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O ENTARDECER

O ENTARDECER

O populismo

 

A democracia liberal está em perigo na Europa. Dando voz ao eleitoral, a nossa democracia parece não perceber que está longe de o representar e, em complemento, apareceu um “populismo” de duas facetas lembrando-lhe que o povo não se sente representado.

Quanto ao populismo, como quase tudo neste mundo, sobressaem nele dados positivos e outros negativos!

Do lado positivo, teremos;

- Uma hipotética mobilização dos sectores excluídos da sociedade

- Melhoramento por, pressão, da capacidade de resposta do sistema político

- Reforço da responsabilização do sistema democrático

Do lado negativo, teremos;

- Enaltecendo os conceitos da soberania popular, desgastando e debilitando a protecção dos direitos fundamentais

- Politizações das questões que não são consideradas pelas elites

- Deixando ressaltar uma moralização que parece andar arredia da maioria silenciosa

Realçando algumas questões; dir-se-ia como positiva, a actividade dos chamados partidos radicais de direita na Europa, sem ela, o problema dos emigrantes passaria ao lado. Como aspectos negativos, podem sobressair, os atentados às maiorias das eleições democráticas. De referir que, mesmo quando o sistema democrático se torna estável, a regra geral é aumentar a contestação, em lugar do silêncio ou mesmo do seu apoio.  

Aos Milhões de Reformados Espoliados

 luzdequeijas

Com base num bom concelho de um senhor chamado Fernando Dacosta,  lido num artigo colhido nos jornais, este senhor faz um elogio ao General Ramalho Eanes que, por inteiro, merece um aplauso de todos os portugueses bem formados. Façamos também nós correr por todos os reformados, a quem quiseram tirar e tiraram uma larga fatia de uma pequena reforma, que lhes pertencia por direito absoluto. Embora, não recebam o seu sustento por duas ou mais origens, mas somente por uma  reforma, altamente reduzida. Acreditando-se que de forma "inconstitucional e imoral"

Voltando a Eanes, quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.

O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.

Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.

O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.

Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.

Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.

Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, e nos imergem por todos os lados.

As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.

Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a.

Mas pedi-la, não. Nunca!»

O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.

“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, mesmo das “utopias” de outrora”. Utopias que levaram a entregar a milhares uma reforma para a qual nunca descontaram! Outros, muitos milhares, conseguiram reformar-se com insignificantes descontos! Os trabalhadores da sociedade civil e a sua entidade patronal, descontaram mais de trinta anos + ou - 30% do seu vencimento, mensalmente! Vivemos numa democracia que se supunha ser responsável. Como será possível que esta democracia até nas poupanças tenha mexido ou deixou mexer, retirando-lhe os devidos juros compensatórios e carregando-os de novos impostos! Esta situação desmoraliza todo e qualquer bom cidadão que responsavelmente poupou para assegurar a sua velhice e dos seus. Onde estão os culpados?

António Reis Luz

Não basta ser patrão,

 

É preciso possuir e saber gerir o seu próprio capital

Muito já foi dito sobre as características de um líder, sabe-se até que os líderes não são aqueles que sabem mais que os outros: eles têm falhas, não são tão organizados e não raro estão longe de ser exemplo de vida regrada. Todavia, o patrão ou empresário sabe por instinto próprio, tudo aquilo que quer para a sua empresa e dos seus empregados. Arrisca o seu dinheiro, sem poder lançar impostos:

Lia-se na comunicação social de hoje que “o Governo quer que os serviços com receitas próprias (impostos?), paguem uma parte dos custos acrescidos com o descongelamento faseado das progressões nas carreiras. Estes serviços, de acordo com a circular publicada na DGO, devem orçamentar um terço do montante necessário para pagar as progressões, mas com base nos recursos próprios.”

Temos um aparelho de Estado com trabalhadores cheios de regalias que todos os outros trabalhadores do país não têm! Nomeadamente, muito dificilmente poderão ser despedidos. Ao contrário dos demais trabalhadores do país, que senão trabalharem no duro, não forem competentes e zeladores dos bens da sua empresa, serão despedidos com “justa causa”.

Ainda sobre líderes, serão todos aqueles que reúnem condições especiais para colocar os demais (empregados/funcionários) em sintonia com os seus propósitos empresariais e de investidor.

Vejamos agora, o que um líder NÃO deve ser:

Os Líderes não podem ser inconvenientes, não podem fazer discursos longos, não devem cultivar o mau humor e não são repressores e, acima de tudo: os líderes gostam das pessoas e têm uma capacidade extraordinária de se colocarem no lugar de outros. Enfim, responda: você trabalharia de bom grado para alguém mal-humorado, repressor, enfadonho e que não enxerga nada do seu negócio?

