Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O ENTARDECER

O ENTARDECER

GARANTIR A DISCIPLINA AOS MAIS PEQUENOS

Avelino Azevedo explicou ainda que uma das prioridades do CNAPEF é que as escolas e os agrupamentos possam desenvolver o programa de Educação Física desde o pré-escolar ao 12.º ano, de acordo com as reais potencialidades do aluno. Neste momento, os representantes dos professores de Educação Física estão a ter reuniões com o Ministério da Educação para definirem em conjunto as competências essenciais da disciplina, tal como está a ser feito para as outras cadeiras.

“Estamos a ser ouvidos pela tutela e vamos ouvir também instituições do Ensino Superior e professores. O Governo pretende concluir a discussão no próximo ano civil para que as mudanças possam entrar em vigor no ano letivo 2017/2018”, adiantou.

Foi durante a cerimónia de encerramento do “Simpósio Aprender no Século XXI – Mais Exercício, Maior Sucesso, Melhor Futuro”, que decorreu na sexta-feira na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, que o secretário de Estado da Educação afirmou que a disciplina voltará a contar para a entrada na Faculdade.

Além de se ter realçado a importância da Educação Física, os participantes do debate lamentaram a ausência de uma efetiva Expressão e Educação Físico Motora no 1.º ciclo do Ensino Básico, defendendo que é essencial haver um trabalho para assegurar uma disciplina que desenvolva as capacidades das crianças em todo o país.

 

A PREMONIÇÃO E A ASNEIRA

Domingo, 20 de Janeiro de 2013

Na cerimónia de abertura das comemorações do centenário do nascimento do Dr. Cunhal, Jerónimo de Sousa enalteceu a visão premonitória do falecido líder comunista e a forma como antecipou a atual crise.

É verdade. Mas não era preciso ser iluminado pela luz vinda do Leste para o fazer. Ainda o PREC desabrochava e já todos os lúcidos tinham percebido que vinha aí a crise. Melhor dizendo, as crises, porque têm sido várias e mais regulares que o Big Ben. O PREC, tutelado pelo Dr. Cunhal, foi o pontapé de saída para o jogo que acabou na goleada que a tróica nos está a infligir.

Para nossa desgraça, os discípulos do Dr. Cunhal, entre os quais se conta a mediocridade chamada Jerónimo, continuam a fazer entrar água na embarcação o melhor que sabem e podem. Quanto mais água melhor—é o seu modus operandi.

Ó Jerónimo: cala a boca. Temos políticos coveiros que cheguem e o PCP já deu contribuição generosa para o enterro de Portugal.

Publicada por J.L. Cirne de Castro em 12:28

 

 

A dor dos idosos

 

Uma corda ao pescoço que se prende ao ramo mais forte daquela árvore, escolhida muito tempo antes do ato definitivo, ou, por uma questão de pudor e de maior recolhimento, à trave mestra do celeiro em ruínas. Uma pedra como apoio, às vezes um banco para o qual se vai subir e de onde se dará o passo decisivo e último, pensado há muito, iniciado agora mesmo. Por dentro e por fora, apenas o silêncio e a solidão. A alma já estava morta de tristeza e de secura, tanta mágoa sofrida, tanta desesperança, tanto abandono, tanto vazio e desamparo. Mas tudo isso já passou e já não conta quando o corpo resolve enfim subir ao banco e atirar-se daquela altura, trinta centímetros, não mais. Um esticão forte, estremece a árvore, um gemido seco e breve, os olhos arregalados, cede que não cede o velho barrote apodrecido e o corpo fica a baloiçar uns momentos, antes de se imobilizar para sempre. Nem uma carta de despedida ou explicação. Porque em vida não houve tempo de ir à escola, porque a despedida não vale a pena e a explicação, a existir, não cabe numa carta!

 

O DESASTRE EM CASTELO DE PAIVA

 

MAS ….

O desastre de Castelo de Paiva podia ter sido evitado? Sim podia, o desastre de Castelo de Paiva foi uma grande imprevidência. No momento da assunção de responsabilidades, o ministro do Equipamento Social demitiu-se, sendo tal óbvio em democracia. Acontecido o desastre, muitos foram aqueles que queriam a cabeça de mais responsáveis, desta vez queriam a cabeça dos técnicos responsáveis;

Depois de burro morto, cevada ao rabo.”

