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O ENTARDECER

O ENTARDECER

QUANDO SE AMA ALGUÉM

23 de setembro de 2011

 

Para muitos, lobo é sinónimo de medo, terror, pânico, nem sempre a sua aparição significa terror ou medo, muitos podem até confundir com lobisomem, mas há uma grande diferença entre ambos.

Esta história é triste, uma tristeza de quem amou intensamente, mas foi traído pelo destino.Tudo começa nos tempos em que os deuses governavam a terra e antes ainda de tudo o que conta a mitologia grega, ele amou e foi correspondido. Este amor, que muitos podem não conhecer, está vivo até aos dias de hoje.

Vivia no mundo dos deuses e seu nome era KUKUATZO. Era o deus da simplicidade,honestidade e compaixão, não era um deus comum, mas os seus amigos, também deuses, admiravam-no muito. Apesar da sua grandeza, ele não se deixava levar muito por isso. Gostava de ver, mesmo que fosse la do céu, a natureza, os animais e a felicidade dos seres inferiores a si .

A sua personalidade chamou a atenção da deusa mais linda do reino dos céus, o seu nome é NEFERTINE. Deusa da alma, do espírito, do coração, da lealdade, ninguém esperava por isso, e ele mal sabia mas já era condenado pelo destino, como? Esclareço que apesar da sua incontestada grandeza, ele era o deus mais feio do reino dos céus.

Como se podia aceitar isso? A deusa mais bela despertar a atenção do deus mais feio.

Com o nascer deste amor  o céu começou a passar por várias transformações, surgiram as estrelas, a noite agora passava a ter brilho, o dia tinha nuvens e o sol e a terra passaram a ser verde e azul, os pássaros e todos os bichos existentes começaram a multiplicar-se e apareceram as mais diferentes criaturas.

Deste céu onde só existiam deuses, castelos e beleza, em fim o paraíso, começaram a descobrir que não era apenas o templo da imortalidade ,mas sim a testemunho de que tanta coisa bonita podia acontecer se passassem a olhar para a terra, ao invés de simplesmente se acomodarem nos seus templos.

A chuva passou a cair do céu para alimentar a vida e tornar a terra muito mais colorida do que já era.Nem tudo que é belo termina bem, este amor começou a despertar a atenção de um dos deuses KAPTSU, Deus da discórdia, da inveja, da ambição e do ciúme, embora ele não gostasse  muito destas mudanças que estavam acontecendo, no reino dos céus.

Passou a pensar numa forma de destruir este amor entre NEFERTINE e KUKUATSO. Nada dava certo, tudo que ela fazia só servia para tornar este amor cada vez mais forte. NEFERTINE e KUKUATSO, sabiam que KAPTSU estava disposto a dar um jeito de acabar com o seu amor, não se importando com isso, um confiava no outro.

Um dia, NEFERTINE convidou KUKUATSO para passearem pelos céus de mãos dadas pois  tinha uma novidade para dar ao seu amado.Era algo tão bonito quanto o amor deles!

NEFERTINE ia ter um filho de KUKUATSO e neste mesmo dia, apareceu o primeiro eclipse. Após este eclipse surgiu um enorme anel de luz no céu que se estendia por todos os lugares onde eles já haviam passado.

Este anel era das mais variadas cores, e os demais deuses decidiram então o chamar-lhe arco-íris, como um símbolo de que todo o caminho pode levar a algum lugar, isso só depende do lugar onde se quer chegar.Deste amor nasceu uma linda menina deusa a quem foi dado o nome de AFRODITE, e o céu tornou-se pequeno demais para tanta alegria,tudo passou a ter mais cor, beleza e vida.

Ao ver que tudo que já tinha feito dava errado KAPTSU, passou a  preocupar os demais deuses, sendo visível a sua inveja. KUKUATSO estava a procurar o mais belo presente nos céus para dar a NEFERTINE mas, não conseguia encontrá-lo.Foi ai então que KAPTSU viu a sua grande oportunidade.

Deu um conselho a KUKUATSO, dizendo-lhe que se ele quisesse agradar à sua amada o presente não estava no reino dos céus, ele já havia procurado e não o encontrava. Foi então que KAPTSU disse á KUKUATSO para descer à Terra e que pegasse a mais bela flor,  para dar à sua amada. Ele aceitou, não imaginava que se saísse do  céu não mais poderia regressar.

