnold inventa o cabelo helicoidal, para cronômetros.1790 - Abraham Louis Breguet melhora e introduz inovações importantes nos relógios de bolso, tais como corda automática, sistema à prova de choque e outras.1800 - É inventada a pilha eléctrica, por Alexandre Volta.1830 - Pela primeira vez um pêndulo é accionado pela electricidade pelo físico Zamboni, de Verona.1839 - Com a invenção do telégrafo foi possível transmitir sinais de hora.1840 - Lord Grimthorpe inventa o escape a gravidade, concebido especialmente para o Big-Ben de Londres.1842 - Adrien Philippe inicia a fabricação dos seus relógios de bolso, com corda pela coroa.1856 - Louis Clement François Breguet idealiza um dispositivo electromagnético, para carregar a corda dos relógios.1865 - George Fréderic Roskopf inventa o escapamento económico, com âncoras de pinos.1875 - Surge o primeiro despertador na Alemanha.1880 - O casal Curie descobre as qualidades piezoeléctricas do cristal de quartzo.1884 - Vinte e cinco países aceitam o meridiano de Greenwich como o ponto inicial na escala dos meridianos para o cálculo das longitudes. A Libéria adopta - o somente em 1972. Thomas Alva Edison descobre a emissão termoiónica, efeito de Edison, que permitiu a criação da válvula eletrônica.1891 –

Este assunto será de novo analisado quando for abordado o desenvolvimento ocorrido no século XX, desta vez comparando o ritmo das suas incontáveis descobertas técnicas com a lenta evolução sustentada acontecida nos milhares de anos entretanto decorridos, ou seja,  até ao inicio do citado século.

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