O terceiro milénio teve início, oficialmente, no dia 1.º de janeiro de 2001. Mas até lá muito houve que celebrar : o ano 2000 por ser o último de um período de mil anos estabelecido pelo sistema de contagem de Dionísio Exiguus no século VI. Dionísio formulou o seu método antes da adopção do conceito do número zero - definiu, portanto, que o nascimento de Jesus ocorrera no ano 1. A partir daí, estabeleceu-se que um século só termina ao fim do 100.º ano.
Apesar da evidência histórica de que Jesus provavelmente tenha nascido quatro ou cinco anos antes do ano 1 d.C., o Vaticano, em Roma, respeita o jubileu do ano 2000. Algumas seitas cristãs milenares estão antecipando o retorno triunfal de Jesus e a batalha final entre o Bem e o Mal, como os seus tementes predecessores o fizeram quando o calendário mudou de 999 para 1000. Tudo em virtude do tempo e do modo aleatório como às vezes o medimos. Eis uma definição ampla de tempo, extraída do Oxford English Dictionary: " Uma extensão finita de uma existência contínua". O lapso de tempo correspondente à expectativa média de vida entre as mulheres (79 anos), por exemplo, ou do mosquito Anopheles (de 7 a 10 dias). "Uma das primeiras coisas de que tomamos consciência quando nos tornamos conscientes é da passagem do tempo", diz David Ewing Duncan, autor de um livro sobre a evolução dos calendários. "A razão é simples: nascemos e depois morremos, somos seres lineares." E cedo incorporamos a consciência do tempo na nossa vida e na nossa cultura. O nosso linguajar quotidiano está cheio disto: tempo de vida, bons tempos, maus tempos, há muito tempo que não o vejo, o tempo trabalha a nosso favor, parece que foi ontem ."O tempo está presente em toda a infra-estrutura da sociedade", diz o astrónomo Dennis McCarthy, director de Tempo do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington. Essa instituição, criada em 1830 para auxiliar a navegação marítima, determinou o tempo ao medir a lenta rotação de nosso planeta. Contudo, o movimento de rotação da Terra não é exacto; uma tempestade sobre o Pacífico, investindo contra as Montanhas Rochosas, por exemplo, pode literalmente reduzir a velocidade do planeta. Hoje, os 70 relógios instalados nesse observatório medem muito mais rigorosamente a passagem dos segundos por meio da ressonância de átomos do metal césio. O estabelecimento da média dos tempos de 30 dos mais precisos desses relógios atómicos serviu para criar um padrão com a precisão de um décimo de um bilionésimo de segundo por dia (mais ou menos). O produto resultante - tempo - é "distribuído" via satélite, telefone e Internet a outros cronometristas, cientistas, navegadores, empresas de comunicação e gente que simplesmente quer saber que horas são. A exemplo dos técnicos do Observatório Naval, o restante das pessoas mede o tempo invisível e confere a essas medidas um real significado.
O modo como dimensionamos o tempo depende de onde nos encontramos no universo. A maioria dos historiadores e astrónomos afirma que apenas na Terra os anos 2000 e 2001 têm um significado intrínseco. "A compreensão que temos de um dia ou de um ano é muito localizada", diz a astrónoma Susan Trammell, da Universidade da Carolina do Norte. "A duração de um dia é o tempo que a Terra leva para girar uma vez sobre seu próprio eixo. Mesmo no nosso sistema solar, essa é uma medida relativa."
Desse modo, tempo e milénios significam o que nós resolvemos que signifiquem. Bem antes do alvoroço do ano 2000, antes que qualquer um soubesse o que o tempo queria dizer, os homens primitivos começaram a ver ordem nos movimentos da Lua, do Sol e das estrelas. Resolveram que poderiam calcular o tempo. Trinta milénios atrás, o homem de Cro-Magnon, numa região que hoje é a Dordogne, na França, verificou a regularidade das fases da Lua e anotou - as num osso que resistiu até aos nossos dias. Era uma das primeiras tentativas de montar um calendário. Era mais do que simplesmente um truque inteligente. Vidas dependiam dele. Os egípcios, há 6 mil anos, foram os primeiros a imaginar algo parecido com os calendários atuais. Os camponeses que viviam nas margens do Rio Nilo deram conta de que esse vital curso d'água inundava a intervalos previsíveis. Essa observação, diz Duncan, transformou-se num dos mais comuns e antigos calendários solares, permitindo aos agricultores planear, plantar e colher nos intervalos entre as cheias.