A questão que pessoalmente se coloca é saber se todos nós nos devemos sentir isentos de culpas? O desastre foi brutal e de consequências humanas trágicas! Toda a gente comentava que a ponte estava mal há muitos anos e alguns dos responsáveis técnicos haviam sido nomeados, pouco tempo antes! Para os media o que conta é a imagem, a emoção e o sensacionalismo. Notícias sem impacto óbvio, são repetidas dezenas de vezes ao dia. Outras, que seriam de grande interesse público, mas, como as “pontes”, continuam de pé, perdem-se no infinito dos tempos. As obras espetáculo, sem utilidade comprovada, são inauguradas com música e foguetório. Nem uma palavra sobre o seu interesse público, nem sobre o impacto que terão no “défice anual do Estado” ou sobre as implicações para a vida dos cidadãos, durante vinte ou trinta anos a pagarem impostos desumanos! E o país a ficar na bancarrota.

Vai daí, para descargo de consciência, sai um cartão vermelho para quem estiver no poder… Elegendo-se, assim, os responsáveis das calamidades públicas! Os “Bodes Expiatórios!

Em época de eleições, os políticos que nada viram, nem nada alertaram, aparecem agora a esbracejar indignação gratuita a toda a hora, nos telejornais e na imprensa. Clara, está em causa a sua continuidade no “bem-bom”.

Atualmente é ver sindicalistas, professores, pais etc., a barafustarem contra o “Cimianto” nas escolas e noutros edifícios públicos! Na sua grande maioria, existem lá há várias dezenas de anos e com o “cheirinho” a votos, tudo serve para desancar políticos que não tomaram tais opções e que estão de “mãos atadas”, sem dinheiro para nada.

É por tudo isto que somos todos culpados! Quanto mais não seja, por que somos todos nós, que metemos o “voto na urna” para eleger gente que não conhecemos de lado nenhum! E, por essa via do voto, nunca denunciamos aqueles que destroem o país, e permitimos, até, que continuem a discursar como se nada fosse com eles!

 

 

A CULPA É DE TODOS ….

 

MAS ….

O desastre de Castelo de Paiva podia ter sido evitado? Sim podia, o desastre de Castelo de Paiva foi uma grande imprevidência. No momento da assunção de responsabilidades, o ministro do Equipamento Social demitiu-se, sendo tal óbvio em democracia. Acontecido o desastre, muitos foram aqueles que queriam a cabeça de mais responsáveis, desta vez queriam a cabeça dos técnicos responsáveis;

Depois de burro morto, cevada ao rabo.”

A questão que pessoalmente se coloca é saber se todos nós nos devemos sentir isentos de culpas? O desastre foi brutal e de consequências humanas trágicas! Toda a gente comentava que a ponte estava mal há muitos anos e alguns dos responsáveis técnicos haviam sido nomeados, pouco tempo antes! Para os media o que conta é a imagem, a emoção e o sensacionalismo. Notícias sem impacto óbvio, são repetidas dezenas de vezes ao dia. Outras, que seriam de grande interesse público, mas, como as “pontes”, continuam de pé, perdem-se no infinito dos tempos. As obras espetáculo, sem utilidade comprovada, são inauguradas com música e foguetório. Nem uma palavra sobre o seu interesse público, nem sobre o impacto que terão no “défice anual do Estado” ou sobre as implicações para a vida dos cidadãos, durante vinte ou trinta anos a pagarem impostos desumanos! E o país a ficar na bancarrota.

Vai daí, para descargo de consciência, sai um cartão vermelho para quem estiver no poder… Elegendo-se, assim, os responsáveis das calamidades públicas! Os “Bodes Expiatórios!

Em época de eleições, os políticos que nada viram, nem nada alertaram, aparecem agora a esbracejar indignação gratuita a toda a hora, nos telejornais e na imprensa. Clara, está em causa a sua continuidade no “bem-bom”.

Atualmente é ver sindicalistas, professores, pais etc., a barafustarem contra o “Cimianto” nas escolas e noutros edifícios públicos! Na sua grande maioria, existem lá há várias dezenas de anos e com o “cheirinho” a votos, tudo serve para desancar políticos que não tomaram tais opções e que estão de “mãos atadas”, sem dinheiro para nada.

