Um certo e velho líder do nacionalismo, caiu com estrondo quando já estava na reforma. Uma fortuna escondida em offshores, mal justificada com “questões” de família; está na origem de um escândalo que lhe retirou o título de “cidadão honorável” e nos mostra que a verdade pode demorar, mas sempre chega.
Por cá ou por lá as leis inaplicáveis, a falta de meios da justiça, por vezes de competência judicial, mas sobretudo, o pacto de silêncio e a proteção inter pares que reina nos bastidores do poder, e se tem visto em vários casos conhecidos publicamente, criaram este pântano em que vivemos. Temos um poder “picado” por este “síndrome do velho político”, que gere a respeitabilidade pública com a ajuda de um exército de papagaios mediáticos e esconde os pecados no véu protetor da família e da alegada privacidade. Se a justiça reinante não rompe agora com esta cortina de ferro, nunca mais sairá do estatuto de máquina compressora dos mais desfavorecidos. Se as pessoas decentes que ainda há nos partidos não entenderem de vez, que se torna imperioso criminalizar o enriquecimento ilícito e aumentar as penas dos delitos económicos, então só a “legalidade revolucionária” de um qualquer partido esquerdista prevalecerá. Se é isso que querem, aproveitem agora que o terreno está fértil….
De BIGA ou TAPETE MÁGICO, eles são os elementos históricos, simbólicos que nos podem estabelecer a ligação entre o mundo real e o imaginário. Estes elementos mágicos englobam para os árabes, o sonho que transporta para sempre as pessoas, com as suas histórias feitas de sucessos e fracassos. Quem não tentou, para trás, eternamente, ficou!
Parecem ter sido estes elementos mágicos, que de forma incontrolável levaram e empurraram os povos conquistadores para o desvario da sua louca corrida a caminho do impossível para si e para o seu povo. Por vezes, também, a rua estreita do possível é o futuro que almejamos! As ruas largas têm muitos caminhos onde nos perdemos, a rua estreita, essa mesma, não nos deixa espaço para desvarios e encurrala-nos até ao patamar que queremos alcançar com justiça. O homem não teria alcançado o possível, se inúmeras vezes não tivesse tentado atingir aquilo que lhe parecia impossível!
Uma estradinha de terra vermelha cruzava a imensidão de oliveiras sob uma fina e compacta poeira. Pela estradinha, uma carroça em alta velocidade parecia querer vencer o tempo e a velocidade.
E não era para menos, na carroça viajava a velha parteira da nossa terra. Iria, que fazia de sua vida o esforço para trazer ao mundo mais uma criança. Dona Iria como era conhecida, tornou-se a líder espiritual daquela região, viajava por entre os benzimentos e os conselhos. Cuidava para que as crianças viessem ao mundo através das suas mãos. Uma mulher forte, intrigante, misteriosa. A sua fé conduzia os pensamentos das mais diferentes opiniões. Para alguns, uma bruxa ligada aos feitos sombrios dos rituais e de magias. Para outros, uma mulher abençoada por Deus.
Iria, não media esforços para ver o seu povo bem. Passava noites em claro, não comia, as mais das vezes apenas, para acalentar um pobre moribundo.
Lembro-me que em meados do mês de Agosto, as tardes eram longas, os olivais do norte do País, reluziam o seu verde forte, imponente. Nas suas casas o pessoal preparava-se para um ano farto e feliz. Naquele mês a cegonha tinha sido generosa, pois quatro mulheres estavam grávidas e deveriam dar a luz. Dona Iria já havia preparado todo seu aparato para a sua grande missão, mas para Iria tudo se resolveria numa questão de fé, organização e um pouquinho de sorte. A vida caminhava lentamente como tudo naquela região. O rio Tejo abastecia as pequenas casas, ainda de madeira. Tudo parecia na maior normalidade. Mas ouve-se alguém gritar Dona Iria, parece que alguém vai dar à luz e estão dizendo que dona Catarina, dona Júlia e dona Elvira, também estão passando mal. Parece, Dona Iria que as quatro mulheres vão dar a luz ao mesmo tempo. Não se apoquente meu filho, há jeito para tudo. Disse dona Iria com uma calma invejável. Acenou ao seu Zé que já vinha com a carroça preparada. Dona Iria juntou os seus apetrechos de parteira, jogou tudo dentro de um saco grande, subiu para carroça e dirigiu-se rumo ao casal. Há tempo que não chovia na região e naquele dia as pesadas nuvens pareciam programar uma tempestade. O vento já havia chegado fazendo da região um caldeirão de poeira vermelha cobrindo todo o céu. Era tanta poeira que o céu ficou vermelho, um cenário arrepiante! Mas a velha parteira não se intimidava e cruzando aquela ventania empoeirada chegou ao casal. E foi assim, com a sua calma e sabedoria popular que dona Iria trouxe ao mundo o forte João. Sem perder tempo montou na carroça do seu Zé e rumou a outra casa. Enfim, a chuva chegou, mas diante da alegria de ver a terra molhada novamente chegou também a preocupação, pois o vento soprava forte, e como se não bastasse, com a chuva veio o granizo. E agora, aquela que era uma empoeirada e seca estrada, tornou-se num lamaçal escorregadio e intransponível. Mas para a velha guerreira, só Deus a impediria de ver mais um rebento chegar ao mundo.
