Diariamente, somos confrontados com inúmeras demonstrações de egoísmo partindo de nós ou a pairar à nossa volta.
- É aquele passageiro que entra no transporte colectivo e corre para um lugar vazio, sem olhar se tem algum idoso, alguma senhora grávida, ou uma mãe com criança, que precisaria de melhor cómodo ou segurança!
- É prendermos a porta do elevador enquanto se vai concluindo a conversa ou nos despedimos demoradamente.
Infelizmente, há muitos exemplos a serem dados, de egoísmo explícito. Se sentirmos que estamos sendo empurrados para fazer coisas deste género, e escutamos, mesmo, uma voz crítica incitando-nos a fazer o que ela quer, saiba tratar-se de conversa fiada do seu ego. Neste caso lembre-se do uso do sal na comida. Como tempero, alegra o nosso gosto, como egoísmo faz faz-nos ter sede e estragando-nos a digestão.
O egoísmo de cada um de nós, é um dos grandes males da Humanidade, conduz-nos à fonte geratriz de orgulho, de prepotência, de ingratidão, de desordem, de rebeldia, de violência, de sovinice, mesmo de indiferença.
Está mais do que na hora de modificarmos o nosso egoísmo de cada dia, para um altruísmo nosso de todos os dias.
Pensemos nisso, não esquecendo que o nosso passado nos pode ter criado hábitos egoístas que algum dia terão de ser banidos dos nossos comportamentos, se quisermos para os outros, aquilo que mais desejamos para nós próprios!
Com isto podemos fazer uma nova nação e um novo povo, amante do combate à corrupção.
Quando Salazar chegou ao poder, efectuou muitas reformas económico-financeiras, como a diminuição substancial das despesas do País e a instituição de inúmeras taxas, conseguindo assim equilibrar as Finanças (naquele tempo e mesmo agora, era considerado um "milagre" para muitos portugueses) e aumentando o valor do escudo. Tentou combater a inflação, regulando simultaneamente os preços dos produtos e os salários.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Estado Novo conseguiu manter Portugal neutro deste conflito militar sangrento. Devido ao desequilíbrio dos sistemas de produção da maioria dos países europeus, Portugal ficou privado de importações e isto causou o aumento da produção nacional, incentivado pelo regime. Durante boa parte do conflito, a balança comercial portuguesa manteve saldo positivo, com as exportações a ultrapassarem as importações, facto que não se verificava desde há dezenas de anos, e que até à actualidade ainda não voltou a verificar-se. Portugal exportava predominantemente produtos têxteis, metais e volfrâmio para os países europeus em guerra (fossem eles apoiantes do Eixo ou dos Aliados), acumulando assim muitas divisas e desenvolvendo de certa forma a economia portuguesa. Esta situação económica conseguiu também atenuar os problemas provocados pela Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e pela própria Segunda Guerra Mundial, que trouxeram consigo o racionamento dos alimentos e um disparo temporário da inflação.
Na década de 1950, começou a abrir a economia ao estrangeiro e permitiu a entrada regulada de capitais estrangeiros, desenvolvendo muito a economia (principalmente a indústria química e metalomecânica, o turismo, os transportes e o sector energético) e as infraestruturas, principalmente pontes, estradas e barragens. É também neste período que o País entrou na Associação Europeia de Livre Comércio (1959). A partir desta década até à morte de Salazar (1970), o PIB de Portugal teve um crescimento anual de 5.66%.
Mas, mesmo com este grande crescimento económico, a economia portuguesa, continuando a ser predominantemente rural e a ser altamente supervisionada pelo regime, continuava a ser atrasada em relação às grandes economias da Europa, embora menos do que durante a 1.ª República. No fim da década de 1960, Portugal era um dos países com um rendimento per capita mais baixo da Europa, significando que possuía uma mão-de-obra barata e que muita gente vivia da agricultura de subsistência, que não é geradora de rendimentos, embora tal não signifique que existisse desemprego real, ou que não houvesse produção abundante de alimentos. Havia contudo fortes desequilíbrios regionais em Portugal, com as cidades (principalmente as que ficam junto ao litoral) a expandir-se e a beneficiarem do crescimento económico, e as zonas rurais a continuarem a não se desenvolver ao mesmo ritmo, apesar do crescente número de vias de comunicação e outras infra-estruturas (rede eléctrica, etc.) que nelas iam sendo construídas. O atraso no desenvolvimento das zonas rurais, aliado ao súbito aumento da população a chegar à idade adulta (provocado pela melhoria das condições de saúde e pela diminuição da mortalidade infantil), fez com que se verificasse um excesso populacional e uma certa aversão ao atraso que se vivia nos campos, o que levou quase 2 milhões de pessoas, na grande maioria delas oriundas das zonas rurais, a emigrar ou para as cidades que então estavam a crescer, ou para o estrangeiro, principalmente França, Estados Unidos, Canadá e República Federal da Alemanha (entre os que emigraram para o estrangeiro, contavam-se também muitos jovens que desejavam apenas fugir ao cumprimento do serviço militar em África).
Com o decorrer da Guerra Colonial Portuguesa, o desenvolvimento de Portugal a nível económico-financeiro abrandou, devido sobretudo às enormes despesas militares efectuadas pelo regime.
Em qualquer País evoluído, tudo passa pela existência de uma verdadeira Sociedade Civil. Aquilo que nós temos, é uma Função Pública que nunca mais acaba! Que consome toda a pouca riqueza que Portugal produz. E nunca chega!
A evolução na inovação passa por uma Sociedade Civil, livre, apoiada e devidamente estimulada, nunca de um País nas mãos de políticos partidários, que pouca ou nenhuma experiência têm da vida real, empresarial, ou inovadora, etc. Mostrem o vosso currículo fora do partido? Bom, o maior défice, não é este, nem o défice de 2,1%, será este devidamente actualizado, e todo o peso da dívida externa, que nos esmaga no futuro próximo!
Quanto a inovação, bastará ver que ao fim de cinquenta e tal anos de vida “democrática”, que lugar ocupamos na Europa, ou mesmo no mundo? Infelizmente qualquer evolução neste período foi sempre a descer, por culpa dos partidos, principalmente, do partido socialista.
O primeiro-ministro, António Costa,
Considerou hoje que o “maior défice estrutural” que o país apresenta é o das qualificações, sustentando que a “chave” do problema passa pelo sector da inovação. “O país tem ouvido falar muito de défices ao longo dos últimos anos, mas o maior défice estrutural que o país tem e que se acumulou durante séculos, que se acumulou durante as décadas do século XX, foi mesmo o défice das qualificações”, disse. - Veja mais em: https://www.dinheirovivo.pt/economia/antonio-costa-maior-defice-estrutural-qualificacoes/#sthash.4velVnLE.dpuf
É comum que se considere Spirit, publicação dos anos 40 e 50 de Will Eisner (especialmente a fase do pós-guerra) como um modelo de transvisualização do mapeamento visual e espacial e dos raccords propriamente cinematográficos para a linguagem dos quadrinhos. Não há como negar que Spirit, mais antigo e mais evidentemente vinculado a uma cultura pulp do que o gekigá Lobo Solitário, de Kojima e Koike, abre passagem para uma abordagem propriamente moderna nos quadrinhos. Porém, uma leitura cada vez mais progressiva da saga do ronin Itto Ogami e seu “filhote” Daigoro provocam uma impressão muito forte de espanto e paralisia; descoberta e incredulidade; regozijo e até mesmo horror diante de obra tão naturalmente requintada.
Lobo Solitário é uma longa série desenvolvida ao longo dos anos 70, e são muitos os fatores que a tornam objeto canônico indiscutível para a HQ mundial. Se Spirit investia em uma narrativa detalhista centrada na obliquidade da estilística noir, contrapondo planos tortos com hiper-closes e transformando os painéis das páginas em microlentes maleáveis de retardamento/aceleração do tempo e investigação do espaço, os roteiros de Koike, de maneira igualmente brilhante, partem para uma detalhadíssima segmentação do espaço em uma ordem não-narrativa, projetando-se para uma aclimatação de timing perfeito, traduzindo o tom de cada cena através do tamanho e investimento nos painéis. Isso nos deixa conscientes do sentimento do personagem, da movimentação dos ambientes, da temperatura em que estão situados, sem precisar o tempo, mas sem nos confundir, transformando o espaço da HQ em uma profusão de sentidos.
Esta abordagem, que se aproxima do cinema minimalista de Yasujiro Ozu, produz a indescritível sensação de conhecermos os sentimentos dos personagens sem que eles jamais tenham de verbalizar a respeito disso. Não é preciso dizer que este método sofisticado de representação tem implicações muito mais profundas do que a rasa técnica de simplesmente botar o personagem para dizer “eu te amo”, “me sinto mal”, “me sinto triste”, etc. Koike acaba produzindo, portanto, uma obra monumental de ação, mas de dimensão profundamente íntima. Duas histórias situadas no volume 7 lançado pela editora Panini são cabais para compreendermos este efeito simples e intenso de projeção/identificação.
Criança sem infância
Como Spirit, Lobo Solitário tem o (não pequeno) mérito de problematizar fortemente os personagens coadjuvantes, tornando seus dramas, inúmeras vezes, mais interessantes do que os dos protagonistas. A trama principal, como um leitmotiv que gosta de se ocultar e submergir sem que nos apercebamos, circunda uma história de vingança lentamente desenvolvida nos mais de 30 volumes da série. Entretanto, como na maioria das parábolas zen, é elaboração do caminho que produz a significação da obra. Itto Ogami em muitos momentos serve apenas como testemunho para o desenrolar dos mais diversos dramas humanos, e sua humanidade por vezes heróica pode ceder para a nobreza de outros que perecem antes/diante ou nas mãos dele. As histórias que voltam a perspectiva narrativa para o filho Daigoro potencializam em muito esta relação.
