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O ENTARDECER

O ENTARDECER

PALAVRA DO SENHOR

Assunto: FW: DEUS TINHA RAZÃO...
 
Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem, decidiu conceder-lhes apenas duas virtudes.  Assim:
- Aos Suíços fê-los estudiosos e respeitadores da lei
- Aos Ingleses, organizados e pontuais
- Aos Argentinos, chatos e arrogantes
- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados
- Aos Italianos, alegres e românticos
- Aos Franceses, cultos e com charme
- Aos Portugueses, inteligentes, honestos e políticos
O anjo, que secretariava as decisões de Deus, anotou… mas logo de seguida, cheio de humildade, e medo, indagou:
- Senhoras, a todos os povos do mundo foram concedidas duas virtudes; porém, aos portugueses, o Senhor enunciou três ! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da Terra?
- Muito bem observado, bom Anjo! Exclamou o Senhor... Isso é verdade!
- Façamos então uma correcção! De agora em diante, os portugueses, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas… nenhum deles poderá utilizar mais que duas simultaneamente – como os demais povos! Toma nota…·Assim:
- o que for político e honesto, não pode ser inteligente.
- o que for político e inteligente , não pode ser honesto.
- e o que for inteligente e honesto, não pode ser político !

“Palavra do Senhor”

 

 

 

 

“Fichas falsas chegam a tribunal”

 

“ O PSD está preocupado com as consequências políticas de um caso de falsificação nas inscrições de novos militantes em Viseu”.       

 

Expresso 26 Outubro 2002

 

Não é possível encontrar justificações técnicas, mais ou menos elaboradas ou fundamentadas, pois a motivação é só uma: a defesa de interesses. Grandes e pequenos. Quando a fera mata a presa para comer, tarde ou cedo irão aparecer os abutres e outros predadores a aproveitar os restos, que para eles são um rico manjar.

 

Os interesses têm, assim, um leque muitíssimo variado, que vão dos poderosos aos pequenos e mesquinhos interesses. Parece ser evidente que os grandes são a razão de ser das facções, dos barões, dos grupos, das tendências, dos «lobbies» etc. Os pequenos são a pequena corrupção, os lugares nas juntas, nas câmaras, a protecção no emprego, o emprego para o filho etc.

 

Servem para motivar e comprar os indivíduos de mais baixa formação moral. Com este quadro, dentro de um partido não podem haver valores. Haverá somente um quadro negro de imoralidade, impossível de caber em quaisquer tipologias do quadro Panebianco.

 

Os militantes que não desistam de ser honestos, aqueles que se conduzam por valores, ou até os outros que insistam em pensar nos problemas das populações, são pura e simplesmente esmagados.

 Não é por acaso que Portugal continua na cauda da Europa, apesar das ajudas comunitárias.

 

É porque sem valores, as conquistas não passam de vitórias de “ Pirro “! Tenho vasculhado tudo, procurado por todo o lado, sempre na tentativa de encontrar respostas para as minhas dúvidas. Sempre na tentativa de perceber o que se passa no meu país. Nunca tive medo, muito menos quando sinto estar a encarnar a verdade. A verdade que procuro, faço-o porque me repugna a mentira e o oportunismo.

 

Não sou ingénuo, sei aquilo que certas forças são capazes de fazer a um ser humano como eu, sem proteccionismo de grupos elitistas, a quem as figuras importantes da nossa praça se vergam e tecem elogios. Atrás tive a coragem de afirmar que nos actuais partidos políticos, tudo se move por dinheiro e interesses de vária ordem. Os valores desapareceram.

 

É isso exactamente que é afirmado no livro de Manuel Villaverde Cabral!

 

 “ Não têm ideologia e parecem-se cada vez mais com os tempos da Ditadura”!

 

Tenho pena, muita pena, que a maioria do povo nem disto se aperceba. Se de tal tomasse consciência iríamos assistir, a grandes convulsões sociais. De facto hoje, os partidos, como atrás dissemos, em nada se preocupam, ou muito pouco, com os problemas sociais.

Por último parece ser agora oportuno perguntar se de facto o poder reside dentro dos partidos?

Desta vez, arrisco afirmar negativamente, deixando de vogar, antes, assentando os meus pés numa rocha maior que acabo de vislumbrar.