É por tudo isto que somos todos culpados! Quanto mais não seja, por que somos todos nós, que metemos o “voto na urna” para eleger gente que não conhecemos de lado nenhum! E, por essa via do voto, nunca denunciamos aqueles que destroem o país, e permitimos, até, que continuem a discursar como se nada fosse com eles!

 

 

ENCANAR A PERNA À RÃ

 

Ou seja ir entretendo, ir adiando, é assim que andamos por cá. Estou como o outro: não me obriguem a ir para a rua gritar!

Queremos incentivos? Pois bem vamos ver o que se passa com as incansáveis formiguinhas.

Uma sociedade de formigas chama-se formigueiro e pode reunir de centenas a mais de 100.000 formigas.

As formigas mais conhecidas no Brasil são as saúvas, que representam um dos grandes problemas para a agricultura no país Elas cortam as folhas das plantas, podendo devastar pomares e plantações com rapidez

Os pedaços cortados são levados até ao formigueiro. Elas não se alimentam desses pedaços de folhas, elas utilizam nos como adubos para assim fazerem criações subterrâneas de fungos. Esses fungos constituem o alimento para as formigas.

Existem várias castas numa sociedade de formigas Nos seres humanos também!

A única fértil é a rainha, Os reis são machos férteis. As operárias são estéreis e subdividem-se em várias atividades. Nos humanos é quase assim também!

As formigas que possuem mandíbula grande e são as maiores trabalham como soldados, defendendo o formigueiro. As formigas que cortam e levam as folhas para o formigueiro, carregadoras, são de tamanho médio.

As operárias jardineiras trabalham dentro das colónias cuidando dos fungos e das suas crias.

Na época da reprodução, por volta do início do verão, a rainha e o rei, ambos alados, saem do formigueiro e voam para o encontro nupcial no ar.

Os machos morrem após a cópula. Muitas rainhas também não sobrevivem. A rainha que sobrevive funda um novo formigueiro, iniciando a sua postura de ovos no solo. Ela perde as asas e cava um canal de quase 10cm, que desemboca numa câmara de 1 a 2 cm. Os ovos são colocados logo que ela regurgita um pouco do fungo que trouxe do formigueiro antigo e aduba com as suas secreções. Os espermatozoides obtidos no voo nupcial foram armazenados pela rainha e serão utilizados para fecundar os ovos postos nos anos seguintes.

Nós o humanos, poderíamos ter uma organização política igual a esta, talvez nunca superior. Por tudo isto se percebe a importância dos líderes a serem nomeados pelos humanos! Eles têm de ser competentes e engenhosos para proverem o alimento de toda a sociedade e não a sua falência.ou bancarrota. Não podem, nunca, gastar mais do que têm

E têm acima de tudo de pôr o interesse geral da colónia, acima de quaisquer outros interesses menores ou mesquinhos. Por exemplo comer as folhas reprodutivas!

Quem terá ensinado tudo isto às formigas?

 

ENCONTRAR O NOSSO RUMO

 

Um rapaz procurava um rumo para a sua vida. Estava indeciso em relação à profissão, tinha dúvidas sobre as escolhas que fizera e não tinha nenhuma certeza a respeito daquilo que gostaria realmente de fazer. Resolveu, então, procurar o Mestre da Floresta, um sábio que certamente o ajudaria a encontrar aquilo que procurava. Um amigo indicou-lhe o caminho, ele encheu-se de coragem e viajou até ao lugar onde o mestre vivia. 