O sistema de plantio media o ano solar. Calculava os ciclos de arrefecimento planetário (a neve caindo das montanhas nas nascentes dos rios) e de aquecimento (a neve derretendo e inundando o Nilo) à medida que o eixo da Terra se inclinava na sua órbita ao redor do Sol. Logo depois, astrónomos egípcios calcularam a duração de uma órbita - o que nós agora denominamos "ano" - em 365 dias e seis horas, somente 11 minutos e 12 segundos mais do que o padrão actual. "Toda a cultura, não importa quão sofisticada seja, tem alguma forma de marcar a passagem do tempo", afirma Duncan.
O avô, decididamente, não quis complicar mais as coisas ao neto que , já de si, estava completamente confuso.
Em boa verdade colocou o problema com toda a sua linearidade pois, certamente, se tivesse falado das grandes civilizações perdidas na voragem dos tempos e dos seus extraordinários conhecimentos e invenções que se sabe terem existido, o neto não teria coragem de avançar com qualquer idade possível para o avô.
Pensemos por exemplo que o avô o teria informado de ter sido concebido há 2100 anos um computador, ...... se não acreditam, vejamos :
“O feito que avançamos teve origem na antiga civilização grega como muitos outros ... a filosofia, o teatro, a cidadania, a democracia ou mesmo os Jogos Olímpicos.
Fazendo inveja ao famoso Bill Gates e com certificado de investigadores americanos e gregos foi descoberto um complexo mecanismo que alguns consideram o primeiro computador analógico da história. Datado de 87 a. C. foi descoberto em 1900 por um grupo de mergulhadores no mar, com os destroços de um navio romano naufragado. Depois de décadas de investigação para superar o estado de degradação que continha.
Ficou conhecido como Mecanismo de Antiquitera , ilha grega onde foi descoberto, e está apto para calcular informações astronómicas tais como : as fases da lua e os movimentos do sol e dos planetas, com os dados conhecidos na época. Incluindo mesmo, com enorme precisão o cálculo das irregularidades da órbita lunar e prever os eclipses solares e lunares.
Pode ser contemplado no Museu Nacional de Arqueologia de Atenas e uma sua réplica no Museu Americano do Computador, em Bozeman ( Estado de Montana), nos Estados Unidos.
Todavia, para além destas nuanças à linha do tempo e da história, uma das primeiras coisas de que tomamos consciência quando nos tornamos conscientes é da passagem do tempo", mas pela vida fora nunca temos uma noção exacta dela. Ela é realmente variável e influenciada por muitos factores.
A partir daí, o tempo é na nossa vida um rio, que corre sem cessar, com tempos de normalidade e outros de cheia ou mesmo de seca.
Ele, rio, também largo e profundo, e todos nós enquanto vivos, existimos no seu leito e no seu curso. Nós e todos os nossos ancestrais, mesmo os mais famosos como os construtores de Stonehenge, na Inglaterra, e das pirâmides de Kush, no Sudão, a legendária Helena de Tróia e a contemporânea Helen Hunt. Todos fazem parte do mesmo rio. O tempo para a maioria de nós é desprovido de interesse, sem peso ou textura próprios. Flui além do amanhecer do dia seguinte, do Ramadã e do Yom Kippur, de 1492 e 1822.
