Um governante canadiano, gasta-se na luta por legislar a criação de documentos neutros! Revelou, numa entrevista televisiva, que o seu governo está estudar a possibilidade de os documentos de identificação terem outras opções além do masculino e feminino. Isto num mundo cheio de problemas e fome!
Depois de um enorme e insistente fervor ateísta assistimos agora, também impotentes, a uma transformação subtil e perigosa de algumas correntes radicais a favor de uma desconstrução da nossa cultura europeia e ocidental! Com isso, todas as sociedades ocidentais estão a entrar em perda de harmonia estrutural, logo de solidez. E por isso eles, na sua actuação, estão a comprometer o presente e o futuro desta nossa milenar civilização.
Tais correntes radicais são certamente o expoente máximo de um bem-estar social a que chegou esta nossa cultura e que é hoje tomado por elas como escasso e também considerado como um dado adquirido num mundo repleto de incertezas no futuro.
Os sistemas de ensino entraram, em Portugal, numa desencantada e vazia fonte de aprendizagem não dando aos alunos uma perspectiva real da cultura que nos trouxe até aqui, perdendo-se ultimamente em preocupações “abrilistas”, sobre figuras de um passado recente, bem pequenas e irrisórias quando comparadas com uma larga visão de um mundo, de um país e de uma civilização de milhares de anos.
Nunca tais racionalistas radicais poderão entender a grandeza de gente muito anterior ou posterior a Cristo que, muito para lá da barriga e do conforto, se preocupou essencialmente em desvendar os segredos da natureza, do Homem e do universo, procurando descobrir o seu lado espiritual e superior.
Nunca eles poderão entender ou querer entender, se o universo funciona como um grande pensamento divino. Tais seres limitam-se a pensar que eles próprios são o universo!
Não admitem que a matéria possa ser como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Nem sequer aceitam como possível que todo o conhecimento possa fluir e refluir da nossa mente, uma vez que estamos ligados a uma mente divina que contém todo esse conhecimento.
A sua atenção está tão concentrada no microcosmo que não se apercebem do imenso macrocosmo à nossa volta.
Portanto também não podem aprender e compreender as grandes verdades do cosmo, ou observar como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.
Nem que das galáxias às partículas subatómicas, tudo é movimento.
Tão pouco aceitarão que a própria matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas repleta de movimento.
Duvidarão sempre esses assanhados racionalistas, que o claro e o escuro também são manifestações da luz e que a síntese da árvore da vida poderá ser o Homem Arquétipo. Ou duvidam, também, que a Água, Ar, Terra e Fogo, objetos de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica, sejam os “ Quatro Elementos” da natureza?
Depois de um enorme e insistente fervor ateísta assistimos agora, também impotentes, a uma transformação subtil e perigosa de algumas correntes radicais a favor de uma desconstrução da nossa cultura europeia e ocidental! Com isso, todas as sociedades ocidentais estão a entrar em perda de harmonia estrutural, logo de solidez. E por isso eles, na sua actuação, estão a comprometer o presente e o futuro desta nossa milenar civilização.
Tais correntes radicais são certamente o expoente máximo de um bem-estar social a que chegou esta nossa cultura e que é hoje tomado por elas como escasso e também considerado como um dado adquirido num mundo repleto de incertezas no futuro.
Os sistemas de ensino entraram, em Portugal, numa desencantada e vazia fonte de aprendizagem não dando aos alunos uma perspetival real da cultura que nos trouxe até aqui, perdendo-se ultimamente em preocupações “abrilistas”, sobre figuras de um passado recente, bem pequenas e irrisórias quando comparadas com uma larga visão de um mundo, de um país e de uma civilização de milhares de anos.
Nunca tais racionalistas radicais poderão entender a grandeza de gente muito anterior ou posterior a Cristo que, muito para lá da barriga e do conforto, se preocupou essencialmente em desvendar os segredos da natureza, do Homem e do universo, procurando descobrir o seu lado espiritual e superior.
Nunca eles poderão entender ou querer entender, se o universo funciona como um grande pensamento divino. Tais seres limitam-se a pensar que eles próprios são o universo!
Não admitem que a matéria possa ser como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Nem sequer aceitam como possível que todo o conhecimento possa fluir e refluir da nossa mente, uma vez que estamos ligados a uma mente divina que contém todo esse conhecimento.
A sua atenção está tão concentrada no microcosmo que não se apercebem do imenso macrocosmo à nossa volta.
Portanto também não podem aprender e compreender as grandes verdades do cosmo, ou observar como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.
Nem que das galáxias às partículas subatómicas, tudo é movimento.
Tão pouco aceitarão que a própria matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas repleta de movimento.
Duvidarão sempre esses assanhados racionalistas, que o claro e o escuro também são manifestações da luz e que a síntese da árvore da vida poderá ser o Homem Arquétipo. Ou duvidam, também, que a Água, Ar, Terra e Fogo, objetos de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica, sejam os “ Quatro Elementos” da natureza?
Um governante canadiano, gastou-se na luta pora legislar a criação de documentos neutros! Revelou, numa entrevista televisiva, que o seu governo está estudar a possibilidade de os documentos de identificação terem outras opções além do masculino e feminino. Isto num mundo cheio de problemas e fome!