Finalmente, se você é daqueles que vibra ao encontrar um erro alheio e tem predilecção em mostrar que errou, esqueça, você estará liderando por ser patrão, mas não estará motivando ninguém a trabalhar com dedicação. Ao contrário: os líderes comemoram, afagam, elogiam e tratam de manter o astral em alta, sem esbanjarem dinheiro, que em muito afectaria a competitividade da sua empresa!

Voltando à pauta e lembrando o Evangelho, Cristo ao dizer que o importante é o que sai e não o que entra pela boca, quis dizer que palavras destroem ou constroem, portanto use a palavra para construir e não para vibrar com os erros alheios e cultivar a antipatia da sua equipe.

O que o líder deve buscar:

1) Ao levantar erros, classifique-os como oportunidades. Afinal, a cada erro que for corrigido, a sua empresa ficará melhor.

2) Transpire optimismo, dinamismo e energia. Líderes não são apáticos e nem pessimistas.

3) Seja curioso, questione, investigue e aprenda. Geralmente os líderes não são especialistas, mas têm sensibilidade para analisar qualquer assunto por conta da sua abertura intelectual.

4) Corra riscos. Evitar risco pode significar ficar para trás. A concorrência pode ser mais atrevida que você e dominar o seu mercado. Óbvio é, que não se deve correr riscos desnecessários, mas para ganhar é preciso entrar no jogo.

5) Coloque-se no lugar das pessoas e compreenda a natureza e os sentimentos delas. Nunca ache que os seus problemas são maiores que o dos outros.

6) Não existe nenhum mal em cativar as pessoas. Se for viajar, lembre-se de trazer um mimo para sua secretária e para aqueles com quem deseja manter um bom relacionamento. “O Príncipe”, de Maquiavel, é uma cartilha que serve de referência.

7) Estimule e principalmente comemore! Lembre-se que não há nada mais frustrante que um líder que, ao invés de comemorar, se apressa em desmerecer a vitória. Alguns fazem ainda pior: reivindicam para si os méritos alheios. Se você tem problemas de afirmação pessoal, não será nunca um verdadeiro líder.

8) Seja coerente. Alguns “líderes” para negar algo aos seus subordinados, costumam contar histórias tristes sobre a falta de dinheiro, sobre o momento delicado, etc. Mas isso não combina com alguém que vive contando as extravagâncias que fez no fim-de-semana no seu iate, no café, ou que comprou um Mercedes para a esposa no aniversário dela. Quer um exemplo? A história da austeridade para viabilizar o plano “Fome Zero” não combina com a compra de um novo avião presidencial, aumentos salariais etc., certo?

A autoridade de um líder está na sua credibilidade.

Lembre-se que há uma grande diferença entre estar no comando e comandar. Quando alguém assume um comando, ele assume um cargo e qualquer um pode fazer isso. Vejamos o exemplo de um presidente de um qualquer país. Ele tem poder ou autoridade? O poder é dado, mas a autoridade é conquistada. Um líder que exerce autoridade junto à sua equipe, não é aquele que simplesmente ganhou uma posição de liderança. É aquele que todos querem imitar. Pergunte aos seus funcionários se eles gostariam de ser como você e logo saberá se está no caminho certo.

Em jeito de uma auto-avaliação: será que você é alguém como Jesus Cristo, que arrastou multidões com exemplos que todos queriam imitar, ou alguém como um governante de um país que possui a faixa presidencial e poder suficiente para assinar um monte de papel importante, mas sem a necessária credibilidade? Para ser patrão ou mais ainda empresário, e ter credibilidade, é forçoso saber gerir o seu próprio capital. Esta será a maior razão para que um político não faça, nunca, uma gestão de capital que não lhe pertence e como tal não o sente. Diz-se que errar é humano, claro que é, mas com o capital dos outros não se devem assumir falhas graves, como seja levar à falência uma firma ou uma grande empresa.

Muito menos pretender fazer gerir em proveito próprio, aos funcionários públicos por exemplo, um dinheiro que é do Estado, logo do povo. Muito pior, dar prémios pecuniários aos funcionários públicos, pelas tarefas que lhe cabem fazer por dever profissional!

Demais, quando nas actividades económicas privadas, que pagam o gigantismo “Estatal”, um funcionário é legalmente despedido se provocar prejuízos, danificar valores ou material, e não for competente! Sabendo-se ainda não ter esse funcionário os mesmos privilégios que tem um qualquer funcionário público. Para ele, se ser respeitado como líder de um país, é fundamental esse político não criar nesse mesmo país um fosso entre normas as gerais de trabalho em vigor. Tem sido por estas razões, que os países que enveredam por um Estado dono ou senhor do país, pior ainda, demasiado complacente para com uma gestão dita socialista, normalmente, levam esse país ao descalabro! Vejam-se os exemplos mundiais ocorridos, comparando os países com bom nível de vida para todos os trabalhadores, com alguns poucos que ainda subsistem e onde tudo é diferente e fora das normas  democráticas!    

 

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