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O ENTARDECER

O ENTARDECER

ASSALTOS

Mariana Mortágua diz que os assaltos e actos terroristas cometidos pelo seu pai e a LUAR foram gentis e com recurso a armas de brincar
 
RF
Rui Freitas
 
 
 
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sáb 19-08, 23:49
Rui Freitas (rui.m.freitas@netcabo.pt)
 
 
 

Os nossos revolucionários românticos.

Mariana Mortágua diz que os assaltos e actos terroristas cometidos pelo seu pai e a LUAR foram gentis e com recurso a armas de brincar

http://antigeringonca.com/wp-content/uploads/2017/05/mari.jpg

No programa Paradoxo da Tangencia no Canal Q, um programa de humor onde recorre-se bastante à catarse e ironia, Mariana Mortágua quando, confrontada com os infames assaltos praticados pelo seu pai, conhecido terrorista da organização de extrema esquerda LUAR , respondeu que estes eram gentis e que visavam única e exclusivamente chatear Salazar e que as armas eram de “brincar”

Seria bom lembrar à senhora deputada Mariana Mortágua que vários destes assaltos e ataques terroristas acabaram com vários mortos, entre os quais se encontravam até crianças…   Mas o mais repugnante mesmo é ver a cara de gozo com que a menina Mortágua profere estas barbaridades…

Ver o vídeo:

http://antigeringonca.com/wp-content/uploads/2017/05/at-que-uma-offshore-separe-mariana-mortgua-e-eduardo-jaime-paradoxo-da-tangncia-online-video-cutter.com_.mp4?_=1

ORÇAMENTO NECESSÁRIO

 

Orçamento mau, injusto, mas necessário.

Se nada mudar na proposta de Orçamento do PS para o próximo ano (2010), os pensionistas pobres irão sofrer o maior corte de poder de compra das últimas décadas. Os funcionários públicos suportarão um corte dos salários entre três e 10%. A classe média será alvo de um autêntico esbulho fiscal pela via, direta e indireta, do aumento dos impostos e da redução das deduções. O desemprego continuará a subir.

Ninguém ficará de fora do esforço de contenção das contas públicas, mas é falso que todos sejam chamados a pagar de forma igual. Pelo contrário, serão mais uma vez os trabalhadores por conta de outrem e os chamados remediados a pagar a factura. 

Quem poupou a vida toda será tratado como quem se endividou e gastou à tripa-forra. O saque fiscal é cego. Vai-se a tudo o que possa gerar receita. Mas, enquanto se calcula ao cêntimo as verbas esperadas com a factura imposta às famílias, deixa-se prudentemente em branco a verba esperada com o novo imposto sobre a banca. Será que vai render alguma coisa? ··Mesmo injusta, este é, infelizmente, um Orçamento necessário e é impossível avaliar o risco internacional associado à sua possível recusa parlamentar. Para o equilíbrio das contas públicas não se opta por um corte na despesa de 77% (e um aumento da receita de apenas 23%!) como se fez em Inglaterra. Mas aí, onde os cortes serão brutais e 42 mil funcionários públicos irão ser despedidos, o Governo minoritário de Cameron procurou legitimar as medidas formando previamente um Governo de coligação com os parceiros liberais. Coisa rara em Inglaterra. 

Por cá, não se exige tanto. Apenas que o bom senso prevaleça na mesa de negociação. Embora os cabelos brancos de Catroga pareçam uma garantia, não é certo que se consiga evitar o péssimo: a recusa liminar de um Orçamento MAU!

Graça Franco

 

À TRIPA FORRA

 

Orçamento mau, injusto, mas necessário.

Se nada mudar na proposta de Orçamento do PS para o próximo ano (2010), os pensionistas pobres irão sofrer o maior corte de poder de compra das últimas décadas. Os funcionários públicos suportarão um corte dos salários entre três e 10%. A classe média será alvo de um autêntico esbulho fiscal pela via, direta e indireta, do aumento dos impostos e da redução das deduções. O desemprego continuará a subir.

Ninguém ficará de fora do esforço de contenção das contas públicas, mas é falso que todos sejam chamados a pagar de forma igual. Pelo contrário, serão mais uma vez os trabalhadores por conta de outrem e os chamados remediados a pagar a factura. 