Vendem o seu voto a empresas que mordem os cofres do Estado; prestigiam projectos de grandes negócios com o erário, cobrando os seus discursos a tanto por minuto; pagam aos seus eleitores com destinos e dádivas oficiais, comercializam a sua influência para obter concessões a favor da sua clientela. A sua gestão política costuma ser tranquila: um homem de negócios está sempre com a maioria. Apoia todos os Governos.
“Os servis vadiam pelos Congressos em virtude da flexibilidade de sua espinha dorsal. Lacaios de um grande homem, ou instrumentos cegos de seu partido, não se atrevem a discutir a chefia do primeiro nem as instruções do segundo. Não se exige talento, eloquência ou
probidade: basta a certeza da sua afiliação a um grupo. Vivem da luz alheia, satélites sem cor e sem pensamentos, presos à carroça do seu cacique, sempre dispostos a aplaudir, quando ele fala, e a se levantar, quando chega a hora da votação".
“Os cúmplices, grandes ou pequenos, aspiram a tornar-se funcionários. A burocracia é uma convergência de homens vorazes à espreita... Esse anseio de viver às custas do Estado rebaixa a dignidade... O funcionário cresce nas burocracias modernas. Antigamente, quando era necessário delegar parte das suas funções, os monarcas escolhiam homens de méritos, experiência e fidelidade. Quase todos pertenciam à casta feudal; os grandes cargos eram
vinculados à causa do senhor. Junto a ela, formavam-se pequenas burocracias locais. Ao crescerem as instituições do governo, o funcionalismo cresceu, chegando a ser uma classe,
um novo ramo das oligarquias dominantes. Para impedir que fosse activa, regulamentaram-na, retirando toda a iniciativa e afogando-a na rotina. Contra o seu anseio de mando, opôs-se uma submissão exagerada. A pequena burocracia não varia; a grande, que é a sua chave, muda com o partido que governa. Com o sistema parlamentarista, ela foi escravizada duplamente: pelo executivo e pelo legislativo. Esse jogo de influências bilaterais converge para diminuir a dignidade dos funcionários. O mérito fica totalmente excluído; basta a influência. Com ela ascende-se por caminhos equívocos. A característica do inculto é achar-se apto para tudo, como se a boa intenção salvasse a incompetência... As consequências imediatas do funcionalismo são o servilismo e a adulação. Existem desde que há poderosos e favoritos."
O nosso herói nasceu em Buenos Aires. Foi o que hoje chamaríamos de uma personalidade multidisciplinar. Médico, catedrático, estudioso de psicologia, filosofia e
sociologia. Conferencista, polémico, independente das correntes políticas da sua época, ataca a falta de idealismo de seu tempo.
O Homem Medíocre trata de uma análise do carácter humano em função das suas desigualdades. Além disso, do entorno social que produz a que ele chama de mediocracia, o regime em que somente os medíocres triunfam. Para que a sociedade dê o salto qualitativo, capaz de fazê-la pular a cerca das limitações impostas pela conjuntura, é necessário que apareçam os forjadores de ideais, as lideranças carismáticas que a história produziu em nomes como Lincoln, Gandi, Washington, Sarmiento, etc.
A sua crítica impiedosa aos desvios da sociedade do seu tempo, aponta para a necessidade de superação dos defeitos morais que impedem a formação de ideais, tais como o servilismo, a rotina e a hipocrisia.
"Até hoje, nunca houve uma democracia efectiva” escrevia José Ingenieros em 1913. ”Os regimes que adoptaram esse nome foram uma ficção. As supostas democracias de todos os
tempos foram confabulações de profissionais para se aproveitarem das massas e excluírem os homens eminentes. Sempre foram mediocracias. A premissa da sua mentira foi a existência de um ‘povo’ capaz de assumir a soberania do Estado. Não existe tal coisa: as massas pobres e ignorantes não tiveram até hoje capacidade para governar: apenas trocaram de pastores”.
“Os maiores teóricos do ideal democrático foram, na realidade, individualistas e partidários da selecção natural: perseguiam a aristocracia do mérito contra os privilégios das castas. A igualdade é um equívoco ou um paradoxo, conforme o caso. A democracia foi uma ilusão, como todas as abstracções que povoam a fantasia dos iludidos ou formam o capital dos falsos.
O povo estava distante dela.“
“As matilhas de medíocres novatos, atadas pelo pescoço com a correia de apetites comuns, ousam denominar-se partidos. Ruminam um credo, fingem um ideal, arreiam fantasmas consulares e recrutam um exército de lacaios. Isso basta para disputar abertamente cargos e privilégios governamentais.
Não confundir nunca pura maldade com traição. Por vezes andam juntas, mas podem andar sozinhas. A maléfica vai mais longe, invoca Lúcifer, fala com corvos, enfeitiça reinos e belas herdeiras... Mas qual é a verdadeira razão de tanto trabalho? Merece a pena condenar um bebé à morte só porque não se foi convidado para o seu baptizado? A verdadeira razão é encontrar e juntar-se com a traição.
Não é o tormento de saber que “queria, mas não queria”, mas agora já quer. Ela sabe que ataca quem a ajudou e que, depois, se submete aqueles que transportam em si, o signo de mandar nos outros. Sem direito a renúncia!
É uma pena que a vilã mais requintada de toda a TRAMA seja a menos sofisticada.