Consideramos, porém, o tempo como se fosse tão concreto quanto um Rolex de ouro. Organizamos e dimensionamos a nossa vida na sua conformidade. Comemorações e aniversários são claras indicações que nos dizem em que altura da vida nos encontramos. Consideremos os 50 anos de idade. Esse número redondo já atingiu as mais velhas de milhões de pessoas nascidas em 1956. Dos nascidos depois daquela data, milhares dobram a casa dos 50 todos os dias. Toda esta preocupação com o tempo alimenta uma industria fabulosa . Sessenta e cinco milhões de relógios são vendidos nos EUA todos os anos, de acordo com a Timex, e as pessoas que fabricam agendas vendem de 4 a 6 milhões de unidades em cada ano - entre agendas diárias a páginas de reposição para o ano vindouro.
E agora, ultrapassado o ano de 2000 e iniciado oficialmente o terceiro milénio no 1.º de janeiro de 2001, o tempo ocupou a nossa mente, os média e os eventos sociais, no último minuto de 31 de dezembro de 1999, nesses instantes o nosso coração bateu mais depressa. A Internet esteve recheada de sites relacionados com o novo milénio, de programadores de festas a produtos comemorativos. As nações insulares do Pacífico, Tonga, Kiribati e Nova Zelândia, todas elas reivindicaram para si o privilégio de ser as primeiras a assistir ao alvorecer do ano 2000, o melhor atractivo para os cruzeiros marítimos.
“ Ontem perguntava aqui, em que país estamos nós? Hoje já quase nem me atrevo a responder. Depois das tremendas afirmações que Jorge Ferreira fez no Sábado. Disse então ele: “os políticos indígenas gozam de uma impunidade total, assegurada por um sistema regido por interesses inconfessáveis, por uma rede de cumplicidades (suponho que secretas) e pelo medo. Pelo medo, reparem. E disse mais. Disse que o Ministério Publico e o poder judicial sabem de ilegalidades e de crimes a que fecham voluntariamente os olhos, para que tudo prescreva e essas ilegalidades e esses crimes tenham êxito. O “ polvo de interesses” acrescenta J F, não abrange apenas (ao contrário do que muitos pensam) o PS e o PSD, o que obviamente indica que abrange também os outros partidos e as altas instituições do Estado. As próprias comissões parlamentares de inquérito só servem para branquear o Governo (hoje o do Guterres, ontem o do impecável Cavaco). J. F. Apresenta a título de prova o patético comportamento dos deputados socialistas nas investigações das privatizações à Mundial Confiança e do Tota e, principalmente, do escândalo da JAE. Escuso de insistir na gravidade destas coisas. Mas convém perceber que a prazo, nenhum regime sobrevive sob esta espécie de suspeita.
Não é de hoje que o homem escreve, sempre que pode ou sabe. Os meios e as formas da escrita evoluíram muito lentamente. Por mais incrível que possa parecer, nos dias actuais, os motivos porque se escreve são os mesmos de há 4 mil anos atrás.
Inicialmente, escrevia-se usando figuras - a escrita pictográfica - uma figura para cada objecto. Esta parece ter sido a origem de todas as formas de escrita. Este tipo de escrita, apesar do grande número de símbolos que a compõem, pode ser utilizada para qualquer língua falada.
Ainda não se sabe com certeza absoluta, porém, qual terá sido a primeira forma escrita que apareceu na região entre os rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia, locais onde surgiram as primeiras civilizações urbanas, cidades de Lagash, Umma, Nippur, Ur e Uruk, entre o sexto e o primeiro milénio AC.
Sabe-se que o sumério era uma língua aglutinante, monossilábica, composta de palavras que não se modificavam, e os documentos mais antigos escritos nesse idioma datam do IV milénio A . C. . O acádio que apareceu na metade do III milénio a . C. . no sul da Mesoptâmia, é uma língua semítica, flexionada.
Estas civilizações estavam formadas por pequenas comunidades sob a autoridade de um soberano e perante a necessidade de controle administrativo surgiram os primeiros registos da escrita que foram os registos contáveis relacionados com as quantidades de sacos de grãos ou cabeças de gado. Este tipo de contas estava reservada a um grupo privilegiado: os escribas, que ocupavam também importantes cargos sacerdotais. Esses registos contáveis realizavam-se sobre tábuas de argila, que uma vez escritas, eram secas ao sol. Utilizavam para escrever, objectos de metal, osso e marfim, largos e pontiagudos numa das extremidades e na outra, plano, em forma de paleta com a finalidade de poder cancelar o texto, alisando o material arranhado ou errado.
