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O ENTARDECER

O ENTARDECER

QUEIJAS, Vila.

Queijas , Vila

 

Porquê  Vila ?

 

A freguesia de Queijas evoluiu, em poucos anos, de pequeno aglomerado e dormitório para uma área urbana em expansão, na qual a edificação de novos equipamentos estava a trazer a qualidade esperada. Nesta perspectiva começou, quase co lectivamente a sonhar em ser Vila, o que só foi possível graças ao dinamismo e desenvolvimento de que foi alvo nos últimos anos.

Com efeito, os novos equipamentos e entre eles a construção sequencial da Escola Básica n.3, Escola C+S Professor Noronha Feio e, agora o novo Mercado, com o Posto da GNR, vieram trazer a esta localidade uma nova coerência e uma nova forma de vida.

Empresas a instalarem-se na freguesia, um Hotel, a nova Igreja de S. Miguel Arcanjo e o Centro Social.

O urbanismo em expansão crescente, com qualidade, e longe dos índices de ocupação dos bairros de betão.

O pioneirismo na recolha seletiva de lixo, os novos arruamentos e reforço da iluminação pública são outros benefícios bem visíveis, coroados pela notável obra da Fonte escultórica e cibernética de S.Miguel Arcanjo, que transformou a rotunda de Queijas num portal de grande simbolismo e impacto visual e também pela estátua cheia de beleza da Madre Maria Clara.

Se a tudo isto somarmos o êxito alcançado no realojamento, foram eliminados 5 bairros de barracas (Taludes, Beco dos Pombais, Atrás dos Verdes, Rocha e Suave Milagre) onde quase 2000 pessoas viviam em condições degradantes e passaram a ter a sua casa bem confortável.

 

Ficámos então, com um conjunto de razões de sobra para que a população da Freguesia esteja agora ao melhor nível do Concelho a que justamente pertence, razão pela qual a elevação de Queijas a vila, não era mais do que o reconhecimento e corolário do nosso desenvolvimento.

Em entrevista a um órgão de comunicação social, o Presidente da Junta, António Reis Luz , afirmou então :

          

             " É minha convicção que Queijas tem um futuro risonho! "

 

 

O sonho a caminho da realidade

Foi então que o Presidente da Junta meteu mãos à obra, começando por se inteirar do caminho a seguir para Queijas chegar a vila.

Leu a legislação adequada, informou-se e começou a elaborar o projeto a ser remetido à Assembleia da República, através do Grupo Parlamentar de um partido, no caso, viria a ser o do Partido Social Democrata.

A fundamentação requereu muito trabalho de investigação, dado que, muito pouca ou nenhuma informação havia disponível sobre este "Lugar de Queijas".

Lida a legislação aplicável, Lei 11/82 de 2 de Junho, fica-se a saber que uma povoação só pode ser elevada à categoria de vila quando conte com um número de eleitores, em aglomerado contínuo, superior a 3.000 e possua, metade dos seguintes equipamentos coletivos:

  1. a)Posto de assistência médica;
  2. b)Farmácia;
  3. c)Casa do Povo, dos Pescadores, de espetáculos, centro cultural, ou outras coletividades;
  4. d)Transportes públicos coletivos;
  5. e)Estação dos CTT;
  6. f)Estabelecimentos comerciais e hotelaria;
  7. g)Estabelecimento que ministre escolaridade obrigatória;
  8. h)Agência bancária.

 

De todas as condições exigidas, Queijas só não possuía o Posto Médico, mas só necessitava de ter metade das condições acima descritas.

 

Para além de uma Nota Justificativa de abertura do processo, a fundamentação abordou:

  • Dados geográficos e Administrativos.
  • Resumo histórico
  • Condições socioeconómicas.

Sector secundário- Unidades industriam

Sector terciário. Atividades comerceiam mais representativas; Serviços; Equipamentos Social; Educação e ensino (público e privado); Comunicações e transportes; Atividades sociais e culturais; Equipamento desportivo e coletividades.

 

Se alguém pensa que a elevação de uma qualquer terra a vila, cidade etc., está dependente de uma só pessoa, está de facto totalmente errado.

A decisão pode começar pela iniciativa de uma pessoa, a elaboração da fundamentação também, mas uma vez iniciado o processo, todas as decisões são tomadas por órgãos coletivos, como segue:

¨      Aprovação no Executivo da Junta

¨      Aprovação na Assembleia de Freguesia

  • Envio para a Assembleia da Republica através de um Grupo Parlamentar
  • Desce para parecer

¨      Ao Executivo Camarário

¨      À assembleia Municipal

  • Volta à Assembleia da Republica para aprovação em reunião plenária

 

Foi exatamente todo esta caminhada que o pedido e respetiva fundamentação fez, até ao dia da Aprovação em plenário da Assembleia da Republica.