Toda a cabra que se preze sabe que a vingança é um excelente motivo para cometer actos pérfidos, horrendos, reprováveis e malcheirosos. Toda a cabra que se preze sabe também da importância de mandar nas vozes que tantas vezes fazem eco nas cabeças mais despenteadas. Porque “ o ataque sórdido” não é (só) maluqueira, a nossa “Virgem” teria dado uma excelente cabra se não fosse precisamente isso, doida. É doida mas não VIRGEM, PORQUE AMANHÃ VOLTA A PECAR. Tantas vezes quantas forem precisas. A VIRGEM que vimos despertar do nada tem maldade, sede de vingança, é invejosa, mentirosa, retorcida, silenciosa e conhecedora dos medos angelicais que disfarça. É uma cabra de livro? O problema é que não é dela este ódio sobrenatural. A verdadeira cabra deste filme não está morta e chama-se ASSALTO. A URDIDURA não passa de um fantoche tresloucado, de uma pobre velha histérica perseguida por um fantasma que a domina, que se lhe mete na cama e lhe molha os sonhos. É o monstro que traz no corpo, a ofensa. É o ataque a quem é competente, honesto, amigo, transparente e se endireita com os monstros da escuridão. A nossa VIRGEM OFENDIDA sabe de tudo isto e mais ainda, mas tem de obedecer a Lúcifer. Tem de trair os justos, porque se não, nunca haverá lugar para ela no reino da podridão.
A actualidade da Mensagem de Fernando Pessoa, na verdade, faz pensar e renovar espiritualmente a raça portuguesa. Saibamos, no entanto, que essa Mensagem não é a apologia do povo português, mas o apelo à utopia, para melhorar Portugal e talvez o mundo.
O nosso país,é hoje um país onde as reformas estruturais parecem nunca passar da sua primeira fase! Ou seja, do seu anúncio. No contexto europeu, somos hoje um mau aluno, ao jeito de qualquer possuidor de um diploma das “Novas Oportunidades”. Cresce o descontentamento, a criminalidade, o desemprego e decresce o nível de vida, a economia, e a esperança dos portugueses. Estes, aturdidos, votam cada vez mais à esquerda, em contra-ciclo, com a Europa! A nossa democracia está frágil e desacreditada aos olhos dos votantes. Muitos perigos espreitam, hoje, Portugal e os portugueses. Muitas vozes se têm levantado convidando à reflexão e à mudança, todavia, existe na pele dos lusitanos uma indiferença que os torna cegos e surdos! Olham para tais arautos (da desgraça) como se fossem loucos.
Porém, a nossa salvação, a ser conseguida, aparecerá somente ao fim de várias dezenas de anos. É tempo demais para ter esperança numa nova vida.
De resto, ninguém conhece qual o rumo a seguir para o país que temos. Não há projecto e sem ele não há futuro. Numa Europa e num mundo globalizados, a circunstância de estarmos no fim do pelotão europeu, é desanimadora para toda a gente.
Todavia, parece ser sina nossa, sermos diferentes. Ou somos pioneiros arrasando o mar em busca de conquistas impressionantes ou ficamos perdidos na estrada que suporta a nossa mágoa e tristeza juntamente com o nosso cansaço.
Do mar nunca retivemos a imagem do “surfista” que espreita a formação da onda, para nela se montar e galgar com prazer, a distância à terra firme. É pena. No fundo é de uma onda que nos leve, que os portugueses precisam! De mar sabemos nós. Temos dormido e sonhado vidas inteiras com ele. Das ondas também. Vamos, pois, parar e pensar.
Para é fácil. Há muito que o fazemos. O pensar tem-se tornado cada vez mais difícil para nós. Quanto maior é o caos, incerteza e pessimismo, maior é a necessidade de “fuga para a frente” e menor é a coragem de se pensar nos porquês, uma vez que isso demora tempo. Parece que o tempo urge e que estamos parados há décadas, mas talvez seja vantajoso parar com inteligência.
É essa inteligência que nos pode mostrar e lembrar que a crise é global. No mundo as interrogações são muitas. O aquecimento global, escassez de recursos (água, petróleo, matéria prima, etc.) Soluções não abundam. Só abundam convicções. Dentro delas sabe-se que o enorme aumento da natalidade é preocupante. O desemprego avassalador por todo o lado, também!
A dignidade do Homem e mais, ainda, das famílias, tem de ter uma resposta. Metade do mundo não pode nadar em supérfluos e a outra em fome e miséria. A mudança é imperiosa! Às cegas nunca. Devemos partir montados na onda, sendo ela, agora, os valores humanos mundiais. Desde logo, uma enorme plêiade de novos conceitos. No fundo é o capital humano, e as vias para o seu relacionamento.
”Os políticos e os líderes empresariais necessitam de mudar os fundamentos da civilização moderna". Ou seja: 1) a sociedade deve abandonar o conceito da dominação e orientar -se para o conceito da colaboração: 2) a economia necessita de ir para lá do objectivo do crescimento e estabelecer uma nova ordem económica baseada na transformação: 3) necessitamos abandonar também a disponibilidade infinita da energia e dos recursos e definir o conceito da interferência mínima no ambiente: 4) necessitamos de um novo quadro social e económico de criação de valor, baseado nos valores humanos universais.
" O ponto de mudança da Grande Transformação está perto. Há tremendas oportunidades ou um enorme desastre. As nossas acções - ou os nossos fracassos em agir - decidirão o futuro da vida na Terra".