Quem poupou a vida toda será tratado como quem se endividou e gastou à tripa-forra. O saque fiscal é cego. Vai-se a tudo o que possa gerar receita. Mas, enquanto se calcula ao cêntimo as verbas esperadas com a factura imposta às famílias, deixa-se prudentemente em branco a verba esperada com o novo imposto sobre a banca. Será que vai render alguma coisa? ··Mesmo injusta, este é, infelizmente, um Orçamento necessário e é impossível avaliar o risco internacional associado à sua possível recusa parlamentar. Para o equilíbrio das contas públicas não se opta por um corte na despesa de 77% (e um aumento da receita de apenas 23%!) como se fez em Inglaterra. Mas aí, onde os cortes serão brutais e 42 mil funcionários públicos irão ser despedidos, o Governo minoritário de Cameron procurou legitimar as medidas formando previamente um Governo de coligação com os parceiros liberais. Coisa rara em Inglaterra. 

Por cá, não se exige tanto. Apenas que o bom senso prevaleça na mesa de negociação. Embora os cabelos brancos de Catroga pareçam uma garantia, não é certo que se consiga evitar o péssimo: a recusa liminar de um Orçamento MAU!

Graça Franco

 

Um governo de traição nacional

De: 
Data: 16 de Setembro de 2013 às 14:55
Assunto: Fwd: No "Público "

 

 

José Vítor Malheiros

A história e a política estão cheias de grandes tiradas, de declarações que mudaram o rumo do mundo e que inflamaram o desejo e o sonho de milhões durante décadas ou séculos. "Obviamente, demito-o!" "De l"audace, toujours de l"audace, encore de l"audace!" "We shall fight on the beaches..." "Os proletários não têm nada a perder senão as suas grilhetas!"...

E há também frases aparentemente banais que, por uma conjugação de circunstâncias, conseguem mudar o curso dos acontecimentos. O fim do senador republicano americano Joseph McCarthy foi ditado quando, durante uma das famosas audições no Senado, o advogado do Exército dos EUA Joseph Nye Welch lhe perguntou simplesmente, com um ar de profundo desdém, "Have you no sense of decency?" Uma pergunta que bastou para os americanos - havia 20 milhões a seguir a transmissão televisiva em direto - adquirirem a consciência de que aquele arruaceiro pomposo era apenas um pequeno traste à procura de poder. O homem não merecia senão desprezo.

O que é espantoso é como, na atual situação política portuguesa, há tão pouca gente a fazer a mesma pergunta a todos e a cada um dos membros dos nossos Governos , de cada vez que abrem a boca, quando é tão evidente que essa gente é apenas, como McCarthy, um bando sem escrúpulo, sem noção de decência, sem respeito pela lei, sem apego à democracia e com um profundo desprezo pela vida dos cidadãos e uma subserviência criminosa em relação aos interesses financeiros internacionais. Há decência nos swaps? Na destruição da escola pública? Na humilhação dos pobres? Na destruição da universidade? No aumento do desemprego a que chamam flexibilização? Na destruição da administração pública a que chamam requalificação?

Não têm o sentido da decência? Não. Não têm, não querem ter e têm raiva a quem tem.

Parece uma caricatura? Parece. Mas isso é apenas porque o Governo de Passos Coelho é de facto uma caricatura, um excesso de mentiras e pouca-vergonha, uma organização de rapina que governa sem qualquer escrúpulo. Aquele conjunto é de facto caricatural. Portas é caricatural. Mota Soares é caricatural. Maduro é caricatural. Passos Coelho é caricatural como todas as pessoas sem escrúpulos são caricaturais. Porque é que as enormidades que diz não são denunciadas como as enormidades que são?  Porque é que se acha aceitável este estilo de títere tiranete? Porque há uma reserva de boa vontade nas pessoas que lhes diz que as coisas talvez não sejam tão más como parecem e que as pessoas podem não ser tão desprovidas de princípios morais e de sentimentos como parecem na televisão. Há sempre pessoas que levam a sua magnanimidade até à estultícia. E os Passos Coelhos deste mundo contam com isso. Com isso, com os crédulos que podem convencer a continuar a votar em si e com os moluscos que os servem no Parlamento.

