O nosso mundo sindicalista, está demasiado agarrado à política e a ideologias, que não conduzem a lugar algum. O caso da Grécia é um dos exemplos mais flagrantes! O igualitarismo e o apoio à “esquerdas”, trazem prejuízos à nossa economia, em confrontos sérios com o problema da competitividade mundial. E, sem criação de riqueza, níveis de produtividade realistas, tudo o resto são quimeras!
O Pleno Emprego português, só existirá num plano do fictício. Porque está envolto numa legislação laboral rígida. Na opinião de gente entendida e experimentada, seria possível alcançar uma produtividade 15 ou 20% superior com uma menor ocupação do trabalho e maior desemprego. “ Todos nós percebemos que em determinados locais de trabalho a mesma função podia ser desempenhada mas com muito menos gente. Mas como se privilegia o emprego acima de tudo, no sentido cristão do termo, os salários são baixos e a produtividade também! A nossa comunicação social fala frequentemente de percentagens de desemprego e só desemprego. Mas nunca aborda, o emprego ou desemprego face à produtividade quando este fator é determinante para uma economia saudável, mais criação de riqueza e (por estranho que pareça) mais emprego por via indireta, embora isso não dê votos imediatos!
Estudiosos vão ainda mais além, afirmando que a luta pelo “pleno emprego” impede a modernização da economia, porque um país que está autossatisfeito e que não cria condições para “obrigar os trabalhadores a lutar pela vida” está a investir no seu atraso! “As pessoas que tem de lutar pela vida não estão à espera que o Estado paternalista lhes venha resolver tudo. Existem muitos casos de empresas que não se importariam de contratar certas pessoas, mas muitas delas recusam os empregos porque tem o Rendimento Mínimo Garantido”.Para se inverter esta situação cada trabalhador deve estar minimamente informado com os valores que a empresa deve produzir, para motivar e valorizar a sua força de trabalho.
Quanto à comunicação social, deve esta força informativa tentar não apresentar somente a percentagem de desemprego como dado bom ou mau, porque este problema é muito mais complicado, evitando assim, a criação de emprego fictício que só poderá trazer prejuízo à economia de qualquer país.Há forças políticas especializadas na criação de emprego, que de facto não o é!
Os incêndios nos concelhos de Góis e de Pedrógão Grande são os mais preocupantes neste fim de tarde
2017-06-17 19:36
- Os focos mais graves registam-se nos distritos de Viseu e Porto. Só hoje já foram contabilizados mais de 175 fogos em território nacional, indica a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
A guerra e o sofrimento acabarão algum dia?
A luta contra tudo isto é uma guerra sem quartel! Não há, nem poderia haver, nacionalismos bacocos, no tamanho de uma luta tão grande e insensata. De um lado de tal guerra poderão e deverão estar as pessoas de bem, do outro lado, estarão certamente aqueles que iniciaram esta guerra tão injusta!
“Em tempos antigos, ouvia-se muitas vezes a frase; “são pobres mas felizes” e até havia um dito popular muito parecido:
“Pobretes mas alegretes”.
Mesmo o fado, que se comprazia a cantar a tristeza, nunca se referiu à pobreza como uma coisa ruim, podendo ser até, um sinal de honestidade e bom carácter.”Não pagar, ou pôr a pagar aqueles que em nada concorreram para tal desprestigio, isso sim uma envergonha!
O chocante episódio aconteceu esta terça-feira de manhã, depois de os bombeiros espanhóis terem tentado entrar em Portugal sem uma prévia coordenação com as autoridades portuguesas.
Entretanto, um grupo de 80 operacionais espanhóis está já a caminho de Portugal, já integrado no plano de combate aos incêndios que lavram no centro do país, anunciou a ministra da Administração Interna.
Esta gente que não se envergonha de ter uma dívida brutal aos outros países, passeia-se com um orgulho desmedido depois de ter perdido as eleições, e estas, terem tido um vencedor?
A Orca é o membro da família dos golfinhos de maior porte e é um super predador versátil, que inclui na sua dieta presas como peixes, moluscos, aves, tartarugas, focas, tubarões e animais de tamanho maior quando caçam em grupo, como por exemplo baleias.
Apesar de “baleia-assassina” ser uma designação incorrecta, por ser uma tradução directa do inglês e pelo facto de o animal não ser uma baleia, ela é comummente usada. É o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica - logo a seguir ao homem - é encontrada em todos os oceanos e pode chegar a pesar nove toneladas.
Têm uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos. Comunicam-se através de sons e costumam viajar em formações que assomam ocasionalmente à superfície. A primeira descrição da espécie foi feita por Plínio, o Velho, o qual já a descrevia como um monstro marítimo feroz.
Na viagem de Roma a Assis em comboio, de um dia inteiro, descobre-se uma cidade perfeita e encantadora na zona rural italiana. Começa-se o dia por conhecer Orvieto, seguido de um almoço próximo ao Lago Trasimeno. Depois visita-se o Património da Humanidade, na cidade de Assis na Úmbria, aprendendo muito sobre o seu padroeiro, São Francisco de Assis e, em seguida, visita-se Santa Maria degli Angeli, para admirar a sua Basílica do século IX, que já foi idolatrada pelo santo. A Basílica de São Francisco é na verdade composta por duas igrejas: a inferior (1228-1230), a superior (1230-1253) e uma cripta, escavada em 1818, com a tumba do Santo.
Numa breve história sobre a vida de São Francisco, nascido em 1182 e proclamado santo pela Igreja Católica em 1228 (dois anos após sua morte), Francisco era o filho de um rico comerciante. Os primeiros anos de sua juventude foram marcados por todo conforto, luxo, segurança e prestígio proporcionado pelo dinheiro paterno.