Mestre, disse, estudei na melhor universidade, fiz um MBA, sou fluente em 2 línguas. Procuro aperfeiçoar-me sempre, mas não sei o que quero da minha vida. Preciso de encontrar o meu rumo. O mestre compreendeu a preocupação e a ansiedade do rapaz. No mesmo instante, entrou na sua cabana, e, quando voltou, trazia um belo machado. Era feito de metal nobre e estava afiadíssimo. Tinha o cabo talhado na melhor madeira, e era todo revestido com couro e búfalo. Entregou-lhe o machado e disse-lhe que se deveria embrenhar na floresta, e que só deveria voltar quando soubesse a resposta para as dúvidas que o haviam conduzido ate ali.
O jovem obedeceu e, cheio de esperança numa solução rápida para o seu problema, desapareceu entre as árvores. Não demorou meia hora e reapareceu diante da cabana. Estava revoltado com o mestre. O machado, queixou-se, era inútil. Não o tinha ajudado a encontrar o seu rumo. Sem perder a calma, o sábio perguntou: Mas o que é que querias mesmo? E o rapaz mais indignado ainda, respondeu praticamente aos gritos: Já lhe disse o que é que eu quero! Quero encontrar o meu rumo! Paciente, o mestre pediu ao rapaz para se acalmar, e chamou um dos seus aprendizes. Entregou-lhe o mesmo machado, disse-lhe para ir até à floresta e só voltar depois de encontrar aquilo que queria. Assim aconteceu. O aprendiz entrou na mata cerrada e, algumas horas depois, voltou com 2 pinheiros às costas. O mestre perguntou ao seu aprendiz: O que é que querias quando foste para a floresta? 
E este respondeu: como o mestre não me disse o que deveria fazer, decidi que traria pinheiros para plantar na entrada da cabana. Então segui na direção dos pinheiros, cortei as mudas mais bonitas e trouxe-as.
O rapaz ainda mais irritado, continuava sem perceber o sentido daquela prova. Então, perguntou ao mestre o que é que uma atividade tão banal como decorar a cabana com pinheiros, tinha que ver com o problema que o levara até ali. Ele precisava de encontrar o seu rumo. O mestre sorriu e respondeu-lhe: Tu tinhas nas mãos o meu melhor machado. Mas para alguém que não tem um objetivo, a melhor ferramenta não passa de um enfeite inútil. Com o meu aprendiz foi diferente, pois ele encontrou um objetivo, o de arranjar 2 pinheiros, e encontrou o rumo que o levou até às árvores. Sem um objetivo meu rapaz, não há rumo a seguir. Sem um objetivo, qualquer caminho te fará voltar sempre ao ponto de partida sem teres absolutamente nada nas mãos. Tens de encontrar primeiro o teu objetivo. Depois encontrarás o rumo. 

Estar perdido, com a sensação de andar sempre às voltas, é mais comum do que se imagina. Para muita gente, estar perdido não é a exceção, é a regra.

De um modo geral este sintoma denuncia a falta de metas - de balizas que nos orientem na direção dos nossos sonhos. São elas que definem o caminho a ser percorrido e não permitem que haja desvios nem dúvidas. Sem uma meta certamente ficará perdido, sem saber ao certo o que deseja. Ficará muito mais sujeito às circunstâncias. Se em vez disso, existir um alvo definido, essa sensação desaparece. Nesse caso a mente trabalha para encontrar os caminhos. É inútil querer encontrar um rumo para a vida antes de saber onde realmente se pretende chegar. 

Se eu me perder tenho de olhar para a Estrela Polar e ir para norte. Isso não significa que eu esteja à espera de chegar à Estrela Polar. Quero apenas, seguir nessa direção.

"A Tríade do Tempo" de Christian Barbosa.

A QUADRATURA DO CIRCULO

Margarida Proença

contactarnum. de artigos 83

Começam já a encontrar-se algumas coisas interessantes sobre o que poderá ser o Estado Social depois da crise. Claro que são fundamentalmente especulações, opiniões portanto, e refletem posições ideológicas de quem as escreve, mas o papel e as funções do Estado estão de novo no centro de todo o debate político.

A relevância do papel do estado na economia e a discussão sobre quais deverão ser os seus limites tal como hoje o concebemos remete para um processo lento de democratização das sociedades ao longo de três séculos. Começou pelos direitos civis e legais ainda no século XVIII, depois os direitos políticos marcaram o século dezanove e finalmente no século vinte os direitos sociais, usando as expressões de um sociólogo famoso, T.H. Marshall que conheci, digamos assim, através dos trabalhos de um outro sociólogo, Esping-Andersen.

