Cem anos após a revolução bolchevique, o PS antecipou as comemorações com uma imitação reles dos julgamentos de Moscovo.
Eurico Brilhante Dias, nome obviamente irónico, declarou à Renascença que a Comissão de Finanças Públicas “cria pânico e desconfiança na execução orçamental; a tradução não faz propaganda e desmascara a “narrativa” económica do Governo. Consequentemente, o nosso brilhante Eurico convida a instituição da Dra. Teodora a fazer uma “reflexão profunda” (tradução; cala o bico), até porque o Parlamento pode rever o modelo do organismo independente (tradução): adeus, independência). Em breves linhas, temos acusação formada, oportunidade de purificação e ameaça de fuzilamento. Bons tempos em que o PS ainda disfarçava os tiques autoritários. Hoje, com as companhias que se conhecem, a brutalidade é sem disfarces. Tenham medo, tenham muito medo.
A honestidade é a compostura, decência e moderação, da pessoa, das suas acções e palavras. É a condição básica para aspirar converter-se num homem íntegro. Sem isso, não pode haver objectividade, imparcialidade e por fim justiça.
O conjunto de aptidões morais baseadas na honestidade é o que forja a conduta ética imprescindível para cada contacto, cada relação, em qualquer momento.
Consideramos que uma pessoa enquanto ser humano, deve ser honesto consigo mesmo, com os que dirige, com os seus companheiros, com toda a sociedade.
Honesto consigo mesmo a partir de uma sincera autocrítica, sabendo ouvir, admitindo os seus erros e tentando corrigi-los.
Certas atitudes de pessoas, muitas vezes com dois empregos num país a braços com enormes dificuldades, levam à reacção dos órgãos de comunicação social e à sua própria perda de respeito por parte da população!
DOMINADA A TROCO DE ESMOLAS, PELO PODER POLITICO? NUNCA:
As "Redes Sociais"
É dado adquirido que algum poder político passa pelos partidos, não todo. Felizmente.
A “Sociedade Civil” pode e deve de ter uma parte desse todo, se perceber que o deve agarrar. Segundo acreditados estudiosos desta matéria, as estruturas mediadoras da sociedade civil são essenciais para a vitalidade de uma sociedade democrática.
Em livro publicado, Dahrendorf associou a sociedade civil a grupos de activistas ao serviço das ONG, e definiu estas como a totalidade das organizações e instituições cívicas voluntárias que formam a base de uma sociedade em funcionamento, por oposição às estruturas apoiadas pela força de um Estado (independentemente de seu sistema político).
São, ainda, estas organizações também conhecidas por pelotões, que englobam “associações voluntárias em geral, clubes, bombeiros, corporações” e muitas outras instituições civis. Podem e devem ainda englobar as famílias, a vizinhança e as igrejas.
Está também demonstrado que nas regiões onde elas existem e são vivas, livres e participativas, tais regiões se tornam mais desenvolvidas, ricas e prósperas.
Nos últimos tempos este conhecimento levou a que algum “Poder Local e Central” tivessem reconhecido o seu alto mérito, aglutinando-as em “Redes Sociais” directamente controladas pelo poder político, quando na sua função essencial elas devem existir e moverem-se na horizontal sem tutelas alheias.
Cabe agora fazer o diagnóstico desta situação, citando para tal James Madison no seu federalist paper n.º 51:
Se os homens fossem anjos não seria necessário haver governo. Se os homens fossem governados por anjos, não seriam necessários sistemas de controlo sobre o Poder Político eleito, nos governos e autarquias. Isto serve para dizer que a experiência ensinou aos homens que são precisas precauções adicionais, face ao poder político.
Lamentavelmente, sabe-se que a maioria das ONG vive hoje em profunda e promíscua associação com os Estados, Autarquias e os seus orçamentos.
Mesmo sabendo que a espontânea colaboração de homens livres dá frutos maiores do que a mente das pessoas alguma vez pode imaginar, não poderemos esquecer que os “tais anjos da política”, por vezes, se transformam em “demónios”e deixam cair a democracia em roda livre.
A referida promiscuidade assenta muito na vontade do poder político pretender domesticar o voto dos eleitores, diariamente influenciados por estes seus servidores e, por outro lado, nas necessidades prementes das ONG para acudirem às suas múltiplas despesas.
Ora, a legislação existente diz claramente, nas competências atribuídas às autarquias:
"Apoiar ou comparticipar, pelos meios adequados, no apoio a actividades de interesse da freguesia, de natureza social, cultural, educativa, desportiva, recreativa ou outra."
Compreende-se que é função do poder político apoiar as ONG, sem necessidade que estas lhe estendam a mão, e ainda se compreende melhor que ninguém pode ser discriminado por não o fazer.
Percebe-se desta forma a razão porque os respeitados e influentes “pelotões” (ONG ) não podem aceitar o fardo de estarem submetidos a uma política em rede verticalmente estruturada de cima para baixo e sob o controlo do poder político. Assim ficam em situação desfavorável para depois dos seus vibrantes desempenhos e normas de empenhamento cívico, poderem servir de controlo à acção do poder político.
A comunidade cívica (ONG) que se distinguir mais por uma cidadania activa e por um espírito público de controlo, acaba por ser discriminada ficando de fora na atribuição de subsídios dados pelas autarquias (dinheiro do povo e para o povo).
São os demónios à solta, discriminando e desconhecendo que a própria União Europeia, desde a sua criação, fez da luta contra a discriminação, uma das missões mais urgentes.
Finalmente, também expressou a sua convicção de que as organizações da sociedade civil desempenham um papel essencial de intermediário entre as instituições e os cidadãos, corrigindo inconvenientes promiscuidades do poder político.
Que haja unidade no todo, mas sem o uso de anestesia ao que recebe.
Um dos maiores vultos desta região, que foi Tomás Ribeiro, refere no seu trabalho poético Mensageiro de Fez, e na sua parte terceira:
“ E consta que d´ algemas e cadeias
O vencedor humano (CID )
Livrando a gentil moura conduzira
A casa onde pousava: a KARA - a - CID (Carnaxide)
E pouco mais transpira".
Esta é uma referência a uma bela jovem moura, KARA - a - CID, que estaria na origem do nome Carnaxide.
Outras fontes apontam como etimologia para o nome desta terra, evolutivamente CARNECHIDE, CARNEXIDE e Carnaxide, a palavra CARNAXADE que significa em árabe ponta de ovelha.
Não será pois de estranhar que se possa supor ter a povoação de Carnaxide origens árabes, remontando à sua antiga dominação do território peninsular.
Sabe-se já com segurança que esta povoação e a sua freguesia, começaram por pertencer ao concelho de Lisboa e posteriormente ao de Cascais, tendo finalmente passado a pertencer ao concelho de Oeiras quando por influência de Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Marquês de Pombal, D. José criou este concelho em 26 de Abril de 1760.
A 26 de Setembro de 1895 o Concelho de Oeiras foi, como já vimos, extinto por decreto do ministro João Franco, então ministro do Reino do Governo Regenerador, procedendo-se a uma nova ordenação político administrativa para o distrito de Lisboa. A freguesia de Carnaxide passa então a pertencer ao Concelho de Cascais.
Ele, POVO, sabe aquilo que os pseudo iluminados, fazedores de opinião, fingem não saber.
Conhece na sua terra o modo como aqueles que dominam as estruturas partidárias locais, fecham o partido à sociedade para se apropriarem de uma infinidade de interesses. Interesses esses que são os grandes responsáveis pela degradação da classe política. Também sabe de outros grandes interesses representados por alguns senhores do seu burgo, que ele bem conhece, em promíscua relação de cumplicidades negociais com o poder, central, regional ou local.
Percebe, por fim, que os dois tipos de interesses que enxameiam os partidos, grandes e pequenos, degradam o regime, retirando-lhe eficácia e desta maneira arruínam o País. Percebe tudo isso melhor que a enorme multidão de iluminados que pulula nos órgãos de informação, pois percebe que castigar dois ou três arguidos, antes de condenados, de quem por vezes o POVO gosta, nunca resolverá problema algum, bem pelo contrário.
Os agentes de tanta sabedoria, em exclusividade, e pretensos tutores dum povo cada vez mais empobrecido, só não querem perceber que são exactamente os “ Aparelhos Partidários” os causadores de tudo isto! Os causadores das negociatas, da promiscuidade política e do baixo nível em que se encontra a política em Portugal. Claro que há quem se aproveite desta situação, alguns até se chegam a considerar donos da Pátria, chamando de reaccionários àqueles que sentem vergonha e denunciam tudo aquilo que faz os patrões do “sistema” taparem os olhos para não ver.