A partir dos 23 anos iniciam-se os primeiros sintomas daquela longa crise espiritual que o levaria a viver uma vida de renúncias, que depois seria transformada num programa franciscano. Nessa época ele abandonou definitivamente as armas para abraçar a milícia de Cristo, as palavras do Crucifixo de S. Damião, que lhe pede para reparar a sua igreja; a renúncia aos bens paternos e a resolução de se dedicar a uma vida de absoluta pobreza que lhe era sugerida pelo Evangelho.
Os mitos nos ajudam a entender as relações humanas e guardam em si a chave para o entendimento do mundo e da nossa mente analítica. A mitologia grega, repleta de lendas históricas e contos sobre deuses, deusas, batalhas heróicas e jornadas no mundo subterrâneo, revela-nos a mente humana e os seus meandros multifacetados. Atemporais e eternos, os mitos estão presentes na vida de cada Ser humano, não importa em que tempo ou local. Somos todos, deuses e heróis de nossa própria história.
O aparelho do PSD não gostou da nomeação de Miguel Poiares Maduro. Não lhe interessa as competências do novo ministro, nem nada que tenha a ver com o conhecimento dos dossiês ou a dedicação ao país. Apenas se preocupa com este ponto: o novo ministro não percebe nada de PSD e vai ter o dinheiro do QREN que vem da Europa.
O aparelho criticou ainda a nomeação de um secretário de Estado (António Leitão Amaro) que, sendo do PSD, não é da linha de Passos Coelho, uma vez que apoiou Paulo Rangel. Ou seja, nem o ministro nem o secretário de Estado conhecem suficientemente as subtilezas do apoio que necessita o presidente da Junta X, que traz 12 votos e meio para o Congresso, e também se torna decisivo para a eleição do presidente da Distrital Y, o qual tem sólidas esperanças de ser nomeado presidente de um Instituto, onde terá a oportunidade de trocar os favores de um QREN por uma coisa qualquer. (Isto também explica a quase unanimidade do nostálgico voto de louvor a esse grande Relvas, que nunca hesitou em pôr o partido à frente dos interesses do país).
Outro aparelho, o do PS, reelegeu António José Seguro líder do partido, ao que parece com mais de 95% dos votos. Como se vê, é falsa a existência de quaisquer divisões dentro do PS, ou nada representam aqueles que passam a vida a dizer mal do secretário-geral socialista.
Em cada eleitorado aparelhinho há uma pequena Coreia do Norte que ama o seu grande líder.
Esta gente, estas autênticas quadrilhas têm um papel mais pernicioso na política atual que a corte tinha nas monarquias absolutas. Um desafio importante é saber como nos podemos livrar desta canga.
“ As grandes coisas que poderiam ter sido feitas, não se vê onde é que elas estão. Em que é que progrediram os direitos das pessoas em concreto? Como é que melhorou o estado de vida daqueles que são os mais sacrificados? E a repartição da riqueza?
Realmente nisso não se avançou muito. Se não se avançou, em que é que é um governo à esquerda? É uma pergunta que se pode pôr, (.). É uma resposta difícil, não a sei dar. Mas sei que é uma pergunta que deve fazer refletir as pessoas de esquerda e eu sou uma delas. Sou uma pessoa que reflete sobre essas matérias. Se a esquerda, no governo, faz o papel da direita, não vale a pena votar na esquerda”
Acabámos de ouvir Mário Soares em discurso direto, na Antena 1. Esta notícia vem pôr-nos em cima da mesa mais dois chavões; a ESQUERDA e a DIREITA. Alguém saberá nos dias de hoje, explicar a alguém, que diferença existe entre estas duas palavras? Hoje ainda será assim?
As palavras do atual presidente da Câmara do Porto (Rui Rio), são pela sua comprovada honestidade, um alerta de pessoa experimentada e amiga. Infelizmente fazem-nas passar despercebidas!
“A nossa sociedade está a atravessar uma perigosa crise de valores. Uma crise que todos sentimos nas mais pequenas coisas, quando, no dia-a-dia, constatamos que temos de conviver com uma permanente inversão de prioridades.
Hoje, já começa a ser difícil encontrar quem perceba que o interesse coletivo se tem sempre que sobrepor ao interesse individual. De forma perigosíssima, a sociedade aceita demasiadas vezes e de forma complacente que os interesses individuais ou de grupo ditem políticas que agridem o coletivo. Infelizmente são muitos, esses exemplos.”
As algas deverão ter uma expansão idêntica à do atual cultivo dos peixes, um cultivo a ser incrementado, quanto antes, pelo Homem. Tais produtos têm hoje procura para diversas finalidades: alimentação, medicina, cosmética, etc. Um dos fatores mais importante para o sucesso do cultivo de peixe é a utilização de alimento natural (fito plâncton), principalmente nos estados iniciais de desenvolvimento dos organismos aquáticos. O alimento vivo, devido ao seu conteúdo em ácidos essenciais, é a melhor opção para a nutrição inicial das larvas. Apesar dos esforços para substituir totalmente o alimento vivo por dietas artificiais, os aquicultores ainda estão dependentes da produção e do emprego de microrganismos para a alimentação de certas espécies de peixes. Pois, em geral, o alimento artificial não supre as necessidades nutricionais dessas espécies, apesar dos custos dessas rações serem elevados.