Em princípio, as tábuas só serviram para registros contáveis, posteriormente foram utilizadas para inscrições sobre votações, comemorativas, narrações históricas, relatos épicos, exemplo disso são as estrelas babilónicas e o código de Hammurabi e o poema de Gilgamesh, estes elaborados com material muito mais duradouro.
Essas informações chegaram até nós, em virtude do descobrimento da biblioteca de Ebla (cidade próxima a Ugarit), que constava de duas salas. Uma onde se encontravam os documentos administrativos, legais, históricos e religiosos e outra onde encontravam os documentos económicos. As tábuas estavam guardadas em cestos e caixas de madeira ordenadas com inscrições para poderem ser localizadas.
O mais extraordinário das primeiras escritas é que elas puderam adaptar-se a outras línguas: suméria, acadia, hitita e persa. Assim, entre o terceiro e primeiro milénio AC. a escrita cuneiforme estendeu-se até ao sul da Palestina e ao norte da Arménia, e sem esta extensão teria sido impossível decifrá-la.
O Homem cada vez mais sentia a necessidade de apurar a noção do tempo em que vivia, parece estranho, mas existe uma linha do tempo e ele queria domina – la . Para tal precisava do auxílio de um instrumento a que mais tarde iria chamar relógio.
Desde a Antiguidade, quando os agricultores sabiam a hora pela posição do sol, até aos dias de hoje, quando já dispomos de relógios atómicos, muita coisa interessante aconteceu... para medir uma abstracção!
3500 a. C. – A cultura sumeria foi perdida. Aparentemente, os egípcios foram os seguintes a dividir os dias em partes, algo parecido com as nossas horas. Já em 3500 a . C. construíram obeliscos cujas sombras em movimento formavam uma espécie de mostrador solar, possibilitando dividir o dia em manhã e tarde. Os obeliscos também mostravam o dia mais longo e o mais curto quando a sombra do meio-dia era a mais longa ou a mais curta do ano. Mais tarde, marcadores adicionais ao redor da base do obelisco indicavam outras subdivisões do tempo.
1500 a . C. – Outro Relógio de Sol ou Gnómon egípcio, possivelmente o primeiro medidor de tempo portátil, foi usado ao redor de 1500 a . C. . Este dispositivo dividia a parte iluminada de um dia em 10 partes, com duas “ horas crepusculares “ na manhã e à tarde. Quando o ponteiro, com 5 marcas em espaços desiguais, era orientado pela manhã para leste e oeste, uma viga levantada na ponta leste projectava uma sombra móvel sobre as marcas. À tarde, o dispositivo era deslocado para a posição oposta para medir as “horas” vespertinas. As horas eram mais curtas no inverno e mais longas no verão.
1500 a . C. – Os Relógios de Água estão entre os primeiros medidores de tempo que não dependiam da observação de corpos celestes. Um dos mais antigos foi encontrado na tumba do faraó egípcio Amenhotep I, enterrado à volta de 1500 a . C. . Mais tarde, estes medidores seriam utilizados pelos gregos.
950 a . C. – Homero menciona em suas obras os períodos do dia e do ano solar.
600 a . C. – O Merkhet, a ferramenta astronómica mais antiga que se conhece, foi desenvolvido pelos egípcios. Usava-se um par de Merkhets para estabelecer a linha norte-sul ( ou meridiano) alinhando-os com a Estrela Polar. Podiam então ser usados para indicar as horas nocturnas determinando quando certas outras estrelas cruzavam o meridiano. Na mesma época, Beroso fez referência a um relógio de sol, chamado “ pedra horária”, construído na Babilónia.