Por último, uma aposta em Portugal, membro da UE, feita pela Europa dos 27, impõe-se: seríamos nós, Portugal, pela sua dimensão reduzida, pelo baixo valor dos seus indicadores económicos, pelas qualidades e experiência do seu povo, a lavrar esta grande mudança a caminho de um novo mundo mais solidário e sustentável. Não seríamos cobaia mas sim pioneiros. Orgulhosos.
Caminharíamos na frente e isso nos motivaria. Aos outros países ficaria a certeza do caminho não minado. De um caminho seguro. De resto, a tarefa de explorar o mar já nos foi dada. Está bem entregue. Era lindo ver liderado pelo povo português, o V Império de Fernando Pessoa. O Durão Barroso pode abrir este caminho para um novo mundo, ao lado dos seus compatriotas. Fazia-se história e abria-se uma grande janela no mundo. A janela do respeito e da solidariedade entre os Homens. Aberta pela utopia!
A actualidade da Mensagem de Fernando Pessoa, na verdade, faz pensar e renovar espiritualmente a raça portuguesa. Saibamos, no entanto, que essa Mensagem não é a apologia do povo português, mas o apelo à utopia, para melhorar Portugal e talvez o mundo.
O nosso país,é hoje um país onde as reformas estruturais parecem nunca passar da sua primeira fase! Ou seja, do seu anúncio. No contexto europeu, somos hoje um mau aluno, ao jeito de qualquer possuidor de um diploma das “Novas Oportunidades”. Cresce o descontentamento, a criminalidade, o desemprego e decresce o nível de vida, a economia, e a esperança dos portugueses. Estes, aturdidos, votam cada vez mais à esquerda, em contra-ciclo, com a Europa! A nossa democracia está frágil e desacreditada aos olhos dos votantes. Muitos perigos espreitam, hoje, Portugal e os portugueses. Muitas vozes se têm levantado convidando à reflexão e à mudança, todavia, existe na pele dos lusitanos uma indiferença que os torna cegos e surdos! Olham para tais arautos (da desgraça) como se fossem loucos.
Porém, a nossa salvação, a ser conseguida, aparecerá somente ao fim de várias dezenas de anos. É tempo demais para ter esperança numa nova vida.
De resto, ninguém conhece qual o rumo a seguir para o país que temos. Não há projecto e sem ele não há futuro. Numa Europa e num mundo globalizados, a circunstância de estarmos no fim do pelotão europeu, é desanimadora para toda a gente.
Todavia, parece ser sina nossa, sermos diferentes. Ou somos pioneiros arrasando o mar em busca de conquistas impressionantes ou ficamos perdidos na estrada que suporta a nossa mágoa e tristeza juntamente com o nosso cansaço.
Do mar nunca retivemos a imagem do “surfista” que espreita a formação da onda, para nela se montar e galgar com prazer, a distância à terra firme. É pena. No fundo é de uma onda que nos leve, que os portugueses precisam! De mar sabemos nós. Temos dormido e sonhado vidas inteiras com ele. Das ondas também. Vamos, pois, parar e pensar.
Para é fácil. Há muito que o fazemos. O pensar tem-se tornado cada vez mais difícil para nós. Quanto maior é o caos, incerteza e pessimismo, maior é a necessidade de “fuga para a frente” e menor é a coragem de se pensar nos porquês, uma vez que isso demora tempo. Parece que o tempo urge e que estamos parados há décadas, mas talvez seja vantajoso parar com inteligência.
É essa inteligência que nos pode mostrar e lembrar que a crise é global. No mundo as interrogações são muitas. O aquecimento global, escassez de recursos (água, petróleo, matéria prima, etc.) Soluções não abundam. Só abundam convicções. Dentro delas sabe-se que o enorme aumento da natalidade é preocupante. O desemprego avassalador por todo o lado, também!
A dignidade do Homem e mais, ainda, das famílias, tem de ter uma resposta. Metade do mundo não pode nadar em supérfluos e a outra em fome e miséria. A mudança é imperiosa! Às cegas nunca. Devemos partir montados na onda, sendo ela, agora, os valores humanos mundiais. Desde logo, uma enorme plêiade de novos conceitos. No fundo é o capital humano, e as vias para o seu relacionamento.
”Os políticos e os líderes empresariais necessitam de mudar os fundamentos da civilização moderna". Ou seja: 1) a sociedade deve abandonar o conceito da dominação e orientar -se para o conceito da colaboração: 2) a economia necessita de ir para lá do objectivo do crescimento e estabelecer uma nova ordem económica baseada na transformação: 3) necessitamos abandonar também a disponibilidade infinita da energia e dos recursos e definir o conceito da interferência mínima no ambiente: 4) necessitamos de um novo quadro social e económico de criação de valor, baseado nos valores humanos universais.
" O ponto de mudança da Grande Transformação está perto. Há tremendas oportunidades ou um enorme desastre. As nossas acções - ou os nossos fracassos em agir - decidirão o futuro da vida na Terra".
Por último, uma aposta em Portugal, membro da UE, feita pela Europa dos 27, impõe-se: seríamos nós, Portugal, pela sua dimensão reduzida, pelo baixo valor dos seus indicadores económicos, pelas qualidades e experiência do seu povo, a lavrar esta grande mudança a caminho de um novo mundo mais solidário e sustentável. Não seríamos cobaia mas sim pioneiros. Orgulhosos.