Neste volume 7 temos uma primeira história (“O caso do assassino”) em que Ogami está fora para uma missão e Daigoro, uma criança de 4 anos, está solto em uma pequena cidade que vive de extração madeireira. O aprendizado de Daigoro, conforme conferimos com admiração e espanto durante toda a série, é um lento caminho de resignado regime de autocontrole, uma ascese. O garoto precisa encontrar a maturidade no auge de sua incompreensão infantil, levado a decodificar um mundo hostil logo no alvorecer de sua vida. Em seu breve caminho, Daigoro testemunha massacres, aproxima-se da morte e chega a cometer assassinatos. Nesta história, presenciamos a criança num treinamento em perigosas toras de madeira flutuantes, contrastando com cenas de sua profunda solidão, expressada com poder sublime pelo lápis riscado e impressionista de Goseki Kojima. Daigoro fala muito pouco, e sua imagem solitária, sem amigos ou interlocutores, torna-se código na profunda relação do personagem com a própria condição, ao mesmo tempo intuitivamente sábia e naïve.
Tudo isso converte-se nas espantosas decisões morais da criança, que parece sempre nostálgica, porém ascética, quanto à sua condição de criança sem infância. Assim, sem temor, mas consciente de sua frágil existência, Daigoro testemunha o assassinato brutal de uma jovem nobre, revelando a verdade somente após intuitiva e segura ponderação. Esta relação, porém, intensifica-se na história “Código penal, artigo 79”, em que Daigoro, novamente só e aguardando o pai retornar de uma missão, acaba por acidente sendo acusado de furto. Neste caso, a ascese aproxima-se de uma forma animalesca e brutal, tipo de frieza aracnídea, derivada do contato com a absoluta rigidez disciplinar e moral no comportamento do pai. Presenciamos, em primeira instância, a tristeza profunda do menino para o qual o inofensivo universo da feira representa uma barreira intransponível. Kojima inteligentemente alterna letreiros, diálogos e as mais diversas disposições entre os quadros para trazer um Daigoro ao mesmo tempo disciplinado e melancólico. Porém, vítima da armação de uma simpática ladra, uma carteira roubada cai-lhe em mãos, e ele promete cumprir a missão. A partir daí, impressiona a resignação com que ele insiste em não denunciar a ladra e falhar em sua missão. “Era isso que a criança havia aprendido vendo seu pai trabalhar... mesmo sem saber diferenciar o bem do mal... Quando alguém lhe solicita um serviço, o verdadeiro matador cumpre sua missão até o fim...”.
Choca-nos observar repetidamente, exaustivamente, o semblante da criança ensimesmada, profundamente melancólica e resignada, negando-se insistentemente a delatar a ladra, mesmo após ela mesma declarar-se culpada. Vemos a criança ser humilhada e açoitada em praça pública pelas autoridades até que o espanto dos próprios algozes provoca a necessidade urgente de libertar o garoto e livrar-se daquele espírito antípoda e assustador justamente porque tão profundamente enraizado em suas solitárias convicções. Apenas entendemos esta ascese de Daigoro porque Kojima e Koike não poupam páginas em desdobrar a linguagem dos quadrinhos para nos revelar, quase sem diálogos, uma estranha essência humana que captamos pela ordem narrativa sensitiva das páginas de Lobo Solitário. Se Will Eisner usa a HQ como dínamo de múltiplas narrativas sobre a cidade, inaugurando um olhar complexo, a série japonesa fragmenta a perspectiva não tanto no sentido de aprimorar o ato de contar histórias, mas sim de olhar tanto e sob tantas medidas para um personagem, que ele será obrigado a olhar de volta para você. Assim, num passe mágica e encanto, o estado de contemplação da história se torna o nosso próprio,e os quadrinhos se tornam um tipo de mantra.
“ Ontem perguntava aqui, em que país estamos nós? Hoje já quase nem me atrevo a responder. Depois das tremendas afirmações que Jorge Ferreira fez no Sábado. Disse então ele: “os políticos indígenas gozam de uma impunidade total, assegurada por um sistema regido por interesses inconfessáveis, por uma rede de cumplicidades (suponho que secretas) e pelo medo. Pelo medo, reparem. E disse mais. Disse que o Ministério Publico e o poder judicial sabem de ilegalidades e de crimes a que fecham voluntariamente os olhos, para que tudo prescreva e essas ilegalidades e esses crimes tenham êxito. O “ polvo de interesses” acrescenta J F, não abrange apenas (ao contrário do que muitos pensam) o PS e o PSD, o que obviamente indica que abrange também os outros partidos e as altas instituições do Estado. As próprias comissões parlamentares de inquérito só servem para branquear o Governo (hoje o do Guterres, ontem o do impecável Cavaco). J. F. Apresenta a título de prova o patético comportamento dos deputados socialistas nas investigações das privatizações à Mundial Confiança e do Tota e, principalmente, do escândalo da JAE. Escuso de insistir na gravidade destas coisas. Mas convém perceber que a prazo, nenhum regime sobrevive sob esta espécie de suspeita.
DN- Vasco Polido Valente
FRASES
Cito novamente: Vasco Polido Valente, “ Da economia à justiça, da administração interna à saúde, os pequenos e grandes escândalos surgem a um ritmo quase diário. E o que faz o primeiro-ministro? Esconde-se.”
Afinal o que é isso? Há um abismo total entre o querer perceber, ou não querer mesmo perceber e as pessoas preferem não perceber, até mesmo esquecerem. Se cada um fizesse um esforço para se situar em relação a esta realidade…, mas não, não há sequer isso, fazem um esforço máximo, para participarem desta coisa. E esta coisa é precisamente uma nação ser um corpo com alma ou sem ela.O esclarecimento é algo perfeitamente indispensável, e julgo que de uma maneira geral é assim. Desde criança deveríamos ser despertos para o “sentimento da nacionalidade, do próximo, da verdade, do ambiente etc.”.Para o sentimento da nossa integração num mundo que pense de forma igual ou parecida, mesmo com língua diferente. E que tal mundo fosse mesmo um mundo de irmãos. Sem esse sentir, a consciência nacional ou universal não funciona em pleno! Só o sentimento de irmandade, legítima a nossa consciência. Mas, antes da incursão nestes conceitos, temos de desejar construir uma civilização, num país em que a população seja civilizada, e nunca degradada moral e etnicamente. Ou seja:
«Se não existir lugar no vosso coração para aqueles que estão ao vosso lado, não haverá lugar para vós na casa que é de todos.»
Se o poder quiser tirar o país da estagnação e conduzi-lo a grandes passos para o desenvolvimento e progresso tem, em primeiro lugar, de criar nesse povo o sentimento de uma nação, casa de todos e para todos. Tal, só se poderá conseguir pela cultura desse povo no caminho para a grandeza da nação e mais ainda face às suas sempre existentes fraquezas comuns.
Mesmo num país, multimilenar como o nosso, não podemos ouvir, nos meios de comunicação o martelar constante de apelos e reivindicações de cariz corporativo. Elas, não passarão de uma afronta imprópria, aos mais desprotegidos. Muito menos a tristes episódios de corrupção!
Simplificando: «ouvir presidentes de sindicatos, bastonário dos enfermeiros ou outros, chefes dos guardas prisionais etc., etc. Anunciarem a necessidade de aumentar os respectivos efectivos ou melhorarem condições salariais/laborais sem assumirem a mínima preocupação com a degradação nas reformas dos idosos, com o elevado desemprego, com uma conjuntura económica fragilizada, com a morte contínua da nossa “sociedade civil”, e por fim, sem a menor preocupação com as enormes fragilidades da nossa economia (potenciadora da criação de riqueza que pagaria todas as necessidades do país e dos portugueses). Tambem, sem a noção de que sem dinheiro, as prioridades sempre serão para os problemas nacionais, em maior aflição. A defesa do mundo próprio de cada um, ou do sector empresarial mais frágil, não deverá sobrepor-se a tudo o mais.
A expressão viva da nação é a consciência dinâmica de todo o povo. É a prática coerente e inteligente de homens e mulheres. A construção coletiva de um destino presupõe uma responsabilidade à altura da história. De outro modo, é a anarquia, a repressão, o aparecimento de partidos tribalizados, do federalismo, etc. O governo nacional, se quiser ser nacional, deve governar pelo povo e para o povo, pelos deserdados e para os deserdados. Nenhum «leader», qualquer que seja o seu valor, pode substituir a vontade popular, e um governo nacional deve, devolver a dignidade a cada cidadão, povoar os cérebros, encher-lhe os olhos de coisas humanas, desenvolver um panorama verdadeiramente humano, habitado por homens conscientes e soberanos. Encutir-lhe a partilha das dificuldades, em conjunto com uma partilha de esperança que um dia chegará.
A teoria do estado dos partidos (Parteinstaat) fundamenta a construção de uma dinâmica nova de funcionamento no Estado, apresentando-se como modelo alternativo ao da representação política liberal, pois são justamente os aspectos problemáticos desse último modelo que formam o pano de fundo para o desenvolvimento da compreensão democrática-partidária, do Estado, uma vez que o modelo de representação liberal demonstrou a sua incapacidade em garantir a efectiva representatividade.
O novo paradigma de organização política seria o resultado da articulação e da interacção entre o sistema partidário e a estrutura do Estado, e tem como meta estabelecer um sistema político que garanta a efectiva representação do sujeito colectivo.
Na perspectiva do estado dos partidos, a vontade geral estatal passaria a ser construída no interior dos partidos políticos, ficando o órgão de representação, no caso o Legislativo, relegado a segundo plano.