Tudo faz acreditar que os partidos, são somente o “ local “onde, as tais grandes redes clientelares e os «lobbies», representando todo o tipo de interesses, se juntam para, à cotovelada e ao empurrão conseguirem, “legalmente” , um lugar à mesa posta para o «grande banquete», no qual se esqueceram de pôr cadeiras para o povo .

 


 

" Tragédia Indescritível"

 

 

A noite do próximo passado 25 de Novembro ficou marcada na história do nosso Patriarcado a letras de sangue. Quem não se encontrasse realmente ou ao menos por acaso na zona do verdadeiro dilúvio, dificilmente se dará conta do que aquilo foi; os que vivemos aquelas horas amaríssimas ficaram habilitados a perceber algo da velhíssima página bíblica do tempo do patriarca Noé: chuva torrencial e demorada, vento invulgar e estranho, ruídos esquisitos de que não se podia verificar a procedência. Daí a pouco, os pequenos cursos de água, como o JAMOR, de junto do qual escrevemos, em pouco mais de uma hora, subindo a alturas impensáveis e tudo tragando à passagem com um barulho infernal; corpos passando nas águas lamacentas, carros e árvores, etc., gritos de dor humana, característicos clamores dos pobres animais, tudo enfim formava um autêntico pandemónio em meio de densas trevas.

Nesta zona, para cúmulo, e como a não deixar despedir-se sem mais aquelas a escuridão da terrífica noite, há um enorme estampido - era um paiol que rebentava, tudo rebentando num raio de vários quilómetros.

 

O forte do Carrascal explodiu

 

E foi o segundo acto da tragédia que, se não imolou vidas humanas, a poucas terá deixado sem graves prejuízos.

Para completar o pânico que se apodera de muita gente que, durante dois inesquecíveis dias, caminha pelas estradas e caminhos sem rumo certo. Não terá sido possível alertar inteligentemente as populações que se sabia correrem risco? Não sabemos, mas o que afirmamos é que tudo isto foi trágico!”              

 

No dia seguinte de manhã era a desolação total. O autor destas linhas foi testemunha do pavoroso rescaldo na margem direita do JAMOR, da Rocha ao Estádio Nacional, onde as águas ainda quase tapavam as enormes árvores daquela área desportiva!

Por ali jaziam meio enterrados na lama, seis cadáveres e muitos animais trazidos pelas fortes enxurradas. A Gruta da Rocha ficou quase toda enterrada na lama e no Santuário os vidros estavam todos partidos. Altares e imagens destruídos, as paredes e tetos do Santuário com enormes rachas por onde escorria água no dia seguinte. Umas dezasseis barracas da modesta gente da Rocha, foram levadas pelas fortes e largas torrentes do JAMOR.

O forte do Carrascal, onde tantas vezes, durante a noite, o autor comandou a sua guarda em tempos de serviço militar obrigatório, viu os seus paióis enterrados no chão, serem infiltrados pelas águas da chuva originando uma explosão em cadeia.

Com estragos tão avultados a que urgia pôr cobro, como poderia nos tempos mais próximos alguém pensar nas próximas festas de 1968, até aí primeiro objectivo da Irmandade.

Tudo se alterou e as vontades viraram-se por inteiro para tão grandes, como urgentes, trabalhos de recuperação dos enormes estragos. Em primeiro lugar acudindo aos desalojados que na Rocha eram cerca de vinte famílias sem abrigo. As portas do velhinho Santuário abriram-se então para albergar tanta gente de mãos vazias, os seus filhos e os parcos haveres não engolidos pelas águas em fúria.

Só depois a Irmandade pensou na recuperação dos estragos no Santuário e áreas circundantes tão duramente atingidas.

Foram tempos de duras canseiras, de muito bater a portas amigas, de empresas da região e autoridades locais, para aos poucos e poucos se conseguir reaver e reconstruir o muito que se tinha perdido.

Só assim foi possível, em Fevereiro de 1968, inaugurar dezassete casinhas em «LUSALITE» e nelas alojar outras tantas famílias que ainda dormiam no Santuário.