 

O pedido de elevação de Queijas a vila, feito pela Junta de Freguesia de Queijas, havia dado entrada na Assembleia da República em 10/10/2000, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PSD, ao cuidado do Dr. Marques Mendes, tornando-se então no Projeto de Lei N.º 311/VIII, após o que foi apreciado na Comissão Parlamentar de Administração e Ordenamento do Território.

Chegou à Assembleia Municipal de Oeiras, para ser aprovado em 27 de Novembro de 2000.

Obteve aprovação no Executivo Camarário em 14 de Fevereiro de 2001, com realce para o facto de Queijas já dispor de 8429 habitantes e na relação de equipamentos coletivos e dos estabelecimentos que compõem os sectores secundário e terciário, totalizarem vinte e sete unidades funcionais e cento e sessenta e uma unidades, respetivamente.

A Elevação de Queijas a Vila, foi votado por unanimidade em todos os órgãos executivos e deliberativos onde foi submetida a aprovação, até ser submetido à decisão final na Assembleia da República em 03 de Abril de 2001.                               

Em dia de grande festa, 7 de Junho de 2001, havia centenas e centenas de pessoas e autocarros à volta das instalações da AR, vindas de todas as partes do País para assistirem a aprovações similares, foi aprovada a elevação de Queijas a Vila, através da Lei n.º 56/2001, publicada no Diário da República  n.º 160 I - A série de Quinta Feira , 12 de Julho de 2001.

O então Presidente da Junta de Queijas esteve presente no parlamento, assistiu e, já noite, chegou a Queijas com a boa-nova.

No dia 23 de Abril de 2001, na Sessão Ordinária N.2/2001 (1.ª Reunião), foi aprovada na Assembleia Municipal uma Moção sobre a elevação de Queijas a Vila, considerando que este facto se traduz  numa importante valorização da localidade e das respetivas populações.

 

Entretanto a Junta de Freguesia, no dia 26 de Maio de 2001, no palco da nova Vila de Queijas levou a efeito uma grande festa comemorativa.

Começou com uma Workshop juvenil largamente participada, seguiu-se uma Sessão Solene no Salão Paroquial, completamente cheio, onde usaram da palavra o Presidente da Câmara, Dr. Isaltino de Morais e o Presidente da Junta Sr. António Reis Luz.

Foi o dia mais indicado para fazer as homenagens mais que devidas, àqueles a quem chamámos "Os Homens Bons da Freguesia".

Esta Sessão Solene acabou com o nosso querido e saudoso Poeta Ricardo declamando um seu poema, à novel Vila de Queijas:

 

Linda Queijas das vivendas                           Os rebanhos a pastar     

E dos moinhos de vento                                 E as giestas em flor  

Perfume de reais lendas                                Uma janela p'ro mar

E caçadas com espavento                             Um paraíso de cor

 

Na sinfonia das cores                                    Assim de gala vestida

As searas ondulantes                                    Foste minha perdição

Escondem novos amores                              Fiquei para toda a vida

Em baile de debutantes                                Sem nenhuma condição

 

De imediato foi inaugurado um novo Parque Infantil do Largo dos Correios, que ficou pertença da Junta de Freguesia e uma Exposição Coletiva de Pintura e Artes Plásticas no ginásio da Escola Primária, hoje chamada de Gil Vicente.

À noite a população pôde assistir a um bonito espectáculo, no largo do Mercado Municipal, com exibição de uma conhecida girlsband, perante uma multidão de gente orgulhosa da sua vila.

O que muda de imediato?

De imediato vai ser preciso e obrigatório, proceder a modificações no Brasão, na Bandeira e no Guião.

Ao nível do Brasão as vilas têm " Coroa mural de prata de quatro Torres" enquanto só tinha de três.

O listel branco, com legenda a negro: deve passar  a ter Vila de Queijas

Tais alterações devem ser pedidas, em parecer, à Comissão Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, e seguidamente remetidas para publicação no Diário da República.

Brasão - Escudo de prata, duas armações de moinho negro, cordoadas do mesmo e vestidas de azul, livro aberto de prata, encadernado de vermelho e realçado de ouro; em Ponta cômoro de negro carregado de um coração vermelho, coroado do mesmo, e nimbado de ouro. Coroa mural de ouro de quatro torres. Listel branco, com legenda a negro dizendo : VILA DE QUEIJAS.