O centro das decisões políticas deslocar-se-ia do seio do Parlamento para o interior dos partidos políticos. As políticas públicas passariam a ser consequência da acção e da vontade dos partidos políticos enquanto sujeito colectivo, levando-se em consideração sempre a vontade da sua base de apoio. A vontade dos indivíduos seria previamente determinada e harmonizada na estrutura interna dos partidos. As organizações partidárias seriam transformadas, assim, em catalisadoras das políticas públicas. O princípio básico do Estado de partidos é o de proporcionar, na medida do possível, que cada partido se preocupe em tornar hegemónicas as suas ideias e a concepção do mundo, tendo sempre por base, por sua vez, os princípios da democracia e da disciplina interpartidária.
Preferem fazer com que o público seja incapaz de compreender a tecnologia e os métodos utilizados para o seu controlo e escravidão. “ A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser o mais pobre e medíocre possível, de forma a que a distância entre estas e as classes altas permaneça inalterada no tempo e seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidades para todos. ”
- Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Fazer crer ao povo que está na moda a vulgaridade, a pouca cultura, o ser mau falador ou admirar personagens sem talento ou desprovidas de mérito, o desprezo do lado intelectual, o exagero do culto ao corpo e a desvalorização do espírito de sacríficio e do esforço pessoal.
- Reforçar o sentimento de culpa pessoal
Fazer crer ao indivíduo que ele é o único culpado da sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, de capacidade, de preparação ou de esforço. Assim, em lugar de revoltar-se contra o sistema económico e social, o indivíduo desvaloriza-se, culpa-se, gera em si próprio um estado depressivo, que inibe a sua capacidade de reagir. E sem reacção, não haverá revolução.
- Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem
No decurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência geraram uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si próprio. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle e um poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos julgam ter sobre si mesmos.
Por último, fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para curto-circuitar a análise racional e neutralizar o sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injectar ideias, desejos, medos e temores, ou induzir a determinados comportamentos.
( ) A esperança é a vacina contra o desânimo e contra a possibilidade de invasão do egoísmo, porque apoiados nela nos dedicamos à construção de um mundo melhor. A perda da esperança endurece nossos sentimentos, enfraquece os nossos relacionamentos, deixa a vida em cinza, faz a vida perder parte do seu sabor. Porém, todos os dias somos atingidos por inúmeras situações que nos podem desesperar.
A esperança é o combustível da vida, a forma de mantê-la viva é não prender os olhos nas tragédias, pois a cada desgraça que contemplamos corremos o risco de perdê-lo [combustível]. Existe na mitologia grega a presença de uma figura interessante: uma ave chamada fênix, que quando morria entrava em autocombustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. A fênix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava.
O homem pode ser resistente às palavras, forte nas argumentações, mas não sobrevive sem esperança. Ninguém vive se não espera por algo de bom, que seja bem melhor do que o que já conhece, já possui ou já experimentou. Deus alimenta a nossa vida por meio da esperança!
No mundo moderno quase todos os aparelhos ou máquinas rodam tanto com gasolina como eletricidade. É difícil imaginar um mundo de hoje, na ausência de energia elétrica. A vida sem ela representa tentar imaginar o planeta sem chuva, ou seja, quase impossível de se manter a sobrevivência.
Em todo o mundo, as pessoas iriam engatar os bois para seus carros e trabalhar nos campos até o anoitecer. Seria o fim dos alimentos industrializados que muita gente ama. O trabalho depois do pôr do sol não seria possível sem iluminação adequada. Ausência de trens elétricos e bondes fariam as pessoas caminharem horas para chegar aos locais de trabalho. Nas casas, o bombeamento de água de poços não seria fácil.
Os computadores deixariam de funcionar, a Internet daria blackout. De fato a eletricidade abriu o caminho para uma transição suave e progresso da humanidade. Ela mudou a forma como se comunicar e relaxar, ajudando a melhorar a decoração das cidades e casas e minimizando o esforço em vários campos no cotidiano.
E você, acha que o mundo tomaria essas proporções se ficássemos sem energia elétrica?
Estarão as nossas escolas e universidades a formar profissionais competentes, ao serviço da nossa economia e das necessidades do país que os vai remunerar?
Por outro lado, estará Portugal, simplesmente, a exportar licenciados? Quanto custa formar um licenciado?
Não podemos olvidar, que é indispensável assegurar a autoridade e dignidade dos professores, a responsabilidade dos alunos (e famílias), a repressão dos comportamentos contrários à moralidade escolar e cívica. Mas, para que isso não se traduza apenas em votos piedosos e formaturas piedosas, é preciso que a escola deixe de ser uma selva massificada, ao contrário daquilo que a escola deve proporcionar. Lembrando que a despesa do Estado em educação “per capita”, entre 1972 e 2009 foi de 2,6 para 800,1, pergunta-se: Que representa tal despesa, comparada com o desenvolvimento ocorrido no País? Qual a percentagem de licenciados absorvida pela função público?
Entretanto, a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia não travou a entrada de portugueses. Em 2016, mais de 30.543 portugueses rumaram a terras de Sua Majestade. Em três anos, a emigração de portugueses para o Reino Unido duplicou: passou de 111 mil em 2012 para 219 mil em 2015! Os números que vêem a público raramente são desenvolvidos e, assim, desconhecemos quantos licenciados lá estarão incluídos! Estamos, também, a desprezar o número de emigrantes para todo o mundo em 2015, (2016 está no cofre), por ser mais fácil concluir o que queremos, mas, falta dizer que em 2015 os nossos emigrantes enviaram para a pátria mãe cerca de 284 milhões, o valor mais elevado de sempre! Portanto trabalharam e receberam!
Temos dados para concluir o seguinte: não sabemos, como é conveniente, quantos licenciados terão emigrado. Sabemos que os emigrantes enviam dinheiro para Portugal. Nada mau. Mas, não sabemos quanto enviaram os licenciados! Também sabemos que para serem licenciados o nosso país gastou muito dinheiro com eles! Quanto não sabemos, nem numa estimativa englobando todas as despesas, desde a “Parque escolar” até ao gigantismo do respectivo ministério..
Se tivessem ficado em Portugal teriam, quando muito, recebido o subsídio de desemprego, cujo valor nem por estimativa obtivemos. De certo, estariam no desemprego se não tivessem optado pela emigração.
Estamos a licenciar pessoas para quê? Para irem enriquecer os outros países? Só sabemos que saíram de cá para emigrarem para a Austrália (72), Dinamarca (642) Nova Zelândia (41) Suécia (380) etc. Enfim ou existem dados que não vêem a público, ou com estes muito globalizados não é possível fazer uma boa gestão neste país! Também para elucidar quem vota e tem obrigação de o fazer, com estes dados coça na cabeça e vota num qualquer! Este país tem de mudar e acabar com esta massificação na educação, acima de tudo, na tão apregoada “Educação Pública”! Licenciar para ficar no desemprego, é um luxo que nem para países muito ricos, quanto mais para Portugal que tem a terceira maior dívida dos países da União Europeia!
Entretanto não há dinheiro para actualizações das reformas de quem as pagou no devido tempo! Em lugar de justas actualizações o que temos são cortes ilegais!
Será bom não ignorar de que em 2040 haverá 4 milhões de idosos. Que vamos fazer com eles? Estes idosos, certamente não emigrarão, e terão de ser dignamente tratados, porque os licenciados terão de trabalhar, seja no que for.
Bruxelas tem revisto sucessivamente em baixa a capacidade de crescimento portuguesa. É a mais baixa desde 1970! Se nos situarmos nos primeiros anos da década de 70 o valor do crescimento andava nos 6%! Para os anos 2006 e 2007, as previsões da UE não vão além de 1,2%. Entre os países da UE, Portugal tem mesmo a mais baixa capacidade de crescer. Apenas a Alemanha, a sair de uma espécie de estagnação, apresenta um nível próximo de 1,4%. Relativamente a Portugal, o seu potencial tem vindo a abrandar repentinamente, enquanto a maioria da economia europeia apresenta uma tendência crescente. Será do socialismo? Se não for, anda muito próximo.
Esta realidade portuguesa, não estará desligada dos conceitos socialistas a favor do consumismo, do Estado e das obras públicas. O crescimento da década de 70 foi produto do “rapar do tacho”, ou seja, o resultado das finanças herdadas do anterior regime. Depois disso os valores apesar de baixos, são irreais! São-no, porque foram alcançados sugando uma dívida que se tornou num monstro que, hoje, não conseguimos dominar. Apesar desta realidade, vários lóbis com uma descarada atitude e, mais ou menos, sempre à sombra de um Estado gigantesco e gastador, querem continuar na mesma linha de atitude no domínio da economia. O problema não é deste Governo ou deste primeiro-ministro, tão pouco seria de outro Governo ou de outro primeiro-ministro. O problema será, assim parece, dos fabulosos grupos de interesses em ação e dos lóbis que os mesmos semeiam num Estado sem patrão, ou seja, sem rei nem roque!
A produção de bens transacionáveis, parece ser o caminho. O povo tem grandes virtualidades não aproveitadas e o país também. O mar poderia ser a maior delas! Os portugueses têm de gritar bem alto: “deixem-nos trabalhar” e reduzam este Estado que temos, senão, qualquer dia ninguém nos salvará!
Em Portugal, o medo de se dizer o que se pensa é tristemente real. A ‘lei da rolha’ na discussão pública não mostra a doença deste sistema.
Mostra, uma coisa mais grave, a doença deste País: uma cultura de cobardia (e de hipocrisia) em que só, sob anonimato, se dizem as verdades. Verdades encapotadas, meias verdades mais que envergonhadas e principalmente muitas mentiras descaradas. Também traições à família, ao sistema e principalmente ao povo. Do povo sem emprego, nem uma palavra. Dos reformados sem as reformas que pagaram, e que são roubadas para pagar uma dívida externa sem limites, também não!
O garoto. A rua. O pai doente, tuberculoso. A fome. Vamos parar um bocadinho. E agora? O mal é mais profundo, hoje!
Muitos ficam admirados e não querem acreditar que o mal tem avançado. O garoto, que em tempo, andava pela rua, o que era um mal, mas ele sentia-se ligado a alguém. Hoje, é um dos muitos sem-abrigo.