A chuva era muito forte, o vento balouçava a carroça de um lado para o outro, mas não demorou muito e outra casa recebia a visita da velha parteira. E foi assim que Mauro veio ao mundo. Para se somar mais um habitante,
Os sinais de cansaço já incomodavam a mulher, mas ainda havia uma criança para vir ao mundo, e ela não poderia falhar. Aconselhada a esperar que a chuva passa-se, ela não se intimidou dizendo: A natureza não espera, e eu também não. Dizendo isto já estava sobre a carroça a chamar pelo velho Zé, seu marido. A chuva não dava tréguas, o vento aumentava, o granizo caia lançando pedras. Mas a missão precisava ser cumprida. O velho burro que puxava a carroça já não resistia mais. E ao passar pela ponte branca do rio, o animal escorregou na lama da estrada vindo a lançar a carroça contra um barranco. Dona Iria e seu Zé foram jogados fortemente contra um valado, perto da ponte. Seu Zé nada sofreu, mas a velha parteira por ter batido com a cabeça, ficou por alguns minutos desmaiada e quando voltou a si, notou um corte profundo na cara. Dona Iria arrancou de dentro do saco um lenço, enrolou-o na cabeça, agarrou o velho Zé pelo braço e caminhou até à casa de dona Júlia. Cambaleou, coxeou, quase rastejou, mas em pouco tempo batia à porta da casa da mãe, em trabalho de parto. E não demorou muito refazer-se, e no meio de um carinho e de outro, fez o corte do cordão umbilical e a velha parteira trouxe ao mundo o Ruizinho. Dona Júlia abraçava pela primeira vez a sua cria, enquanto no fundo da sala do piso assoalhado, dona Iria fechava os olhos e ali mesmo nos braços de seu companheiro, morria.
Pessoalmente, acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque, serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.
Representará tal, uma conquista e uma vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia e sociedade em geral, e da própria economia.
Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta: a escassez, dentro de duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.
Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os pólos da humanidade, reconhecer e conhecer a actividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que há-de vir …. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol, talvez mesmo, o próprio universo!
Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 1 7000 000 de anos. Até hoje, sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer?
É na lógica de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no consumo, gestão e preservação dos bens da Terra! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta ruptura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio colectivo é indispensável à nossa sobrevivência.
Parece, contudo, que depois deste «caos» em crescendo, surgirá a já anunciada nova Idade de Ouro. Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje. Esse “paraíso” virá, na normal convicção, de uma força universal a unir as pessoas, e que brotará por volta de 2040 na montanha Sinjar, no Iraque. Resultará ela, de uma nova cultura que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido colectivo, quase perfeito, em consequência directa de se ter atingido um grau superior na sua civilização.
Novamente aquela região doa grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova civilização! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via! A Idade de Ouro.
Essa será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim poderá ser em meados do actual século!
Amarraram uma juventude dentro de uma jaula bafienta. Durante 3,4,5,6 anos e a isto chamaram tropa.Mandaram-nos para o chamado “cú de Judas”. Longe da família e dos amigos. Convivendo com gente que não se conhece! Fazer um intervalo numa vida jovem, sem recompensa monetária e dormindo em casernas ou ao ar livre impregnado de insectos e doenças! Trata-se de um imposto tremendo! Agravado com a desistência de projectos universitários, porque tudo tem um tempo de execução.
Hoje, já quando se é “velho”, perguntamos a nós próprios: Porquê tamanho castigo?
Depois, já velhotes, vamos lendo jornais para esquecermos a morte próxima! Aqui, e ainda , fazem-nos assédio Moral, obrigando-nos a uma revolta que não queríamos alimentar. Dizem-nos que não haverá mais “cortes” na longa carreira contributiva! Tal, só pode ser um insulto!
Reformas antecipadas arrancadas para renovar trabalhadores e admitir outros muito piores, mas mais novos, e desempregados.
Na comunicaçãoi social apregoa-se, que a taxa de desemprego diminuiu! Tudo à custa de ataques de assédio MORAL!