É assim que este Governo fora-da-lei pode continuar a roubar aos milhares de milhões os portugueses, roubando-lhes os bolsos, os empregos, as pensões, os ordenados, os subsídios, os serviços públicos que eles pagam, o património que construíram, as empresas públicas que são de todos, destruindo o progresso que se alcançou nas últimas décadas apenas para poder enriquecer ainda mais os muito ricos e para poder aniquilar os resquícios de soberania que possam teimar em existir, espalhando a miséria e reduzindo os portugueses à inanição e à subserviência.

O que temos é um Governo não de salvação mas de traição nacional. De traição às suas promessas eleitorais, às suas juras de tomada de posse, às instituições democráticas e aos compromissos da civilização que todos abraçámos, de traição ao povo, espremido e vendido barato para enriquecer os credores.

E, no entanto, os portugueses não se movem. Ou quase não se movem. A acção do bando de malfeitores que se apoderou do Governo com falsas promessas parece tão inconcebível que parece impossível que alguém as leve a cabo sem que haja fortíssimas razões de interesse público, ainda secretas. Imagina-se que deve haver aí alguma racionalidade. Talvez o que o Governo diz da austeridade seja verdade. Talvez seja justo matar os pobres à fome para pagar aos bancos.

Custa a acreditar que alguém possa ser tão desonesto, tão insensível, com um tal ódio aos mais fracos. Pensamos que isto não é possível, que a lei nos protege, que a filosofia nos protege, que a história nos protege, que as decências que temos o direito de esperar dos outros nos protegem.

Mas a história está cheia de exemplos destes. Durante anos ninguém acreditou que Hitler quisesse exterminar os judeus, ninguém acreditou que Pol Pot tivesse dizimado um quarto da população do Camboja. E na sombra destes grandes ditadores sempre houve pequenos velhacos, pequenos capatazes como Passos Coelho ou Mota Soares que fizeram o trabalho sujo apenas para terem as migalhas da mesa do poder. Há racionalidade na acção do Governo, mas é a racionalidade do saque, do roubo descarado, da tirania da oligarquia. A decência está fora da equação.

jvmalheiros@gmail.com Escreve à terça-feira

AS TERRAS DA ERMIDA

Ao Jornal de Oeiras

Ex. mos Senhores

Na qualidade de vosso colaborador gratuito, por largo tempo, e de apoiante, como Presidente da Junta de Freguesia de Queijas e da Associação Cultural de Queijas, solicito o direito de reposição da verdade, sobre o que foi dito numa entrevista por pseudo-representantes da ACQ e, com base na lei, a publicação deste documento.

Em Maio de 2009 terminei o meu segundo mandato e pedi a não renovação de qualquer outro mandato, mas, desejava (hoje não desejo), continuar como sócio. Pediram-me que continuasse até Dezembro, ao que eu acedi. Neste mês, apoiei a reeleição de uma nova lista, sem mim, que saiu vencedora. Entretanto, apercebi-me que o Presidente da Mesa da AG, queria ultrapassar as suas funções estatutárias, baseado em algo que, para o efeito, não tinha qualquer legitimidade (?). De tal modo que, ele, e a D. Jeni Martins criaram, dentro da associação, um movimento de hostilidade interna que levou à destituição da lista eleita, sem que um mês tivesse decorrido. Ao que me pareceu, por serem pessoas independentes, ou seja, não pertencerem ao “grupo de amigos”, lá instalado por eles. Pelo presidente da AG, foi-me mesmo dito, na presença de várias testemunhas, que eu, pelo meu percurso político estava a prejudicar a ACQ. Queria com isto dizer que, eu não poderia ser independente, ou seja, estar sem pertencer ao “grupo deles”. Fiquei a saber que, em Portugal, só pode desempenhar um qualquer cargo directivo, todo aquele que pertencer a um “grupo de amigos, no caso, o deles! Estranha democracia! Onde está a legitimidade desta “norma avulsa”? Na Constituição, nas leis existentes, nos estatutos, nos regulamentos? Não existe! Assim,  não admira, que tenhamos em Portugal, uma democracia “menor”, da qual a grande maioria dos cidadãos, são excluídos de participarem nas suas instituições.