Negar ao homem o direito de exercer a sua humanidade é transferi-lo para a condição animal, aonde há a mesma luta pelo presente, dos que não acreditam no futuro e muito menos fazem planos para ele. Resgatar a cidadania de um homem é entender a espécie humana, seus anseios, suas fraquezas e idealizar uma solução, a mesma que se tornará um desejo público. Isto é, a única arma que une todos os mecanismos necessários para que o ciclo social aconteça, neste caso tirando a invisibilidade dos moradores na rua perante os outros cidadãos, devolvendo-os à sociedade, fazendo com que os seus direitos e deveres possam ser cumpridos de forma digna, reinserindo-os nas condições dignas de sobrevivência fazendo que o instinto animal apurado pelas situações de risco das ruas, se torne um passado.
As bombas e os canhões, podem matar os famintos, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças, e a ignorância.
Agora, meu Deus, a legislação sobre os animais de estimação, para os donos lhes garantirem o seu bem-estar, mais não é que uma provocação doentia! Embora a medida seja justa.
Na idade escolar, no crescimento e desenvolvimento da criança, a alimentação saudável é um dos factores determinantes para o normal e concordante crescimento, desenvolvimento e promoção da sua saúde.
Mas para muitos milhares ou milhões de pessoas, também o é! Se há dinheiro para uma alimentação escolar saudável, porque razão não há para tanto idoso com reformas de miséria? Para tanto sem abrigo? Para tantos desempregados e famílias numerosas?
A preocupação é justa, mas um pouco de sensatez também seria de exigir nestas medidas chocantes!
O clima de medo, de intimidação e de represália instalou-se na sociedade portuguesa de uma forma larvar. Medo do futuro e até de sair à rua! Para comprar medicamentos na farmácia, não muito longe. Não se ressalvam os direitos adquiridos pelas massas, as reformas são reduzidas, vergonhosamente, para salvar o défice a cumprir na EU! Estamos numa situação perturbadora. E não se trata, somente, do País, o que, de si, já seria alarmante, mas, também, dos portugueses idosos e da classe média. Com esta modernidade socialista, deu-se início a uma caminhada sem destino definido. O caminho está aberto a tudo. Quem nos acode?
Alguém escreveu, sobre a tributação das pensões de reforma, com notável clareza, o seguinte: Para além do duvidoso critério quantitativo, o senhor ministro esquece que a reforma é algo que se foi constituindo ao longo de uma vida e, portanto, não pode e não deve ser tratada como um rendimento de trabalho. Esquece, ainda, que a mobilidade profissional de uma pessoa de 70 anos é substancialmente menor do que a daqueles que, ganhando o mesmo, têm 45. De outro modo, o mérito faz confusão a muita gente que prefere, nivelar todos por igual. Ao invés, existem vencimentos completamente chocantes!
Para não falarmos, já, das necessidades de saúde acrescidas que, nessa altura da existência, os mais velhos terão, com certeza, de enfrentar.
Um dia virá em que outros sintomas piores surgirão. A nossa pensão de reforma reduzida a espaços, será sempre ‘insuficiente’ para pagar as maleitas da idade, mais os arranjos da casa, que doutro modo ameaçará cair no chão. Quem irá erguê-la?
O problema maior estará naqueles que, ao longo da sua vida, nunca tiveram mais do que o suficiente para pagar o pão de cada dia. Que Deus os ajude, já que os políticos não sabem, ou não querem fazê-lo…. Diz-se por aí, que os nossos idosos preferem morrer, mesmo com alguns políticos a exibirem, sistematicamente, um sorriso intrigante.
A economia portuguesa está a sofrer uma gradual e preocupante desvalorização salarial. A tendência é mais acentuada NOS EMPREGOS PRIVADOS, já que no Estado, o Governo e a maioria parlamentar de esquerda, eliminaram os cortes que atingiam os funcionários públicos. Há meia dúzia de anos falava-se da tragédia dos mil euritas, jovens qualificados dificilmente conseguiam emprego acima daquele patamar. A degradação a que se assistiu nos últimos anos foi tão grande, que agora os mil euros até já se tornaram um sonho distante para milhares de jovens qualificados. Na vida real das empresas privadas, o limiar do salário é cada vez mais o diapasão que pauta os ordenados.
O português não gosta de impor os seus direitos, principalmente quando o assunto é de fila de espera, seja no banco, no supermercado, na rodoviária ou no aeroporto, Ou, até na obtenção de um emprego, sempre tão desejado e necessário. E, até mesmo quando ele percebe que alguém “furou” a ordem na fila, legalmente estabelecida, prefere fingir que não viu. No máximo, toca no ombro do intruso e diz-lhe de um jeito algo tranquilo: “Ó, amigo, a fila termina lá trás!”. Embora, quase todo mundo pense que a fila é um local desagradável, vários estudos mostram que o maior fator de incómodo é não se saber quanto tempo o indivíduo terá de esperar.
Para resolver tais problemas, um certo psicólogo sugeriu mesmo a colocação de um visor, placas ou uma simples justificação da demora. Em tais, horripilantes filas de espera, que por aí proliferam.
O nosso cidadão, quando atribui a culpa a alguém que não reage, isso deixa-o desesperado. Mas a maioria das vezes nem se apercebe do facto de não haver anúncios nos jornais para uma vaga numa Função Pública repleta de gente sem muito para fazer! E, apesar disso, terem vencimentos acima dos outros trabalhadores, não estarem sujeitos a despedimentos fáceis, terem serviços médicos de alta qualidade, férias à grande e à francesa, sem abaixamentos de salário para equilibrar as finanças da sua empregadora, em maus lençóis! Etc.
Não reage nem questiona os populares “jobs for de boys” na malta dos partidos do poder! Tudo se passa como se por milagre as pessoas protegidas apareçam empregadas! Enquanto as outras, sem padrinhos, em de filas intermináveis, não vão arrumando a sua vidinha de forma nada fácil
Para muitos há filas sem fim e para outros, os filhos aparecem locutores de televisão, diretores e agentes de uma Alta Autoridade de qualquer coisa, sem se saber como nem porquê! Mistérios que passam despercebidos! E
O aparelho do PSD não gostou da nomeação de Miguel Poiares Maduro. Não lhe interessa as competências do novo ministro, nem nada que tenha a ver com o conhecimento dos dossiês ou a dedicação ao país. Apenas se preocupa com este ponto: o novo ministro não percebe nada de PSD e vai ter o dinheiro do QREN que vem da Europa.
O aparelho criticou ainda a nomeação de um secretário de Estado (António Leitão Amaro) que, sendo do PSD, não é da linha de Passos Coelho, uma vez que apoiou Paulo Rangel. Ou seja, nem o ministro nem o secretário de Estado conhecem suficientemente as subtilezas do apoio que necessita o presidente da Junta X, que traz 12 votos e meio para o Congresso, e também se torna decisivo para a eleição do presidente da Distrital Y, o qual tem sólidas esperanças de ser nomeado presidente de um Instituto, onde terá a oportunidade de trocar os favores de um QREN por uma coisa qualquer. (Isto também explica a quase unanimidade do nostálgico voto de louvor a esse grande Relvas, que nunca hesitou em pôr o partido à frente dos interesses do país).
Outro aparelho, o do PS, reelegeu António José Seguro líder do partido, ao que parece com mais de 95% dos votos. Como se vê, é falsa a existência de quaisquer divisões dentro do PS, ou nada representam aqueles que passam a vida a dizer mal do secretário-geral socialista.
Em cada eleitorado aparelhinho há uma pequena Coreia do Norte que ama o seu grande líder.
Esta gente, estas autênticas quadrilhas têm um papel mais pernicioso na política atual que a corte tinha nas monarquias absolutas. Um desafio importante é saber como nos podemos livrar desta canga.
As palavras do atual presidente da Câmara do Porto (Rui Rio), são pela sua comprovada honestidade, um alerta de pessoa experimentada e amiga. Infelizmente fazem-nas passar despercebidas!
“A nossa sociedade está a atravessar uma perigosa crise de valores. Uma crise que todos sentimos nas mais pequenas coisas, quando, no dia-a-dia, constatamos que temos de conviver com uma permanente inversão de prioridades.
Hoje, já começa a ser difícil encontrar quem perceba que o interesse coletivo se tem sempre que sobrepor ao interesse individual. De forma perigosíssima, a sociedade aceita demasiadas vezes e de forma complacente que os interesses individuais ou de grupo ditem políticas que agridem o coletivo. Infelizmente são muitos, esses exemplos.”
Ouçamos ainda, alguém a quem chamam “Um lutador pela Liberdade”:
“Mário Soares arrasa Guterres”
“ As grandes coisas que poderiam ter sido feitas, não se vê onde é que elas estão. Em que é que progrediram os direitos das pessoas em concreto? Como é que melhorou o estado de vida daqueles que são os mais sacrificados? E a repartição da riqueza?
Realmente nisso não se avançou muito. Se não se avançou, em que é que é um governo à esquerda? É uma pergunta que se pode pôr, (.). É uma resposta difícil, não a sei dar. Mas sei que é uma pergunta que deve fazer refletir as pessoas de esquerda e eu sou uma delas. Sou uma pessoa que reflete sobre essas matérias. Se a esquerda, no governo, faz o papel da direita, não vale a pena votar na esquerda”
Acabámos de ouvir Mário Soares em discurso direto, na Antena 1. Esta notícia vem pôr-nos em cima da mesa mais dois chavões; a ESQUERDA e a DIREITA. Alguém saberá nos dias de hoje, explicar a alguém, que diferença existe entre estas duas palavras? Hoje ainda será assim?
Continuo a não perceber bem o que é a democracia representativa. Serão os deputados nacionais mandatados para os cargos por via da vontade popular expressa nas urnas ou mandatados por vontade expressa dos partidos? Faz-me confusão o facto de os deputados serem instruídos previamente para votar de acordo com as intenções das fações que lideram os partidos. Quem é que os deputados representam? A vontade popular ou os interesses político-partidários? Se o Estado pertence à vontade popular e comanda os destinos da vontade popular, porque é que os homens fortes da Nação continuam a agir segundo interesses político-partidários?
Este é um grave problema, mas existe outro que em nada é melhor ou pior, analisemos um caso recente que nos lançou na maior austeridade, talvez, de sempre (exemplo escolhido para evitar as tendências partidárias):
“Cravinho alerta para os grandes investimentos” Cravinho defendeu que “o Governo deve refletir muito profundamente sobre quais são os grandes projetos que deve seguir nos próximos quatro anos”. Tudo porque, disse, “não é altura de comprometer definitivamente o país por dois ou três meses de pura ânsia e sofreguidão num caminho que depois pode ser muito difícil”. Em causa estão obras públicas como autoestradas, TGV e o novo aeroporto etc.
“Um Governo num país democrático não pode fazer quero, posso e mando. Dizer «eu tenho a minha vontade e porque tenho maioria e dentro de duas semanas já não a tenho, vou usá-la hoje para criar obrigações contratualizadas» que, no fundo, se o futuro Governo ou se o país quiser desfazê-las então paga um balúrdio tal que, aí sim, coloca o país de tanga”.
Está bem de ver que o atual governo vai ser castigado com um cartão vermelho nas próximas eleições! Recebeu o país entregue à Troika, uma divida externa brutal, desemprego em alta etc. Ainda por cima recebeu um plano de austeridade brutal, que tem de cumprir, de outro modo, o país ficaria na maior miséria ou seja, sem dinheiro para nada. Sindicatos querem ignorar e ignoram a situação e pedem a demissão do governo, a comunicação social domesticada no pós 25 de Abril “assobia para o lado”, o partido responsável por tudo recusa-se a colaborar com o governo e esquece /quer esquecer as suas responsabilidades neste desastre nacional! O POVO só sabe quem lhe deu viagens ao estrangeiro, lugares na Função Pública, muitas férias e bons aumentos de vencimento etc, tudo à conta de uma dívida vergonhosa feita no estrangeiro. Sabe também quem lhes tirou tudo isto e não quer saber quem foi o responsável DESTE DESASTRE NACIONAL!
Claro, vai votar no partido socialista premiando o culpado e castigar os “lacaios” que tiveram de aguentar tudo isto para salvar o país! SAI UM CARTÃO VERMELHO AO GOVERNO!
O coronel que num passado recente fez ameaças (ou seriam apenas desabafos?) ao Estado democrático não se importa de dizer uma coisa e o seu contrário. Sem medos, adora disparar em todas as direcções e Passos Coelho foi apenas uma das suas vítimas, quando lhe chamou “mentiroso contumaz”. Vasco Lourenço parece viver noutro tempo, no tempo em que as armas falavam mais alto que o voto democrático. Há um ano, consumido e dilacerado com o estado da nação, ameaçava: “Fique claro que não nos fecham a boca nem amarram os braços, chegou o tempo de dar um estrondoso murro na mesa. Temos de ser capazes de expulsar os vendilhões do templo. Existe hoje em Portugal uma legitimidade semelhante à que existia no 25 de Abril para que as Forças Armadas intervenham.” Imagino que o coronel, quando se referia à legitimidade, estaria a olhar para o espelho... Faz algum sentido alguém achar-se dono da “verdadeira democracia”? Mas isso é um dom natural que o coronel possui? Não precisamos de coronéis que se armam em Hugo Chávez cá do burgo. Sempre que há eleições, o povo decide votar em quem muito bem entende, mas Vasco Lourenço, se calhar, gostaria de ter um militar em cada mesa de voto a obrigar as pessoas a votarem no partido que o visionário coronel determinaria...
O antigo capitão de Abril não pode ser levado a sério, já que a sua incontinência verbal o leva a dizer disparates sucessivos. Voltando às semelhanças com o major Valentim Loureiro, também adora dizer: “Quantos são? Quantos são?” Mas, felizmente, volta sempre para casa com a pistola no bolso.
O nosso país e principalmente os portugueses, precisam que tiremos conclusões. Para quê? Pois, para que este povo tenha garantido o seu sustento e da sua família, com dignidade e segurança. Se estamos mal, é certamente porque os políticos decidiram mal, mas decidiram. Se decidiram pela sua cabeça, ou pressionados por lóbis é outra questão.
Lendo o passado, podemos concluir e relembrar! Vejamos: “ É preciso acabar com as pequenas guerras internas, com a proteção de interesses que não são do partido, com o branqueamento de personalidades que se servem de nós, mas não nos servem”. Afirmou Pinto Balsemão aos militantes do PSD!
Bom, se precisamos de emprego como “pão para a boca” alguém tem que pôr a nossa economia a andar para a frente! Cabem as decisões aos políticos?
Há quem pense que sim e há quem pense que não. Numa notícia de Helena Pereira com M.A.M. podia-se ler: “A criação de uma comissão independente para assessorar o Governo na análise das grandes obras públicas está a ter cada vez mais adeptos. A esquerda e Marques Mendes aplaudiram a pressão sobre o Governo de José Sócrates. João Cravinho defendeu só a criação de um grupo de trabalho, liderado por Silva Lopes, para fornecer ao Governo estudos e pareceres! “ Mas não é um grupo de super sábios, daqueles que querem ser ministros sem terem que ir a eleições”. Acontece, que é precisamente isto que se faz nos grandes e prósperos países! Os políticos limitam-se a acompanhar o desenvolvimento dos planos. Marcelo Rebelo de Sousa também apoiou a criação de uma Comissão de Avaliação de Investimentos nas tomadas fundamentadas de decisões. Será que Sócrates tomou as medidas corretas? Se as tivesse tomado estaríamos na situação crítica em que estamos.
Já os “illuminati” afirmaram que: “a sua luz provinha, não de uma fonte autorizada mas secreta, mas de dentro, como resultado de um estado alterado de consciência, ou seja, esclarecimento espiritual e psíquico.” Bom, a votos nunca eles foram.
O Governo foi deixando cair a anulação do défice, estava longe de resolver o problema das famílias endividadas e aumentou a despesa sem a compensar com receita.
Não se esqueceu de alterar o sistema de financiamento dos partidos, permitindo que estes voltem a receber financiamentos em dinheiro!
Em recessão, a queda dos juros teve por objectivo reanimar o consumo e o investimento. Mas a descida dos juros para um nível próximo de 0% pode provocar o que os economistas designam de “armadilha de liquidez”. Estamos a caminho de uma depressão. Tudo isto teve origem em 2008 e 2009.
Falando de “Perdão Fiscal”, podemos perguntar:
Quantos países estão hoje (2017) a pagar juros de zero ou próximo do zero?
Sabe-se o número de pessoas/empresas que não liquidaram os seus impostos em 2016. Seria bom que os nossos jornalistas, dissessem a quem compra os seus jornais/revistas o montante cobradfo e aquele que ficou por cobrar. E, como pode haver perdão, se a maioria dos portugueses pagaram aquilo que deviam e no prazo estipulado. Então parece valer a pena ser mau pagador?
Também nos poderiam informar de quanto esse dinheiro cobrado aos caloteiros influenciou a descida do défice para os três vírgula tal.
Também faria bem aos portugueses, serem informados no sentido de saberem quanto euros estão depositados nos nossos bancos a juros quase nulos?
Depois seria bom que o ministro das finanças, informasse O PAÍS da contribuição que estes bravos portugueses tiveram para a queda do défice. Isto porque ficaram muito mais pobres, depois das poupanças que fizeram para nada!
Depois, e ainda, antes de fazerem elogios ao ministro das finanças, agradecerem a esses portugueses que o país não tivesse sido castigado por “défice excessivo”.
Também, seria bom sabermos todos quantos euros voaram para o estrangeiro, oriundos de gente que não se sacrificou a bem do seu país e depositaram enormes volumes de dinheiro no estrangeiro.
Puseram a salvo, mas deveriam ter sido desmascarados!
Relembrando: À medida que os juros (2009) iam descendo os membros do BCE, admitiram a possibilidade de “encolher” ainda mais o preço do dinheiro, o comum dos mortais pode interrogar-se se sobre o que acontecerá se os juros chegarem a zero. A resposta não pode ser positiva: se tal suceder, é porque a Europa entrou numa depressão histórica e nem o “dinheiro de borla” garantirá que o investimento e o consumo reanimarão.
Numa recessão, a resposta clássica dos bancos centrais é descer os juros. Vem nos manuais: dinheiro mis barato, incentiva o consumo de particulares e o investimento de empresas, a procura agregada aumenta a economia.
Em Portugal nada disto aconteceu e com esta situação criou-se uma dívida monumental, com juros a matar tudo e todos, salvo aqueles que continuam a receber zero % e com drásticas machadadas nas reformas que pagaram.
Chegámos a uma situação tal. em que as expectativas das empresas do país e dos portugueses conscientes, são tão más que nem com dinheiro de “borla” alguém se dispõe a investir.
Ao contrário, tecem-se elogios ao ministro das finanças, e à geringonça (sem igual no mundo), em vez de se apontarem os principais culpados de tudo isto.
Nem o senhor Presidente da República se dispõe a fazer tal! Para já não se falar da comunicação social que temos.
“Quando mexemos numa peça há milhões de opções mas só uma é a jogada certa.” Não quero ser tão determinista como Bobby Fisher, o perturbado xadrezista americano que foi campeão do mundo e só seria derrotado pela paranóia e mania da perseguição. Mas de tantos milhões de palavras só uma me parece certa para começar este expresso curto: fogo. Ou então, inferno. Juro que preferia falar da vitória de Roger Federer, do regresso de A Guerra dos Tronos ou do europeu feminino de futebol que desta vez vai ter a participação de uma selecção portuguesa.
Mas não dá para fugir da triste efeméride: há precisamente um mês, a 17 de Junho de 2017, um fogo que parecia igual aos outros rebentou em Pedrógão Grande, tornou-se incontrolável, matou 64 pessoas e destruiu 200 casas perante a impotência e a desorganização de bombeiros e da Protecção Civil e de quem fez um contrato connosco para nos proteger (estou a falar do Estado, sim). O país só tinha uma opção: uniu-se, juntou dinheiro para doar às vítimas e até Governo e oposição fizeram tréguas para cuidar dos vivos e enterrar os mortos. Trinta dias chegaram para apagar o fogo?
Sara morreu. Tinha 35 anos e foi apanhada pelo fogo. Sarita, como era conhecida na aldeia de Vila Facaia deixou um filho de sete anos e uma irmã com um coração tão grande como fraco. Apesar dos 15 milhões de euros que se juntaram em donativos e fundos e de o Governo já ter definido as regras de acesso aos fundos, Catarina não tem dinheiro nem recebeu ajuda para pagar o funeral da irmã. A história foi contada pela Christiana Martins na edição de sexta-feira do Expresso Diário. Catarina escreveu ao presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa a pedir ajuda. Espero que a carta seja lida por todos os que viram o inferno pela televisão. Ajuda a perceber como foi na terra.
Dois dias depois de enviar a carta, Catarina recebeu um telefonema da Segurança Social de Leiria a garantir que se a seguradora não a ressarcisse, seria o Estado a pagar a despesa. O presidente da República ligou-lhe a partir do México a garantir que ele próprio trataria das despesas se o problema não se resolvesse. “Eu atrapalhei-me toda, chamei-o uma série de vezes de professor, e fiquei, mais uma vez, revoltada, porque este telefonema nunca deveria ter partido inicialmente dele.” Exemplar.
De acordo com o Jornal de Notícias, “não há apoios” e o dinheiro não chegou a uma única vítima.o Governo promete que até ao final de Julho, daqui a uma semana, a situação estará resolvida.
António Costa disse no fim-de-semana que é preciso “humildade” para “aprender com os erros” e a verdade é que o Governo tem-se esforçado por continuar a errar bastante. A comissão independente nomeada para perceber o muito que correu mal ainda não começou a trabalhar depois de um processo não lhe queria chamar surreal mas acho que não tenho outra opção - em que os partidos escolhem os seus representantes “independentes”, negoceiam e só depois se começa a trabalhar (neste caso ainda não se começou). A IGAI também ainda não começou qualquer inspecção ao que correu mal e a PJ e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera não se entendem sequer sobre a origem do fogo. Um raio invisível ou mão criminosa? Se não fosse trágico até podia ter piada.
Podia ser a lei a valer-nos: o pacote legislativo com que o Governo se propõe fazer a tão esperada e eternamente adiada reforma das florestas vai a discussão no parlamento daqui a dois dias. Mas corre o risco de ser chumbada porque não há acordo com os parceiros da geringonça (sem ofensa) sobre os poderes e competências da Entidade da Gestão Florestal. Mesmo que seja aprovada, a lei só entrará em vigor no final do ano, depois do verão e da época dos incêndios. Num mês nada mudou.
Indiferente, o inferno continua a arder: no Alijó as chamas obrigaram à evacuação de uma aldeia. Um helicóptero caiu e houve casas e pessoas em risco. Hoje de manhã o fogo ainda não tinha sido extinto. E, adivinhem, o Siresp, o sistema de comunicações que nos custa 40 milhões de euros por ano, voltou a falhar. Com grande humildade o Governo encomendou um estudo a um escritório de advogados para perceber se o contrato feito por um escritório de advogados não lesa os direitos do Estado. Ainda temos mais um mês e meio de verão e calor. Quem acredite, reze. Às vezes é a única opção para escapar ao inferno.
Só este ano foram aprovadas 200 candidaturas por dia durante o mês de Agosto, segundo os dados da Segurança Social.
Em declarações à rádio TSF, o presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, disse que não considera que este aumento esteja relacionado com a actual crise financeira mundial.
“Este aumento pode ter que ver com as circunstâncias actuas, mas não directamente com a crise. Em algumas regiões do País têm havido dificuldades do ponto de vista da economia”, afirmou o responsável.
Edmundo Martinho adiantou ainda que a decisão de atribuir o apoio estatal demora, em média, três meses, pelo que foi necessário recorrer à contratação de trabalho externo para despachar os pedidos pendentes.
Apesar de existirem mais portugueses dependentes do subsídio, Edmundo Martinho refere que “os pedidos estão a descer em termos médios”. “Porto, Lisboa, Braga e Setúbal sãos distritos em que a recuperação é mais sensível”, precisou o responsável, prevendo que o número de beneficiários pare de aumentar até ao final do ano.
Há razões de sobra para se crer que os aspectos que consideramos mais detestáveis nos sistemas
Totalitários existentes não são subprodutos acidentais, mas fenómenos que, cedo ou tarde, o totalitarismo
produzirá. Assim como o estadista democrata que se opõe a planejar a vida económica não tardará a defrontar-se com o dilema de assumir poderes ditatoriais ou abandonar O seu plano, também o ditador totalitário logo teria de escolher entre o fracasso e o desprezo à moral comum. É por essa razão que os homens inescrupulosos têm mais probabilidades de êxito numa sociedade que tende ao totalitarismo.
A questão que analisaremos é que atitudes morais serão geradas por uma organização coletivista da
Sociedade, e por quais ideias morais tal sociedade tenderá a ser dirigida? As ideias dependerão em parte das qualidades dos que conduzem os indivíduos ao sucesso num sistema totalitário e, em parte, das exigências do mecanismo totalitário.
Para a liderança do movimento as pessoas procuram um homem que goze de sólido apoio, de modo a
Inspirar confiança quanto à sua capacidade de realizar o que pretende. E aqui entra em cena o novo tipo de
Partido, organizado em moldes militares.
Embora os partidos socialistas tivessem poder político suficiente para obter seus fins, desde que
resolvessem empregar a força, relutaram em fazê-lo. Sem o saber, tinham assumido uma tarefa que só poderia ser executada por homens implacáveis, prontos a desprezar as barreiras da moral reinante.
Muitos reformadores sociais aprenderam, no passado, que o socialismo só pode ser posto em prática
por métodos que seriam condenados pela maioria dos socialistas.
Há três razões para que um grupo numeroso, forte e de idéias bastante homogêneas não tenda a ser
constituído pelos melhores, e sim pelos piores elementos:
Quanto mais elevada a educação e a inteligência
dos indivíduos, tanto mais se diferenciam os seus gostos e opiniões, e menor é a possibilidade de concordarem sobre determinada hierarquia de valores. Portanto, se queremos lograr alto grau de uniformidade e semelhança de pontos de vista, teremos de descer às camadas em que os padrões morais e intelectuais são inferiores e prevalecem os instintos mais primitivos.
As autoridades ou o ditador conseguirão o apoio dos dóceis e dos simplórios, que não têm fortes convicções próprias, mas estão prontos a aceitar um sistema de valores previamente elaborado, contanto que este lhes seja apregoado com estrépito e insistência (FALAR ALTO E GROSSO).
Parece ser mais fácil aos homens concordarem sobre um programa negativo ódio a um inimigo ou inveja aos que estão em melhor situação – do que sobre qualquer plano positivo.
Uma das contradições inerentes à filosofia coletivista é que, embora baseada na moral humanista aperfeiçoada pelo individualismo, só se mostra praticável no interior de um grupo relativamente pequeno.
Enquanto permanece teórico, o socialismo é internacionalista; mas ao ser posto em prática, na Alemanha ou na Rússia, torna-se violentamente nacionalista. No coletivismo não há lugar para o amplo humanitarismo do liberal, mas apenas para o estreito particularismo do totalitário.
Se a “comunidade” ou o Estado têm prioridade sobre os indivíduos, se possuem objetivos próprios
superiores aos destes e deles independentes, só os indivíduos que trabalham para tais objetivos podem ser
considerados membros da comunidade. Como conseqüência, uma pessoa só é respeitada na qualidade de membro do grupo, se coopera para os objetivos comuns reconhecidos, e toda a sua dignidade deriva dessa cooperação, e não da sua condição de ser humano.
Enquanto para os grandes filósofos sociais individualistas do século XIX e mesmo para socialistas
contemporâneos como Bertrand Russel, que herdaram a tradição liberal , o poder sempre se figurou o supremo mal, para o coletivista puro ele é um fim em si mesmo.
É errôneo afirmar que o grande poder exercido por uma comissão de planeamento central não seria maior do que o poder exercido conjuntamente pelas diretorias das empresas privadas.
Numa sociedade baseada na concorrência, ninguém exerce uma fração sequer do poder que uma comissão planeadora socialista concentraria nas suas mãos.
Já vimos que a separação dos objetivos políticos e dos objetivos econômicos representa uma garantia essencial da liberdade individual e como, em conseqüência, tal separação é atacada pelos coletivistas.
Devemos acrescentar agora que a “substituição do poder econômico pelo político” significa necessariamente a substituição de um poder sempre limitado por um outro ao qual ninguém pode escapar.
O sistema coletivista não deixa à consciência individual a liberdade de aplicar suas regras próprias,
nem mesmo conhece quaisquer regras gerais cuja prática seja exigida ou permitida ao indivíduo em todas as circunstâncias.
Como o direito formal, as regras da ética individualista são gerais e absolutas, por mais imprecisos que
Possam parecer certos aspectos. Prescrevem ou proíbem um tipo geral de ação, sem levar em conta se num caso específico o objetivo último é bom ou mau. Na ética individualista, o princípio de que o fim justifica os meios é considerado a negação de toda a moral. Na ética coletivista, torna-se a regra suprema; não há,
literalmente, nada que o coletivista coerente não deva estar pronto a fazer, desde que contribua para o “bem da comunidade”, porque o “bem da comunidade” é para ele o único critério que justifica a ação.