Dizem-nos para aceitarmos isto e aquilo, debaixo de ameaças veladas e nojentas. A gente não aguenta mais e o cansaço leva-nos a aceitar, convencidos que vamos ter essa reforma até morrer. Eis senão quando, fazem-nos cortes e mais cortes como se estivessem a fazer “cativações”, em prol de números simpáticos e mais convenientes.
Porque o fundo financeiro social está rebentado por eles! Pela sua incompetência e oportunismo! Para os servidores do Estado, nunca está!
Vejam-se, as antigas caixas de Previdência que controlaram financeiramente a perspectiva desses fundos que implicaria o acerto no tempo, com os valores inflacionários incluídos em cada ano que passasse.
Não, nada disso, deixaram de os actualizar e passados 15 ou vinte anos, esta reforma já não é reforma! Mesmo assim, para tentarem endireitar as contas querem fazer sempre “cortes”. Porquê! Ninguém sabe, nem pode saber, mas que são ditatoriais, são.
Falam sem fundamento em carreiras contributivas desde os 12 anos e 14 anos de idade. Isto, só no gozo! E num mundo melhor a criar com crianças de três anos! Palavra de honra?
Foram eles que na sua euforia e no seu deslumbramento, quiseram fazer uma revolução militar. Porquê? Parece que para tirar as antigas colónias a Portugal e as entregarem a povos que nunca as tinham visto.
Os retornados, outras vítimas, vieram para Portugal, sem nada, nem sequer um tostão no bolso!
Nessa revolução quiseram fazer uma justiça de “trazer por casa”! Quiseram e deram, pequenas reformas a centenas de milhares de pessoas que nunca haviam trabalhado, nem descontado.
Claro está, rebentaram o dinheiro que as caixas geriam saudavelmente. E ainda emprestavam dinheiro com juros ao Salazar, para suportar a guerra que nos era feita!
Se queriam fazer justiça social faziam-na com o dinheiro da riqueza que o mesmo Salazar cá deixou, mas com aquilo que era dos outros nunca. Mas nunca.
Só numa ditadura, a que chamassem democracia!
Agora, pego no jornal e leio: Soma dos descontos já conta para a pré-reforma! Por favor, tenham mais respeito por quem trabalhou honradamente e nunca andou metido em coisas não legais, e que não são, nem nunca foram democráticas!
“António Costa cumpre esta segunda-feira uma visita de 24 horas dedicada à captação de investimento externo e novos negócios. O Governo aposta sobretudo na expansão em áreas como a construção civil, obras públicas, energia e saúde. “Esta visita do primeiro-ministro é um primeiro passo nas negociações, uma vez que o emir do Qatar realiza uma visita oficial a Portugal, no próximo mês de Julho.”
Boicote ao Qatar - O sector financeiro já começa a ter reflexos. Quatro bancos do Egipto suspenderam negócios com instituições do Qatar. Eles responderam a decisões internas da directoria. Alguns pararam de aceitar a moeda do Qatar, enquanto outros suspenderam operações de tesouraria. O bilionário egípcio Naguib Sawiris, que demonstrou interesse recentemente em investir na Oi, no Brasil, pediu que os empresários do país retirem os seus investimentos do Qatar e suspendessem negociações comerciais com o país.”
Estão afogando os países em desenvolvimento. Em Portugal este facto
Carros importados de segunda mão estão sendo enviados para todo o mundo. Da Bélgica a Benin, dos Estados Unidos até a Ucrânia. De 1997 a 2007, a quantidade de veículos em segunda mão vendidos no mundo cresceu de 1.243.140 para 4.778.657, um aumento de 284%.
O valor bruto destas vendas é de aproximadamente US$ 9 bilhões por ano. Estes veículos representam uma percentagem crescente da frota de muitos países em desenvolvimento, embora levem a acidentes rodoviários mortais, sejam menos económicos e contribuam para a má qualidade do ar.
A concentração nos países em desenvolvimento deve-se, à tendência alarmante de motorização, em países com baixos recursos, per capita. Como as nações desenvolvidas criam regulamentos automóveis mais rigorosos quanto à sustentabilidade e à mecânica, os cidadãos são forçados a parar de dirigir os seus carros e camiões mais antigos. Em resultado, clientes mais ansiosos do mundo em desenvolvimento, foram comprando esses veículos em segunda mão.
“É muito barato importar esses veículos e já existe uma indústria em evolução. Alguns países da América do Sul compram veículos na Ásia, porque os seus preços são atraentes. Até parece que este mundo globalizado está favorecendo este negócio”,
O governo do Peru debateu recentemente a questão da importação de veículos usados. “O Peru é um país moderno, com um crescimento económico incrível, e não um jardim de sucata.