KUKATSO deu um grande beijo na sua amada e partiu, não demorando muito ele conseguiu encontrar a flor, mas ao ver que tinha sido covardemente  enganado por KAPTSU KUKATSO, por estar entre os seres vivos deu um grande grito e morreu vindo logo a transformar se num enorme lobo.

Ao mesmo tempo, nos céus NEFERTINE deu um grande grito, como não podia morrer estava no céu  transformando-se numa enorme lua cheia, que passou a iluminar a noite, e neste mesmo dia o universo tremeu pela morte dos seus deuses .Vindo a nascer no espaço um enorme buraco negro que passou a sugar tudo ao seu redor.

KUKUATSO passou a ser um lobo, que solitário vagueava pela noite, NEFERTINE passou a ser a lua cheia que ilumina a noite, e toda vezes que KUKUATSO a vê, e dá um grande uivo que corta a noite, ele pode até vê-la, porém, nunca mais vai poder tocá-la.

Quando se ama alguém, arriscamo-nos a tudo na vida!

Entregamo-nos ao mundo, amar ao mesmo tempo é dor e tristeza, se muitos choram por ter perdido um amor, lembrem-se que muitos, como o lobo solitário, nunca mais terão o seu amor para perder.

O que é ser Bombeiro Voluntário?

 

Bombeiro voluntário é um indivíduo que integrado de forma profissional ou voluntária num Corpo de Bombeiros, tem por actividade cumprir as missões destes, nomeadamente a protecção de vidas humanas e bens em perigo, mediante a prevenção e extinção de incêndios, o socorro de feridos, doentes ou náufragos, e a prestação de outros serviços previstos nos regulamentos internos e demais legislação aplicável.

Depois disto que fica dito acima, e se alguém perguntasse a alguém quais são os grupos mais ignorados pelos políticos, a resposta não andaria longe desta: Velhos, doentes e bombeiros voluntários. A estes, deveriam ser acrescentados os supostos animais de estimação!  

Só que os animais de estimação, além de lei a protegê-los, têm muitos donos seus amigos do coração. Segundo a lei sobre os animais de estimação, os seus donos ficam obrigados a garantir o seu bem-estar! Talvez que aos velhos e doentes devesse acontecer o mesmo. Infelizmente, isso não acontece!

Dentro de uma sociedade de puro esbanjamento e com algum constrangimento lemos nos jornais:

1 – Comércio de usados importados sobe 24%!

2 – Em Portugal implica confrontar os portugueses com o seguinte: “meus caros, não podem trabalhar como Napolitanos e, ao mesmo tempo, exigir o estado social dos bávaros!

3 – Multas de trânsito já renderam 33,6 milhões!

4 – Bispo diz que basta de fogos e o que tem sido feito não chega!

5 – O Estado injecta mais de 3 mil milhões em EMPRESAS PÚBLICAS!

6 – Dívida do sector público custa 3067 euros a cada português!

7 – Bancos e Aforradores emprestam mais dinheiro ao Estado!

8 – O Siresp está envolto numa falta de transparência em termos organizativos e de grupo, custos monetários para o contribuinte, interesses pessoais, etc., que o Governo já devia ter esclarecido ao povo português!

9 – O carvalho, parente não muito afastado do eucalipto (dito de direita), que se prepare para ser acusado, também!

10 – O matagal interminável, deve ter uma grande cunha! Ninguém o quer acusar!

11 – Uns certos plátanos, muito viçosos, também estão na graça do senhor! Foram estrategicamente colocados pela autarquia de Mêda, para tapar os cartazes publicitários da oposição. Ficarão completamente protegidos!

12 - As Câmaras e o Governo não fizeram o trabalho de protecção!

13 – Manteve-se a aposta errada, num sistema baseado em voluntários! Então que fizeram as outras classes de bombeiros?

14 – Os bombeiros são carne para canhão! Só se fala nos bombeiros quando acontecem catástrofes. Quando se criam estratégias e comissões para melhor enfrentar os fogos, os bombeiros nem sequer são convidados a participar! Está tudo dito!