350 a . C. – Os Relógios de Água foram utilizados pelos gregos, que os chamavam de Clepsidra, palavra que significa “ ladrão de água” (clept = roubar e hidra = água ) . Eram recipientes de pedra com declives laterais que permitiam o gotejo da água através de pequenos orifícios existentes no fundo, num escoamento praticamente constante. Outras clepsidras eram recipientes cilíndricos ou em forma de tigela que eram preenchidos lentamente com um fluxo de água constante. Marcas na superfície interna mediam a passagem das “ horas” quando eram alcançadas pelo nível da água. Estes relógios eram utilizados para determinar tanto as horas nocturnas como diurnas. Outra versão consistia numa bacia de metal com um orifício no fundo. Quando era colocada num recipiente com água, a bacia era preenchida lentamente até que afundasse. Estas bacias ainda são utilizadas no norte de África nos dias de hoje.
300 a . C. – Tentando melhorar a precisão das medidas durante o ano, os relógios de sol evoluíram de placas horizontais ou verticais para formas mais elaboradas. Uma das versões era um mostrador hemisfério, uma depressão em forma de cuia ( vasilha) cavada num bloco de pedra, contendo um gnómon ( ponteiro) e inscrito em conjuntos de linhas de horário para as diferentes estações do ano. O hemiciclo, ao que parece inventado à volta de 300 a . C. , eliminou a metade sem uso do hemisfério, dando uma aparência de “ meia bacia” cortada na borda de um bloco quadrado.
287 a . C. – Arquimedes inventa as rodas dentadas.
157 a.C. - Roma conhece a Clepsidra, levada por Scipião Násica.
27 a.C. - É erigido no Campo de Marte, em Roma, um obelisco com a função de Gnómon.
100 a.C. a 500 d.C. - Relógios de água mais elaborados e imponentes foram desenvolvidos pelos horologistas e astrónomos gregos e romanos entre 100 a.C. e 500 d.C.. A maior complexidade visava tornar o fluxo mais constante através da regulação da pressão e oferecer mostradores mais atractivos. Alguns relógios de água tocavam sinos ou gongos. Outros abriam pequenas portas e janelas para mostrar figuras humanas ou moviam ponteiros, mostradores e modelos astrológicos do universo. Um astrónomo macedónio, Andronikos, supervisionou a construção do seu Horologion, conhecido hoje em dia como a Torre dos Ventos, na praça do mercado de Atenas na primeira metade do século 100 a.C. Esta estrutura octogonal mostrava para os sábios e os compradores um relógio de sol e indicadores de horas mecânicos. Apresentava uma clepsidra mecanizada e indicadores para os oito ventos, o que deu o nome à torre, além de mostrar as estações do ano e datas e períodos astrológicos .Os romanos também desenvolveram clepsidras mecanizadas, mas sua complexidade melhorou muito pouco os métodos mais simples.
30 a.C. - Vitruvius descreveu 13 estilos diferentes de relógios de sol usados na Grécia, Ásia Menor e Itália.
250 d.C. - As Ampulhetas ou Relógios de Areia eram, na verdade, clepsidras transportáveis. Toda fechada, à prova de vazamento, construída, como era tradicional, por dois vasos — um em sentido superior ao outro e ligados internamente por um orifício por onde a areia escoava.
200 a 1300 - No oriente, a fabricação de relógios astronómicos/astrológicos mecanizados desenvolveu-se de 200 a 1300. Clepsidras chinesas do século III accionavam vários mecanismos que ilustravam fenómenos astronómicos. Uma das torres-relógio mais elaboradas foi construída por Su Sung e seus colaboradores em 1088. Em 1090 Su Sung publicou um tratado sobre relógios de torre movidos a água. O mecanismo utilizado por Su Sung incorporava um escape movido a água inventado ao redor de 725. A torre-relógio de Su Sung, com mais de 9 metros de altura, possuía uma esfera armilar de bronze para observações, um globo celestial com rotação automática e cinco painéis frontais com portas que permitiam ver manequins que tocavam sinos ou gongos que seguravam tabuletas que indicavam a hora ou outros momentos especiais do dia.