Durante muitos anos importaram veículos usados, mudando o volante de um lado para o outro, falsificando a idade dos carros etc. Precisavam de uma frota moderna de automóveis”, advertiu o ministro do meio ambiente do Peru.
Actualmente, existem mais de 500.000 veículos com mais de 15 anos nas ruas do Peru. Os importadores e os vendedores são criativos, “as pessoas não precisam de importar o veículo inteiro. Há casos, no Peru, onde eles importam só o motor e instalam-no num chassi novo, depois vende-os como veículos novos, quando são, na verdade, veículos muito antigos e altamente poluentes”, informa fonte segura.
De longe, o maior fluxo de veículos usados no mundo existe entre os Estados Unidos e o México. Normalmente quem usa o transporte público são as pessoas de baixos recursos, que são as mesmas que compram carros usados”. Essa parcela da população gasta cerca de 60% das suas despesas de locomoção com o transporte público, em comparação com os 12% gastos pelos mexicanos de maior rendimento, segundo estudo efectuado.
Devido ao aumento dos preços do combustível, motoristas nos Estados Unidos têm trocado os seus carros de grande consumo de gasolina por híbridos mais eficientes e por carros compactos.
Os motoristas mexicanos não foram afectados pelos preços voláteis do petróleo devido ao subsídio fornecido pelo governo federal ao combustível, e por isso eles não hesitam em comprar um veículo ineficiente. “Todo o veículo que entra no México, é um aumento no subsídio, que representa 50% das despesas do país na educação.
Comparado com o programa de diminuição da pobreza ‘Oportunidades’, uma família de 4 pessoas receberia US$ 50 por mês. Isso nos faz perceber quanto injusta é a política de subsídios.
As nossas políticas estão minando os transportes sustentáveis; estamos subsidiando um país altamente motorizado e poluente”.
Calculando os gastos do Fundo de Estabilização do Combustível viu-se que o resultado é mais de duas vezes a quantia gasta em campanhas de combate à pobreza e 1,4 vezes o orçamento da saúde.
Afinal, quem beneficia com esta política de importação de veículos em segunda mão?
O desastre da chamada "esquerda radical" e as carpideiras neoreformistas no Brasil
Por Edmilson Costa
As crises têm um significado profundamente pedagógico para as sociedades. Quanto maior a crise, mais se aproxima o momento da verdade para todos: Estado, governos, instituições públicas e privadas, partidos políticos, movimentos sociais. À medida que a crise se acirra, vai-se fechando o espaço para o oportunismo, a demagogia, as manipulações, as meias verdades, as falsas promessas, as soluções de compromissos, os pactos sociais. A crise não permite que ninguém fique em cima do muro. Cada instituição ou liderança é obrigada a se mostrar por inteiro, dizer com voz alta o que pensa, expor-se à luz do sol sem protecção.
As crises também são momentos em que chegam à superfície de maneira explícita todas as contradições da sociedade. As pessoas começam a perceber claramente aquilo que antes estava ofuscado pela manipulação dos meios de comunicação e pela viseira ideológica repetida de maneira contumaz pelas classes dirigentes. Outro grande ensinamento das crises também é o fato que nesses períodos os trabalhadores aprendem em dias de luta muito mais que em anos de calmaria, pois as manifestações, as greves, as batalhas nos locais de trabalho, nos bairros, nos locais de estudo e lazer ensinam muito mais que o aprendizado formal que obtiveram ao longo da vida.
Além disso, as crises representam os períodos mais tensos da luta de classes. Nesses períodos, os atores envolvidos no processo não podem agir como jogadores de póquer: nestes momentos não há espaço para bluffs! Nesse sentido, a crise actual é tão grave, profunda e devastadora que não permite soluções de compromisso, como nos velhos tempos da social-democracia clássica, quando o crescimento do capitalismo nos anos dourados keynesiano possibilitava algumas vantagens para os trabalhadores em troca da colaboração de classe e da paz social. Agora, essa rota de fuga foi cortada pela gravidade da crise. Com a crise e o desaparecimento da âncora soviética, o capitalismo voltou a seu estuário original de rudeza explícita: exploração, miséria e pobreza.
Essa é a tragédia do SYRIZA, a nova social-democracia fantasiada de "esquerda radical". Esse partido, em função do seu caráter de classe, dos seus objectivos estratégicos e de sua linha política confusa e conciliatória, já entrou derrotado nessas negociações. Isso porque acreditava, ao contrário do que vendia demagogicamente para as massas (fim dos memorandos, fim da austeridade, soberania nacional e resgate do emprego), num acordo com a Troika (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) , na vã ilusão de que seria possível conciliar os interesses dos trabalhadores com a Europa imperialista em crise aguda. Como já era esperado, mesmo com todas as concessões humilhantes, não foram aceitos no clube do capital.