Seria, no entanto, injusto considerar as massas que sustentam um regime totalitário destituídas de
qualquer fervor moral, só porque prestam apoio irrestrito a um sistema que a nós se afigura a negação dos melhores valores morais. Para a sua grande maioria, é justamente o contrário que se verifica: a intensidade das emoções morais em que repousa um movimento como o nazista ou o comunista talvez só possa ser comparado à dos grandes movimentos religiosos da história. Uma vez admitido que o indivíduo é simples instrumento para servir aos fins da entidade superior – sociedade ou nação – manifesta-se necessariamente a maior parte dessas características dos regimes totalitários que nos enchem de horror. Onde existe uma finalidade comum e soberana, não há lugar para uma moral ou para normas gerais. Quando toda a sociedade é dominada por alguns fins específicos, é inevitável que, vez por outra, a crueldade se torne um dever. Para ser um auxiliar útil na administração de um estado totalitário, não basta que um indivíduo esteja pronto a aceitar justificações
capciosas de atos abomináveis; deve estar preparado para violar efetivamente qualquer regra moral de que
tenha conhecimento, se isso parecer necessário à realização do fim que lhe foi imposto.
Quando se diz que a política bateu no fundo, sobre ela, que mais se poderá dizer? As cumplicidades são numerosíssimas, as teias são espantosamente grandes, os interesses em jogo de uma complexidade impressionante, e fazer com que tudo isto corra sem grandes «broncas», é tarefa quase impossível. Mas vão-no fazendo!
Teremos de concluir deste modo, pois não se vislumbra um só sinal tranquilizador de que as coisas poderão estar a caminho de melhorias. Sem se perceber bem a origem do mal, o país afunda-se a pouco e pouco num atoleiro. Os sinais são inúmeros e vêm de toda a parte: do universo do futebol, do mundo da política, da relação dos portugueses com a televisão. E dela própria. A mediocridade banalizou-se, tornou-se normal. O mau gosto alastra. A honra das pessoas perdeu valor e qualidade. Ninguém pode saber, com toda a sinceridade, a maneira de mudar este estado de coisas. Não se sente que haja energia suficiente para inverter tal situação. Há uma espécie de entropia instituída, de conformismo e facilitismo, que puxa o país para baixo. Sempre para baixo!
Perderam-se as referências. Já não se identifica a mediocridade, o mau e o bom gosto misturam-se, confunde-se a esperteza com a falta de carácter, a ambição com o oportunismo. Portugal afunda-se num enorme lodaçal. A salvação já não é colectiva nem é individual, é fugir. Emigrar para retemperar forças. A mente ocupada esquece facilmente as agruras da vida, mesmo as mais penosas. Assim, o contacto com a realidade do país que temos torna-se mais difícil. A maioria das pessoas quereria ser optimistas, até para criar uma onda de alto astral. Mas não dá. Tudo piora quando se houve ou lê, alguém responsável afirmar: “bons resultados para a nossa economia, o PIB cresceram 0,1 %”. Meu Deus, parece que vivemos num país de atrasados mentais ou que nos querem fazer passar por isso! Falar claro e honestamente, sem medo de dizer (mesmo a Hugo Chaves), que a economia está estagnada. Ou pior, estagnada no fio da navalha!
Vejamos o que pensam os portugueses dos nossos partidos políticos e da Assembleia da República. Os últimos resultados das sondagens de opinião pública (2001) mostram a sensibilidade que as pessoas têm e que anda perto da realidade, quando muito pecando por defeito; hoje este tipo de sondagem não aparece publicado e se aparecer ninguém acredita nela! A manipulação é prática corrente. Percebe-se pelas contradições. Até a nossa participação nos Jogos Olímpicos foi anunciada como um grande êxito! Como é possível?
“ OS PARTIDOS políticos e a Assembleia da República são as instituições em que os portugueses menos confiam, ainda menos do que nas seguradoras, revela um estudo sobre a imagem dos serviços públicos encomendado pelo governo. Dados que o Ministério (Alberto Martins) do governo socialista (2001) interpreta como preocupante do ponto de vista da qualidade da democracia. Entretanto as coisas só pioraram! E novos motivos de preocupação com a saúde do sistema político são encontrados quando se avalia o nível de identificação com os partidos: Para 53,7 % dos inquiridos não há nenhum partido político do qual cada um se sinta próximo. Nesta sondagem realizada pelo Centro de Sondagens da Católica ainda se conclui que as Forças Armadas, a comunicação social e a banca são, em contra partida, as instituições que mais merecem a confiança dos inquiridos “. Em ordem decrescente os resultados foram: Forças Armadas 2.36%, Comunicação Social 2.34%, Banca 2.17%, Ordens Profissionais 2.13%, Administração Publica 2.11%, Patronato 2.08%, Tribunais 1.98%, Sindicatos 1.95%, Grupos Económicos 1.89%, Seguradoras 1.88%, Assembleia da Republica 1.86%, Partidos Políticos 1. 49%!
A credibilidade atingiu um nível tão baixo entre os portugueses, que alguma coisa tem que ser feita. Será que os mais altos responsáveis da nação não se apercebem disto?
A realidade é sobejamente conhecida, mas os responsáveis de todos os quadrantes, mais não têm feito do que, como em gíria se diz, “assobiar para o lado”.
Um regresso muito desejado a uma sociedade mais transparente, mais humana e com predomínio da dignidade pessoal, pode estar em perigo.
Ouçam-se as vozes da gente simples que vêm das famílias, dos vizinhos, das igrejas, dos pequenos clubes, das colectividades, das associações, dos ranchos folclóricos, dos dadores de sangue etc.
São estas as vozes que ninguém ouve e precisam ser ouvidas.
Mas cuidado com as vozes dos que dizem representá-los.
Essas estão contaminadas! As redes que por aí andam são a fingir.
São as vozes desta gente anónima, que não fala nos telejornais, que derrubam os governos. Embora não pareça.
Explique-se à população que é mentira haver, entre outros, sistemas gratuitos como a educação e a saúde. Publiquem-se nos jornais, em linguagem simples, os números astronómicos que os portugueses pagam por eles.
Os números que os portugueses pagam para gáudio das corporações.
Pagam e vêm péssima qualidade de ensino, atrasos de anos na justiça, longas listas de espera para se ser operado, e cada vez viver pior.
Pagam quando liquidam os impostos que podiam ser bem mais leves.
Para permitir melhor compreensão dos factos, diga-se quanto custa cada aluno ou cada doente, ou cada julgamento ao erário público.
Assuma-se criticar a gestão dos milhões e milhões do financiamento feito no ensino e saúde, de natureza pública. Ou nos tribunais.
Permita-se que ao lado do público funcione o privado, sem medo. Não se privilegie nem um nem outro. Inverta-se o modo de financiamento, entregando o dinheiro aos utentes (ou família), em vez de financiar as instituições.
Isto é que é democracia, é pôr as pessoas a decidir todos os dias onde deve gastar o seu dinheiro.
Fazer-nos pagar impostos e depois gastar o dinheiro em opções erradas, é não dar ao povo a possibilidade de participar na democracia muito para além do voto. Muito para além do candidato que lhe querem impingir.
Esta será a grande “Reforma da Função Pública”.
A “Sociedade Civil”, mesmo intoxicada pela informação que lhe chega, acabará por perceber e escolher entre quem a serve melhor e mais barato.
Não ignoro as lutas que se levantarão com esta nova forma de fazer política. Ainda mais manifestações de rua, greves, boicotem etc. E indubitavelmente sempre o mesmo argumento:
Isso é servir o capital.
Dirão isto todos aqueles que gerem o dinheiro do povo de forma incompetente e irresponsável.
Dirão isto todos aqueles que dizem representar o povo, mas somente representam mesquinhas ideologias muito afastadas do verdadeiro povo.
Aqueles que até hoje não conseguiram construir o «Homem Novo», que tanto apregoam. Aqueles que querem acabar com, ou deixar morrer, a “ Geração de Ouro”.
Por último atrevo-me a perguntar que peso tem a nossa Sociedade Civil, hoje?
Não consigo descortinar nenhum, para além de meter o voto na urna. Gratuitamente! Ou seja, sem qualquer proveito nem consciência.
Os cidadãos e a sociedade civil estão esmagados pelas estruturas que lhes são impostas por aqueles em quem eles votaram !
Chamam a isto democracia?
Defendo a Democracia Representativa.
Naturalmente que ainda é cedo para a dita Democracia Participativa, ela nestes tempos mais não seria que um sonho eternamente adiado.
Portugal tem pressa. Há largos passos a dar neste sentido.
Por enquanto a sociedade civil e cada um dos cidadãos, encarcerados na “caverna”, só vêem sombras da realidade. Mas têm um sentir!
Por cansaço, desânimo e algum comodismo, parecem adormecidos.
Que o povo tenha os seus representantes e os eleja com convicção é indispensável, mas é muito pouco. Tais representantes têm de sê – lo mesmo.
Os Partidos têm de mudar. Não podem legislar a sua própria existência, desviarem-se da democracia e dela desviarem o país, sem que ninguém tenha poder de corrigir tais desvios.
É preciso inventar qualquer “Entidade Reguladora” para controlar a saúde dos procedimentos praticados dentro dos partidos! Com gente acima de qualquer suspeita.
É fundamental que os eleitos saibam e posam erguer uma Sociedade Civil organizada de forma a que os cidadãos no seu dia a dia possam dizer, através das várias opções que tomam, o que querem e o que não querem .
Se não puderem escolher, por inexistência de opção, não são livres.
Se não forem livres, ninguém tem o direito de lhes pedir seja o que for.