No resto os habitantes de Queijas continuarão a sentirem-se privilegiados por se saberem numa zona incontestavelmente sossegada, mas com muita qualidade de vida e indiscutivelmente às portas de Lisboa e com bons acessos para todo o país.

A condição de vila em concreto e imediato pode parecer que não lhe trará muito, mas para quem tiver de bater a portas, pedindo ou exigindo aquilo que por mérito é nosso, porque merecemos de facto, o estatuto de vila para Queijas vai ajudar bastante....

ESPOLIADO

Publicada por MariaNJardim à(s) 17:36 

 

Espoliado


Velho e dobrado sobre o cajado,
Segue... a esmolar o pão da vida!
Parece uma virgula mal metida
Num parágrafo mal articulado.

Foi soldado e comerciante honrado
Na Pátria plural que foi concebida
D'honra e sangue da Geste convencida
Da justeza do Espaço conquistado

Espoliado... Retornado e só...
- Torrão de lama a virar em pó!
Perdeu o sol e o Direito do chão...

- É trapo da bandeira... e caravelas
Chegadas ao cais e arreadas as velas
Por ventos de Leste... e Alta traição!

CAMPOS ALMEIDA

 

 

E se não tivesse havido ponte aérea?

Publicada por MariaNJardim à(s) 17:36 

 

Espoliado


Velho e dobrado sobre o cajado,
Segue... a esmolar o pão da vida!
Parece uma virgula mal metida
Num parágrafo mal articulado.

Foi soldado e comerciante honrado
Na Pátria plural que foi concebida
D'honra e sangue da Geste convencida
Da justeza do Espaço conquistado

Espoliado... Retornado e só...
- Torrão de lama a virar em pó!
Perdeu o sol e o Direito do chão...

- É trapo da bandeira... e caravelas
Chegadas ao cais e arreadas as velas
Por ventos de Leste... e Alta traição!

CAMPOS ALMEIDA

 

 

As leis do pudor

 

Para saber o que é o pudor e o impudor no homem e na mulher, cada um deles deve ter em conta a diferença natural de perceção do outro. Já referimos que o homem reage naturalmente, de modo automático, perante os valores meramente carnais do sexo feminino, enquanto a mulher não sente habitualmente essa mesma atração imediata perante o corpo do homem.

Por outro lado, o que é pudico ou impudico depende da situação em que nos encontramos e da função que tem que cumprir o vestuário. Não é o mesmo estar a tomar banho que estar numa festa. O que é perfeitamente apresentável como fato de banho, é totalmente inadequado como fato de festa. Aparecer numa festa de sociedade em fato de banho, é apresentar-se de modo impudico, destacar o estritamente sexual. E assim o sentirão todos os presentes.

O pudor não se pode reduzir, portanto, a centímetros de roupa. Depende de um conjunto de fatores que influem na perceção que os outros têm de nós. Depende das diversas situações e da função do vestuário e depende também dos costumes no modo de vestir. Se, numa sociedade em que todas as mulheres andassem com as saias até ao tornozelo, uma se apresentasse com a saia a meio da perna, chamaria a atenção. E a atenção recairia sobre aspetos significativamente sexuais.

Por outro lado, as mesmas mulheres que andavam com as saias até ao tornozelo, quando chegava a hora de ir trabalhar para a horta, não tinham nenhuma dúvida em recolher as saias, pois a situação assim o exigia, para não estragar a pouca roupa que tinham. E ninguém considerava que aquilo fosse impudico. Se todas as mulheres andam com a saia a meia perna, isso não chamará a atenção, nem provocará uma consideração basicamente sexual do corpo. Mas nem tudo é uma questão de costume. Há certas leis características da perceção que reclamam a atenção sobre um ou outro especto do corpo. Determinados tipos de decotes ou minissaias, roupas cingidas, etc., não podem deixar de chamar a atenção sobre os aspetos provocativamente sexuais do corpo feminino. E não é questão de mais ou menos roupa. Pode ter mais roupa e menos pudor. Podemos ver isso, nalguns casos, na nossa sociedade.

Isto é também o caso de certas tribos sem cultura nem técnica, que habitam em zonas húmidas e quentes. As circunstâncias de ambiente e a sua falta de técnica tornam impossível a roupa adequada, pelo que andam quase nus. O pudor costuma expressar-se dissimulando o estritamente sexual, mediante uma simples faixa. Mas quando uma mulher quer chamar a atenção do homem, o que faz é precisamente cobrir o peito. As leis da perceção fazem que isso chame mais a atenção, uma vez que nunca anda coberta. E o que não se vê, mas se imagina, é mais provocativo que o que se vê normalmente, porque as circunstâncias fazem que esse modo elementar de vestir seja o único possível e, portanto, que seja pudico. Nessas circunstâncias, a perceção do conjunto da sociedade está habituada a expressar o pudor e o impudor sempre da mesma maneira.

