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O ENTARDECER

O ENTARDECER

AS FORÇAS DE BLOQUEIO

 

Quem ouvir os noticiários, ler os jornais e alguns livros e for ouvindo os telejornais, procurando estabelecer uma relação entre as notícias, depara certamente com acontecimentos aparentemente sem lógica, mas que se percebe não acontecerem por acaso, tal o grau de eficiência que existe na sua execução.

 

É como se um conjunto de pessoas, não expostas, mas muito influentes, através de um complicado sistema de cordelinhos conseguissem encaminhar todos os acontecimentos a seu belo prazer, supõe-se também que com vantagens próprias asseguradas.

 

Do real ao imaginário, podemos visualizar um rio, daqueles com água muito transparente e fria, naturalmente pouco profunda. A sua torrente vai esbarrando nas imensas pedras espalhadas no seu leito, sem que a água nunca as cubra. A leveza que proponho, física e mental, vai permitir, que saltemos de pedra em pedra, quase sem nelas fazermos peso. Sempre que o nosso pé toca numa pedra, pisamos a realidade. Enquanto saltamos, percorremos o imaginário.

Provavelmente, tudo não passará de simples coincidência, ou mesmo de pura alucinação, com certeza provocada pelo “stress” com todos os seus efeitos colaterais geradores de desconfianças, fraquezas, mal entendidos e especulações, mas, mesmo assim, vale a pena pensar, evitando a castração do melhor que Deus nos deu, que foi o recurso ao pensamento.

Naturalmente que se forem coincidências, também não vem grande mal ao mundo, estaremos então a entrar no campo da pura ficção, que de certo modo nos fará esquecer outras preocupações mais reais e nefastas para a nossa saúde e bem-estar psíquico.

Ninguém duvidará da honestidade e competência de ninguém, contudo, ficou sempre por esclarecer o que eram e de onde vinham as ditas forças de bloqueio. Acredita-se que elas existiram e continuarão sempre a existir. Tinham e têm, sobretudo, uma ação bloqueadora terrivelmente nefasta! Estarão, também, as mais das vezes, ao serviço do mal!

 

 

O POVO E OS "APARELHOS" PARTIDÁRIOS

Ele, POVO, sabe aquilo que os pseudo iluminados, fazedores de opinião, fingem não saber.

Conhece na sua terra o modo como aqueles que dominam as estruturas partidárias locais, fecham o partido à sociedade para se apropriarem de uma infinidade de interesses. Interesses, esses que são os grandes responsáveis pela degradação da classe política. Também sabe de outros grandes interesses representados por alguns senhores do seu burgo, que ele bem conhece, em promíscua relação de cumplicidades negociais com o poder,  central, regional ou local.

Percebe, por fim, que os dois tipos de interesses que enxameiam os partidos, grandes e pequenos, degradam o regime, retirando-lhe eficácia e desta maneira arruínam o País. Percebe tudo isso melhor que a enorme multidão de iluminados que pulula nos órgãos de informação, pois percebe que castigar dois ou três arguidos, antes de condenados, de quem por vezes o POVO gosta, nunca resolverá problema algum, bem pelo contrário.

 

Os agentes de tanta sabedoria, em exclusividade, e pretensos tutores dum povo cada vez mais empobrecido, só não querem perceber que são exactamente os “ Aparelhos Partidários” os causadores de tudo isto! Os causadores das negociatas, da promiscuidade política e do baixo nível em que se encontra a política em Portugal. Claro que há quem se aproveite desta situação, alguns até se chegam a considerar donos da Pátria, chamando de reaccionários àqueles que sentem vergonha e denunciam tudo aquilo que faz os patrões do “sistema” taparem os olhos para não ver.

 

Quem ousa constituir em arguidos os membros dos Aparelhos partidários? Ninguém! Porque será? Porque será que o órgão “Aparelho” não consta dos estatutos de qualquer partido e ninguém sabe sequer os nomes dos seus membros, mas que, afinal, são eles quem tudo controla no partido, na política, nos negócios e no País? Porque será que qualquer político que a ele (aparelho) não se submeta é literalmente afastado ou constituído arguido, mesmo com o povo do seu lado? Os mansos, os dóceis, os inócuos, os corruptos que servem com desvelo o Aparelho, esses, nunca sabem o que é ser arguido! São os candidatos ideais para o aparelho, mesmo sem terem o agrado da população!

 

António Reis Luz

 

OVELHA NEGRA

Ousou dar de si um tempo imenso

Na ânsia de encontrar, um dia, o seu,

Perdida no cansaço tão propenso

A lembrar-lhe que o sol já se escondeu!

 

Olhou-se por dentro, já sem tempo

Viu uma linha enrolada ao destino

E para rompê-la, essa réstia de alento,

Bastava só um sopro pequenino!

 

É tão escasso, o espaço, que lhe resta,

Recorda, só e lenta, o sonho que criou

Espreita a vida, pela pequena fresta

Da janela que a si própria fechou.

 

Não se lembra de ter fome, nem sede,

Sente pairar no ar um clima estranho...

Perdeu-se na lonjura do prado que alcançou

...Como ovelha negra, que foge do rebanho!

 

 

OVELHA NEGRA

 

 

Ousou dar de si um tempo imenso

Na ânsia de encontrar, um dia, o seu,

Perdida no cansaço tão propenso

A lembrar-lhe que o sol já se escondeu!

 

Olhou-se por dentro, já sem tempo

Viu uma linha enrolada ao destino

E para rompê-la, essa réstia de alento,

Bastava só um sopro pequenino!

 

É tão escasso, o espaço, que lhe resta,

Recorda, só e lenta, o sonho que criou

Espreita a vida, pela pequena fresta

Da janela que a si própria fechou.

 

Não se lembra de ter fome, nem sede,

Sente pairar no ar um clima estranho...

Perdeu-se na lonjura do prado que alcançou

...Como ovelha negra, que foge do rebanho!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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