Caminharíamos na frente e isso nos motivaria. Aos outros países ficaria a certeza do caminho não minado. De um caminho seguro. De resto, a tarefa de explorar o mar já nos foi dada. Está bem entregue. Era lindo ver liderado pelo povo português, o V Império de Fernando Pessoa. O Durão Barroso pode abrir este caminho para um novo mundo, ao lado dos seus compatriotas. Fazia-se história e abria-se uma grande janela no mundo. A janela do respeito e da solidariedade entre os Homens. Aberta pela utopia!
“ Cravos, capitães de Abril e o povo «que saiu à rua» são imagens que lhe provocam aversão. «É uma questão de estética», terá confessado a amigos mais próximos. Os ícones da esquerda são, para esta social-democrata, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML), de «muito mau gosto».
Helena Lopes da Costa tinha 20 anos em 25 de Abril de 1974. Nesse dia histórico estava a ter aulas na Faculdade de Direito de Lisboa, curso que abandonou mais tarde, e a sua rotina diária manteve-se exactamente como a do dia anterior. Não se juntou ao povo, nem empunhou um cravo e muito menos terá beijado um qualquer soldado revolucionário. Terá sido, segundo uma colega de partido, um dia «como outro qualquer» Vinte e oito anos depois aproveitou o feriado para gozar a «sua» liberdade. Ficou em casa a descansar.
Militante desde 1976, «formada» em “ Ciência Política “, professora universitária num Instituto Politécnico, foi a primeira Presidente de Junta da Freguesia de Algés, uma das maiores da do Distrito de Lisboa, onde se manteve por dois mandatos.
Nesse período, conquistou a inimizade do “dinossauro” Isaltino de Morais, que chegou a fazer queixa de Helena à então líder da distrital, Manuela Ferreira Leite, acusando-a de querer fazer «saneamentos políticos» na secção do PSD local.
Todos, amigos e inimigos lhe reconhecem « uma enorme capacidade de trabalho e uma grande generosidade ». Será assim a pessoa certa no cargo certo, visto que tem as pastas da Juventude, Habitação e Acção Social. Barrosista indefectível, apoiou Durão logo em 95, contra Fernando Nogueira. A sua intuição política tem sido certeira e todos os que apoiou – desde presidentes da distrital de Lisboa a Santana Lopes e, claro, Durão Barroso – conquistaram os lugares ambicionados.
As suas recentes atitudes na CML, como o assumir que quer acabar com as «festas de esquerda» ou o veto ao cartaz com uma imagem simbólica de Abril , que podem ter ofendido de morte muitos eleitores lisboetas , provam que Helena está longe , muito longe do « politicamente correcto ». Subscreverá Santana Lopes as suas palavras.”
Os habitantes de Queijas têm, naturalmente, motivos para algum desconforto ao lerem, no “Correio de Oeiras” de 16/07/2008, opiniões sobre o Mercado de Queijas, do Presidente da Junta e de um vereador da CMO.
As opiniões recolhidas pelo jornal, também não ajudam muito, na medida que não foram diversificadas, antes demasiado selectivas. Que saudades nos deixou o saudoso Carlos Saraiva.
Ficámos a saber que o Mercado de Queijas está sem vida própria, sem actividade comercial e com lojas fechadas. Para os lados da Cheuni há um centro comercial no mesmo estado de alma!
Comecemos por tentar entender o PJ de Queijas. Sabemos que há muito não vivia nesta vila e cá se instalou para ser o tal Presidente que o movimento IOMAF precisava ou lhe foi imposto. Entretanto, foi afastado do PSD e juntou-se a três outros cidadãos que nas anteriores eleições tinham integrado uma lista independente contra Isaltino de Morais. É muito complicado, mas dá para as pessoas desconfiarem. Se quiserem.
Naturalmente faltava ao actual presidente o conhecimento do passado, sempre muito importante. Não teve, também, humildade para se inteirar. Antes, entregou-se nas mãos destes “ independentes”, que tudo leva a crer que, afinal, não o são. Com o senhor vereador passar-se-á o mesmo. Assim, não sabem bem como dar a volta à situação!
Prosseguimos para dar a estes senhores a informação que a área do mercado, não é agradável nem convidativa. Com uma Casa de D. Miguel ao abandono e barracas de permeio, ainda não resolvidas. Com um lago cheio de pedras e lixo e sem um repuxo (que teve), num local onde abunda a água (um extenso lençol de água no subsolo). Existem três bombas a retirar água e a lançá-la no esgoto, para que o parque de estacionamento não fique inundado! Há quem tenha ouvido o Sr. Presidente da CMO em 2001, em visita ao mercado, dar ordens aos senhores arquitectos, para na frente do mercado, serem colocados efeitos de água, visando o embelezamento local. Até hoje nada.
O aspecto exterior não abona pela falta de limpeza e ajardinamento! Quanto ao interior as coisas ainda se complicam muito mais. O mercado, depois de uma fase inicial (1998/2001) em que manteve actividades lúdicas e muitas atracções artísticas de qualidade, foi sendo deixado ao descuido. Hoje tem lojas vazias, falta de qualidade e credibilidade. Tudo acrescido com a ocupação de duas lojas pela CMO. Numa, colocaram um serviço meramente de campanha (pequenas assistências a idosos pobres) esquecendo que Queijas, como as outras terras vizinhas, tem idosos ( ainda bem ), mas não são indigentes. Claro que há oportunistas! Á frente dela colocaram uma figura sobejamente conhecida em Queijas. Demais! Liderou o IOMAF na última campanha autárquica, local e tem 71 anos e praticamente não sabe ler! O que faz, quem lhe paga e como, é um mistério. o IGAT deveria investigar. O abandono do mercado tem razões!