Vale lembrar que o momento histórico em que a social-democracia pontificou entre os trabalhadores era outro e eles levaram cerca de um século para se desmoralizar. Agora, com a crise, o tempo histórico para esta novíssima social-democracia eleitoreira se esgotou. Não há espaço nem para a social-democracia clássica nem para a social-democracia retardatária. A crise é tamanha que o capital não pode sequer ceder os anéis ou proporcionar as migalhas do passado. Para se ter uma ideia do nível de desespero e degradação do sistema capitalista, recentemente a chefa do FMI, Christine Lagarde, disse que os anciãos estão vivendo muito e isso é um risco para a economia global... Nessa situação, como ceder à mão esquerda, se a mão direita está vazia.
Todas as organizações que recentemente povoaram o imaginário dos ingênuos, dos movimentistas, autonomistas, ongueiros até os anticomunistas fantasiados de vermelho estão destinadas a seguir o mesmo destino: o descrédito junto à população. É o SYRIZA na Grécia, o Podemos na Espanha, Bloco de Esquerda em Portugal, oPartido da Esquerda Europeia , o Sinn Fein, na Irlanda, o Die Link, na Alemanha, oTodos no Chile, o PSOL no Brasil e assim por diante. As carpideiras que hoje derramam lágrimas de crocodilo no Brasil e em várias partes do mundo diante da "traição" do SYRIZA deveriam acumular ainda mais lágrimas, pois esse será o caminho dessas organizações.
Com estas previsões, ou outras, da taxa de Inflação para 2017, (valores entre 1,3 e 1,4), quem levou uma vida a juntar poupanças depositadas num banco, está em risco de ficar sem dinheiro!
Numa recessão, a resposta clássica dos bancos centrais é descer os juros. Vem nos manuais: dinheiro barato incentiva o consumo de particulares e o investimento de empresas: a procura agregada aumenta e a economia recupera.
Pois é: esta receita pode ajustar-se perfeitamente ao País e à sua economia, mas acaba por destruir poupanças que levaram várias dezenas de anos a consolidar!
Juros baixos (o, %), agregados a uma inflação de mais de 1, %, liquidam o esforço de milhões de seres honrados.
Parece, assim, compreender-se a rapidez com que milhares de pessoas mandam poupanças para as “offshore”. Claro que este não é o caso daquelas pessoas para quem o dinheiro, terá uma origem duvidosa.
Agora, quando os juros chegam tão baixos, são estas pessoas que estarão a salvar o seu país e não o ministro das finanças seja ele qual for! Quando acontece aquilo que está a acontecer (dinheiro à borla), tudo indica estar para surgir uma depressão histórica e serão estas pessoas mais simples, as vitimas, da tomada de decisões que se espera salvarem a economia do seu país. É triste, muito triste …. Os políticos ficam sempre resguardados!
Passa de boca em boca, de geração em geração e vai-se reformulando e assumindo novos significados ao longo do tempo. Mas a verdade é que persiste e continua a ser utilizada, acrescentando pitadas de humor a situações banais do dia-a-dia ou, por vezes, mostrando-se como argumento para suportar uma ideia.
Com certeza já se questionou, alguma vez, acerca da validade dos provérbios populares. Serão eles, de facto, sabedoria comprovada que nos pode ajudar a encarar o nosso dia-a-dia de forma mais saudável e confiável?
Os provérbios populares são parte integrante da nossa vida e povoam o imaginário colectivo, seja porque nos fazemos valer deles quando a situação o exige, seja porque os ouvimos de alguém na situação mais inusitada. Muitos deles são relativos à saúde, nomeadamente à sua promoção. Alguém do ramo da saúde, estudou 290 provérbios portugueses, todos eles relacionados com a saúde, no âmbito da sua tese de doutoramento, “A sua análise demonstrou que, embora muitos (126) não tenham qualquer base científica, a maioria (164) possui corroboração, quer por estudos efectuados, quer pela opinião expressa por personalidades e organizações com credibilidade na área”, conclui-se.