Face a tanto sofrimento e canseiras de ordem social, a Irmandade ponderou, e com toda a justeza, fazer chegar ao conhecimento público, não ser possível levar a efeito nesse ano de 1968, a tradicional romagem de fim de Maio, no Santuário da Rocha.

A actividade da Irmandade foi crescendo de ritmo e podia-se ler em cuidado opúsculo tornado público para anúncio das festas de 1969, a seguinte nota de abertura:

" Para quem queira sinceramente descerrar as pálpebras não é possível deixar de verificar a grande transformação porque tem passado a nossa Rocha nos últimos dois anos: o jardim passou de MONTUREIRA a ambiente verde, limpo, sadio e a luz felizmente chegou; o venerando templo acusa o sacrificado dispêndio de largas dezenas de contos de réis, que ao menos susterá a impressionante por que acelerada marcha que vinha fazendo para a ruína, conquanto ainda esteja longe de alcançar o pleno restauro; o ambiente pobre e abandonado das míseras habitações que por lá ainda restam infelizmente, pode ser algo atenuado com a apressada e provisória solução das «LUSALITES» que a nossa Irmandade fomentou com alguns auxílios oficiais e particulares.

Era pois, chegada a hora de as nossas bem antigas Festividades se restaurarem, dever máximo e grave que à mesma Irmandade incumbe, desde a primeira hora da sua existência, (19/09/1883) segundo os seus Estatutos".

(….) Não esperamos nenhuma outra recompensa terrena, senão que todos que até nós vierem se há-de admirar e comprazer. Todos à uma deveremos, convicta e euforicamente, assim o cremos, exclamar: - Temos finalmente, e com toda a verdade, umas Festas! É o que mais cordialmente possível a todos deseja, “A Irmandade".

 

Que ninguém pense que se descuidou o lado social dos festejos; voltaram os arraiais, os foguetes e o folclore, os concertos musicais e mesmo as típicas CAVALHADAS portuguesas.

Os arranjos do templo, tal como fora dele, continuaram até chegarem os anos setenta. A Irmandade lá vai fazendo as tradicionais festas da Rocha e cuidando do seu Santuário, arranjando o cata-vento da torre, limpando as cantarias e a gruta, caiando e rebocando as frontarias, pintando portas e janelas etc.

A verdade é que as obras se tornam cada dia mais caras e os proventos das festas vão dando cada vez menos para as necessárias benfeitorias.

Decorridos que começam a estar os cento e cinquenta anos do Aparecimento da Imagem da Santa valerá a pena analisar um balanço dos últimos anos, não com os nossos olhos mas com os olhos do próprio Padre capelão do Santuário:

 

" É patente aos olhos de todos que de há alguns anos a esta parte a região em que vivemos tem passado, nalguns aspectos pelo menos, por uma certa transformação; e como a freguesia o nosso querido Santuário que lhe está no centro, no coração, a bem dizer. Já não é uma velha zona abandonada; já não são antigas construções e esquecidos os seus templos.

Pensamos neste momento no nosso Santuário: enquanto viveu o rev. Capelão José G. Ferreira, esteve ele zelado e bem cuidado. Com a sua morte, podemos dizê-lo, mais uma crise se abre na vida do Santuário e em bem pouco tempo terá contribuído para a sua atenuação a presença nas suas dependências duma colónia de férias de Lisboa, cujas crianças beneficiadas, dada a sua proveniência do sobejamente conhecido então bairro da CURRALEIRA, eram das que não poupam nem pessoas nem coisas. Isto além de outras ocorrências vistas neste período em referência. Em 1966 estava o Santuário profundamente afectado, digamos, no seu corpo e na sua alma!" (….. )

 

CAPELINHA DE S: JOÃO BAPTISTA

 

A capela de S. João Baptista, em Linda-a-Pastora, é um templo de dimensões modestas e traça arquitetónica simples que sofreu ao longo do tempo importantes alterações.

O atual edifício poderá ter sido uma reconstrução pós-terramoto de 1755. É de notar que este pequeno templo, padece de um desvirtuamento arquitetónico devido à construção de anexos.

Mas a história desta capela deste multisecular lugar de Linda - a - Pastora, tão carinhosamente cantada por Almeida Garrett, Tomás Ribeiro e Cesáreo Verde, arrastava-se num doloroso problema que era a precária situação da sua legítima propriedade.