721 - Y. Hang, astrónomo chinês, constrói uma clepsidra mecânica que indicava o movimento dos astros.885 - Alfredo, o Grande (um rei da Saxónia) usava velas acesas para medir o tempo.1000? - (Dinastia Sung) Velas e incenso queimando marcavam o tempo na China.1251 - O arquitecto Villard desenha um escapamento de relógio.1292 - É construído o relógio da catedral de Canterbury.1330 - O abade Ricardo de Walingfard constrói o relógio astronómico de Santo Albano.1370 - O rei Carlos V, da França, decretou que todos os sinos das igrejas de Paris precisavam tocar à mesma hora que os do palácio real, ajudando a acabar com o toque dos sinos nas horas canónicas (horas de oração) decretadas pela Igreja.1380 - Surgem na península itálica os primeiros relógios domésticos.1400 - Nos anos 1400 são construídos os relógios mecânicos na Europa, usando uma mola principal e uma roda de balanço.1459 - A fita de aço é pela primeira vez aplicada nos relógios como elemento motor, a mola.1500 a 1510 - Peter Henlein, de Nürenberg, inventa a mola principal usando cerdas. A mola do volante do relógio permitiu que trabalhasse independentemente da sua posição, transformando os relógios fixos em móveis. Acondicionou os mecanismos em pequenas caixas metálicas ricamente decoradas transformando-os em relógios de bolso. A corda durava cerca de 40 horas e tinham apenas um ponteiro para mostrar as horas.1525 - O caracol é inventado por Jacob Zech, de Praga.
1530 - Começam a ser usadas platinas de latão nos relógios portáteis.1549 - Os portugueses introduzem no Japão os relógios mecânicos.1560 - Surge a corrente do caracol, que substitui o fio de tripa.1567 - Devido ao naufrágio de navios porque se desconhecerem as suas localizações, o rei Felipe II da Espanha ofereceu uma recompensa para quem apresentasse um método para se determinar a longitude no mar. Para obter a longitude — a localização leste-oeste — a partir da posição do sol ou das estrelas, é preciso conhecer a hora local, o que era impossível devido aos relógios da época.1570 - Inicia-se a aplicação das figuras animadas na relojoaria.1583 - Galileo Galilei descobre o isosincronismo das oscilações do pêndulo. Percebeu que a frequência do movimento de um pêndulo depende do seu comprimento.1585 - Jost Burgi constrói um relógio com corda para três meses.
1587- Começa em Genebra, Suíça, a fabricação de relógios.1600 - Generaliza-se a produção e o uso de relógios portáteis, que tomam as mais variadas formas.1610 - Inicia-se o uso dos vidros de protecção sobre os mostradores e ponteiros dos relógios portáteis.1640 - Galileu Galilei, com 76 anos e cego, dita a seu filho e a seu aluno Viviani todos os detalhes que permitiram a estes desenhar o célebre relógio de Galileu, provido de um pêndulo e um escapamento livre.1650 - Christian Huygens planeia a aplicação do pêndulo no relógio.1657 - É construído o primeiro relógio a pêndulo pelo relojoeiro Salomão Coster, de Haia.1670 - O ponteiro de minutos começa a ser aplicado.1675 - É fundado em Greenwich, Inglaterra, o Observatório Real. Christian Huygens inventa a espiral de aço, cabelo, para relógios de bolso, substituindo a cerda de porco.1676 - Quare e Barlow criam a soneria de repetição, batendo horas e quartos, pela pressão do suporte da argola, nos relógios portáteis.1700 - Surgem neste século os primeiros relógios de azeite.1704 - Nicolas Fatio é o primeiro a produzir e usar nos relógios rubis perfurados como mancais.1714 - O parlamento inglês oferece um prémio para o construtor de um relógio que permitisse melhor determinação da longitude no mar.1726 - George Graham inventa o pêndulo com compensação a mercúrio.1730 - O primeiro relógio Cuco é fabricado na Floresta Negra, Alemanha.1748 - Pierre Le Roy apresenta à Academia de Ciências de Paris um escapamento livre.1751 - É fabricado em Paris, por Le Plat, um relógio