É infindável, o número de ditados populares que se passeiam por todo o mundo: "Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida." -- Provérbio Chinês
"Não há melhor negócio que a vida. A gente a obtém a troco de nada." -- Provérbio Judaico
"A palavra é prata, o silêncio é ouro." -- Provérbio Chinês
“Maria Vanessaé um nome Bíblico, de género feminino. A personalidade de quem se chama Maria Vanessa, e a sua persistência está no sangue de quem assim se chama. Costuma ser controladora e ter muita força de vontade nas suas tarefas. As suas decisões são sempre tomadas com seriedade.” Boa para pagar a dívida …
Ao iniciar este artigo escrito, fui ouvindo música e escutando as letras….E assim e ouvi:
“MariaAlbertina como foste nessa de chamar Vanessaà tua menina. MariaAlbertina deixa que eu te diga... Esse teu nome, eu sei que não é um espanto Mas, é cá da terra e tem... muito e Encanto.”
Não sei bem porquê, mas ao ouvir esta canção, fico logo a pensar que me estão a dar música!
E falando de música, e com a ajuda da “Maria Albertina”, li, reli as definições para os grandes números e confesso fiquei na mesma.
A escala longa
Corresponde a um sistema de nomenclatura de números em que cada novo termo superior ao milhão é 1.000.000 de vezes maior que o termo anterior. Por exemplo, um bilião é equivalente a um milhão de milhões (1012); um trilião é equivalente a um milhão de biliões (1018), e assim por diante.
Aescala curta
Corresponde a um sistema de nomenclatura de números em que cada novo termo superior ao milhão é 1.000 vezes maior que o termo anterior. Por exemplo,biliãoé equivalente amil milhões (109), umtriliãoé equivalente amil biliões(1012) e assim em diante.
Confesso que não entendi nada e a culpa é da escola onde andei, ou minha, quero dizer da minha cabeça. Mas em simultâneo, li num jornal ao lado, que Portugal iria pagar uma parcela da dívida monstruosa que alguém nos fez! Li duas vezes e falava-se de “dez mil milhões” de euros!
Uma coisa é certa, a nossa dívida é tão grande que só deve caber, na ESCALA LONGA. Agora a razão da escolha deste tipo de Escalas (Curta e Longa), provavelmente terá que ver com a intenção dos portugueses nunca mais perceberem quanto devem, nem quantos anos levará ela a ser paga,
por nós! E em que geração, já não sei:
- 20/02/2017 - Redução de 7,6 mil milhões de euros da dívida externa líquida de... Novembro para Dezembro a divida líquida aumentou 4340 milhões
- 18/08/2016 -Tanto a dívida externalíquida de activos detidos sobre o... 09:55 Governo vai antecipar pagamentode mil milhões ao FMI até ao final do mês ... etc., etc.,
-Oh Centeno, não tenhas pressa, porque quem paga é a Vanessa…
- Oh Centeno, deixa as opiniões porque a divida, será paga a feijões!
- Mais escalas, menos escalas, não baralhes o povo, vê se te calas.
O nosso mundo sindicalista, está demasiado agarrado à política e a ideologias, que não conduzem a lugar algum. O caso da Grécia é um dos exemplos mais flagrantes! O igualitarismo e o apoio à “esquerdas”, trazem prejuízos à nossa economia, em confrontos sérios com o problema da competitividade mundial. E, sem criação de riqueza, níveis de produtividade realistas, tudo o resto são quimeras!
O Pleno Emprego português, só existirá num plano do fictício. Porque está envolto numa legislação laboral rígida. Na opinião de gente entendida e experimentada, seria possível alcançar uma produtividade 15 ou 20% superior com uma menor ocupação do trabalho e maior desemprego. “ Todos nós percebemos que em determinados locais de trabalho a mesma função podia ser desempenhada mas com muito menos gente. Mas como se privilegia o emprego acima de tudo, no sentido cristão do termo, os salários são baixos e a produtividade também! A nossa comunicação social fala frequentemente de percentagens de desemprego e só desemprego. Mas nunca aborda, o emprego ou desemprego face à produtividade quando este fator é determinante para uma economia saudável, mais criação de riqueza e (por estranho que pareça) mais emprego por via indireta, embora isso não dê votos imediatos!
Estudiosos vão ainda mais além, afirmando que a luta pelo “pleno emprego” impede a modernização da economia, porque um país que está autossatisfeito e que não cria condições para “obrigar os trabalhadores a lutar pela vida” está a investir no seu atraso! “As pessoas que tem de lutar pela vida não estão à espera que o Estado paternalista lhes venha resolver tudo. Existem muitos casos de empresas que não se importariam de contratar certas pessoas, mas muitas delas recusam os empregos porque tem o Rendimento Mínimo Garantido”.Para se inverter esta situação cada trabalhador deve estar minimamente informado com os valores que a empresa deve produzir, para motivar e valorizar a sua força de trabalho.