Quem ousa constituir em arguidos os membros dos Aparelhos partidários? Ninguém! Porque será? Porque será que o órgão “Aparelho” não consta dos estatutos de qualquer partido e ninguém sabe sequer os nomes dos seus membros, mas que, afinal, são eles quem tudo controla no partido, na política, nos negócios e no País? Porque será que qualquer político que a ele (aparelho) não se submeta é literalmente afastado ou constituído arguido, mesmo com o povo do seu lado? Os mansos, os dóceis, os inócuos, os corruptos que servem com desvelo o Aparelho, esses, nunca sabem o que é ser arguido! São os candidatos ideais para o aparelho, mesmo sem terem o agrado da população!
Toda e qualquer pessoa, precisa de sentir, de uma forma bem definida, uma identidade pessoal relativamente à sua nacionalidade, família, local de habitação, emprego, clube de eleição, religião etc.
Tudo isto e muito mais coabitam em nós próprios, formando um todo, a nossa identidade, dando a toda a gente, sem sombra de dúvida, uma grande consistência moral e comportamental. São as nossas referências que por regra, em grande parte, já nos vêm, em muito, dos nossos antepassados.
Muitas delas são-nos transmitidos de forma genética ou pelo convívio e educação escolar e familiar, mas todas podem, e devem, ser alimentadas e estimuladas, até combatidas.
No que concerne ao nosso local de habitação, venha ele do nascimento ou tenha sido eleito outro por nós mais tarde, tudo se passa da mesma forma.
No caso concreto que escolhi, a Freguesia de Queijas, ela ganhou identidade própria há meia dúzia de anos, logo, necessário se tornou ir mais longe em busca da verdadeira identidade das suas raízes.
Porque, de longa data, sempre pertencemos à antiga Freguesia de Carnaxide, velhinha de muitos séculos, se quisermos cavar bem fundo vamos encontrar as raízes que procuramos no nascimento da nossa própria nacionalidade. Pois é, não há exagero algum. Depois, relativamente ao nosso concelho, as referências são mais tardias, mas andam quase sempre pelo concelho de Oeiras.
Por todas estas fases passou este antiquíssimo Lugar de Queijas, e teve que ser assim, até chegarmos a Queijas Paróquia, Freguesia e Vila!
Não há muita informação disponível sobre um universo de muitos séculos, no qual foi vivendo o território da nossa Freguesia, mas é de absoluta justiça falar daquele que nesta matéria nos deu uma enorme ajuda. Deixar de tecer um grande elogio àquela figura que, na minha opinião, mais pugnou por conhecer as nossas referências e em simultâneo mais se bateu pela solução dos enormes problemas que sempre foram afligindo as gentes da antiga Freguesia de Carnaxide, seria de todo injusto.
Foi essa grande figura humana e eclesiástica, o Pie Francisco dos Santos Costa, que nos legou uma publicação de grande dimensão, O Santuário da Rocha - Coração de Carnaxide. Legou-a a todos aqueles que amam a velha freguesia de Carnaxide, que hoje se espalha pelas freguesias de Carnaxide, Queijas, Linda - a - Velha, Algés e Cruz - Quebrada - Dafundo.
Como habitante de Queijas, vai para 40 anos, é desta maneira agradecida que sinto todo o trabalho que ele nos deixou, não esquecendo também todos aqueles que a ele acrescentaram qualquer contributo, para nós tão importante.
Todavia a realidade surgida com o aparecimento da Freguesia de Queijas, da sua Paróquia e Vila, veio trazer uma nova identidade e um novo sentimento aos habitantes desta circunscrição, para tal, não devemos esquecer que muitos até já nela nasceram.
Tentei pois actualizar factos com uma história riquíssima, desta vez circunscritos à Freguesia de Queijas, que como um filho nasceu da velhinha Freguesia de Carnaxide.
Servi-me do trabalho que outros primorosamente fizeram, mas também vos digo que esteja onde estiver, muito feliz ficaria se este trabalho por mim assinado, puder ajudar alguém a dar-lhe continuidade na história desta terra que já tantos amam como sua.
A vida ensina-nos que factos escritos como actuais, com o tempo decorrido, logo perdem actualidade, e por isso, carecem ser enriquecidos com outros mais marcantes, por comportarem uma vivência mais vasta e próxima de nós, seres ainda vivos.
Foi pois esse trabalho que quis escrever e deixar como legado a toda a população da Freguesia de Queijas. Na vida tudo muda, e o amanhã pode voltar a colocar tudo, ou quase tudo, como estava anteriormente! Existem factos de uma tal relevância a condicionar o futuro, que teremos de os aceitar para não travarmos esse futuro, desde que ele seja no interesse geral dos cidadãos.