que carrega a sua corda, com variações da pressão atmosférica.1759 - Thomas Mudge inventa o escape a âncora para relógios portáteis que, com algumas alterações, ainda é usado nos nossos dias nos modernos relógios de pulso com corda.1761 - John Harrison, com o seu cronometro de marinha número quatro, resolve o problema das longitudes no mar e recebe do governo inglês uma parte do prémio de 20 mil libras. Pela primeira vez é usado o termo cronometro por Pierre Le Roy.1765 - Surge o ponteiro central de segundos.1775 - John Arnold inventa o cabelo helicoidal, para cronômetros.1790 - Abraham Louis Breguet melhora e introduz inovações importantes nos relógios de bolso, tais como corda automática, sistema à prova de choque e outras.1800 - É inventada a pilha eléctrica, por Alexandre Volta.1830 - Pela primeira vez um pêndulo é accionado pela electricidade pelo físico Zamboni, de Verona.1839 - Com a invenção do telégrafo foi possível transmitir sinais de hora.1840 - Lord Grimthorpe inventa o escape a gravidade, concebido especialmente para o Big-Ben de Londres.1842 - Adrien Philippe inicia a fabricação dos seus relógios de bolso, com corda pela coroa.1856 - Louis Clement François Breguet idealiza um dispositivo electromagnético, para carregar a corda dos relógios.1865 - George Fréderic Roskopf inventa o escapamento económico, com âncoras de pinos.1875 - Surge o primeiro despertador na Alemanha.1880 - O casal Curie descobre as qualidades piezoeléctricas do cristal de quartzo.1884 - Vinte e cinco países aceitam o meridiano de Greenwich como o ponto inicial na escala dos meridianos para o cálculo das longitudes. A Libéria adopta - o somente em 1972. Thomas Alva Edison descobre a emissão termoiónica, efeito de Edison, que permitiu a criação da válvula eletrônica.1891 –
Este assunto será de novo analisado quando for abordado o desenvolvimento ocorrido no século XX, desta vez comparando o ritmo das suas incontáveis descobertas técnicas com a lenta evolução sustentada acontecida nos milhares de anos entretanto decorridos, ou seja, até ao inicio do citado século.
Há 40 modalidades de datação no mundo. Quando o calendário gregoriano atingir 2000, estaremos no ano... 88 no calendário da Coreia do Norte, 1378 no calendário pérsico, 1420 no calendário muçulmano,1921 no calendário civil indiano, 5100 no antigo calendário hindu, 5760 no calendário judaico. Povos separados por oceanos, sem estarem em contacto , desenvolveram calendários de aproximadamente idênticas extensões. A civilização maia, na América Central, fixou calendários de 260 e 365 dias valendo- se do Sol, da Lua e do planeta Vénus. Bali, na Indonésia, obedecia a um sistema de 12 meses. Em 2600 a.C., os chineses arquitectaram um calendário lunar mensal. Uma sucessão de povos no sul da Inglaterra utilizou as pedras de Stonehenge para retractar o movimento do Sol, da Lua e das estrelas através do céu. Alguns dos antigos calendários ainda estão em uso, mas a difusão do cristianismo ao redor do planeta nos últimos 2 mil anos disseminou também o calendário da fé. Uma versão antiga, o calendário juliano, foi apresentado em Roma em 45 a.C. pelo imperador Júlio César. Tratava-se, na verdade, da revisão de um calendário existente havia 700 anos. No século VI d.C., um monge católico chamado Dionísio Exiguus foi o primeiro a contar o tempo formalmente a partir da data que ele calculava ser a do nascimento de Jesus.
As pessoas não faziam a contagem dos séculos até 1300. Somente a partir de 1920 (isso mesmo, 1920) é que se desenvolveu o conceito de década como forma de caracterizar um tempo de mudança. No final do século XVI, com os dias dos anos bissextos acumulados, fazendo com que a data da Páscoa andasse, confusamente, pelo velho calendário, o papa Gregório XIII estabeleceu o sistema que utilizamos hoje em dia, o chamado calendário gregoriano.
Embora nem todos estejam contentes com uma folhinha que requer um verso para lembrar quantos dias tem cada mês (Trinta dias tem setembro, abril, junho e novembro / se for bissexto, mais um lhe dê em Fevereiro ( 28 + 1) / e os demais, que sete são / trinta e um todos terão), o calendário gregoriano é o padrão global. Trinta mil anos depois de o homem de Cro-Magnon calcular o tempo observando a Lua, o calendário gregoriano é o modo como medimos o fluxo anual do rio do tempo.
Tornemos a colaboração o elemento central do nosso espaço de trabalho. Criando ideias brilhantes em conjunto.Melhorando a colaboração da equipa ao criar espaços de trabalho inteligentes com as ferramentas adequadas.Expor as ideias é fundamental no trabalho em colaboração e para tal necessitamos de espaços flexíveis e ferramentas que possam ser acedidas facilmente.Desde a criação de muitas ideias até chegarmos a uma única verdadeiramente excelente, existem alguns métodos para iniciar a sua sessão de colaboração. As soluções são fantásticas...mas só se compreendermos correctamente os problemas que estamos a tentar resolver. O diagrama em espinha proporciona um método de diagnóstico de todos os potenciais problemas, grandes ou pequenos.
Como tema poderemos imaginar um país onde existem somente licenciados, no mundo de trabalho, masculinos e femininos! A febre dos licenciados mais a demagogia eleitoralista, criaram esta hipotética realidade.
A partir deste ponto deixaremos a pergunta, este país funcionaria?
Sim, mas com mais investimento produtivo e competitivo. Investiguemos, por essa razão, tudo acerca de investimentos e da sua produtividade!
Investimento produtivo e a sua competitividade; As deficiências sistémicas de um País qualquer, fazem com que produzir aqui, seja mais caro ou barato do que na grande maioria dos outros países que são nossos concorrentes. Por outro lado, a nossa moeda, valorizada por uma taxa de câmbio fora do ponto de equilíbrio, quando seja o caso, pode favorecer a importação e desmotivar as suas as exportações, tornando cada vez mais difícil a competição, tanto no mercado externo quanto no interno.
Essa falta de competitividade que um País imponha à produção nacional desanima os investimentos produtivos e é a principal causa da baixa relação entre o investimento e o Produto Interno Bruto (PIB). Isso faz com que o nosso “stoque” de máquinas e equipamentos seja inferior ao necessário para garantir crescimento sustentado e esteja com uma idade média que é praticamente o dobro da dos países desenvolvidos - duas condições necessárias para sermos competitivos.
O resultado é uma conjunção de baixo crescimento económico, como de fato, vem apresentando nos últimos anos, com perda progressiva de competitividade da nossa indústria. Pelas razões expostas, a indústria não tem reagido a estímulos pontuais, o que acaba por se reflectir em desindustrialização precoce, confirmada pela perda de peso da manufacturação no PIB, pelos resultados da balança comercial e pelo crescente défice em conta corrente.
Num próximo ano, seja ele qual for, terão de se tomar medidas para retomar o crescimento. Este, entretanto, só ocorrerá se, além de criar um ambiente macroeconómico favorável ao investimento, se finalmente atacarmos "o nosso custo, afim de reduzi-lo de forma contínua e sistemática, e ajustando o nosso custo, progressivamente, a um nível que permita à nossa indústria competir.
Caso sejam criadas as condições mínimas necessárias para a indústria voltar a crescer, é fundamental que os nossos gestores entendam que é o stoque de recursos produtivos - ou seja, o total de bens de capital e infra-estruturas disponíveis para cada trabalhador - o principal instrumento para aumentar, no curto prazo, a produtividade do trabalhador português, que é a responsável, no médio e no longo prazo, pela competitividade da indústria e pelo crescimento do nosso País.
Tudo o resto serão manipulações contabilísticas, mais ou menos envenenadas, sem garantias correctivas de um possível e muito pobre investimento nacional, que tanto pode ser benéfico como, na realidade, improdutivo! Poderemos ainda dizer que enaltecer um qualquer “crescimento económico”, poderá não passar de uma simples falácia!