De alguma Universidade Mundial (Sengar) terão de sair os projectos necessários para que o Homem possa transformar a água salgada em água doce, de excelente qualidade e sabor. Esta terá de ser conseguida e espalhada por todo o litoral mundial, sendo o seu desenvolvimento e exploração, assumido pelas populações da orla marítima, embora o sistema também deva permitir qualificar essa água doce, a partir de lagos, lagoas e rios, nos quais tal água doce se apresente imprópria para uso doméstico. Todos beneficiarão e todos terão a ganhar em alguma participação nesse projeto. O problema da obtenção de água potável para consumo, ficaria, assim, finalmente resolvido! Depois e através de enormes “condutas”, esse precioso líquido seria levado já em produto final, a todos os lugares onde houvesse a sua procura. Será um custo universal, suportado por todos os países. A energia produzida pelas marés, ondas e brisas marítimas, a baixos custos, é utilizada para a impulsão das águas até ao interior mais elevado. Nas barragens, terá de ser igualmente conseguido fazer com que grande parte da água já utilizada, volte à barragem, sucessivamente, para cair novamente e fazer mais energia. Também terão de ser aproveitadas as grandes condutas de água, para no seu interior, aproveitar a corrente de água, para fabrico de energia eléctrica. Para tanto, terão de ser colocadas turbinas no interior das condutas, a espaços, de modo a ser conseguida alguma energia, transportada depois, por cima da linha condutora de água. Para além disso, os organismos internacionais, começarão a recuperação dos efeitos da prolongada escassez do precioso líquido. Com os mesmos recursos e auxílio do calor desenvolvido por pequenas centrais nucleares (geradores nucleares), é processado o degelo em muitas zonas geladas do mundo! Essa água, proveniente do degelo, é enviada, por impulsão elétrica, para zonas de baixo-relevo e aí guardada como reserva estratégica. Também é aproveitada, no enchimento das enormes cavernas aparecidas pela extração do crude, e já exauridas.
Deixar o caminho preparado para as gerações vindouras, faz parte da actual moral universal.
No inverno com as grandes e medonhas cheias todas as embarcações eram recolhidas no leito manso de uma ribeira.
As águas do Tejo quando estavam baixas, no verão, deixavam aparecer belos areais. O sítio onde a ribeira desaguava no rio era o mais belo e apetecido. Havia relva no chão e muitas amoreiras com óptimas sombras para descansar. No meio deste espaço estava um frondoso chorão. Este lugar era conhecido pela «beira do Tejo» e servia para os banhistas e campistas descansarem e conviverem. Era a praia possível para muitas famílias dos arredores, nesta zona interior.
Naquele tempo a água que corria neste rio era completamente límpida, com muito peixe .
As primeiras incursões até ao leito do Tejo ocorriam com a chegada dos dias quentes e eram de jovens, normalmente estudantes em grupos à procura da frescura do rio. Vinham ver como estavam as coisas mas só mais tarde se decidiam pela entrada na água.
A roupa era trocada no meio dos canaviais e aí guardada sem receio. Começavam deste modo os mergulhos no Tejo. O sítio mais profundo era exactamente onde a torrente esbarrava na muralha do palácio. Era aí, no pego, que os mais audazes mergulhavam. Os outros procuravam as águas mais baixas. Apesar disso todos os anos o Tejo fazia as suas vítimas entre os jovens menos avisados ou afortunados. Estes acontecimentos, onde toda a gente se conhece, eram profundamente sentidos. O luto era para todos sem excepção. Logo que o corpo era encontrado traziam-no para a margem onde ficava a aguardar os trâmites legais. Por alguns dias o rio era motivo de profundo respeito e não havia banhos para ninguém. Curiosamente estes acidentes ocorriam quase sempre no entusiasmo dos primeiros mergulhos.
Nas noites cálidas de verão e depois do jantar, as famílias desciam até à “ beira Tejo”. Sabia bem apanhar o fresco da noite, que vinha do rio, e os mais faladores ajudavam a passar a noite. Numa dessas noites ocorreu um fenómeno que marcou quem o presenciou!
Por cima das cabeças das pessoas, a alguns metros de distância, passou uma grande bola em fogo! A cauda era muito comprida! Desviou para a direita e desapareceu no meio de um choupal. No dia seguinte procuraram-se vestígios daquele grande objecto luminoso mas sem qualquer êxito.
Naquele paraíso a magia era constante nas quatro estações do ano! No inverno essa magia tinha o acento tónico no medonho. A natureza engrossava a voz e punha o semblante fortemente carregado.
O volume das águas do Tejo aumentava de forma assustadora, em dois ou três dias, por força das primeiras chuvadas, mais persistentes.
A torrente tornava-se forte e impetuosa e a água ganhava uma cor barrenta! Troncos de árvore eram vistos a descer o rio ao ritmo da torrente. Por todo o lado as águas das chuvas descobriam atalhos e mais logo, todas desaguavam no rio, vindas de longe. De tanta água receber o caudal transbordava as margens que ladeavam o leito do rio. Nem os enormes salgueiros e a sua densa ramagem a podiam suster. Era impressionante ver a cavalgada das águas sempre em busca de cada vez mais espaço. A vida animal, sempre desconfiada, apercebia-se da avalanche e refugiava-se como podia, mais longe ou mais alto!
Rapidamente a paisagem verdejante desaparece e fica submersa por um extenso mar que galga muros, estradas, pomares, colinas e toda a planície a perder de vista!
Do alto do castelo a nossa vista só alcançava água. As noites caíam pouco depois das cinco e eram longas, muito longas e medonhas. O silvo do vento forte acompanhado do barulho da intensa chuva a cair, compunham uma sinfonia para a noite toda. A seguir á chuva de dias, numa bela manhã iria aparecer o sol radioso. Mesmo assim as águas do rio continuavam a subir até estacionarem por dois ou três dias. Havia de seguir-se o seu abaixamento, normalmente com muita lentidão, que deixava nas paredes e muros uma linha horizontal castanha que marcava a máxima altura daquela cheia.
Atingida a normalidade no rio ficava visível ao longe, uma extensão muito grande toda coberta por uma espessa camada de lama. Esse lamaçal com o tempo irá ficar transformado num infinito conjunto de polígonos originados pela lama que gretava ao secar. Futuras chuvadas acabarão por proceder à lavagem e transporte para o rio de grande parte deste precioso composto. O que fica na terra é um óptimo fertilizante.
Com a chegada do sol abre-se um novo ciclo de vida e um aumento do frio. Instintivamente vamos buscar mais uma manta para a cama. De manhã quando se chega à janela para espreitar o dia ficamos deslumbrados. Os telhados do casario à volta estão todos brancos. Ao sair de casa a aragem matinal é fria e deixa o nariz e as orelhas gelados. A vida não pára e toda a gente anda em movimento, até os catraios de sacola às costas lá ia para a escola. Pelos caminhos de terra batida ou simples carreiros, sem pararem e com botas cardadas. Lá iam partindo a água gelada das poças. À noite, dentro de casa, toda a gente se aquecia à lareira. Lenha era aquilo que não faltava.
Os trabalhadores, não residentes, deitavam-se nas camas das camaratas para se aquecerem, enquanto deixavam ao lume da cozinha, toda a noite, a roupa molhada pelos dias chuvosos. No dia seguinte era preciso levantar cedo e a roupa para vestir tinha que ser a mesma.
No final do dia, os outros trabalhadores das redondezas lá iam a pé até casa, não sem que a noite lhes caísse no caminho. Aqueles que pernoitavam no dormitório (poucos e de mais longe), também dispunham de uma cozinha geral. Uma mesa comprida e uns bancos corridos e o lume a queimar lenha. era tudo o que tinham.
Todos se apressavam a pôr ao lume o seu pote de barro com três pés. Estavam pretos de tanto ir ao fogo. Depois iam vagueando entre o banco e a chaminé, espreitando se os poucos feijões já se podiam comer. De vez em quando tiravam dos alforges pendurados na parede, um estreito tubo de vidro com azeite, e deitavam no pote umas poucas gotas. Mexiam o magro sustento com colheres de pau, após o que provavam. Voltavam a tirar dos alforges uma colher muito gasta e segurando a cabeça com uma mão lá iam comendo com a outra.
Quase não falavam. Quando acabavam seguravam a cabeça com as duas mãos e ficavam imóveis até se irem deitar. Talvez estivessem a pensar na vida e na família que estava longe. Mais tarde lá iam nos seus tamancos feitos de madeira até ao dormitório.
Com mais ou menos cheias, eram assim os invernos na Cardiga para os trabalhadores rurais.
Com os borbotes pequenos e verdes a rebentarem nos ramos das árvores, percebia-se que estava a chegar a primavera. Na terra o rebentar das ervas e plantas, fazia levantar a camada de lodo que as cheias lá deixavam. Ouvem-se os pardais nos telhados e outros bebem água nas poças mais teimosas. Mais tarde andarão entretidos a fazer o ninho.
As extensas vinhas das terras mais baixas, saem das cheias cobertas de fina camada de lama.
As embarcações protegidas durante o inverno nas águas calmas da ribeira, voltam ao seu lugar no porto fluvial. Esta estação do ano é na quinta um crescendo de vida! As canas e os salgueiros empertigam-se e ficam viçosos de verde. Não tarda que os trabalhadores se apurem na poda das árvores e vinhedos. Manadas de bois puxavam os arados na preparação das sementeiras, enquanto atrás as alvéolas de pernas finitas e cauda comprida, depenicavam os vermes trazidos à superfície.
As trepadeiras que cobriam as extensas paredes do palácio não tardarão a florir. No verão serão o esconderijo e dormitório da passarada.
O palácio é considerado património nacional e a sua construção remonta a tempos desconhecidos. O mesmo acontece com o castelo. Lendas antigas relacionam-nos ao Almourol, Templários e Convento de Cristo. Incorporada no palácio existe uma linda capela com ricos vitrais. Entre um dos lados do palácio e o rio ficava um lindo jardim e ao lado deste uma estufa com plantas exóticas.
A Páscoa era o ponto alto da primavera. Todas as famílias vestiam a sua roupa melhor e iam à missa, na capela, que se enchia. Os donos conviviam com todos os trabalhadores e participavam com as crianças na festa da procura dos ovos de Páscoa escondidos nos arbustos da horta.
Havia ovos de todas as cores.
Aproveitando o labirinto existente, faziam-se jogos e distribuíam-se prendas pelas crianças presentes.
Nos campos já tudo era verdura e floria. Papoilas e malmequeres brancos e amarelos eram a perder de vista!
As roseiras enroladas às muitas árvores da avenida de entrada, landoeiros, transmitiam-lhe um colorido vistoso e alegre!
Aos poucos, as águas do rio deixavam de ser barrentas e tornavam-se límpidas. A sua torrente arrastava as ramagens dos salgueiros que assentavam na água. Adeptos da pesca à linha vinham das terras vizinhas. Existiam também os outros quase profissionais, que com os seus barcos pretos em forma de meia-lua percorriam o Tejo estendendo as suas redes.
Outros aprestos como os “covos”, “tarrafas” etc. Ajudavam os pescadores a ganhar a vida. O peixe assim recolhido era vendido nas terras ribeirinhas que não eram abrangidas pela venda de peixe do alto mar.
Algum tempo depois outro evento anual fazia acorrer à Cardiga muita gente das redondezas. Falo da 5ª Feira da Ascensão ou “dia da espiga”. Vendedores ambulantes apareciam manhã cedo e montavam as suas bancas. Vendiam refrescos, pevides, tremoços, sanduíches, bolos etc. Outras pessoas vendiam os típicos ramos deste dia, chamados da “espiga”. No rio fragatas enfeitadas passeavam as pessoas a troco de quase nada. Todos entoavam cantigas populares.
Tudo isto ao longo dos anos haveria de conquistar o coração das populações das redondezas que, de facto, nutriam grande simpatia e respeito por esta Quinta da Cardina sabiamente gerida durante séculos pelos Cavaleiros do Templo e da Ordem de Cristo.