O seu subconsciente, por instinto de defesa, atira-os para a apatia. Comodamente deixam andar, mas não acreditam em nada. Aparentemente estão adormecidos. Os apelos passam-lhes ao lado. A nação vai definhando.
O «Homem Novo» nunca virá, porque é um ser contranatura. Temos que viver com aquele que existe, que está a dar continuidade aos seus avós e outros antepassados.
O Homem de sempre vai resistindo a tudo, até à perda daquilo que mais sagrado existe para ele:
Os valores e a família.
As instituições publicas têm sido em Portugal “monstros sagrados”. Esmagam a Sociedade civil, através do pagamento de impostos que ela não pode pagar !
Nada têm a ver com ela. Existem, não para servir a sociedade civil, mas para servir os inúmeros interesses e aligeirar as estatísticas.
Por lá passam todo o tipo de interesses. Também a corrupção e os vícios do sistema político. Também a falta de transparência que é nacional. Também os privilégios dos defensores do “Estado Patrão”.
Tudo isto não é pessimismo é ir ao fundo do poço e sem essa viagem, as coisas não se alteram.
Foi o povo mais desprotegido, que se habituou a resistir e a desconfiar de um Estado professoral e intrometido, que manteve sentimentos correspondentes ao que hoje a esquerda chama, com horror, de “neoliberalismo”.
Desde sempre foi este poder estatal o causador do endividamento crónico do Estado, da inflação e das ameaças de bancarrota. Não o povo.
Só em 2006 a nossa divida pública cresceu cerca de 7 mil milhões de euros!
De facto este país subsiste. Felizmente também subsistem aqueles que pagam o esbanjamento dos políticos. A sua incompetência. Os custos materiais e morais da corrupção!
É este o povo autêntico. É este povo anónimo que os políticos devem saber ouvir, entender e respeitar.
A razão e a verdade estão com ele. Mas continua a ser sobre ele que o travão da despesa pública está a funcionar arrasando o poder de compra das famílias!
E a derrapagem das contas públicas lá vai, pelos vistos, de despiste em despiste até ao desastre inevitável.
Os exemplos da possibilidade de entrega das decisões à “Sociedade Civil” podiam-se desdobrar até à exaustão. Com o seu aumento viria a confiança dessa “Sociedade Civil” .
Já foi dito.
Viria a sua auto - estima e com ela viria também um enorme capital social. Viria a inovação. Até viria a produtividade na economia.
Os valores desaparecidos no gigantismo das instituições públicas e de um Estado irrealista, ressurgiriam indubitavelmente também, tanto a nível dos serviços prestados, como no desempenho de cada cidadão servidor da comunidade.
Estaríamos de regresso aos verdadeiros valores e ao mérito com a possibilidade constante do seu aproveitamento e reconhecimento.
Só aqueles, que mais não podem ver que as sombras provocadas e impostas pelos defensores do ensino e da saúde unificados e de uma política estruturada de cima para baixo, farão questão de classificar o caminho descrito como mera utopia.
Não querem a mudança e por isso são relativistas. Por isso querem continuar a dizer que todos os valores ( o bem, o trabalho, a lealdade, a justiça, a verdade, a família etc. ), são arbitrários e relativos.
Continuam a querem um «Homem Novo», à semelhança do produto da clonagem.
Todos iguais. Moldados à sua vontade.
Porém, uns acabam sempre por ser mais iguais que outros. Todos diferentes.
Querem o Homem, produto de um ensino dirigido pelo Estado sem interferência da família.
Eu acredito nos valores, sendo a família o maior de todos.
Não quero ignorar o passado, nem os meus antepassados.
Sou aquilo que sou, e com muito orgulho, a eles o devo.
O país precisa de um projecto nacional, erguido por homens de boa vontade.
O país precisa de acção, transparência e de medidas corajosas.
Confiança e auto – estima, virão com elas.
O respeito também.
Que fique bem entendido :
Não defendo um sistema orientado de cima para baixo, nem exactamente o contrário. Defendo uma perfeita interligação entre as duas realidades, posta em prática com muita dignidade e respeito.
Não defendo a ditadura de uma maioria, nem o aniquilamento das elites. Defendo novamente o respeito mutuo entre dois saberes que se não podem substituir.
Defendo por último que se saiba articular tudo isto, sem perda da capacidade de decisão em tempo oportuno.
Também sei que na política portuguesa existem pessoas sérias !
Porque andam metidas em tamanho lodaçal já é mais difícil de perceber ! Na sua grande maioria os homens honestos e competentes há muito saíram dos partidos e da política.
Até porque se não saíssem, seriam empurrados.
Na política ficaram, e cada vez são mais, os oportunistas e incompetentes que se servem e estão ao serviço de interesses inconfessáveis, mas que não são os do povo português !
Se fossem, o País não estava na situação em que se encontra.
Com os actuais partidos será muito difícil que o povo respeite, do coração, os titulares de órgãos políticos, apesar de alguns o merecerem.
Sem um patriotismo alicerçado na história e na dignidade não evitaremos o trágico adiamento dos desafios de Portugal.
Finalmente deixo a pergunta:
Alguém, neste momento, respeita em Portugal a história e a dignidade de cada pessoa? Essa não é certamente uma constante, como deveria ser.
Os atropelos a esses paradigmas, são contínuos!
Com o trágico adiamento dos desafios que se colocam a Portugal, muito pacatamente, dentro de momentos, a quase totalidade da população portuguesa estará atolada no “ Limiar da Pobreza “ material e moral.
Não é pessimismo e também não é fingindo que tudo está bem que se consegue dar a volta aos inúmeros problemas que afligem Portugal.
É urgente um grande projecto mobilizador, depois de uma grande vassourada em todas as causas que originam este contínuo flagelo de cada vez mais se pedir ao povo redobrados sacrifícios.
Um projecto mobilizador só vem através de uma sábia mobilização de todos nós, levada a cabo por quem tiver autoridade e carisma para a fazer.
Enquanto isso, não poderemos perder tempo a prepararmo-nos para a globalização. Ela está aí em força!
Se nos atrasarmos nunca mais acertaremos o passo com o futuro que alguns dizem estar para vir :
Qual o Futuro no Mundo?
Não fiquemos de boca aberta. A Nova Economia não está morta. Diz-se que vai haver um segundo "boom" até 2009. A Internet, a Web, o telemóvel e a banda larga entrarão num percurso imparável - passarão a valores próximo da total penetração nos mercados dos países mais desenvolvidos atingindo mesmo a massificação por volta de meados/final desta primeira década do século XXI.
Telecomunicações e transportes.
Desenvolvimentos tecnológicos nas telecomunicações: TV, vídeo, fax, telefonia móvel, Internet, estradas e redes de informação...; desenvolvimentos tecnológicos nos transportes: aviões, comboios de alta velocidade, automóveis de baixo consumo, bicicleta; consequência: o bombardeio da informação e da publicidade, a aldeia global, a progressiva não-habitabilidade das cidades; reflexões éticas sobre o controle da informação e a criação de opinião.
Ciência, tecnologia e sociedade no mundo desenvolvido
A energia. Desenvolvimento científico; desenvolvimento tecnológico: energias contaminantes e energias alternativas; o controle da investigação energética; problema da ciência militarizada; a necessidade da participação dos cidadãos na tomada de decisões; consequências económicas e do meio ambiente; ética nuclear e ética do meio ambiente.
A produção industrial. Desenvolvimentos tecnológicos: automatização da produção (informática, robótica…); consequências sócio - económicas; industrialização e desindustrialização; terceirização; crises no Estado de bem-estar social; consumo e desemprego; desequilíbrios em nível mundial: primeiro e terceiro mundos; reflexão ética e política sobre um problema social.
Saúde e demografia. Desenvolvimentos científicos: a Biologia e a Genética modernas; desenvolvimentos tecnológicos: a Medicina moderna (vacinas, novas técnicas cirúrgicas, controle da natalidade) e a Engenharia genética; o controle da investigação e da fixação de prioridades; a influência da ideologia; consequências; controle da mortalidade e explosão demográfica; políticas de controle da natalidade; escassez e progressivo esgotamento de recursos naturais.
Estas profundas mudanças económicasatingirão de forma particularmente violenta, a população activa com baixos níveis de escolaridade onde os houver, a qual passou a concorrer no mercado de trabalho com imigrantes de todo o mundo. A educação passou a ser de facto um capital ainda mais socialmente valorizado pelas famílias.
As Pessoas, será ponto assente que a principal riqueza de um País ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham.
A nova geração, ou sejam os nossos netos, viverão um novo "boom" longo como aquele que ocorreu entre 1942 e 1968 ou tal como o que aconteceu entre 1902 e 1929.
O próximo "boom" longo, entre 2023 e 2040, desenvolverá, ainda mais, estas tecnologias, estilos de vida e modelos de negócio até atingirem a saturação no mercado de massas, exactamente como aconteceu entre os anos 40 e 70 do século XX. A biotecnologia, tal como as baterias de hidrogénio, serão grandes motores deste "boom".
Sobre o proprietário impende a obrigação de zelar pelo edifício, evitando que ele se transforme num perigo público ou, num atentado visual à dignidade do mesmo. É preciso não esquecer que o tal proprietário nunca renunciou aos proveitos do mesmo, sejam pequenos ou grandes.
O direito de propriedade tem regras cuja responsabilidade recai, em primeira instância, sobre o seu dono. Mesmo quando classificado como património cultural ou então, mais ainda.
Também a Câmara Municipal de Oeiras, porque é co-responsável na partilha de tais responsabilidades, e por omissão, na medida em que a sua acção não se cinge apenas à notificação do proprietário do edifício. No limite é responsável por tudo o que se passa no concelho. Legalmente, podia e devia ter procedido à restauração do edifício, ao abandono há décadas, e por omissão do dever de agir junto proprietário. Por fim, assistimos, com vergonha, à constatação de culpas que morrem solteiras. Como sempre neste País de brandos costumes, não há responsáveis.