Estes direitos sociais traduzem a arquitetura do estado de bem-estar social (“welfare state”) como o entendemos na Europa: um sistema de pensões generoso, subsídios no desemprego e na doença, educação e saúde paga, etc. Com o tempo, foram-se colocando algumas questões - deve o sistema ser universal, garantindo os mesmos benefícios a todos de forma igual, ou deve pelo contrário estabelecer objetivos específicos, e diferenciar o apoio nessa base, por exemplo privilegiando os mais pobres? Será que contribuiu mesmo para remover barreiras á imobilidade social?

Será que o sistema é compatível com a globalização crescente, e não contribui para perdas de competitividade face a outros países, porventura criando condições objetivas para a sua erosão? Será que as profundas alterações sociais, tecnológicas e demográficas que marcaram os últimos trinta ou quarenta anos contribuíram significativamente para tornar insustentável o sistema montado, porque se tornou demasiado caro? e como teria sido a Europa pós-guerra se não tivesse sido implementado este sistema de bem estar social que conhecemos, nas suas diferentes versões?

A crise financeira complicou tudo ainda mais e os argumentos hoje mais frequentes vão no sentido da convergência do desenho dos sistemas de apoio social. Os países do Norte da Europa fizeram a reforma do sistema nos anos 90, defendem estratégias de investimento social capazes de promover o emprego e o crescimento, e apoiam os serviços prestados às famílias, e em particular às crianças mais pequenas.

Os sistemas designados por continentais contribuem fundamentalmente para sistemas de segurança social que oferecem proteção como subsídios de desemprego e outros a pessoas que estão “dentro” do sistema, e regulam juridicamente o mercado de trabalho. Finalmente, a abordagem anglo-saxónica tem evoluído no sentido de se aproximar do investimento social, mas uma parte importante dos serviços públicos foram privatizados.

A lógica do desenho dos sistemas de proteção social tem a ver com a história, com o resultado dos processos políticos, e claro, com a filosofia política e social dominante. Alguns autores falam de um “paradoxo da redistribuição”, isto é, a redução da pobreza pode ser mais efetiva com medidas que protejam todos, eventualmente centrando esforços em programas de educação ao nível do pré-primário, investindo em capital humano, aprendizagem ao longo da vida e políticas de trabalho ativas.

A ideia do pré-primário, por exemplo, vem de alguns estudos apontarem no sentido de que países com um sistema de pré-primário universal e de qualidade têm melhores mecanismos de mobilidade social porque é nos primeiros anos de vida que se define muito do percurso futuro.

O estado social é hoje confrontado com desafios enormes; a polarização do mercado de trabalho continuará a aumentar, bem como - a manter-se o euro - a tendência para que o mercado de trabalho seja cada vez mais europeu e menos de base nacional (isto é, a expressão “emigrante” tenderá a deixar de fazer sentido), uma estrutura etária cada vez mais envelhecida, custos de saúde mais elevados, num contexto em que os países terão, ainda durante muito tempo, dificuldade em financiar. Esta “quadratura do círculo” é uma das questões mais importantes que teremos para resolver. E das mais difíceis, porque se confronta com a resistência de interesses particulares, profissionais e de grupos.

 

A FINALIDADE DA POLÍTICA

 

Num panorama traçado – pode -se resumir: não nos podem retirar uma convicção: “ a política é essencial”. Por isso, se escreve : “uma sociedade que a despreze expõe-se a graves riscos”.

Importa, então, na opinião dos melhores entendidos, que se tenha em conta quão urgente é urgente reabilitar a política e repensá-la em todos os seus domínios: educação, família, economia, ecologia, cultura, saúde, protecção, social, justiça … De modo que haja uma efectiva relação activa, entre a política e a vida quotidiana dos cidadãos.

Por último e para prestígio da política, também não contribuem nada – antes pelo contrário! – os “casos” em que alguns elementos da “classe” política se deixam enredar. Estes casos facilitam a generalização da suspeita, assim traduzida: “ a política reduz-se à mera gestão de “dossiers” complexos, à solução de conflitos de interesse, à regularização de egoísmos corporativos ou de bairro, e à sujeição à lógica do aparelho partidário. Abrem-se pois, as portas ao renascimento de ideologias extremistas, especialistas em esgrimir com temas demagógicos.   

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2018
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2017
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2016
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2015
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2014
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub