Precisamos, como de pão para a boca, de uma organização estatal estável, competente e muito preocupada na sua dedicação à formulação de políticas e de tecnologias para o uso e gestão sustentável das nossas Florestas, e da melhoria do bem-estar dos habitantes envolvidos neste mundo fascinante. Assolada pela calamidade dos fogos, temos visto uma das maiores riquezas nacionais – a floresta – ser dizimada, pondo em causa o equilíbrio ecológico de muitas áreas e a sustentabilidade de muitas populações que, assim, se vêem empurradas para a desertificação. A maioria dos países que têm riquezas, por exemplo petróleo ou minerais, protegem essas riquezas, nós que temos entre as maiores riquezas a floresta, o que é que fazemos? Deixamos que seja consumida pelo fogo! Entretanto, discute-se o que deveria ter sido feito e não foi, procuram-se razões e culpados, perde-se o pouco tempo que ainda temos para salvar o que resta do nosso delapidado património florestal.
Em primeiro lugar, devemos aprender com a história, pois desde o tempo da monarquia até aos anos 60, havia uma preocupação com a florestação e com a manutenção da floresta que se mantinha em equilíbrio com as populações locais. A partir dessa altura, o fogo, juntamente com a alteração dos sistemas agrícolas, encarregou-se da desflorestação e da desertificação e só, esporadicamente, temos visto algumas tentativas de se colocar ordem na desorganização que daí resultou.
O Governo prepara-se para reorganizar os serviços florestais do Estado pela quinta vez em cinco anos!
O ex-director-geral pede aos partidos que não deixem passar a integração das florestas nas direções regionais de agricultura. Explicando: «Neste contexto de crise, estas alterações consideradas a propósito da redução de despesas conduzem, por um período significativo, a uma forte perturbação no desempenho dos serviços», sendo absolutamente inoportuna. Acusa, ainda, o Governo socialista de ter tomado uma decisão sem ter feito qualquer estudo prévio e sem ter medido as consequências da decisão na eficácia do serviço público.
Ignoram que há muitos milhares de anos, nos pensamentos de Pitágoras, ele afirmou:
“Educai as crianças e não será preciso punir os homens.”
Eles são racionalistas dogmáticos, para quê e porquê dar educação? De facto somos todos iguais! Mas eles insistem que o mérito é uma falácia!
Mais, ignoram que os nossos desejos, emoções, afetos e sentimentos pessoais mais a nossa capacidade intuitiva, sejam produto de uma inteligência criadora que alguém nos deu em uníssono com o extraordinário “Propósito Inteligente” que subjaz a todo o Universo.
Importa para eles, igualmente, que os “Alquimistas” de antanho, fixos na ideia da transmutação dos metais inferiores em ouro, ou na obtenção do Elixir da Longa Vida, (uma panaceia universal, um remédio que curaria todas as doenças) que daria vida eterna àqueles que o ingerissem, tudo conseguido através da pedra filosofal, não passem de uns lunáticos irrealistas? Querem eles, sim, ignorar que a alquimia tenha sido uma fase importante do mundo na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química.
Não querem eles, porém, perceber o significado de tantos castelos e fortalezas que existem em Portugal e em todos os países da civilização ocidental! Quantas mortes e quanto sangue cimentou a defesa da terra onde hoje vivem e são livres de pensar, diferente dos outros. Nem o significado de todos os reinos ibéricos na sua independência, tanto terem beneficiado do apoio de várias Ordens Militares, das quais se destaca a Ordem dos Templários, uma Ordem militar e religiosa instituída com o propósito da cristianização.
Portugal, especialmente, tanto viria a beneficiar das Cruzadas em trânsito para o Médio Oriente, tendo estas, desempenhado um papel importantíssimo na tomada de algumas cidades portuguesas e subsequente expansão, bem como na fundação do próprio Reino de Portugal.
Ouvem falar de Covadonga sem um arrepio, porque querem desconhecer que a Reconquista (também referenciada como Reconquista cristã) é a designação historiográfica para o movimento cristão com início no século VIII que visava a recuperação cristã das terras perdidas para os árabes durante a invasão da Península Ibérica.
Também não entendem quando obras, por exemplo do Priorado de Sião, e outras à volta de sociedades secretas, sejam êxitos mundiais e arrastem multidões, mesmo com o seu cunho de fantasistas!
Pois, queiram ou não, Portugal teve por detrás da sua independência toda esta história mundial e muito, muito mais que aqui não caberia. A nossa civilização ocidental é ainda hoje exemplo para o resto do mundo que nós descobrimos, através de caravelas com a Cruz de Cristo nas suas velas, e o apoio da Ordem de Cristo.
Foram muitos os nomes de heróis nacionais que carregaram e plantaram uma Cruz pelos vários cantos do mundo com o respeito e admiração dos povos indígenas!
Mas lá bem no fundo, talvez os tais radicais e racionalistas dogmáticos tenham alguma razão se quisermos respeitar toda esta história de milhares ou milhões de anos e relermos as sete principais leis herméticas que se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" e que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas.
Por agora fiquemo-nos pela lei conhecida por Lei de Causa e Efeito:
"Toda a causa tem o seu efeito, todo o efeito tem a sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que o acaso é simplesmente um termo dado a um fenómeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Esse princípio é um dos mais polémicos, pois também implica no facto de sermos responsáveis por todos os nossos actos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.
É importante defendermos uma brilhante civilização como a nossa, mas para tal teremos que guardar mais um pouco de forças para vencermos o atrito provocado pela acção desencadeada pelos tais radicais e racionalistas dogmáticos que no fundo estão a dar cumprimento à referida lei da Causa e Efeito, mesmo que a isso alguns chamem Karma.
Este esforço seria certamente dispensável se os tais dogmáticos exercessem o poder da critica com uma postura critica e não dogmática.
Para o cidadão normal e não dogmático bastará cumprir como admitiu Darwin o “seu dever moral”.
Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cefísis e da ninfa Liríope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer o seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.
Quando Narciso nasceu, a sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca se conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam o seu amor, mas ele desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Némesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.
Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém se havia aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu a sua própria imagem refletida e encantou-se com a sua visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.
Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos o seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.
braços na fonte para abraça-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte, o ser sumiu para voltar depois de alguns instantes, tão belo quanto antes.
- Porque me desprezas, bela criatura? E por que foges ao meu contato? Meu rosto não deve causar-te repulsa, pois as ninfas me amam, e tu mesmo não me olhas com indiferença. Quando sorrio, também tu sorris, e responde com acenos aos meus acenos. Mas quando estendo os braços, fazes o mesmo para então sumires ao meu contato.
Suas lágrimas caíram na água, turvando a imagem. E, ao vê-la partir, Narciso exclamou:
- Fica, peço-te, fica! Se não posso tocar-te, deixe-me pelo menos admirar-te.
Assim Narciso ficou por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água, seu corpo definhando. As cores e o vigor deixaram seu corpo, e quando ele gritava "Ai, ai", Eco respondia com as mesmas palavras. Assim o jovem morreu.
As ninfas choraram seu triste destino. Prepararam uma pira funerária e teriam cremado seu corpo se o tivessem encontrado. No lugar onde faleceu, entretanto,
Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cefísis e da ninfa Liríope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer o seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.
Quando Narciso nasceu, a sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca se conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam o seu amor, mas ele desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Némesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.
Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém se havia aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu a sua própria imagem refletida e encantou-se com a sua visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.
Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos o seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.
braços na fonte para abraça-lo. Porém, ao contato de seus braços com a água da fonte, o ser sumiu para voltar depois de alguns instantes, tão belo quanto antes.
- Porque me desprezas, bela criatura? E por que foges ao meu contato? Meu rosto não deve causar-te repulsa, pois as ninfas me amam, e tu mesmo não me olhas com indiferença. Quando sorrio, também tu sorris, e responde com acenos aos meus acenos. Mas quando estendo os braços, fazes o mesmo para então sumires ao meu contato.
Suas lágrimas caíram na água, turvando a imagem. E, ao vê-la partir, Narciso exclamou:
- Fica, peço-te, fica! Se não posso tocar-te, deixe-me pelo menos admirar-te.
Assim Narciso ficou por dias a admirar sua própria imagem na fonte, esquecido de alimento e de água, seu corpo definhando. As cores e o vigor deixaram seu corpo, e quando ele gritava "Ai, ai", Eco respondia com as mesmas palavras. Assim o jovem morreu.
As ninfas choraram seu triste destino. Prepararam uma pira funerária e teriam cremado seu corpo se o tivessem encontrado. No lugar onde faleceu, entretanto,
O português não gosta de impor os seus direitos, principalmente quando o assunto é de fila de espera, seja no banco, no supermercado, na rodoviária ou no aeroporto, Ou, até na obtenção de um emprego, sempre tão desejado e necessário. E, até mesmo quando ele percebe que alguém “furou” a ordem na fila, legalmente estabelecida, prefere fingir que não viu. No máximo, toca no ombro do intruso e diz-lhe de um jeito algo tranquilo: “Ó, amigo, a fila termina lá trás!”. Embora, quase todo mundo pense que a fila é um local desagradável, vários estudos mostram que o maior fator de incómodo é não se saber quanto tempo o indivíduo terá de esperar.
Para resolver tais problemas, um certo psicólogo sugeriu mesmo a colocação de um visor, placas ou uma simples justificação da demora. Em tais, horripilantes filas de espera, que por aí proliferam.
O nosso cidadão, quando atribui a culpa a alguém que não reage, isso deixa-o desesperado. Mas a maioria das vezes nem se apercebe do facto de não haver anúncios nos jornais para uma vaga numa Função Pública repleta de gente sem muito para fazer! E, apesar disso, terem vencimentos acima dos outros trabalhadores, não estarem sujeitos a despedimentos fáceis, terem serviços médicos de alta qualidade, férias à grande e à francesa, sem abaixamentos de salário para equilibrar as finanças da sua empregadora, em maus lençóis! Etc.
Não reage nem questiona os populares “jobs for de boys” na malta dos partidos do poder! Tudo se passa como se por milagre as pessoas protegidas apareçam empregadas! Enquanto as outras, sem padrinhos, em de filas intermináveis, não vão arrumando a sua vidinha de forma nada fácil
Para muitos há filas sem fim e para outros, os filhos aparecem locutores de televisão, diretores e agentes de uma Alta Autoridade de qual qualquer coisa, sem se saber como nem porquê! Mistérios que passam despercebidos! ETC, ETC.
(.) Percebe-se assim melhor a ideia de Soares quando se assume como político profissional, bem como de Cavaco que se assume como não sendo (na verdade ele encaixa na primeira definição, precisamente quando os políticos não eram profissionais). E como ambos percebem bem que a classe política está desprestigiada, Soares, que se assume como profissional, ataca Cavaco que prefere dela afastar-se. No entanto, quem desprestigiou a política não foi nenhum dos candidatos presidenciais. Foi, sim, aquela geração de políticos que não tendo herdado nem o sentido de serviço público nem a largueza de ideais, dá, sem qualquer grandeza, a impressão de apenas pretender fama, poder e dinheiro.
É uma geração de políticos que gosta, acima de tudo, de ser amada e compreendida e é incapaz de tomar medidas necessárias, ainda que dolorosas; que tem relações promíscuas com a comunicação social e aceita, muitas vezes, as suas regras, expondo-se a si mesmo, à família, ao cão e ao gato, vendendo-se como produtos; que privilegia as formas em relação aos conteúdos, aceitando agir, e falar segundo modelos publicitários, surgindo como oca, vazia.
Felizmente, ainda muitos no Governo e na oposição, resistem a este estereótipo. Mas é fácil reconhecer em diversos gestos e opções, o germe de uma, ou mais, destas maleitas. E se é impossível colocar Soares e Cavaco entre eles, há que dizer que tanto um como o outro contribuíram substancialmente para a sua existência.
A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, direta ou indiretamente, da terra queimada.
Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.
Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:
1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?
Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?
Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?
Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?
Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?
2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...
3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.
4 - À redação da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.
5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atrativos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.
Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...
Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspeto perfeitamente marginal?
Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.
Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objetivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.
Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:
1 - Assumir diretamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.
2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em ações de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são ações pontuais de vigilância e combate às chamas).
3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efetivamente os infratores
4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.
5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.
6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.
Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.
Com estas previsões, ou outras, da taxa de Inflação para 2017, (valores entre 1,3 e 1,4), quem levou uma vida a juntar poupanças depositadas num banco, está em risco de ficar sem dinheiro!
Numa recessão, a resposta clássica dos bancos centrais é descer os juros. Vem nos manuais: dinheiro barato incentiva o consumo de particulares e o investimento de empresas: a procura agregada aumenta e a economia recupera.
Pois é: esta receita pode ajustar-se perfeitamente ao País e à sua economia, mas acaba por destruir poupanças que levaram várias dezenas de anos a consolidar!
Juros baixos (o, %), agregados a uma inflação de mais de 1, %, liquidam o esforço de milhões de seres honrados.
Parece, assim, compreender-se a rapidez com que milhares de pessoas mandam poupanças para as “offshore”. Claro que este não é o caso daquelas pessoas para quem o dinheiro, terá uma origem duvidosa.
Agora, quando os juros chegam tão baixos, são estas pessoas que estarão a salvar o seu país e não o ministro das finanças seja ele qual for! Quando acontece aquilo que está a acontecer (dinheiro à borla), tudo indica estar para surgir uma depressão histórica e serão estas pessoas mais simples, as vitimas, da tomada de decisões que se espera salvarem a economia do seu país. É triste, muito triste …. Os políticos ficam sempre resguardados!
Para uma boa gestão dos recursos naturais é forçoso estabelecer, de forma consistente, políticas e ferramentas públicas ambientais. Também diagnósticos sistemáticos sobre o estado do meio ambiente. Conhecer por exemplo dados sobre o número de espécies e composição da biodiversidade; o estado dos solos; a situação das águas superficiais e subterrâneas; atmosfera; ambientes marinhos e costeiros; recursos pesqueiros; ocorrência de desastres ambientais e análises da qualidade ambiental urbana. Tudo isto num quadro focado nos indicadores do Desenvolvimento Sustentável. Todo este trabalho deve ter como objetivo obter dados ambientais sustentáveis concretos, mostrando que os nossos recursos naturais são mensuráveis. Ou seja, que podem ser contados, pesados, medidos ou mesmo estimados. Não deve esmorecer a esperança de derrubar o mito, ainda muito arreigado, na cultura popular da inesgotabilidade!
Se o número de espécies de invertebrados, ou a estimativa de vertebrados, não forem desanimadores, desde logo se conclui que eles não são finitos. Se a soma de todas as reservas de águas subterrâneas não forem preocupantes de momento, os recursos hídricos não são inesgotáveis. Também a análise dos solos terá de merecer constantes observações e cuidados. As bem visíveis alterações atmosféricas têm vindo a mostrar-nos que as Zonas Costeiras são uma faixa complexa, dinâmica, mutável e que está sujeita a variados processos geológicos. Os fatores modeladores das zonas costeiras são, fundamentalmente, a ação mecânica das ondas, a erosão (abrasão marinha), a subida e a descida das marés, deposição, correntes marinhas, arribas e praias mais comuns etc. De forma concertada, ter-se-á de fazer a sua proteção de uma forma global. Será uma preocupação, eminentemente da União Europeia mas na qual se pode e deve concretizar a aquicultura com vantagens de toda a ordem e ainda como forma reguladora dos aspetos negativos da sobre pesca. A inesgotabilidade dos recursos não é um mito!
Contratos de associação: colégio de Caminha fecha portas e despede trabalhadores
LUSA
30/08/2016 - 19:42
A cooperativa Ancorensis tinha 247 alunos, todos eles financiados pelo Estado.
NELSON GARRIDO
A cooperativa Ancorensis, com sede em Caminha, anunciou nesta terça-feira a cessação imediata da função de ensino e o despedimento colectivo de todos os 67 trabalhadores, por não ter direito a abrir novas turmas com contrato de associação ou seja, financiadas pelo Estado. Em comunicado, enviado à agência Lusa, a instituição adiantou que esta decisão foi tomada na segunda-feira, em assembleia-geral da instituição.
A cooperativa iniciou a sua actividade a 1 de Setembro de 1988 e tinha actualmente 247 alunos, todos eles abrangidos por contratos de associação. Na nota, a instituição sublinha que a decisão de encerramento surge na sequência da “redução de receitas, por via da diminuição do apoio contratual concedido e de turmas”, decidida pelo Ministério da Educação.
“A Ancorensis foi abandonada pelo Ministério da Educação indiferente à adopção de medidas adequadas que salvaguardem os interesses de todos os envolvidos, designadamente dos docentes e trabalhadores cujos postos de trabalho se perderão para sempre e que não prescindirão da respectiva compensação, mas sobretudo dos alunos e seus progenitores”, realça a cooperativa.
A Câmara Municipal de Caminha, também em comunicado enviado à Lusa, “reafirmou o compromisso de mobilizar todos os recursos disponíveis de modo a que todos os alunos da cooperativa possam ter assegurada vaga nas escolas do concelho”. A autarquia indicou que comunicou “a decisão da Ancorensis ao Ministério de Educação e os impactos que a mesma sempre terá no concelho, especialmente em todo o Vale do Âncora”.