"Esta linda capelinha que os antepassados ergueram em honra de S. João Baptista, a quem pertencerá? A quem pertencerá com efeito aquele tão antigo lugar sagrado? Ao povo?"Pergunta de novo o Pe. Santos Costa, que continua;

 "À paróquia ou à Diocese? Pois, parece que não, mas sim à Junta de Freguesia desde as famosas liberalidades de 1910. Sabemos que a Junta se não compraz em nada com aquela escaldante e irresponsável posse. Porque se espera ainda? Onde terão parado os ofícios que há já dois anos começaram sobre o caso a deslizar?"

 

Vamos, pois, continuar o relato da situação da capelinha, feito no livro do Pe. Francisco dos Santos Costa;

 

"Infelizmente, aquele feliz estado de coisas (melhorias várias na vida paroquial) não seria de longa duração, sabido de todos que ainda antes do fim do século passado começa o retrocesso que havia de culminar com os acontecimentos revoltantes de 1908 - 1910 e a fúria da «liberdade» dos anos que se lhe seguiram. A provação atingiria principalmente o Pe. António da Fonseca que para aqui veio paroquiar em 1904, as outrora florescentes Irmandades que foram espoliadas e extintas; o templo de Linda - a - Pastora (que foi roubado) e da própria paroquial que foi encerrada e prejudicada pelo menos nos seus anexos."

Duma forma geral o ano de 1968 apresentou-se repleto de dificuldades de toda a ordem. Talvez em consequência de no final de 1967 esta região ter sido atingida, não por uma, mas por duas catástrofes  na mesma noite.

Foram as terríveis inundações e, quase sobre a madrugada do dia seguinte, a brutal explosão do forte do Carrascal. Primeiramente foi urgente acudir a tantas famílias, que perderam todos os seus haveres e, em muitos casos as próprias  vidas. Depois, reparar os estragos provocados pela explosão no Forte do Carrascal.

A Pressão Interna nos Partidos

“ À medida que a sociedade avança, os factores de distorção do nosso regime são cada vez mais notórios e mais limitativos do exercício da democracia representativa, tal como foi pensada e praticada, durante anos e anos, nas mais diversas nações.

Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos. De um lado, os pequenos interesses, representados por aqueles que dominam as suas estruturas e as fecham à sociedade e, do outro, os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder, seja ele central, regional ou local. Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política. Os segundos, por decisões, cujo principal pressuposto não é o interesse público, mas sim outro, normalmente antagónico. Um e outro degradam o regime, retiram-lhe eficácia e prejudicam sobremaneira o regime. “

Se pensarmos que os partidos são o alforge dos políticos destinados a pôr em prática as políticas representativas do melhor para o país e para os portugueses. Se pensarmos que estes mesmos políticos, muitas vezes, aparecem nestas posições apoiando-se em procedimentos do género exemplificado nas transcrições que fizemos.

 

Acaba por crescer em nós um sentimento de grande desilusão.

 

A situação é deveras comprometedora para o país e para a classe política e toda a gente com responsabilidades na governação finge não saber!

FiIguras políticas da nossa governação, colocadas perante situações de fraudes praticadas por pessoas da sua esfera de influência, na presença de centenas de militantes, preferiram defendê-los e defender-se. A verdade não conta, mesmo quando se apregoam virtudes ao País!

 "O líder da distrital do PSD de Lisboa, Pedro Pinto, vai ciar um grupo para tomar medidas contra a "compra" de votos em eleições internas. A decisão surge depois de relatos de transporte de militantes para irem votar. "

CM - 22- Julho-2017

 

“ Os partidos e os interesses “

“ À medida que a sociedade avança, os factores de distorção do nosso regime são cada vez mais notórios e mais limitativos do exercício da democracia representativa, tal como foi pensada e praticada, durante anos e anos, nas mais diversas nações.

Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos. De um lado, os pequenos interesses, representados por aqueles que dominam as suas estruturas e as fecham à sociedade e, do outro, os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder, seja ele central, regional ou local. Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política. Os segundos, por decisões, cujo principal pressuposto não é o interesse público, mas sim outro, normalmente antagónico. Um e outro degradam o regime, retiram-lhe eficácia e prejudicam sobremaneira o regime. “

Se pensarmos que os partidos são o alforge dos políticos destinados a pôr em prática as políticas representativas do melhor para o país e para os portugueses. Se pensarmos que estes mesmos políticos, muitas vezes, aparecem nestas posições apoiando-se em procedimentos do género exemplificado nas transcrições que fizemos.

