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O ENTARDECER

O ENTARDECER

Dehonianos em Portugal - 1946/47 - 1996/67

 

Um pouco de história.

O P.e João Leão que DEHON, foi o Fundador da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, nasceu em La - Capellede, (Soissons - França) a 14 de Março de 1843, no seio de uma família de ricos proprietários de ascendência nobre.

Foi, na manhã de 25-04-2004, solenemente proclamado o Decreto da sua Beatificação, na presença do Santo Padre, João Paulo II.

"Chamados a viver a nossa vocação cristã numa adesão mais radical a Cristo e na imitação do estilo de vida que Ele consagrou, a Vida Religiosa na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, fundada em 1878, pelo Padre Leão Dehon (1843-1925).

Sentimo-nos atraídos e inspirados por este homem de Deus, que soube, ao longo de toda a sua vida, unir com equilíbrio exigências de uma vida profundamente contemplativa com as de um empenhamento apostólico dinâmico e fecundo. Com ele, queremos, na Igreja e no mundo dos nossos dias, ser "profetas do amor e servidores da reconciliação" (regra de vida 7). A isso nos estimula também a história, ainda que recente, do nosso Instituto em Portugal, cujas origens foram profundamente marcadas pela vivência do carisma dehoniano.  

A paróquia de Queijas tem sido assistida religiosamente pelos Sacerdotes do Coração de Jesus, conhecidos por padres dehonianos.

Foi o caso do ex-pároco de Queijas Padre José Correia Gonçalves, que durante cerca de vinte anos, aqui prestou serviço religioso.

Pela sua dedicação e trabalho realizado, deixou entre a comunidade local, grande simpatia.

O desenvolvimento acelerado deste lugar, com notável aumento da sua população, estimulou a procura de assistência religiosa.

As primeiras missas foram rezadas numa dependência de uma moradia, gentilmente cedida pelo seu proprietário.

O número de praticantes foi sendo sempre maior, até que por volta de 1975, é construído o chamado "Salão", no qual passa a ser celebrada a Eucaristia.

De entre os vários Padres que por aqui iam passando, um deles de nome P.e José Coreia Gonçalves, ordenado em 1978, fixa-se como pároco de Queijas e inicia todo o trabalho de dinamização em Queijas e Linda - a - Pastora.

Em resultado dessa dinamização, as gentes deste lugar ficaram admiradas no ano de 1978, ao verem passar a primeira procissão na sua terra.

A edificação de um templo digno da boa gente de Queijas, parece ter sido gritado em uníssono pela população mais receptiva à vida religiosa.

Se naturalmente o pároco local liderava todo o movimento de angariação de fundos, que não existiam, a verdade é que muitos foram os "heróis" que, Domingo a Domingo, iam de porta em porta recolher as pequenas gotas de água, que deram origem a um rio de fé e ao templo tão desejado por todos os habitantes de Queijas.

De tudo se fez para almejar os fundos indispensáveis a poder sonhar com a nossa igreja, nomeadamente pedir a quem pudesse ajudar.

Foram sardinhadas, espectáculos, festas, sorteios etc., desde que o empreendimento se iniciou, em 1984 dia 13 de Junho (Dia de Santo António), com o lançamento da primeira pedra, após um período de seis anos em que, além da elaboração dos projectos, se criaram as bases financeiras necessárias

para se poder responsavelmente pôr ombros a uma obra desta envergadura.

A inclusão da obra no Plano de Comparticipações do Estado rendeu um valor importante, que a somar a outra ajuda da Câmara Municipal de Oeiras e aos esforços da população, valeu para uma terra que não dispunha de um único equipamento social, cultural ou religioso, uma obra de extrema importância.

 

Jardim Cesário Verde

 

Pequeno e animado por um original chafariz, de onde a água brota incessantemente, novos e velhos ocupam o tempo em actividades próprias da idade - os primeiros entretêm-se com a bola de futebol, enquanto os segundos gastam as horas em acesas trocas de opinião sobre os temas que dominam a actualidade.

É este jardim e a Igreja de S. Miguel Arcanjo que marcam a zona central de Queijas, hoje marcada também pela actividade comercial e social.

 

A Escola C+S, professor Noronha Feio,

 

Inaugurada em 21 de Setembro de 1992, foi considerada um estabelecimento modelo pela sua arquitectura e concepção dos espaços, lamentando-se à partida a ausência de um pavilhão coberto para a prática de actividades físicas e festas de convívio.

Infelizmente esta lacuna irá prolongar-se por mais de dez anos.

A Escola C+S, dá cobertura a muitos alunos das redondezas, que por ausência de estabelecimento no seu local de habitação se deslocam diariamente a Queijas, em transporte disponibilizado gratuitamente.

Têm praticamente transporte de porta a porta dado que a paragem da escola, com abrigo, dista somente uns cinquenta metros. Os alunos moradores em Queijas, andam normalmente muito mais, às vezes até muitíssimo mais.

Mesmo assim, uma certa oposição política, até dos cinquenta metros faz problema político, em vez de pugnar para que tais crianças tenham rapidamente uma escola C+S, no local onde moram.

Ou até que os seus eleitos políticos várias vezes presentes no Governo da Nação, tragam o Pavilhão Coberto que tanta falta nos tem feito.

Tem tido esta escola uma alta frequência, para cima de setecentos alunos e ao nível de funcionamento tudo parece estar bem, tendo havido inclusivamente alguns intercâmbios escolares com crianças de outros países, ou provas desportivas que visam o despertar do gosto para actividades desta natureza.

Também no referente a espectáculos, se tem podido assistir a muito boas actuações dos nossos alunos, a que será de todo justo prestar homenagem à acção dos professores.

 

Ao nível do ensino privado, Queijas tem duas escolas oficiais com ensino pré-primário e 1.º ciclo, duas escolas com creche, jardim-de-infância e ATL e uma escola de língua inglesa.

Degradação dos Salários

 

A economia portuguesa está a sofrer uma gradual e preocupante desvalorização salarial. A tendência é mais acentuada NOS EMPREGOS PRIVADOS, já que no Estado, o Governo e a maioria parlamentar de esquerda, eliminaram os cortes que atingiam os funcionários públicos. Há meia dúzia de anos falava-se da tragédia dos mil euritas, jovens qualificados dificilmente conseguiam emprego acima daquele patamar. A degradação a que se assistiu nos últimos anos foi tão grande, que agora os mil euros até já se tornaram um sonho distante para milhares de jovens qualificados. Na vida real das empresas privadas, o limiar do salário é cada vez mais o diapasão que pauta os ordenados.

Armando Esteves Pereira – CM – 15-11-2016      

UMA CONSCIÊNCIA NACIONAL

 

Afinal o que é isso? Há um abismo total entre o querer perceber, ou não querer mesmo perceber e as pessoas preferem não perceber, até mesmo esquecerem. Se cada um fizesse um esforço para se situar em relação a esta realidade…, mas não, não há sequer isso, fazem um esforço máximo, para participarem desta coisa. E esta coisa é precisamente uma nação ser um corpo com alma ou sem ela. O esclarecimento é algo perfeitamente indispensável, e julgo que de uma maneira geral é assim.  Desde criança deveríamos ser despertos para o “sentimento da nacionalidade, do próximo, da verdade, do ambiente etc.”. Para o sentimento da nossa integração num mundo que pense de forma igual ou parecida, mesmo com língua diferente. E que tal mundo fosse mesmo um mundo de irmãos. Sem esse sentir, a consciência nacional ou universal não funciona em pleno! Só o sentimento de irmandade, legítima a nossa consciência. Mas, antes da incursão nestes conceitos, temos de desejar construir uma civilização, num país em que a população seja civilizada, e nunca degradada moral e etnicamente. Ou seja:

«Se não existir lugar no vosso coração para aqueles que estão ao vosso lado, não haverá lugar para vós na casa que é de todos.»

Se o poder quiser tirar o país da estagnação e conduzi-lo a grandes passos para o desenvolvimento e progresso tem, em primeiro lugar, de criar nesse povo o sentimento de uma nação, casa de todos e para todos. Tal, só se poderá conseguir pela cultura desse povo no caminho para a grandeza da nação e mais ainda face às suas sempre existentes fraquezas comuns.

Mesmo num país, multimilenar como o nosso, não podemos ouvir, nos meios de comunicação o martelar constante de apelos e reivindicações de cariz corporativo. Elas, não passarão de uma afronta imprópria, aos mais desprotegidos. Muito menos a tristes episódios de corrupção!

Simplificando: «ouvir presidentes de sindicatos, bastonário dos enfermeiros ou outros, chefes dos guardas prisionais etc., etc. Anunciarem a necessidade de aumentar os respectivos efectivos ou melhorarem condições salariais/laborais sem assumirem a mínima preocupação com a degradação nas reformas dos idosos, com o elevado desemprego, com uma conjuntura económica fragilizada, com a morte contínua da nossa “sociedade civil”, e por fim, sem a menor preocupação com as enormes fragilidades da nossa economia (potenciadora da criação de riqueza que pagaria todas as necessidades do país e dos portugueses). Tambem, sem a noção de que sem dinheiro, as prioridades sempre serão para os problemas nacionais, em maior aflição. A defesa do mundo próprio de cada um, ou do sector empresarial mais frágil, não deverá sobrepor-se a tudo o mais.

A expressão viva da nação é a consciência dinâmica de todo o povo. É a prática coerente e inteligente de homens e mulheres. A construção coletiva de um destino presupõe uma responsabilidade à altura da história. De outro modo, é a anarquia, a repressão, o aparecimento de partidos tribalizados, do federalismo, etc. O governo nacional, se quiser ser nacional, deve governar pelo povo e para o povo, pelos deserdados e para os deserdados. Nenhum «leader», qualquer que seja o seu valor, pode substituir a vontade

UMA FRASE FEITA

 

Há uma frase feita, mas que deve ser aqui recordada: a liberdade não pode existir sem lhe estar associada a responsabilidade. Já se sabe que o exercício da minha liberdade termina onde começa a liberdade dos outros. É por isso que vimos antes existir toda uma série de limitações à liberdade de expressão e informação- justamente para garantir outros direitos dos cidadãos. Mas os jornalistas não podem repousar a sua consciência apenas nisto, não basta descansarem no facto de não estarem a incorrer em nenhum dos constrangimentos penais ou civis previstos. O jornalismo é uma profissão com profundo impacto social. Isto quer dizer que tudo o que é publicado ou difundido através dos media, por um lado, não pode ser alterado ou apagado, a partir do momento em que entrou no espaço público e, por outro lado, pode deixar marcas irreparáveis em entidades individuais e coletivas.

Os media podem ser usados perversamente para fazer campanhas contra ou a favor de pessoas e grupos, para destruir mesmo a vida de alguém, sem que haja qualquer instância de regulação a moderar ou equilibrar a sua atitude.

É certo que os visados podem invocar a iniciativa de corrigir um erro que involuntariamente tenha afetado o seu trabalho. Mas, é impossível eliminar por completo os efeitos da primeira informação, não apenas porque, nem toda a gente que a recebeu terá conhecimento da retificação como porque há sempre no seio do público uma impressão inicial que nunca mais se apagará.

VAMOS CAVALGAR O FUTURO?

 

 

 

De BIGA ou TAPETE MÁGICO, eles são os elementos históricos, simbólicos que nos podem estabelecer a ligação entre o mundo real e o imaginário. Estes elementos mágicos englobam para os árabes, o sonho que transporta para sempre as pessoas, com as suas histórias feitas de sucessos e fracassos. Quem não tentou, para trás, eternamente, ficou!

Parecem ter sido estes elementos mágicos, que de forma incontrolável levaram e empurraram os povos conquistadores para o desvario da sua louca corrida a caminho do impossível para si e para o seu povo.  Por vezes, também, a rua estreita do possível é o futuro que almejamos! As ruas largas têm muitos caminhos onde nos perdemos, a rua estreita, essa mesma, não nos deixa espaço para desvarios e encurrala-nos até ao patamar que queremos alcançar com justiça. O homem não teria alcançado o possível, se inúmeras vezes não tivesse tentado atingir aquilo que lhe parecia impossível!

VAMOS TIRAR CONCLUSÕES

 

O nosso país e principalmente os portugueses, precisam que tiremos conclusões. Para quê? Pois, para que este povo tenha garantido o seu sustento e da sua família, com dignidade e segurança. Se estamos mal, é certamente porque os políticos decidiram mal, mas decidiram. Se decidiram pela sua cabeça, ou pressionados por lóbis é outra questão.

Lendo o passado, podemos concluir e relembrar! Vejamos: “ É preciso acabar com as pequenas guerras internas, com a proteção de interesses que não são do partido, com o branqueamento de personalidades que se servem de nós, mas não nos servem”. Afirmou Pinto Balsemão aos militantes do PSD!

Bom, se precisamos de emprego como “pão para a boca” alguém tem que pôr a nossa economia a andar para a frente! Cabem as decisões aos políticos?

Há quem pense que sim e há quem pense que não. Numa notícia de Helena Pereira com M.A.M. podia-se ler: “A criação de uma comissão independente para assessorar o Governo na análise das grandes obras públicas está a ter cada vez mais adeptos. A esquerda e Marques Mendes aplaudiram a pressão sobre o Governo de José Sócrates. João Cravinho defendeu só a criação de um grupo de trabalho, liderado por Silva Lopes, para fornecer ao Governo estudos e pareceres! “ Mas não é um grupo de super sábios, daqueles que querem ser ministros sem terem que ir a eleições”. Acontece, que é precisamente isto que se faz nos grandes e prósperos países! Os políticos limitam-se a acompanhar o desenvolvimento dos planos. Marcelo Rebelo de Sousa também apoiou a criação de uma Comissão de Avaliação de Investimentos nas tomadas fundamentadas de decisões. Será que Sócrates tomou as medidas corretas? Se as tivesse tomado estaríamos na situação crítica em que estamos.

Já os “illuminati” afirmaram que: “a sua luz  provinha, não de uma fonte autorizada mas secreta, mas de dentro, como resultado de um estado alterado de consciência, ou seja, esclarecimento espiritual e psíquico.” Bom, a votos nunca eles foram. 