Quanto à comunicação social, deve esta força informativa tentar não apresentar somente a percentagem de desemprego como dado bom ou mau, porque este problema é muito mais complicado, evitando assim, a criação de emprego fictício que só poderá trazer prejuízo à economia de qualquer país.Há forças políticas especializadas na criação de emprego, que de facto não o é!
O nosso país e principalmente os portugueses, precisam que tiremos conclusões. Para quê? Pois, para que este povo tenha garantido o seu sustento e da sua família, com dignidade e segurança. Se estamos mal, é certamente porque os políticos decidiram mal, mas decidiram. Se decidiram pela sua cabeça, ou pressionados por lóbis é outra questão.
Lendo o passado, podemos concluir e relembrar! Vejamos: “ É preciso acabar com as pequenas guerras internas, com a proteção de interesses que não são do partido, com o branqueamento de personalidades que se servem de nós, mas não nos servem”. Afirmou Pinto Balsemão aos militantes do PSD!
Bom, se precisamos de emprego como “pão para a boca” alguém tem que pôr a nossa economia a andar para a frente! Cabem as decisões aos políticos?
Há quem pense que sim e há quem pense que não. Numa notícia de Helena Pereira com M.A.M. podia-se ler: “A criação de uma comissão independente para assessorar o Governo na análise das grandes obras públicas está a ter cada vez mais adeptos. A esquerda e Marques Mendes aplaudiram a pressão sobre o Governo de José Sócrates. João Cravinho defendeu só a criação de um grupo de trabalho, liderado por Silva Lopes, para fornecer ao Governo estudos e pareceres! “ Mas não é um grupo de super sábios, daqueles que querem ser ministros sem terem que ir a eleições”. Acontece, que é precisamente isto que se faz nos grandes e prósperos países! Os políticos limitam-se a acompanhar o desenvolvimento dos planos. Marcelo Rebelo de Sousa também apoiou a criação de uma Comissão de Avaliação de Investimentos nas tomadas fundamentadas de decisões. Será que Sócrates tomou as medidas corretas? Se as tivesse tomado estaríamos na situação crítica em que estamos.
Já os “illuminati” afirmaram que: “a sua luz provinha, não de uma fonte autorizada mas secreta, mas de dentro, como resultado de um estado alterado de consciência, ou seja, esclarecimento espiritual e psíquico.” Bom, a votos nunca eles foram.
- Nem se fala do equilíbrio demográfico, ou mesmo de robustecer das cidades do interior, esquecendo as suas aldeias, lugares e lugarejos lá para os lados de Pedrógão! A fixação demográfica passaria por elas.
- Ouvir mesmo uma ministra da Educação, com ar muito seráfico, falar de cátedra aos portugueses sobre o encerramento de escolas do interior (4.000 já foram e 900 vão sê-lo), faz-nos dar voltas ao estômago.
- As escolas com menos de 21 alunos e nas quais serão afectadas 15 mil crianças das 470 mil que frequentam o 1.º ciclo. O Encerramento de escolas leva a uma “forte quebra da qualidade do ensino” e ao “aumento do desemprego”, considera em comunicado a Federação Nacional dos Professores.
- O custo do transporte destas crianças!
- Auto-estradas – Pretexto parta alguém enriquecer, pois é muito estranho que o país esteja cheio de auto-estradas inúteis, que só aumentarem a dívida pública e a dívida externa quando os portugueses nem sequer têm dinheiro para a portagem ou para a gasolina.
- Dinheiro, é aquilo que nasce da economia. Como a economia não cresce (só existe ESTADO), não há Estado social que se aguente
- Reformar é o que falta à despesa pública para parar de subir.
- Uvas, é aquilo que o chão já deu quando havia políticos e partidos com gente honesta e competente.
- Endividamento significa o sinónimo de empobrecimento de todos nós!
- Sobra ainda tanta, tanta coisa, como país falido, gatunagem, hipotecas, juízo, mediocridade, bandalheira, problemas do país, partidos, sarilhos, tretas, mais tretas, zaragata etc. etc. Pobre país este que não se livra da manhosice!
- Muitos outros problemas irão afectar crianças, inopinadamente afastadas da sua família, dos seus carinhos e da sua vigilância local. Elas foram atiradas para tempos mortos em zonas de desafectos e perigosas, remetendo-as de vez, para a separação do seu local de nascimento.
- As actuais cidades estão hoje cheias de gente que suspira pela segurança e quietude das aldeias que perduram nos seus sonhos. Era lá que preferiam morrer em paz.
- Salta à evidência uma vontade governativa e indómita de mais “obras públicas”!
- Estamos agora caídos em décimas para cima ou décimas para baixo, em relação ao ano passado. Tudo por culpa do governo anterior……!
Deixam-se para o fim os famigerados fogos. Já no ano anterior tivemos sozinhos, a maior área ardida da Europa Este ano vai conseguir ser pior!
Finalmente, vamos ter hoje com os votos PS+Geringonça, um plano de ataque aos fogos com uma reforma florestal. Ela deveria estar feita há mais de meio século, mas será feita pelo entendido e actual primeiro-ministro. O ponto tónico da mesma, serão “os malvados EUCALÍPTOS”. Vem mesmo a calhar para empurrar as culpas de tudo para o anterior primeiro-ministro!
Tiveram Balanço Positivo mas……não podem ser analisados como um bloco, pois nele existiram factos importantes para que hoje, apesar dos avanços, estejamos classificados como um mau aluno da UE. Digamos que até ao ano 2000 tudo foi indo (1), mas a partir desta data, começaram os problemas!
Comentário
Portugal neste relatório foi classificado como (mau aluno) não pelo desempenho do ano 2001, mas sim, pelos fatos importantes ocorridos nos 20 anos de adesão, sendo que tais fatos se fizeram projetar negativamente, muito para além do termo de 2000.
Relatório (parcial) Elucidativo sobre 2001
( … )“Em suma, o que tudo isto significa é que necessitamos de um outro padrão de crescimento, menos assente na procura interna e mais baseado em aumentos de produtividade que deem maior solidez à nossa competitividade externa. O que nos remete para o terceiro problema que enunciei acima. Precisamos de um profundo choque estrutural do lado da oferta, que depende de algumas políticas públicas mas que terá que resultar, sobretudo, de mais iniciativa empresarial. Infelizmente, nem a generalidade dos agentes privados nem o Estado parecem ter interiorizado suficientemente as novas regras de funcionamento da economia de um país membro de uma união monetária. São regras que requerem a alteração de comportamentos, algumas reformas estruturais e um novo regime de regulação macroeconómica.
A questão mais séria e imediata é a situação das Finanças Públicas. No ano passado recordei a necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade e afirmei então que: "Esta exigência significa que, mais do que com uma crise económica, o país está confrontado com uma crise orçamental." O que está em causa são os compromissos que assumimos sobre a evolução a médio prazo do défice orçamental. Não existe, como é conhecido, um problema técnico de sustentabilidade das finanças públicas portuguesas. Temos um rácio da dívida em relação ao PIB de 55%, inferior à média europeia e as regras do Pacto de Estabilidade quanto aos défices asseguram que terá que continuar a diminuir. O respeito pelas grandes orientações contidas no Programa de Estabilidade é essencial à credibilidade internacional da nossa política económica. O agravamento do défice orçamental em 2001 torna a tarefa mais difícil, sendo indispensável um elevado nível de consenso nacional quanto aos objetivos a atingir, sem dramatismos mas de acordo com um sentido de responsabilidade geralmente partilhada relativamente aos interesses do país. Nomeadamente, a referida credibilidade externa requer a manutenção do objetivo de um défice próximo do equilíbrio em 2004 dada a necessidade de darmos visibilidade a um esforço sério de consolidação orçamental. Para reduzir o défice terão que ser tomadas algumas decisões difíceis no sentido da contenção das despesas e evitar quaisquer medidas que possam reduzir as receitas do Sector Público Administrativo. A situação poderá mesmo justificar um aumento de alguns impostos indiretos com efeitos mais imediatos na recuperação das receitas do Estado.
Todas estas medidas têm, no curto prazo, consequências restritivas que se torna imperioso compensar com um maior dinamismo das exportações, impulsionado pela recuperação económica internacional e pelo redireccionamento da produção para mercados externos. Para possibilitar essa evolução torna-se necessário inverter a tendência dos últimos anos de aumentos salariais superiores ao crescimento da produtividade. Não se justifica propriamente um congelamento salarial, mas precisamos de uma maior moderação dos aumentos salariais. Todos devem ter consciência que, na situação atual, isso é uma condição para manter níveis elevados de emprego e evitar, assim, o agravamento de fatores de exclusão e maior desigualdade na sociedade portuguesa.
Entretanto todo o funcionalismo público havia sido contemplado (2000) com o ganho de um nível na tabela salarial reportado a um ano de retroatividade, ficando com ganhos salariais superiores aos dos trabalhadores da atividade privada, que, com os seus trabalhadores, pagam os impostos para a manutenção da Administração Pública! “
O Governo está a ser falacioso quando diz que pretende igualar o tempo de trabalho no público ao do privado: é que no primeiro caso as 40 horas passam a ser obrigatórias, enquanto no privado elas servem como um tecto. Para o Sindicato dos Quadros Técnicos (STE), trata-se de uma diferenciação injustificada que põe em causa a igualdade.