 

Acaba por crescer em nós um sentimento de grande desilusão.

 

A situação é deveras comprometedora para o país e para a classe política e toda a gente com responsabilidades na governação finge não saber!

FiIguras políticas da nossa governação, colocadas perante situações de fraudes praticadas por pessoas da sua esfera de influência, na presença de centenas de militantes, preferiram defendê-los e defender-se. A verdade não conta, mesmo quando se apregoam virtudes ao País!

 "O líder da distrital do PSD de Lisboa, Pedro Pinto, vai ciar um grupo para tomar medidas contra a "compra" de votos em eleições internas. A decisão surge depois de relatos de transporte de militantes para irem votar. "

CM - 22- Julho-2017

 

Finalmente que democracia tem Portugal?

 

Na chamada “Ditadura” , também havia eleições , porém os candidatos quase não tinham adversários e os actos eleitorais eram autênticas farsas. Hoje, no chamado regime “Democrático” as eleições são limpas, só que o jogo sujo é feito como anteriormente.

 

O “Sistema” e os “Aparelhos dos Partidos”, põem os eleitores a votarem em candidatos escolhidos a dedo. Não pelo seu mérito, mas pelo grau de comprometimento com os interesses que de facto os nomeiam.

 

Vale a pena ainda e mais uma vez citar Rui Rio no seu livro “A Política in situ”:

 

“ Não será verdade que quanto mais fraco o poder for, menos concorrido é e, por isso, não nos podemos espantar da crescente abundância de mediocridade.

É por tudo isto que à pergunta “ o 25 de Abril ainda existe”, respondo que existe cada vez menos. Porque à pergunta “que controlo democrático tem hoje o cidadão sobre os reais poderes da nossa sociedade? “, respondo também desapontadamente, que tem cada vez menos controlo.

No dia de hoje, seria politicamente correcto dar vivas ao regime. Entendi não o fazer, porque julgo que sirvo melhor o 25 de Abril se fizer o contrário: se, em nome da democracia, apontar o caminho errado que tudo isto está a seguir.”    

 

         RUI RIO

O LODAÇAL DAS SUSPEITAS

Uma sociedade aberta é, por definição, uma sociedade transparente, no caso português a evolução está a ir no pior sentido.

Assim, somos obrigados a concluir que o lodaçal das suspeitas na sociedade portuguesa se vai adensando e a propósito da reforma fiscal, então a ser discutida, Pedro Ferraz da Costa fez esta afirmação à Lusa:

“Toda a gente sabe que grande parte das despesas confidenciais das empresas têm a ver com verbas que elas têm que avançar «por fora» para obterem todo o tipo de licenças relacionadas com obras, toda a gente sabe e, aparentemente, ninguém se indigna. De resto era a segunda vez, pelo menos, que Ferraz da Costa aludia ao mesmo assunto: “ a existência de corrupção e tráfico de influências nos órgãos decisores do Estado e da Administração Pública.”

Trata-se de uma denúncia vaga, sem dúvida, e com destinatários indeterminados. Mas não pode senão estranhar-se a naturalidade com que ela foi feita e a indiferença com que foi recebida. Ferraz da Costa deve saber do que fala e de certo não se eximiria a apresentar a quem lho pedisse (policias ou tribunais) casos concretos de que tem conhecimento e as circunstâncias em que eles ocorreram. Seria um inestimável contributo para a necessária e tão apregoada transparência. Seria ainda uma óptima oportunidade de prestar um serviço valioso à democracia portuguesa e á política, as quais ameaçam soçobrar no tal lodaçal de suspeitas que toda a gente alimenta, mas ninguém, sabendo do que fala, se dá ao trabalho de provar,”. Estamos a citar noticia publicada.

As suspeitas sobre os políticos são uma constante. Com ou sem razão. A maneira como os processos são encerrados só aumenta o adensar das crescentes suspeitas.

 

 

 

 

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