Boa noite,


Há em Portugal uma espécie de regra não escrita do jornalismo de sentido único de acordo com a qual basta meia dúzia de manifestantes juntarem-se nas imediações de qualquer ato oficial para se lhes dar a mesma, porventura até mais cobertura do que ao evento que está a decorrer. Os sindicalistas, em especial os sindicalistas da CGTP, sabem que assim é e, apesar de muitas vezes serem os mesmos e só terem levado as suas faixas de um “protesto” para outro, já sabem que têm garantida uma generosa cobertura mediática.
Ontem, na Guarda, durante as cerimónias do 10 de Junho, era isso que estava de novo a acontecer até que o Presidente da República se sentiu mal e teve de ser socorrido no local. Os manifestantes, onde avultava a figura de Mário Nogueira, ignoraram o facto e continuaram aos gritos, só se calando depois de o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, general Pina Monteiro, ter subido à tribuna para pedir “respeito por Portugal e pelas Forças Armadas”, como aqui relatámos. E amainaram porque, nessa altura, a população presente fez sentir aos manifestantes que já tinham ido além do tolerável. Mesmo assim, ao olhar hoje para as bancas de jornais, vemos que houve quem entendesse que se justificava chamar à primeira página a existência dos protestos, apenas porque existiram.
Outros tiveram, contudo, uma atitude bem diferente. Foi o caso de Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias:
“Quando discursava, Cavaco Silva desmaiou. Perante um homem que desmaia, um homem que lhe berra cala-se. Nogueira continuou a berrar. E a dúvida que se lhe pode pôr na política - ele presta-se à direita ou à esquerda? - Fica desfeita na vida geral: simplesmente ele é sem préstimo.”
Mas o comportamento dos manifestantes na Guarda não destoou, para o bem e para o mal, do comportamento de muitos cidadãos que, nas redes sociais, entenderam ser aquele momento adequado para umas piadolas . Helena Matos refere-se ao fenómeno, e uma piadinha em particular, neste post do Blasfémias:
“Num país distante, uma minoria que se considerava moralmente superior lidava mal com o princípio de “um homem um voto”. Nesse país, um homem que a minoria detestava ganhou várias eleições e tornou-se Presidente da República. Um dia esse homem enquanto Presidente sentiu-se mal enquanto discursava na cerimónia do dia do seu país. No Facebook alguém escreve  «nem o tipo morre nem a gente almoça». O tipo não morreu. E mais ou menos uma hora depois o tipo estava a colocar uma medalha no peito do pai da autora daquele comentário.”
É caso para dizer que os atos ficam com quem os pratica, e o relevante, no dia de ontem, foi o apelo, mais um, do Presidente da República a um acordo entre os principais partidos, acordo que se deveria concretizar até à apresentação do próximo Orçamento do Estado.
No Observador,  David Dinis sublinhou de imediato que “o acordo que [o PR] agora recuperou não é pedir demais: é o mínimo”. Mais: “este Presidente já não pode perder um minuto deste seu último mandato que não seja nesta batalha por um acordo partidário de médio prazo”. Só que, acrescentou, já se sabia o que ia acontecer:
“Nos próximos dias meio Portugal dirá que não faz sentido, que sabemos todos que não é possível, que o PS está no meio de uma guerra, que o Governo está noutra”. 
Foi exactamente o que aconteceu. Mesmo assim notou-se em algumas análises, uma indisfarçável inquietação pelo rumo que a discórdia política está a tomar.
No Diário Económico António Costa notou “que ainda não é claro se os líderes políticos já aprenderam a viver no euro ou se os últimos três anos foram, para eles e para a generalidade dos cidadãos, um 'mal necessário' para um desejado regresso ao passado”. Isso explicaria aquilo que viu como um “ultimato” de Cavaco, prevendo que este possa ainda utilizar a única arma que lhe resta: antecipar o calendário eleitoral.
Já no rival Jornal de Negócios,  Helena Garrido (texto só para assinantes) foi um pouco mais longe e falou de “ameaça de crise de regime”. E explicou:
“Quando o Presidente recomenda que se escolha como "tempo de diálogo" o tempo que vamos ter até à apresentação do Orçamento do Estado para 2015, quem conhece os riscos que enfrentamos sabe que tem razão. PS, PSD e CDS têm poucos meses para recuperar a confiança dos portugueses. E é urgente que o façam, se querem ter nas eleições do próximo ano os votos necessários e suficientes para garantirem o poder de uma revisão constitucional.”
Não temos, de facto, nem muito tempo nem muitas alternativas. Basta consultar o Boletim Económico de verão do Banco de Portugal, que foi hoje divulgado. Mais do que os pequenos ajustes a que procedeu às suas previsões de crescimento económico, sem muito significado, contam os seus alertas: ou seja, o “crescimento da economia portuguesa continuará a ser condicionado por alguns constrangimentos estruturais”, pelo que é fundamental “assegurar um nível de consumo compatível com o rendimento”. Exige-se, também, “uma visão de longo prazo que garanta a consistência intertemporal das políticas e entre políticas, bem como “um enquadramento institucional estável”.
Até porque “o ajustamento das contas públicas está longe de estar concluído” e, só até 2019, ainda vamos necessitar de medidas equivalentes a 4% do produto interno bruto, ou seja, sensivelmente 6,7 mil milhões de euros. Isto contas feitas ainda antes da recente decisão do Tribunal Constitucional.
 
Outros tiveram, contudo, uma atitude bem diferente. Foi o caso de Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias:
“Quando discursava, Cavaco Silva desmaiou. Perante um homem que desmaia, um homem que lhe berra cala-se. Nogueira continuou a berrar. E a dúvida que se lhe pode pôr na política - ele presta-se à direita ou à esquerda? - fica desfeita na vida geral: simplesmente ele é sem préstimo.”

ABOLIÇÃO DO DINHEIRO NO MUNDO

 

Utopia? Talvez não … O tempo o dirá .....

Vamos supor que o mundo decidia que o dinheiro é a causa de todos os males da humanidade e decidiria eliminar a moeda da nossa vida. Num primeiro tempo teríamos que eliminar a carteira e o porta-moedas. Rapidamente. Mesmo que algo melhorasse, não nos sairia do pensamento que o mundo está doido! E agora?

É com enorme frequência que vejo pessoas declamando quão belo e puro o mundo seria caso não existisse o dinheiro, pois o dinheiro macula todas as relações humanas e só traz problemas e discórdias, sendo que, na realidade, "ninguém precisa de dinheiro para viver".

Bom, até poderia ser que tudo isto ficasse melhor, mas uma mudança destas, embaraçaria todo o mundo. É que o dinheiro surgiu justamente para facilitar a troca entre as pessoas. Agora vamos trocar o quê? Alguém vai ficar a perder! Mas hoje já não é assim?

É possível a toda a gente trabalhar e consumir, com o uso de um cartão de débito e crédito.

É bem verdade, que as moedas e as notas, são uma porcaria de mão, em mão. Mas também é verdade, que não há hoje quem não queira mais e mais porcaria desta! O dinheiro é uma fixação!

No dia em que for publicada tal possibilidade, a maioria das pessoas nem vai conseguir dormir!

Coça na cabeça, e pergunta a si própria; que vou eu comprar para o almoço? E, ao sair de casa, assegura-se ainda se leva algum dinheiro. Interroga-se no que dizer, no supermercado?

Não podemos ignorar que, ao longo da história, as mercadorias muito usadas e fáceis de transportar e de dividir se tornaram um meio de pagamento comum.

Você poderia, por exemplo, trocar os seus remédios por sal e comprar arroz com parte do troco.

Mas qual troco?

Só que para o troco em bens de consumo, não haveria sacos que chegassem! E então, quantos sacos ainda seriam precisos para as nossas compras.

Quanto ao défice excessivo, o PIB da nossa economia, o número de desempregados, etc. Seriam drasticamente reduzidos. Porquê?

Bom, começa porque os políticos não dão troco a ninguém. Depois, para tudo iriam arranjar uma explicação de ser engolida.

Desta vez, diriam que só aceitaram esta medida a custo (o desaparecimento das notas), porque isso dava muito nas vistas. Certamente ninguém gosta mais delas!

A sua vingança será fornecerem à comunicação social, dados estatísticos óptimos! Para assim, não saírem mais do poleiro.

Para tal, com a experiência de manipularem o dinheiro, mais fácil lhes será, “acrescentar batatas e diminuir melões”

Num mundo onde será preciso entrar em trocas (rendas), que garantam a sobrevivência, não há tempo para produzir bens sofisticados, como ciência, política ou cultura. As profissões especializadas acabariam e toda a infra-estrutura existente hoje, como estradas, portos e ferrovias, seria inutilizada também sem dinheiro. Já que só faz sentido, nesta nova estrutura de comércio, uma forma simples, ágil e intensa.

Se a população se mantiver firme no propósito de não voltar a usar nenhuma moeda comum de troca, o comércio teria de se adaptar, sem colapso.

 As cidades, que são os centros mais intensos de troca na economia, seriam um tanto abandonadas e as pessoas migrariam para o campo, para viver em pequenos grupos auto-suficientes. Aos poucos, a civilização que conhecemos deixaria de existir e viveríamos uma nova versão da alta Idade Média – sem cidades, com outro comércio e sem muita gente aglomerada.

Não será impossível adaptar a nossa actual sociedade, a esta nova forma de viver. Com um bem organizado sistema informático, no final de cada mês poderíamos saber quem poupou ou quem gastou mais do que devia, graças ao uso do seu cartão individual.

- Sem moeda, profissionais muito especializados, como um estilista ou um cientista, não sobreviveriam com o seu trabalho. As trocas seriam feitas entre bens de primeira necessidade e fáceis de serem confeccionados. Acima de tudo com valores padrão, encontrados através dos dados estatísticos de longa data.

 

- Neste novo mundo, será importante construir, arar, colher. A força física e a habilidade manual voltarão a ser valorizadas. As mulheres, mais frágeis, voltariam a ser "dependentes" dos homens.

 

- O relacionamento entre as pessoas, seria mantido por um diálogo amistoso e respeitador.

 

- O dinheiro é um poderoso motor nos dias de hoje e por muito que, dia a dia, ele seja uma necessidade, não precisamos do dinheiro para ter uma vida saudável e feliz. Se forem mudadas as mentalidades, será possível viver em harmonia e,  a necessidade de dinheiro, desaparece como por encanto. …

- O nosso trabalho seria um prazer, escolhido pelos trabalhadores. E bem assim o horário, no nosso dia-a-dia!

- Os sindicalistas iam dar uma volta e pregar para outro lado.

- Com a manutenção dos actuais empresários, dentro de um sistema de cooperação saudável, em que todos se ajudariam uns aos outros. Os trabalhos seriam, maioritariamente, de suporte; fornecimento de água, cultivo de alimentos e a construção de uma “nova terra”. Terra de paz e bem!

- Sem o status social de hoje, as pessoas iriam dedicar-se às suas carreiras com outro entusiasmo, os médicos iriam tratar doentes com prazer, e os professores ensinariam com prazer.  Provavelmente, haveria maiores avanços porque deixava de haver as limitações que o dinheiro causa e todos seriam tratados de igual forma. Não sendo iguais!

- Nos dias de hoje, com as vidas atarefadas que temos, sobra pouco tempo para a família. Caso fosse retirado das nossas vidas a necessidade de ganhar dinheiro pela sobrevivência, o tempo de trabalho seria mais limitado e sobraria mais tempo para apoiar a família.

- Se retirarmos as questões de sobrevivência da nossa vida tudo o que fica são as questões de saúde, relacionamentos e espiritualidade, o teu crescimento pessoal e a criatividade. As férias não desaparecem, tal como o subsídio respectivo.

- Resta saber quem nos pagaria a reforma?

- Os governantes do país e outras oficialidades necessárias, seriam encontrados por sorteio do número do contribuinte entre todos os cidadãos inscritos. Os partidos deixariam de ser necessários.

- A educação seria uma partilha de experiências com pessoas de todas as idades, nos mais diversificados ambientes humanos. Faz parte do aprender a prática e quem se torna professor, fica aluno também.

- Os pagamentos seriam feitos com um cartão de crédito/débito, e com auxílio de um super – sistema informático se saberia no final de cada mês quem teria de produzir mais batatas para manter um funcionalismo público (diminuto) e outras despesas extraordinárias a bem da nação.

- De resto, não haveria dívidas nem défices excedentários, tal como não haveria corrupção (como seria possível roubar sacos de batatas sem se dar por tal?)

 

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