15 – Portugal é 6º. nos gastos policiais!

16 – Emigração deixa mais velhos em Portugal! Cuidado com a taxa de desemprego! Segundo trimestre de 2014 o total de emigrantes foi de 907 100! (Claro, no tempo do governo anterior). 

17 - Os bombeiros queixam-se de que a comida que lhes é servida em palco de operações é pouca fria e não tem qualidade. Mais um caso a manchar a debilitada imagem da governante.

 

Que espécies de Corpos de Bombeiros existem?

Nos municípios podem existir os seguintes corpos de bombeiros:
a) Corpos de bombeiros profissionais;
b) Corpos de bombeiros mistos;
c) Corpos de bombeiros voluntários;
d) Corpos privativos de bombeiros.

 

Trabalham arduamente durante horas seguidas, debaixo de temperaturas elevadas, a combater as centenas de incêndios que deflagram no País. Arriscam a vida e recebem como recompensa 1,70€ por hora. São bombeiros voluntários e estão revoltados com a quantia que ganham. A opinião é partilhada por vários soldados da paz e respectivos comandantes das corporações. No entanto, o assunto é visto como delicado e ninguém ousa dar a cara para denunciar a situação. “Recebemos 1,70€por hora. Todos dizem que os bombeiros voluntários têm muitos meios, mas quando temos de combater os incêndios vejo sempre as mesmas caras”.

 

Adaptação a um mundo diferente

 

Para o nosso jovem a vida tinha mudado radicalmente! Vieram, a vida em cafés, o cinema à noite e vizinhos que nunca davam as saudações. Veio o choque de assistir à passagem de funerais sem que as pessoas sequer tirassem o chapéu! Na quinta e suas vizinhanças, as pessoas eram muito reverentes e respeitadoras à passagem de um funeral.

Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, etc., determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e todas as relações saudáveis e harmoniosas.

Ética e moral são temas relacionados, embora diferentes, porque a moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.

A tradição é a transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas, para as pessoas de uma comunidade. Sendo que os elementos transmitidos passam a fazer parte da sua cultura. Para que algo se estabeleça como tradição, é necessário bastante tempo, para que o hábito seja criado. Uma mudança do campo (quinta) para a capital desnorteia por completo e há coisas da infância que nunca morrem e até se avivam.

A ética, a moral e as tradições são valores a conservar como garantia para quem reconhece que a mudança é inevitável numa sociedade composta de seres vivos. As mudanças devem, ainda, ter em conta as maneiras, os costumes e as leis de um povo. Mas, acima de tudo as reformas devem respeitar as tradições envolvidas nas reformas pretendidas. As tradições devem ser também a base de toda a ação política que deve respeitar o princípio sagrado da conservação e da melhoria. A verdadeira cartilha do reformador terá de passar sempre por este princípio que assegura a evolução estável de uma sociedade Ao invés da fidelidade a normas constitucionais, as mais das vezes, tão longe da realidade dos tempos difíceis. 

A sociedade de consumo

 

A partir dos anos cinquenta, por todo o mundo se começou a sentir um excesso de consumo que arrasta um excesso de produção e, logicamente, uma maior oferta de emprego. Isto fez com que, principalmente nas grandes cidades fosse fácil arranjar uma colocação. Por outro lado o interior, de cada país começou por ficar mais despovoado com a fuga dos trabalhadores para as grandes cidades e arredores. Assim aconteceu com o nosso jovem que se foi habituando a gostar da capital. Arranjou amigos ouviu falar de política e fez como dizia Mister Churchill: “Quem aos 18 anos não é de esquerda, não tem coração e quem aos 30 não é de direita, não tem cabeça.”

Também o nosso jovem alinhou na esquerda, principalmente nas tentativas de derrubar um sistema político ao qual chamavam ditadura! Porém, as coisas não são assim tão fáceis, como adiante veremos.

O derrube fez-se e o tal sistema caiu. Contudo de lá para cá foi sempre a pior. O nosso jovem foi-se integrando na vida citadina. Perderam-se as colónias e as muitas riquezas que de lá vinham, ganharam-se centenas e centenas de retornados, logo, começou a sentir-se o desemprego. As qualidades da “democracia” não se fizeram sentir, num povo e numa sociedade mal preparada para a mudança. Fomos muito influenciados, e ainda somos, por idealismos utópicos, em queda no mundo inteiro!

Um país desinformado

 

 Não existe informação na nossa comunicação social,  e muito menos existem estudos profundos e credíveis! Passa-se a vida a discutir palavras adulteradas no seu exacto sentido, por descontextualização. Os nossos telejornais abrem, correm e fecham com polémicas estéreis repetidas dezenas de vezes, fazendo por esquecer os factos reais e as  causas profundas. Ideologias mais que ultrapassadas no mundo de hoje, têm os seus representantes, em contínuo, nas nossas casas, descaradamente sentados à nossa mesa, do pequeno-almoço ao jantar!  

Afirmou-se há meses que algumas famílias não poderão comer bife todos os dias, como faziam antes, e que outras terão de poupar mais.

Disse-se também que se os sem-abrigo aguentam, pessoas que vivem com muito menos dificuldades também podem aguentar

- O Presidente da República declarou que as suas reformas, depois dos “cortes”, não lhe deveriam chegar para pagar as despesas, tendo de recorrer às suas poupanças e às da mulher.

Que passamos a vida a discutir palavras, é uma realidade indesmentível. Outra realidade é que todas estas coisas foram ditas, por quem as disse, com mágoa e triste constatação e os órgãos de informação puseram-nas a correr com o seu real sentido desvirtuado.

Não teria sido muito mais profissional que os senhores jornalistas tivessem aprofundado cada um dos casos que põem a correr, de modo a explicar à população coisas como:

As causas da nossa triste situação, ou como pode alguém que representa o governo mais responsável neste caos, vir falar de “retoques”? Porque aumentam os desempregados? Quais as reformas que temos de fazer e porquê? Como se pode crescer sem dinheiro nem credibilidade externa, agravada pela instabilidade de rua e greves contínuas? Por que motivo toda a gente pode acumular empregos, menos a maioria dos reformados? Que governos compraram tais  automóveis? Causas do desemprego? Descontos feitos param as reformas no sector público e privado? Etc.  

Tenham pena e respeito por este povo, e ajudem quem quer acabar com toda esta triste realidade para onde o país foi atirado com um estranho silêncio da maioria da nossa comunicação social!

A vida na capital

 

Com amigos recentes falavam de tudo, a maioria das vezes, de coisas sem nenhum interesse. Essa sensação foi-o empurrando para uma decisão que ia adiando. Dormia até mais tarde e fazia aquilo que normalmente não tinha feito até então, ou seja, via novelas na televisão. As notícias começaram, invariavelmente, a focar o problema do Iraque e das armas de destruição maciça. Os noticiários davam grande destaque às actividades da ONU. Tanto em zonas de conflitos mundiais, como noutras zonas de grandes carências sociais. Na quinta e arredores, as hipóteses de emprego eram diminutas. A capital tinha-lhe parecido a melhor solução. O mundo era outro, mas não sabia se melhor ou pior.

Porém, com o aparecimento das guerras coloniais e o serviço militar obrigatório na perspectiva, nada mais que empregos precários apareciam! Isto para os jovens, para mulheres era diferente. A viver em casa de tios amigos, os custos eram diminutos, e iam aparecendo empregos a termo. Mais tarde ficou a trabalhar com o próprio tio numa pequena fabriqueta.

Aí, pensou em continuar os estudos à noite e com explicadores. Deste modo tirou os ciclos liceais e pensou no curso de “Agentes Técnicos”.Só sonhos, por que não havia ensinam nocturno! Demais, os institutos comerciais e industriais estavam cheios de alunos vindos do segundo ciclo liceal e os outros (industria e comercio) para entrarem eram obrigados a fazer exames de admissão a todas as cadeiras do segundo ciclo liceal, não ensinadas no ensino técnico. Consistia isto numa protecção às classes mais favorecidas. Sempre a injustiça, no mundo de ontem e de hoje! Assim há-de continuar… o mundo nunca será perfeito aprisionado que está ao Bem e ao Mal.