Na outra sala, a que a Junta chama de multiusos, têm tentado fazer cultura (?) ou coisas parecidas. Sem conseguirem. Normalmente está fechada. Os elementos do executivo, nunca subsidiaram a Associação Cultural de Queijas, que poderia ou deveria utilizá-la. Se assim fosse, muita gente seria atraída diariamente ao local. Pretendem manipular esta associação e ela não deixa! Ela é, talvez, a única coisa independente em Queijas.
Os mercados de Algés e Carnaxide não são comparáveis com o de Queijas. Existem há muito mais tempo e souberam ganhar o seu espaço. O de Queijas, muito por culpa da tal figura colocada no mercado, foi prometido e quando chegou já não fazia sentido! Era o tempo dos Centros Cívicos. Os erros paga-os a população! O Centro Comercial da Cheuni está amorfo, mas por outras razões. Tem a ver com a situação muito periférica. Vive dos moradores da cooperativa.
De resto o centro de gravidade comercial e cívico de Queijas está a deslocar-se mais para a zona do Pingo Doce, Escola Secundária e Pavilhão. Numa área de qualidade e expansão acentuada iniciadas nos anos 1998/2001. O presidente da Junta não era guarda-nocturno!
Quanto ao Centro de Saúde de Queijas ou como mais modernamente diz o Presidente da Junta USF, está desde os anos 1998/2001, com protocolo assinado entre a CMO e o Ministério da Saúde. Deu muito trabalho e dias inteiros de reuniões.
Foi assinado em directo na SIC, para todo o país, entre estas duas entidades. Lamentavelmente parece que a CMO tem interesse em resolver este problema, primeiro em Algés e Carnaxide. Não admira, são áreas onde habitam muitos votantes. Existem gravações destes factos e por eles o presidente da Junta poderá certificar-se deles e ver como a Junta de então conseguiu estar em directo de manhã no programa de Fátima Lopes e á tarde, a cobrir uma grande manifestação de gente desta vila frente ao Centro de Saúde de Carnaxide. Presentes centenas de pessoa e o Presidente da Junta com a vereadora da saúde de então, Teresa Zambujo. Por último se informa que também esteve presente um dos actuais “ independentes”, que faz parte do actual executivo. Provavelmente até já se esqueceu! Não é autarca quem quer mas quem tem a bênção! Mesmo que não valha muito como tal! O povo paga tudo. É a vida.
o meu nome é Bruno Vicente, sou Presidente da recém criada PALCODISSEIA Associação Cutural de Queijas. Funcionamos há cerca de 3 anos nas instalações do centro paroquial. Ora andava eu a fazer uma pesquisa de espaços em queijas que pudessem ser utilizados para desenvolvermos as nossas actividades, mormente teatrais, quando me deparo com este seu texto. É um cenário triste e desolador mas para nossa infelicidade, é bem real. Queijas é um dormitório onde nada acontece, com dois mamarrachos bem no seu centro (igreja e mercado) que servem rigorosamente para nada, a primeira tem vindo a afastar cada vez mais os fiéis do seu seio, o segundo ... é aquilo que você descreve! Bem fica a partilha do desagrado e a espera de dias melhores
É com muita emoção que estou em contacto com esta boa juventude de QUEIAS. Começo por dizer que QUEIJAQS merecia mais, muito mais. Consegui muitas coisas para QUEIJAS, como Presidente da Junta, depois, estava a pedir de mais! Afastaram-me, não sem eu ter deixado a marca de homem forte e apaixonado pelos problemas desta boa TERRA. Criei um GENUÍNO MOVIMENTO acreditando na força da nossa gente. Fui traído por alguns. SEMPRE A traição... a troco de dois dinheiros. Agarrei a ACQ e fui lutando. Com ela, O GRUPO DE TEATRO FERSUNA, mas, os dois "mamarrachos" do centro de Queijas mais "outros mamarrachos do concelho, fizeram-me deixar cair o TEATRO. TUDO recomeça, com os mesmos actores (que não gostam de arte nem de TEATRO). Afligem-se, preferem estar de mão estendida, o que CRISTO nunca fez..... Em tudo que puder ajudar, contam comigo porque já estão no meu coração. Estão a sofrer como eu tenho sofrido. Um grande abraço deste vosso REIS LUZ
ninita santos (IP: 77.54.210.124) disse sobre O Mercado de Queijas na Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010 às 02:46:
Tudo era levado a sério, bem organizado, e ACQ nasceu porque o Reis Luz não não cruza os braços, nem se poupa a esforços. Infelizmente saí, não sem antes ter verificado que as atribuições de tarefas eram ali um estatuto, e não uma prioridade.
Por exemplo, quem organizava, o modo como os quadros seriam expostos era alguém que, não percebia nada disso. Mas , O Reis luz demonstrou sempre uma grande vontade de manter a ACQ a funcionar bem e vitalidade para trabalhar, decidir, estudar não lhe faltava. O que lhe faltou foi saber distinguir entre "falso ou verdadeiro" Foi utilizado, foi traído, sim senhor, mas não por quem estava com ele. Que não mereceu é verdade. Mas nem sempre podemos pôr os nervos dos outros á prova. Mas a ACQ continuou sem mim e sem os outros traidores, os verdadeiros ficaram lá.
E, cá para mim a ACQ só tem pernas para andar se o Reis Luz estiver á frente da Associação, de outra maneira será uma anarquia.· Não conheço ninguém tão capaz como ele, para ser presidente da ACQ , nem tão empreendedor.
Se ele tivesse ganho as eleições, e nós que andámos com ele sabemos que nos esforçámos, só ele não compreende, a esta hora Existiria o Fersuna , se calhar uma Escola de Dança, e uma ACQ digna e conhecida por toda a população. Nunca lá vi crianças, talvez porque o espaço era diminuto. Mas tenho a certeza que com outras condições teria crianças, jovens, adultos e idosos. Agora é para reformados.· Ele tentou, cortaram-lhe as pernas, senão hoje teríamos um centro de saúde, uma alameda digna, a ACQ , o mercado com vida própria, e parques. Não lhe deram tempo.
Lamento, lamento mesmo muito. Finalmente consegui separar o trigo do joio.· Mas agora, só temos de confiar no PJ e acreditar que incentivado e acarinhado ele vai conseguir, a despeito de todas as más influências que possam surgir, vai conseguir fazer renascer o que está moribundo, sem vacilar, sem permitir intromissões obtusas programadas para destruir ainda mais. Para bem de Queijas espero que assim seja e acredito que vai ser.
O moinho velho é avistado de todas as proximidades e o marco instalado no seu interior significa que é o ponto mais alto da freguesia e do concelho.
Não será caso único mas aquele Não será caso único mas aquele moinho tão arruinado, há dezenas de anos que se conserva assim. É facilmente moinho tão arruinado, há dezenas de anos que se conserva assim. É facilmente avistado de todas as proximidades e o marco instalado no seu interior significa que é o ponto mais alto da freguesia de Queijas e um dos mais altos do conselho de Oeiras. Esta vila e antigo lugarejo, era terra de semeaduras de sequeiro e cultivo cerealífero. Terra de agricultores da própria terra.
O solo era seco e de baixa profundidade, no qual abundavam pedras sem conta, à vista, e grandes pedregulhos negros a pouca profundidade.
Nos anos de industrialização do concelho, Queijas foi abrigo de um projecto de auto-construção e com ele tudo começou a ser diferente.
Os terrenos de semeadura começaram a ser vendidos para construir.
Árvores só existiam meia dúzia numa velha quinta, rodeadas por um alto muro. O resto era descampado a perder de vista, com excepção de espaçadas áreas silvestres que incluíam um conjunto de sistemas arbustivos , de formação próxima do carrascal e estevas, com elevado interesse ecológico, muito mato e revestimento herbáceo.
Este era um ecossistema apropriado para uma fauna diversificada mas preferida dos caçadores. Coelhos bravos, codornizes e perdizes sem conta eram vistos a esconderem-se nas muitas e cerradas moitas, mesmo à luz do dia.
Conta a sabedoria popular que o rei D. Miguel, também devoto da Senhora da Rocha, por aqui se entretinha neste passatempo cinegético, o que justifica a existência da Casa de D. Miguel, o seu pavilhão de caça.
Também justifica a existência de uma pequena reserva de caça na freguesia de Queijas, no prolongamento da reserva de caça da Serra de Carnaxide.
Os primeiros habitantes da parte nova de Queijas bem se lembram dos milhares de pintassilgos que, mesmo no centro da povoação, comiam sem cessar as sementes dos inúmeros cardos secos. Bem se lembram de nas cálidas noites de Maio verem centenas de pirilampos ziguezagueando no ar, mesmo à volta das suas casas. Sentiram o ruído e desapareceram para sempre.
Bem se lembram de no começo das obras da cooperativa aparecerem nos seus quintais ouriços, doninhas e outras espécies do género, a procurarem abrigo, fugindo do roncar ensurdecedor das máquinas a desbravarem os seus lares. As moitas silvestres.
A questão ambiental é hoje encarada como factor central do desenvolvimento sustentável duma terra ou de uma região e como contributo decisivo para a qualidade de vida das suas populações.
Voltando ao moinho do marco geodésico de referir ser ele e as terras envolventes, ao que supomos, propriedade camarária e ter tido até há pouco tempo nessa terras uma gigantesca antena de telemóveis. Felizmente, houve o bem senso de a retirarem, talvez por estar mesmo junto da escola Secundária Noronha Feio e por pressão da comunidade escolar.
Esta última parcela com as características do que foi esta região, hoje em estado degradado, possui condições de excelência pela biodiversidade ambiental que se devem traduzir em factores de atractividade e em vantagens de toda a ordem, a maior das quais de ordem cultural.
Depois de termos perdido tanta coisa deste nosso ecossistema, parece justo manter nesta área, salvo melhor opinião, um santuário ecológico que nos ligue ao passado mas que possa ser igualmente uma porta pela qual possamos melhor visionar o futuro, que não pode deixar de passar pela defesa do meio ambiente que recebemos como legado.
Naturalmente que é fácil imaginar aquele espaço cimeiro e geodésico, encostado a uma escola secundária e rodeado de perto por várias outras comunidades escolares e habitações, cercado por um muro alto e rústico, adequado ao estado do moinho. A conservar como está.
Seria um pequeno território protector de uma fauna e flora, em risco de desaparecerem totalmente. Também é fácil imaginar as espécies autóctones a proteger numa coabitação que já tiveram por milhares de anos, mas que não é tão fácil hoje, por ser num espaço fechado. É um trabalho para gente altamente especializada. Passará por uma identificação dos valores naturais da área no que respeita às comunidades vegetais e à fauna, em função da sua importância.
Mas é um desafio aliciante e exemplar.
Será naturalmente de manter no espaço eleito, um estado silvestre controlado, correspondente a padrões de uso onde a intervenção humana é nula ou muito reduzida.
Confesso que é uma expressão que causa, certamente, calafrios a qualquer pessoa de bem. Num mundo em que vivemos, no qual a condição humana é tão perene, serão muito poucos aqueles que poderão merecer que se lhes estenda a passadeira. E esses, se fosse o caso, seriam exactamente eles próprios, os primeiros a recusar tal honraria!
Uma passadeira estendida só para o criador deste universo fabuloso em que vivemos.
Claro, que não penso ser merecida tal honraria, para aquele Presidente de Junta que mandou pintar uma passadeira, mesmo à sua porta! Ou que sejam necessárias tantas passadeiras de peões, como já se viram pintadas nas ruas de um pequeno bairro da minha terra!
Todavia, se pensarmos num acto heróico de alguém que pôs em risco a sua própria vida para salvar quem nem conhecia, neste alto serviço público já o caso muda muito de figura, deveremos obrigatoriamente estender a passadeira, de preferência vermelha.
Na freguesia de Queijas, por exemplo, temos uma instituição sediada em Linda – a – Pastora com largo prestigio internacional, e que muito nos honra.Oficialmente designa-se por Congregação das Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição, quem as conhece integra-as na Obra Social Madre Maria Clara.Existem desde 1871 e fixaram-se em Linda - a - Pastora por volta de 1990. Prestaram e prestam um apoio quase invisível mas, sem o qual, muita gente passaria por grandes dificuldades.
Madre Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899) sempre impelida pela mesma ânsia de a todos socorrer, enviou as suas Irmãs a Angola, em 1883, à Índia em 1886, à Guiné e a Cabo Verde, em 1893 e nunca mais parou. Nos sete bairros de barracas na ex- Freguesia de Queijas, animaram, acarinharam e deram todo o seu apoio àquela gente toda que vivia em barracas e dormia no chão!
Sob o lema " Onde houver o bem a fazer, que se faça ", a obra da Congregação é muito vasta e a partir da antiga Quinta de Cesário Verde, em Linda - a – Pastora, são hoje geridas obras espalhadas pelo mundo fora: Pontevedra, Roma, Bombay, Margão-Goa, Philippines, Salvador da Baía etc.
A fundadora desta “ Obra “ tem, merecidamente, uma estátua em Queijas e a sua instituição é igualmente merecedora que se lhe estenda a passadeira vermelha.
Parece-me, por isso, de elementar justiça que na frente da sua entrada principal seja recolocada uma passadeira de peões ( já lá esteve) de modo a tornar mais fácil a vida destas Irmãs que diariamente se deslocam às paragens dos transportes públicos, muitas vezes para irem ajudar quem necessita.
Ao contrário dos nossos políticos, não têm bons carros de serviço, nem reformas douradas. Andam a pé e vivem modestamente como toda a gente.
Aos autarcas, exige-se uma política de proximidade, sempre atenta, a quem presta grandes serviços públicos, as mais das vezes a troco de pouco ou nada. Muitas vezes até, a troco de difamações repelentes e nojentas!
Este bairro de génese ilegal, sito em Queijas, arrastou-se pela ilegalidade várias décadas!
Finalmente (Boletim Municipal n.º 108 de Setembro 2000), viu ser aprovada a proposta do Plano de Urbanização para o Ordenamento e Reconversão da Calçada do Moinho.
Depois de muitas reuniões com a Associação de Moradores, sempre assistidas pelo Presidente da Junta de então, esta proposta da CMO veio trazer uma réstia de esperança para esta boa gente.
Dizia-se na proposta do Plano de Urbanização, que ela seria um instrumento de ordenamento mais adequado a utilizar naquela fase, pois permitiria a definição de uma ocupação espacial equilibrada, com uma concepção de espaço urbano onde estaria presente a articulação com a rede viária estruturante e com o aglomerado de Queijas! Dizia-se.
Dizia-se é a palavra certa para acalmar os moradores de 65 lotes, com existência, até agora, do ponto de vista formal, considerada ilegal. Em boa verdade se o tempo decorrido até ao ano 2000 foi longo e penoso, também é certo que desde esse ano até ao final de 2009, tudo continua na mesma.
Hoje, são muito mais os moradores de uma zona de Queijas, considerada com as melhores condições naturais para habitabilidade, porém, a sua qualidade de vida continua a ser nula. Os seus direitos são “sine die” adiados, não havendo já para eles qualquer réstia de esperança. O tempo amassou o recalcamento e os seus ouvidos já não acreditam nos políticos que os têm adormecido sistematicamente! Continuam, desde 2000, há espera de deixarem de viver numa classe de espaço semi-rural, de modo a integrarem, de facto, o perímetro urbano do aglomerado de Queijas.