QUANDO A FILA NÃO ANDA
O português não gosta de impor os seus direitos, principalmente quando o assunto é de fila de espera, seja no banco, no supermercado, na rodoviária ou no aeroporto, Ou, até na obtenção de um emprego, sempre tão desejado e necessário. E, até mesmo quando ele percebe que alguém “furou” a ordem na fila, legalmente estabelecida, prefere fingir que não viu. No máximo, toca no ombro do intruso e diz-lhe de um jeito algo tranquilo: “Ó, amigo, a fila termina lá trás!”. Embora, quase todo mundo pense que a fila é um local desagradável, vários estudos mostram que o maior fator de incómodo é não se saber quanto tempo o indivíduo terá de esperar.
Para resolver tais problemas, um certo psicólogo sugeriu mesmo a colocação de um visor, placas ou uma simples justificação da demora. Em tais, horripilantes filas de espera, que por aí proliferam.
O nosso cidadão, quando atribui a culpa a alguém que não reage, isso deixa-o desesperado. Mas a maioria das vezes nem se apercebe do facto de não haver anúncios nos jornais para uma vaga numa Função Pública repleta de gente sem muito para fazer! E, apesar disso, terem vencimentos acima dos outros trabalhadores, não estarem sujeitos a despedimentos fáceis, terem serviços médicos de alta qualidade, férias à grande e à francesa, sem abaixamentos de salário para equilibrar as finanças da sua empregadora, em maus lençóis! Etc.
Não reage nem questiona os populares “jobs for de boys” na malta dos partidos do poder! Tudo se passa como se por milagre as pessoas protegidas apareçam empregadas! Enquanto as outras, sem padrinhos, em filas intermináveis, não vão arrumando a sua vidinha de forma nada fácil
Para muitos há filas sem fim e para outros, os filhos aparecem locutores de televisão, diretores e agentes de uma Alta Autoridade de qual qualquer coisa, sem se saber como nem porquê! Mistérios que passam despercebidos! ETC, ETC