O nosso jovem encontrou uma jovem com quem começou a conviver diariamente e ia fazer a admissão ao instituto comercial. Entusiasmado lá entrou neste curso médio com ela no ensino nocturno que felizmente existia. Feito o primeiro ano vem a tropa em tempos de guerra. Com sorte acabou por não ser mobilizado para as guerras coloniais, mas, suportou quatro anos de serviço militar obrigatório. Correu o país, e deixou de poder frequentar o ensino em que estava focado.

Empregos só temporários. E esta foi a situação de uma juventude que iria, ainda, ser mais explorada até hoje!

Entretanto os apregoados democratas, conseguiram mudar radicalmente a nossa orientação política e acabar com os tais “fascistas”! Sobre isto se falará mais tarde ….. Por agora só se dirá que o Monstro, está instalado entre nós, vai para quarenta ou mais anos. Nasceu, cresceu e engordou e foi-se deitando em cima dos portugueses, não os deixando quase respirar. Veio para ficar? Impostos e mais impostos!

O Orgulho numa História

 

Decerto que não existiram no país idealizado muitas quintas que se possam orgulhar de ter uma história tão completa, tão interessante, e sobretudo ininterrupta, ao longo da vida do seu país.

A Quinta, situada no centro do país, talvez vinda da pré-história, atravessou a Monarquia, sobreviveu ao Liberalismo, passou pela República, ultrapassou uma Revolução em 1974 e, embora combalida com o aumento dos custos laborais, continuou de pé.  

Se analisarmos a Quinta no tempo que decorreu, podemos rebuscar as suas origens e dos seus primeiros habitantes e traçar as etapas por que passou esta Quinta ao longo de muitos séculos, ao longo dos vários reinados, e até durante várias gerações de algumas famílias que a possuíram, sempre que tal foi possível.

No espaço, procurando estabelecer uma ligação entre os homens que habitaram esta quinta e as suas marcas deixadas no terreno; quer construções, quer culturas agrícolas, algumas das quais, como é o caso da vinha, dos cereais e da oliveira, que ainda chegaram aos nossos dias.

Por força de uma Revolução Liberal ocorrida, foi decretada a extinção das ordens religiosas e a nacionalização das suas casas e bens.  Inicia-se a venda em "hasta pública" dos bens nacionais. A Quinta foi arrematada na Junta da Crédito Público por um cidadão endinheirado.

Os donos vendem a Quinta em 1831- a um oficial que veio da Alemanha, para servir como alferes no Regimento de Lanceiros da Rainha.

Em 1929 um seu familiar continua a exploração da propriedade.

Na entrada do século XX - A Quinta, uma das mais importantes do país, continuava na posse dos descendentes do oficial alemão. Ainda dobrou a primeira metade deste século!

 

A instrução primária

 

A nossa criança não esquecerá nunca o primeiro ano que frequentou a escola primária! A escola era propriedade dos donos da quinta e a professora, devidamente certificada, era paga pela quinta. No final de cada ano, mesmo no primeiro ano da primária, os alunos tinham de deslocar-se a uma distante de 5 quilómetros, onde havia uma escola oficial. Nela num dia só, tinham de fazer uma prova perante um júri!

Naquele ano, como nos outros, a quinta oferecia aos alunos e professora transporte numa galera puxada por dois cavalos. Porém desta vez os alunos e a professora regressaram todos com lágrimas nos olhos e muita tristeza no coração! A criança de que falamos também, embora fosse o melhor da turma.

Por muito que tentassem compreender não conseguiam. Nos dias seguintes os mais velhos murmuravam ter sido o “chumbo” motivado por vinganças políticas! Teria sido verdade, pois o ambiente no país era de vingança com os proprietários, por serem proprietários e terem a sua própria visão. Os outros só desejavam que o Estado tudo controlasse! Disto a nossa criança não se esquece.

Assistia-se a um clima absolutamente insustentável nas escolas: uma tremenda instabilidade emocional com reflexos óbvios e incontornáveis na dimensão pedagógica do ensino; uma incompreensão e desilusão que se aliam a um esgotamento e cansaço colectivo entre os professores que prejudica a sua disponibilidade para a tarefa central que lhes deveria ser exigida.

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