Na entrevista em causa, é notória a intenção destes “democratas” (?) em ignorarem aqueles que foram de facto os grandes impulsionadores da ACQ. Comecemos então: Primeiro. a igreja e o padre Alexandre Santos, que nos receberam (2002/2009), nos instalaram gratuitamente e nos permitiram, ao longo de mais de sete anos, levar à prática a cultura possível em Queijas. De resto, foi ele que me pediu para transferir a ACQ para outro lado, certamente, por se aperceber da existência do tal ”grupo de amigos” dentro da ACQ e da sua Igreja! Com respeito pela sua posição, cuidei de o fazer, escolhendo um local central e minimamente exigente. Ficámos a pagar 500 euros por mês, em condições razoáveis. Pessoalmente, pelo ambiente criado, afastei-me da ACQ. Então, a outra patroa do”grupo de amigos” da ACQ, Jeni Martins, e o seu companheiro, terão incitado à mudança de instalações para uma loja que têm e da qual não recebiam qualquer provento há mais de dois anos. O inquilino não pagava a renda. Assim fizeram, e passaram a pagar, 800 euros mês. Tratou-se de um leviano acto de gestão, que a ACQ não pode suportar. Todo o dinheiro amealhado pela ACQ (mais de 25 mil euros), fora o património, vai parar `as mãos da D.Jeni e acabar de vez.

Temos mais, ainda, o actual ou ex-presidente do CF (?), de nome Fernando Marques, que se veio a revelar outro membro do “grupo de amigos”, até aí escondido, deu a cara e, pactuou com todas as tropelias, feitas pelo “grupo de amigos”! De há muito quer vender à CMO uma casa em ruínas, sita nas chamadas “Terras da Ermida” e à qual, alguns chamam de casa D. Miguel! Ao que julgo saber o negócio vai de vento em poupa. Continuemos, agora, para falarmos do actual (?) presidente da Direcção. De nome João Paiva, foi secretário da Junta no mandato anterior ao meu. Estranhamente, nem ele nem o presidente, fizeram algo pela cultura desta terra! Pois, fui eu, que como Presidente da JFQ, chamei três senhoras e muitas outras à Junta, ofereci-lhes um bom local de trabalho, dei-lhes subsídios pela Junta, elaborei estatutos e Regulamentos, cedi-lhes o meu gabinete para reuniões e assim começou a Junt´Arte. O sr. João Paiva foi convidado por mim para presidente da mesa da AG. Altura em que eu, por não querer pertencer a nenhum (grupo de amigos), fui impedido de me recandidatar à Junta de Queijas e, resolvi, lançar uma campanha independente, como Isaltino de Morais haveria de fazer, muito mais tarde. Quase ganhámos (?) a Isaltino e sua gente!

Em Janeiro de 2002 fomos para a Igreja. Fez-se uma AG para reeleger Jeni Martins, a quem sempre dei o meu melhor apoio. Foi a última AG presidida por João Paiva, que deixou de aparecer, sem dar informações nem fazer a acta, certamente por amor à arte. Em 2005 a D. Jeni foi morar para o norte e, entretanto, pediu-me para assumir a presidência da ACQ. Aceitei, na condição de haver eleições e fazer voltar o João Paiva ao seu lugar de presidente da ACQ. Ganhei as eleições e assumi a liderança. Quanto à D. jENI, sempre se lhe ofereceu o lugar de vice-presidente, embora ela, muito raramente viesse às reuniões de Direcção, ou outras. No período em que continuei como presidente entre Maio e Dezembro, passaram-se coisas de bradar aos céus. João Paiva apresentou numa AG uma carta anónima acusando-me de fazer desaparecer dinheiro de subsídios. Não o poderia ou deveria ter feito. Naquela AG o ponto único em agenda era, aprovação das contas de 2008. Hoje, sei que foi obra deste “grupo de amigos” e a carta anónima também foi elaborada por eles, mais precisamente por um casal que por lá anda. Fizeram publicar no Boletim da CMO dados errados no valor atribuído à ACQ, para me comprometerem! Reagi, e obriguei a CMO a que, por escrito, publicasse um desmentido confirmando os dados errados postos no seu Boletim. Assim foi.