Socialmente e numa época em que nenhuns direitos havia para aqueles que trabalhavam na vida do campo, tinham eles deixado a semente do respeito pelos outros, que induziria os futuros e mais significativos donos da Quinta, a fornecerem assistência médica, colónia de férias etc., e outros cuidados sociais, até aí inexistentes no Portugal de então.
Por esta altura da 5ª. Feira da Ascensão já se podiam comer alguns frutos maduros. As searas tinham a cor amarela da sua perfeita maturação. As hortas tinham de tudo pois a natureza era pródiga, ajudada pela qualidade das terras e pela abundância de água para rega. Ao cair da noite esvoaçavam morcegos por todo o lado e nas noites quentes do fim de Maio as crianças corriam atrás dos pirilampos que em ziguezague se escapavam pelos ares.
O potente sino que se fazia ouvir em toda a quinta, badalava agora mais cedo e mais tarde, era a hora de verão. O sino marcava há anos o inicio e o fim da jornada de trabalho diário e também no rebate a fogos. No pino do sol, no verão, passava a tocar quatro vezes ao dia em consequência do calor e da necessária “sesta”.
O andar pachorrento dos carros de bois carregados de cereais indiciava o começo desse verão. Os boieiros, também eles pachorrentos, talvez por contágio, com o aguilhão e a espaços, picavam os animais com algum comprometimento. O trabalho da ceifa era feito por homens afogueados pelo calor intenso.
Era este o tempo das violentas trovoadas. Por vezes mais que uma por dia ou em simultâneo provenientes de lados opostos. Os raios iluminavam o céu que antes se tinha tornado escuro. Por antecipação um homem, sempre atento, molhava o chão onde os pára-raios ligavam à terra.
Os santos populares eram também motivo para festejar em conjunto com os vizinhos e amigos. Lenha não faltava e alegria também não. As alcachofras estavam mesmo à mão. Com mais ou menos jeito todos saltavam à fogueira.
O verão já se fazia sentir e nos dias que se seguiam a fogueira era outra e chamava-se eira. Homens de chapéu preto na cabeça e lenço vermelho no pescoço alimentavam sem cessar aquelas grandes máquinas que separavam as sementes para um lado e a palha para outro. Dava prazer ver os fardos tão bem atados e moldados. Levar os sacos de cereais e os fardos era trabalho novamente destinado aos bois e às enormes mulas. O celeiro e os palheiros irão ficar cheios para mais um ano.
Na Cardiga tudo era aproveitado no estrito rigor dos ensinamentos colhidos e melhorados durante várias gerações. O ciclo económico tem regras a cumprir. A abundância de água permitia manter, através da rega, a alimentação de alguns animais, bem viçosa. Nas regateiras corria água muito limpa por todo o lado.
Menos que nas redondezas, o calor era imenso. Sufocante!
O verão ia acabando e dando origem ao Outono com a azáfama das vindimas. Novamente os carros passavam pachorrentos transportando uvas brancas e pretas. Eram dias e dias com o mesmo ritual.
Na adega o trabalho era igualmente intenso até á fermentação completa do mosto . Depois eram as provas e envasilhamento do precioso liquido. O vinho da Cardiga era consumido e apreciado por todo o país, sempre rotulado com a Cruz de Cristo.
Sem se dar por isso já estávamos no Outono. O sentido decrescente que nos transmite esta estação , dá-nos alguma sensação de menos alegria ou mesmo alguma tristeza, são os motivos aparentes, outros poderão existir.
É certo que esta estação tem muito de verão e muito de inverno. De si própria tem o antipático cair da folha, os dias mais pequenos, a chuva, o frio.
A Quinta era invadida por ranchos de homens e mulheres vindas das Beiras para a apanha da azeitona, uma importante tarefa sazonal que punha de novo os carros a transportar toneladas de azeitonas para o lagar. Laborava por vários meses de dia e de noite.
O azeite produzido era de muito boa qualidade com consumo garantido.
Com a chegada da primavera tudo recomeçava... .
Naquele paraíso a magia era constante nas quatro estações do ano! No inverno essa magia tinha o acento tónico no medonho. A natureza engrossava a voz e punha o semblante fortemente carregado.
O volume das águas do Tejo aumentava de forma assustadora, em dois ou três dias, por força das primeiras chuvadas, mais persistentes.
A torrente tornava-se forte e impetuosa e a água ganhava uma cor barrenta! Troncos de árvore eram vistos a descer o rio ao ritmo da torrente. Por todo o lado as águas das chuvas descobriam atalhos e mais logo, todas desaguavam no rio, vindas de longe. De tanta água receber o caudal transbordava as margens que ladeavam o leito do rio. Nem os enormes salgueiros e a sua densa ramagem a podiam suster. Era impressionante ver a cavalgada das águas sempre em busca de cada vez mais espaço. A vida animal, sempre desconfiada, apercebia-se da avalanche e refugiava-se como podia, mais longe ou mais alto!
Rapidamente a paisagem verdejante desaparece e fica submersa por um extenso mar que galga muros, estradas, pomares, colinas e toda a planície a perder de vista!
Do alto do castelo a nossa vista só alcançava água. As noites caíam pouco depois das cinco e eram longas, muito longas e medonhas. O silvo do vento forte acompanhado do barulho da intensa chuva a cair, compunham uma sinfonia para a noite toda. A seguir á chuva de dias, numa bela manhã iria aparecer o sol radioso. Mesmo assim as águas do rio continuavam a subir até estacionarem por dois ou três dias. Havia de seguir-se o seu abaixamento, normalmente com muita lentidão, que deixava nas paredes e muros uma linha horizontal castanha que marcava a máxima altura daquela cheia.
Atingida a normalidade no rio ficava visível ao longe, uma extensão muito grande toda coberta por uma espessa camada de lama. Esse lamaçal com o tempo irá ficar transformado num infinito conjunto de polígonos originados pela lama que gretava ao secar. Futuras chuvadas acabarão por proceder à lavagem e transporte para o rio de grande parte deste precioso composto. O que fica na terra é um óptimo fertilizante.
Com a chegada do sol abre-se um novo ciclo de vida e um aumento do frio. Instintivamente vamos buscar mais uma manta para a cama. De manhã quando se chega à janela para espreitar o dia ficamos deslumbrados. Os telhados do casario à volta estão todos brancos. Ao sair de casa a aragem matinal é fria e deixa o nariz e as orelhas gelados. A vida não pára e toda a gente anda em movimento, até os catraios de sacola às costas lá ia para a escola. Pelos caminhos de terra batida ou simples carreiros, sem pararem e com botas cardadas. Lá iam partindo a água gelada das poças. À noite, dentro de casa, toda a gente se aquecia à lareira. Lenha era aquilo que não faltava.
Os trabalhadores, não residentes, deitavam-se nas camas das camaratas para se aquecerem, enquanto deixavam ao lume da cozinha, toda a noite, a roupa molhada pelos dias chuvosos. No dia seguinte era preciso levantar cedo e a roupa para vestir tinha que ser a mesma.
No final do dia, os outros trabalhadores das redondezas lá iam a pé até casa, não sem que a noite lhes caísse no caminho. Aqueles que pernoitavam no dormitório (poucos e de mais longe), também dispunham de uma cozinha geral. Uma mesa comprida e uns bancos corridos e o lume a queimar lenha. era tudo o que tinham.
Todos se apressavam a pôr ao lume o seu pote de barro com três pés. Estavam pretos de tanto ir ao fogo. Depois iam vagueando entre o banco e a chaminé, espreitando se os poucos feijões já se podiam comer. De vez em quando tiravam dos alforges pendurados na parede, um estreito tubo de vidro com azeite, e deitavam no pote umas poucas gotas. Mexiam o magro sustento com colheres de pau, após o que provavam. Voltavam a tirar dos alforges uma colher muito gasta e segurando a cabeça com uma mão lá iam comendo com a outra.
Quase não falavam. Quando acabavam seguravam a cabeça com as duas mãos e ficavam imóveis até se irem deitar. Talvez estivessem a pensar na vida e na família que estava longe. Mais tarde lá iam nos seus tamancos feitos de madeira até ao dormitório.
Com mais ou menos cheias, eram assim os invernos na Cardiga para os trabalhadores rurais.
Com os borbotes pequenos e verdes a rebentarem nos ramos das árvores, percebia-se que estava a chegar a primavera. Na terra o rebentar das ervas e plantas, fazia levantar a camada de lodo que as cheias lá deixavam. Ouvem-se os pardais nos telhados e outros bebem água nas poças mais teimosas. Mais tarde andarão entretidos a fazer o ninho.
As extensas vinhas das terras mais baixas, saem das cheias cobertas de fina camada de lama.
As embarcações protegidas durante o inverno nas águas calmas da ribeira, voltam ao seu lugar no porto fluvial. Esta estação do ano é na quinta um crescendo de vida! As canas e os salgueiros empertigam-se e ficam viçosos de verde. Não tarda que os trabalhadores se apurem na poda das árvores e vinhedos. Manadas de bois puxavam os arados na preparação das sementeiras, enquanto atrás as alvéolas de pernas finitas e cauda comprida, depenicavam os vermes trazidos à superfície.
As trepadeiras que cobriam as extensas paredes do palácio não tardarão a florir. No verão serão o esconderijo e dormitório da passarada.
O palácio é considerado património nacional e a sua construção remonta a tempos desconhecidos. O mesmo acontece com o castelo. Lendas antigas relacionam-nos ao Almourol, Templários e Convento de Cristo. Incorporada no palácio existe uma linda capela com ricos vitrais. Entre um dos lados do palácio e o rio ficava um lindo jardim e ao lado deste uma estufa com plantas exóticas.
A Páscoa era o ponto alto da primavera. Todas as famílias vestiam a sua roupa melhor e iam à missa, na capela, que se enchia. Os donos conviviam com todos os trabalhadores e participavam com as crianças na festa da procura dos ovos de Páscoa escondidos nos arbustos da horta.
Havia ovos de todas as cores.
Aproveitando o labirinto existente, faziam-se jogos e distribuíam-se prendas pelas crianças presentes.
Nos campos já tudo era verdura e floria. Papoilas e malmequeres brancos e amarelos eram a perder de vista!
As roseiras enroladas às muitas árvores da avenida de entrada, landoeiros, transmitiam-lhe um colorido vistoso e alegre!
Aos poucos, as águas do rio deixavam de ser barrentas e tornavam-se límpidas. A sua torrente arrastava as ramagens dos salgueiros que assentavam na água. Adeptos da pesca à linha vinham das terras vizinhas. Existiam também os outros quase profissionais, que com os seus barcos pretos em forma de meia-lua percorriam o Tejo estendendo as suas redes.
Outros aprestos como os “covos”, “tarrafas” etc. Ajudavam os pescadores a ganhar a vida. O peixe assim recolhido era vendido nas terras ribeirinhas que não eram abrangidas pela venda de peixe do alto mar.
Algum tempo depois outro evento anual fazia acorrer à Cardiga muita gente das redondezas. Falo da 5ª Feira da Ascensão ou “dia da espiga”. Vendedores ambulantes apareciam manhã cedo e montavam as suas bancas. Vendiam refrescos, pevides, tremoços, sanduíches, bolos etc. Outras pessoas vendiam os típicos ramos deste dia, chamados da “espiga”. No rio fragatas enfeitadas passeavam as pessoas a troco de quase nada. Todos entoavam cantigas populares.
Tudo isto ao longo dos anos haveria de conquistar o coração das populações das redondezas que, de facto, nutriam grande simpatia e respeito por esta Quinta da Cardina sabiamente gerida durante séculos pelos Cavaleiros do Templo e da Ordem de Cristo.
Socialmente e numa época em que nenhuns direitos havia para aqueles que trabalhavam na vida do campo, tinham eles deixado a semente do respeito pelos outros, que induziria os futuros e mais significativos donos da Quinta, a fornecerem assistência médica, colónia de férias etc., e outros cuidados sociais, até aí inexistentes no Portugal de então.
Por esta altura da 5ª. Feira da Ascensão já se podiam comer alguns frutos maduros. As searas tinham a cor amarela da sua perfeita maturação. As hortas tinham de tudo pois a natureza era pródiga, ajudada pela qualidade das terras e pela abundância de água para rega. Ao cair da noite esvoaçavam morcegos por todo o lado e nas noites quentes do fim de Maio as crianças corriam atrás dos pirilampos que em ziguezague se escapavam pelos ares.
O potente sino que se fazia ouvir em toda a quinta, badalava agora mais cedo e mais tarde, era a hora de verão. O sino marcava há anos o inicio e o fim da jornada de trabalho diário e também no rebate a fogos. No pino do sol, no verão, passava a tocar quatro vezes ao dia em consequência do calor e da necessária “sesta”.
O andar pachorrento dos carros de bois carregados de cereais indiciava o começo desse verão. Os boieiros, também eles pachorrentos, talvez por contágio, com o aguilhão e a espaços, picavam os animais com algum comprometimento. O trabalho da ceifa era feito por homens afogueados pelo calor intenso.
Era este o tempo das violentas trovoadas. Por vezes mais que uma por dia ou em simultâneo provenientes de lados opostos. Os raios iluminavam o céu que antes se tinha tornado escuro. Por antecipação um homem, sempre atento, molhava o chão onde os pára-raios ligavam à terra.
Os santos populares eram também motivo para festejar em conjunto com os vizinhos e amigos. Lenha não faltava e alegria também não. As alcachofras estavam mesmo à mão. Com mais ou menos jeito todos saltavam à fogueira.
O verão já se fazia sentir e nos dias que se seguiam a fogueira era outra e chamava-se eira. Homens de chapéu preto na cabeça e lenço vermelho no pescoço alimentavam sem cessar aquelas grandes máquinas que separavam as sementes para um lado e a palha para outro. Dava prazer ver os fardos tão bem atados e moldados. Levar os sacos de cereais e os fardos era trabalho novamente destinado aos bois e às enormes mulas. O celeiro e os palheiros irão ficar cheios para mais um ano.
Na Cardiga tudo era aproveitado no estrito rigor dos ensinamentos colhidos e melhorados durante várias gerações. O ciclo económico tem regras a cumprir. A abundância de água permitia manter, através da rega, a alimentação de alguns animais, bem viçosa. Nas regateiras corria água muito limpa por todo o lado.
Menos que nas redondezas, o calor era imenso. Sufocante!
O verão ia acabando e dando origem ao Outono com a azáfama das vindimas. Novamente os carros passavam pachorrentos transportando uvas brancas e pretas. Eram dias e dias com o mesmo ritual.
Na adega o trabalho era igualmente intenso até á fermentação completa do mosto . Depois eram as provas e envasilhamento do precioso liquido. O vinho da Cardiga era consumido e apreciado por todo o país, sempre rotulado com a Cruz de Cristo.
Sem se dar por isso já estávamos no Outono. O sentido decrescente que nos transmite esta estação , dá-nos alguma sensação de menos alegria ou mesmo alguma tristeza, são os motivos aparentes, outros poderão existir.
É certo que esta estação tem muito de verão e muito de inverno. De si própria tem o antipático cair da folha, os dias mais pequenos, a chuva, o frio.
A Quinta era invadida por ranchos de homens e mulheres vindas das Beiras para a apanha da azeitona, uma importante tarefa sazonal que punha de novo os carros a transportar toneladas de azeitonas para o lagar. Laborava por vários meses de dia e de noite.
O azeite produzido era de muito boa qualidade com consumo garantido.
Mais de metade da área consumida pelas chamas este ano (2016), na Europa, ardeu em território português, são quase 117 mil hectares, valor quatro vezes maior que a média do que ardeu entre 2008 a 2015, segundo os técnicos de protecção civil.
Mitigar os impactes negativos dos incêndios exige um esforço de boa governação, algo que tem estado largamente ausente da discussão pública. Em primeiro lugar, a experiência internacional atesta que a eficácia na gestão do fogo está associada a serviços florestais (SF) sólidos e com intervenção significativa no território. Podemos referir a transferência do combate para os bombeiros em 1980/81 (perdendo-se o conhecimento de como combater o fogo na floresta), o desmantelamento e a regionalização da estrutura vertical em 1996, e a “entrega” da guarda-florestal e da rede de postos de vigia à GNR em 2006.
Mesmo assim, deve prevalecer a técnica do contra fogo, pela sua eficácia e despesa compensadora, em confronto com os actuais gastos anuais no combate aos incêndios.
O contra fogo requer uma preparação técnica compatível, porém os gastos em causa, podem ter efeitos noutros grandes problemas que os países enfrentam.
Para coroar o momento de ápice político, o Ministério Público mandou ao Congresso – no meio da maior e mais bem-sucedida operação anticorrupção do planeta – uma série de medidas como se as que existissem não tivessem sido suficientes para assegurar o amplo e retumbante êxito da Operação Lava-Jato no Brasil.
O problema é que no meio das medidas anticorrupção, que ninguém leu e ninguém pode ficar contra, sob pena de ser execrado pelo pensamento do politicamente correcto, vieram algumas pérolas: o famigerado teste de integridade, já conhecido como o teste de infidelidade; e a admissão de provas ilícitas colhidas com boa-fé. O contra fogo é um sistema de combate infalível! Todo o ser humano teme os fogos incontroláveis (de todos os tipos), mas que o contra fogo é eficaz, não tenhamos dúvidas. É preciso não esquecer que o verão está chegar. Assim será bom também não esquecer de estender o contra fogo a toda a actividade do nosso país.
O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para YHWH, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Segundo a Bíblia, este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa "paz". Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz. (2Samuel 7:1-16; 1Reis 5:3-5; 8:17; 1Crónicas 17:1-14; 22:6-10).
Davi comprou a eira de Ornã ou Araúna, um jebuseu, que se localizava no monte Moriah ou Moriá, para que ali viesse a ser construído o templo. (2Samuel 24:24, 25; 1Crónicas 21:24, 25) Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1Crónicas 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositando o excedente no tesouro do templo (1Reis 7:51; 2Crónicas 5:1).
Reproduzo os desabafos de alguém, sério como se percebe, que se sente muito enganado! Como ele haverá milhares de portugueses, e cada vez mais. Se fujo a falar de nomes, é porque o problema é exactamente esse! Como povo, temos muitos conceitos errados entranhados, e certa gente aproveita-se exactamente disso.
Dizia ele aos camaradas: “A vossa prestação ao serviço do Povo Português, de quem sois os mais legítimos representantes, tem-me impressionado, comovido e motivado. Operacional do 25 de Abril de 1974, conspirador no planeamento do Movimento das Forças Armadas (foi em minha casa que o então (?) fez a ultima reunião antes da Revolução) participante nas acções comandadas pelo então Major (?), dei ao 25 de Abril o melhor de mim próprio, a minha alma de Português, Patriota e Militar, sem olhar ao risco da minha vida, da minha família e da minha carreira. Sabia a razão da minha revolta, abraçava com imensa fé a minha escolha e aceitava plenamente as consequências dos meus actos. Conscientemente, arriscava tudo para poder devolver ao Povo Português o direito de decidir do seu destino, a par do direito de se pronunciar livremente sobre a continuação da nossa secular presença em Africa e da sua participação numa obra politica magnifica, que levasse, de uma forma pacifica e nobremente aceite, os mais ricos a serem um bocadinho menos ricos, para que os mais pobres fossem um “bocadão” menos pobres.”
Esta última frase é bem significativa! Para que os pobres sejam menos pobres, será fundamental, os ricos até poderão ser mais ricos e haver ainda mais,( eles dão-nos emprego e riqueza) e ao mesmo tempo os pobres poderão ser muito menos pobres. Também podem ser mais respeitados e decidirem livremente sobre os destinos do seu país. É isto a democracia, bem entendida, mas não é isso o que temos. O partido socialista tem tido muito mais tempo de governo que os outros partidos todos juntos! E surge a pergunta; nós temos algum “socialismo” em Portugal? Afinal o que é isso de “socialismo”? Serão os políticos partidários a mandar em todos e em tudo? Serão os funcionários públicos a dirigir as empresas e a lançar impostos a esmo?
Sejamos realistas, a máquina do Estado tinha até agora (Junho), 668043 funcionários. Num ápice, aumentaram para 676408, com uma remuneração base média de 1461 euros! Toda a função pública sozinha absorve a riqueza produzida pelo país num abrir e fechar de olhos. E não cria riqueza!
Não haverá no mundo nenhum país que não tenha que fazer importações e é mais rico aquele país que exportar mais e que menos importar. Isto, desde que haja “justiça social, como existe nos países do norte da europa! Com Reis ou Presidentes da República em plena liberdade!
Tenho um jornal na minha frente e passo a reproduzir:
“O PCP defendeu ontém um incremento da produção nacional. “É preciso apoiar o aparelho produtivo nacional, é preciso apoiar a produção nacional, substituir as importações pela produçõa nacional para permitir que esse crescimento deixe de ser apenas de passagem”, defendeu ele.”
Sobre as famigeradas previsões de crescimento, de desemprego etc. nada disse. Acreditarão nelas ? Quando até hoje só terão ajudado a ganhar eleições? Há quem diga que já dão para pager os juros da brutal dívida que temos. Seria óptimo que ajudasse a pagar a dívida parcialmente, ou na sua totalidade.
Só depois poderemos almejar dias melhores.
É de facto engraçado, sendo verdadeiro. Portugal há data de 25 de Abril, tinha um aparelho produtivo razoável, com bons quadros técnicos e laborais, pois foi o mesmo partido comunista que saneou patrões (para o estrangeirio) e quadros para o despedimento! Em que ficamos? Mais, o PCP era um fervoroso apoiante do mundo soviético onde não havia empresas privadas. Era só o Estado e o seu aparelho, vivendo à grande e à francesa! Com o desmoronamento deste bloco, o povo fugiu para a Europa, sem um tostão no bolso! Em que ficamos?
Concluindo: Não valerá a pena andarmos a discutir o problema de ricos e pobres, da competitividade etc, valerá a pena sim, lembrar-nos de que existe e existirá sempre na Terra o bem e o mal. Mas se não tivermos a coragem de enfrentarmos a corrupção, nada feito. A corrupção é um verdadeiro imposto encapotado, onde a economia perde mais do que aquilo ganham os corruptos.
Por outro os nossos governantes, deverão ser mais procurados entre aquelas pessoas honestas e competentes, com muitas provas dadas por todo o país, do que dentro dos partidos. Parece-me ser este o caminho a percorrer num país que tenha alcançado um mínimo de concenso, do todo nacional.