Outra carta anónima, haveria de aparecer, com a mesma origem, foi remetida para a CMO, acusando a Direcção de “aldrabar” as informações que enviava à câmara. Nova mentira, sem que alguém se dignasse tomar a responsabilidade da acusação! A carta anónima foi direitinha à Reunião de Câmara! A CMO pode mostrá-la, mas tudo o que sei, foi-me informado particularmente! A câmara nunca me pediu explicações, mas, cortou o subsídio da ACQ do 4.º Trimestre. Começa aqui a haver demasiadas coincidências entre este “grupo de amigos” e a própria CMO. Cabe-me aqui, refutar todas estas maldosas insinuações, como já fiz comprovadamente e, dizer que me envergonhava de ter tais atitudes para com colegas da mesma associação. São comportamentos reprováveis, de gente sem carácter e, é esta gente que tomou conta da ACQ, de forma totalmente anti-democrática. O outro elemento a abater, era e sou, eu próprio.

 Ao invés de quem usa cartas anónimas, eu quero aqui declarar serem totalmente falsas as declarações do Presidente da ACQ (?) quando afirma ao Jornal de Oeiras ter a ACQ (200) sócios. Nem cinquenta e, está em marcha nova debandada! É completamente falso quando ele afirma ter a ACQ 80 alunos. Não passarão de 20 e poucos, contando com gente dos Órgãos Sociais que têm de ser alunos! Desta forma, reponho alguma da verdade, haveria ainda muito mais a dizer, mas quero assinar orgulhosamente este documento, repudiando as cartas anónimas, tão ao jeito de gente que está na ACQ, por amor à arte. Infelizmente, estão por todo o lado!

É minha convicção, haver estranhas ligações de tudo o que acabo de escrever, com a Junta de Freguesia de Queijas e o próprio Movimento IOMAF. As ligações estão à vista de toda a gente!

Assina

António Reis da Luz

03-09-2010

Ex-sócio e Presidente da ACQ

 

 

A FALÁCIA DO IR ALÉM DA Tróica

 

 

Fonte: Pordata, Banco de Portugal

 

A relação efetivamente mantém-se. Na maior parte dos anos a dívida pública aumenta no mesmo montante do défice público com umas pequenas diferenças, os chamados ajustamentos défice-dívida. Estes ajustamentos são quase sempre bastante pequenos, mas há uma notável exceção: os anos imediatamente a seguir à saída de Sócrates. Nesses anos, a dívida pública aumentou bastante mais do que o défice das contas pública levaria a pensar. Isto deveu-se a 3 fatores:

  1. O salvamento dos bancos, algo que qualquer governo no atual panorama partidário teria feito. A alternativa a esta medida seria os depositantes de alguns bancos menos sólidos (BCP, BANIF,…) terem ficado sem parte dos seus depósitos, como em Chipre.
  2. A variação nas reservas de segurança do estado. Parte da dívida contraída refere-se a um aumento de reservas do Estado, ou seja dinheiro não alocado a despesa que fica em depósitos garantindo uma almofada caso falhe crédito. Foi esta a almofada que faltou em Maio de 2011 e que empurrou Sócrates para o pedido de ajuda antes das eleições, sob o risco de o país falhar o pagamento de salários e pensões nos meses seguintes.
  3. Finalmente,o pagamento das dívidas a fornecedores. Como a dívida a fornecedores não entra para os cálculo de dívida pública, uma forma fácil de um governo esconder a dívida pública é faltando ou atrasando o pagamento aos seus fornecedores.
  4. Esta dívida era bastante elevada quando Sócrates deixou o governo, particularmente na saúde. O pagamento dessa dívida pelo atual governo também contribuiu para um aumento da dívida pública.

Ou seja, grande parte da dívida pública foi para salvar um sistema bancário deixado de rastos pelas políticas económicas, para repor as reservas de dinheiro que o governo Sócrates deletou até não haver suficiente para pagar salários e reformas, e para pagar os calotes deixados por esse mesmo governo, nomeadamente no sector da saúde.

Podemos ainda apontar o facto de que mesmo uma parte do défice atual se deve aos pagamentos das PPPs assinadas por Sócrates, outra forma de disfarçar dívida e défices passados. Antes das PPPs, um governo que construísse uma autoestrada teria que contar com essa despesa no orçamento do ano em que a autoestrada fosse construída, aumentando o défice. Utilizando uma PPP, um governo pode construir uma autoestrada sem qualquer impacto no défice, empurrando esse custo e respectivos juros para os governos seguintes.

Sócrates tem razão quando diz que a dívida subiu bastante imediatamente após a sua saída do governo. Mas não deve esquecer que esta é, maioritariamente, a sua dívida. A dívida que Sócrates escondeu através das PPPs, dos calotes a fornecedores, do esvaziamento das reservas de segurança do estado que quase deixou o país sem capacidade de pagar salários e pensões, e do caos em que as políticas do seu governo deixaram o sistema bancário,

excepto conhecendo a metodologia, os modelos e os dados utilizados, para após análise poderem ser criticados. Como nem o(s) modelo(s) nem a metodologia adoptada são conhecidos. A crítica quer externa, quer interna, nestas circunstancias, fica dificultada e condicionada. Assim, torna-se difícil a confrontação séria, sem se cair numa situação em que cada um apresenta a sua versão, valendo o que vale, mais pela credibilidade do interlocutor, do que por qualquer outra questão. Ainda assim, analisemos:


 

 

Assistiu-se a um PM que estando preso aos factos da governação, em conjuntura adversa, pouco mais pode fazer do que justificar-se, perante alguém com argumentação livre, com guião fantasista, difícil de contrariar por falta de contraprova. As previsões que suportamos argumentos de Costa, são meras conjecturas, difíceis de contrariar antes de acontecerem os factos a que reportam,
– Costa não consegue dizer como apresenta cenários tão facilitadores e otimistas, tendo em conta o passado recente da governação socialista, e acreditando que o atual governo tudo fez mal, conforme quer fazer crer. Se foi assim tão mau, o seu cenário é falso. Se não foi, falsos e poucos sérios intelectualmente são os seus argumentos contra o governo.
-Costa argumenta que o governo se compromete com corte nas pensões de 600 milhões, mas não confessa que prevê entre 2016 e 2019, arrecadar 1.360 milhões de euros, com o congelamento das pensões (pagina 12 “Estudo do Impacto Financeiro do Programa Eleitoral do PS”) o que constituem cortes implícitos, por erosão do poder real de compra das pensões.
-Costa promete a eliminação da sobretaxa de IRS em 2016 e 2017, não confessa que tal é possibilitado graças aos bons resultados fiscais do atual governo e a um défice acumulado na legislatura de 2016 a 2019, de 2.800 milhões de euros (página 8 do mesmo documento).
-Costa argumenta que o actual governo será o primeiro a baixar o PIB relativamente ao inicio do mandato. Considerando o valor do PIB, previsto para 2015, pelo próprio PS, na página 28 do “estudo do impacto financeiro do programa do PS”, de 179 mil milhões de euros é superior ao de 2011 (176 mil milhões) e mesmo considerando Julho de 2011 (entrada em funcionamento do actual executivo. O que é abusivo pois o OGE de 2011, que condiciona a governação, foi aprovado pelo PS em 2010) andaria pelos 177,5 mil milhões de euros. Mais falsa se torna tal asserção, se tivermos em conta que o valor de 2010 (de 2009 e 2011, até ao resgate), foram possíveis com défices irrepetíveis na casa dos 10% do PIB e dos 15.000 milhões de euros, financiados por uma dívida, agora mais controlada e cujo défice actual é sobretudo para fazer face ao serviço da dívida, elevada precisamente graças ao desgoverno do PS.
-Costa apoia-se em cenários fantasiosos, que além de pretender vender como certezas, numa realidade que devia ter aprendido com a crise, que se tornou mais incerto do que habitual. Além dos factores de incerteza “normais” há de acrescentar neste momento a “crise” chinesa e a crise dos imigrantes. Mesmo assim, parte de realidades fantasiosas, sendo que no afã de obter bons resultados de imediato, até apresenta para os primeiros anos, previsões acima dos valores que as estatísticas já hoje apresentam. Por exemplo, para o desemprego prevê para 2015, 13,6% e para 2016, 12,2% (pagina 28), quando já hoje está abaixo dos 12%.
Para a dívida que será em 2019, de 117,9 % do PIB (ainda na pagina 28), quando já hoje, descontada a almofada financeira, e se aplicada no pagamento da dívida a relegaria para esse valor. Mas aqui há um factor positivo em Costa, para quem há pouco achava que a dívida era impagável ou devia ser renegociada, apresenta-se agora como campeão (ainda que falso) da sua diminuição (pagamento) é uma transformação de 180 graus. Afinal não é o Syriza que dá a lição à Europa e a Portugal, mas a Europa e Portugal (graças a Passos Coelho e à coligação) que dão a lição a Costa, que já a tendo intuído como brilhante aluno, se apresta a ir além da troika, de Bruxelas e da Srª Merkel, a dar explicações, em breve a Tsipras e Varoufakis.
-Face ao percurso irresponsável do PS, pré resgate, quer à irresponsabilidade e sentido errático de Costa, ao longo de 2014, no episódio eleições gregas e o amor confessado ao discurso e à prática do Syriza, não cola a imagem de “papagaio académico” que pretende fazer passar. Soa a falso, não só porque debita números avulso, sem modelo consistente nem metodologia apresentada, pretendendo enganar os distraídos, mas sobretudo porque tal comportamento não tem respaldo nem na prática recente ou passada do PS, e muito menos na de Costa.
-Apesar do negativismo da apreciação de Costa, Portugal saiu da depressão, inverteu o ciclo negativo, em rota de recuperação, afastou o espectro da troika e deixou de ser um protectorado, recuperando igualmente a soberania e o respeito internacional e dos credores. Todo este sacrifício se deve aos portugueses e ao governo, que não contou com o auxílio interno dos partidos da oposição, pelo contrário, tudo fizeram para contrariar o governo e agravar as condições de vida dos portugueses.

“A falácia do aumento da dívida pública

 

Posted on Fevereiro 3, 2014 by Carlos Guimarães Pinto

Uma das 3 pessoas que faz o sacrifício de ouvir o comentário de Sócrates aos Domingos na RTP, tratou de informar as redes sociais que o antigo primeiro-ministro se queixou ontem do aumento da dívida pública nos anos do governo PSD-CDS.

A tendência desde o último ano completo de governação de Sócrates é de facto assustadora: subiu 53 mil milhões de euros, qualquer coisa como 35% do PIB em apenas 3 anos. Excecionalmente, Sócrates diz a verdade. Se quisesse levar a retórica mais longe, até poderia dizer que se acumulou tanta dívida pública desde que ele deixou o governo como no total dos seus mandatos.

Claro que é de esperar que a dívida suba enquanto existirem défices públicos. Comentadores como José Sócrates que defendem metas mais flexíveis para o défice dificilmente se poderão queixar que a dívida pública aumenta. Não podem defender ao mesmo tempo que haja défices mais altos e depois criticar que a dívida pública resultante desses défices aumente. A dívida pública é isso mesmo: o resultado da acumulação de défices.

IR ALÉM DA TROICA

 

Aquele que foi o número dois da última governação socialista, no debate político televisivo, insistiu em insultar os portugueses de boa memória, eis a prova:

 “António Costa acusa Passos Coelho de ter ido além da Tróica”

Este senhor, quis ignorar os prejuízos sofridos pelo povo nos últimos quatro anos, da responsabilidade absoluta da última governação PS, e dispara contra tudo e contra todos, sem medir aquilo que afirma!

Nesse sentido, o Governo incluiu no seu programa não apenas as orientações que estavam incorporadas no memorando de entendimento "como várias outras que, não estando lá, são essenciais para o sucesso desta transformação" do país.

 

Esquecendo, que os dinheiros foram encaminhados para autoestradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições público-privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, elevados vencimentos nas classes superiores da administração pública. A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram.

Para responder às acusações levianas de António Costa, nada melhor que recordarmos um artigo do semanário “Expresso” sobre o assunto:

DEBATE POLÍTICO TELEVISIVO

 

Para este propósito, parte-se do pressuposto de que observar o discurso é ir além da língua, é analisar as regras do seu uso, pois acredita-se que um sujeito, ao falar ou escrever, leva em consideração aqueles para quem o seu discurso é dirigido e os objetivos do debate.

Um outro ponto a salientar refere-se ao papel da média como formadora de opinião. Noutras palavras, a maneira como ela informa, interrompe e conduz os discursos dos candidatos a respeito de determinados fatos, matérias, acontecimentos, ou mesmo na distribuição dos tempos de antena! Tudo isto, pode influenciar e conduzir milhões de telespectadores. Não podemos esquecer que a TV forma, ou reforça a opinião pública e este é o seu poder. A grande maioria dos portugueses, não lê; informa-se pela televisão e isso constitui uma grande responsabilidade para tais organismos controladores do poder.

Ontem, quer do ponto de vista do conteúdo, quer do ponto de vista da mecânica dos debates, quem saiu vencedor? Passos ou Costa?

Assistiu-se a um PM que estando preso aos factos da governação, em conjuntura muito adversa, pouco mais pode fazer do que justificar-se, perante alguém com argumentação livre, com guião fantasista, difícil de contrariar por falta de contraprova. As previsões que suportam os argumentos de Costa, são meras conjeturas, difíceis de contrariar antes de acontecerem os factos a que se reportam.

Neste, como noutros debates idênticos, as perguntas só poderiam incidir sobre três questões! Ou seja, passado, presente e futuro. A vida de um país altamente endividado, está carente de uma análise fria e competente sobre estas três palavras. Ontem, hoje e amanhã, estarão sempre naquilo que for acontecendo, sem quaisquer possibilidades de mudanças milagrosas. Assim, encontrámos um Passos Coelho muito bem preparado para falar de tudo isto (com retórica mais ou menos professoral). Por outro lado, tivemos pela frente um António Costa que fugiu do passado como o diabo da cruz (pudera!). O momento em que o partido de Costa meteu o nosso país na bancarrota, precisa de um estadista competente em gestão e firme no manejo de números gigantes. De outro modo, em lugar de três bancarrotas, somos atirados para a quarta, sem dó nem piedade!

As várias referências que fez a números, foram de uma incapacidade gritante. -Costa argumentou que o governo se comprometeu com corte nas pensões de 600 milhões, mas não confessa que prevê entre 2016 e 2019, arrecadar 1.360 milhões de euros, com o congelamento das pensões (pagina 12 “Estudo do Impacto Financeiro do Programa Eleitoral do PS”) o que constitui cortes implícitos, por erosão do poder real de compra das pensões. Quando fala da despesa do Estado, diz que o seu partido deixou a dívida em 96% do PIB, e que hoje ela está em 120 e tal %! Esquece este senhor que o dono da Tróica, nas imensas obras faraónicas que fez, utilizou as famosas PPP, ou seja, fez sempre desorçamentação! Melhor dizendo, transformou Portugal no país europeu com mais autoestradas por Km2 e remeteu as dívidas envolvidas para pagamentos até 2030/40! Tais despesas, se tivessem sido orçamentadas e pagas no ano em que foram inauguradas, atirariam com a despesa para muito mais que os autuais 120%! Enfim, foram tantas as despesas com este tratamento e erros de gestão decididos, que nenhum governo do mundo os conseguiria pagar antes de meados DESTE SÉCULO. Por último, iremos esquecer como o senhor presidente da Câmara de Lisboa conseguiu diminuir as dívidas da sua autarquia, mesmo andando há muito em plena campanha eleitoral!

Como de costume, os políticos, jornalistas e supostas entidades públicas etc. dão hoje a vitória ao António Costa! Esta envolvente de bem com a vida, arrasa tudo e todos, principalmente o próprio país!

 

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