Uma perceção deste género seria impossível num lugar como o nosso, no qual o clima exige cobrir-se em determinadas épocas. O simples facto de andar vestido em certas alturas altera totalmente a perceção da intimidade corporal. Se estamos habituados a ver-nos vestidos, a nudez tem um significado totalmente diferente, destaca uma "disponibilidade" sexual que não se apresenta na perceção de quem por necessidade anda habitualmente nu. Há aqui uma legalidade natural que nenhuma vontade pode alterar, nem sequer pelo desejo de uma pretendida naturalidade. O natural para o homem depende da sua formação cultural, pois essa formação altera a sua constituição neuronal e estabelece modos naturais de perceção, dificilmente alteráveis. O fenómeno contemporâneo da perda do pudor e do nudismo é algo totalmente diferente da nudez habitual e constante dos "bons selvagens".

 

 

AO MAIS BAIXO NÍVEL

 

João Pereira Coutinho

Correio da Manhã – 07-03-2014

DITADURAS

As europeias aproximam-se e o PS começa a dar sinais de preocupação e delírio. Francisco Assis, em atitude chocarreira que não lhe fica bem, comparou as políticas do atual governo com as políticas da ditadura. Seguro, afinou pela mesma cartilha: as críticas de que foi alvo pela sua palestra em Londres fazem lembrar as práticas do Estado Novo.

Que denunciava como traidores à pátria todos aqueles que discordavam do Dr. Salazar. Não vale a pena sublinhar o óbvio: comparar um governo democraticamente eleito com um regime autoritário devia envergonhar esta parelha. Mas se isto não envergonha Assis ou Seguro seria pelo menos aconselhável ouvir do PS, as medida alternativas que propõe para cortar despesa e honrar os compromissos internacionais. Sobre isto nem uma palavra. Ou talvez tenha ouvido mas nós não sabemos. No fundo, o lápis azul da censura nunca foi meigo com a oposição. 

MAIS VALE TARDE

Ângelo Pereira 

 

adicionou 4 fotos novas ao álbum Assembleia Municipal - Comemorações do 25 de Abril.

25/4 · 

Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Oeiras - Comemorações do 25 de Abril

A Sessão Solene do 25 de Abril de 2015 iniciou-se com declamações de José Fanha que muito emocionaram todos os presentes. Seguiram-se as tradicionais intervenções dos vários líderes de bancada das forças políticas representadas na Assembleia Municipal de Oeiras, do Presidente da Assembleia Municipal e do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras.

A manhã de comemorações oficiais terminou com a Homenagem muito merecida aos ex-autarcas do Concelho, pelo seu trabalho em prol de Oeiras e dos Oeirenses. Entre todos, salientamos os ex-autarcas do Partido Social Democrata: António Reis Luz, Elísio Gouveia, Rui Freitas e Ricardo Júlio Pinho.

 

 — com Alda Maria Lima e 7 outras pessoas em Bombeiros Voluntários de Carnaxide.

O candidato independente

 

25 de Agosto de 2010 por Tiago Mota Saraiva

O desdém pelos partidos e a hipervalorização das “candidaturas independentes” (ainda que, tradicionalmente, decorram de zangas dentro dos partidos) a partir da exacerbação da máxima “eu não voto em partidos mas em pessoas”  ou, como o Miguel Marujo, sugere, defendendo a suspensão dos partidos nalguns atos eleitorais é um péssimo serviço à democracia. Em primeiro lugar porque se vota na imagem que se cria de alguém (quem encabeça) e não no projeto político que preconiza. Em segundo lugar porque valoriza, nos atos eleitorais, o papel das agências de imagem em detrimento da discussão e confronto político.

A sabedoria popular

sabedoria popular 

Passa de boca em boca, de geração em geração e vai-se reformulando e assumindo novos significados ao longo do tempo. Mas a verdade é que persiste e continua a ser utilizada, acrescentando pitadas de humor a situações banais do dia-a-dia ou, por vezes, mostrando-se como argumento para suportar uma ideia.

Com certeza já se questionou, alguma vez, acerca da validade dos provérbios populares. Serão eles, de facto, sabedoria comprovada que nos pode ajudar a encarar o nosso dia-a-dia de forma mais saudável e confiável?

Os provérbios populares são parte integrante da nossa vida e povoam o imaginário colectivo, seja porque nos fazemos valer deles quando a situação o exige, seja porque os ouvimos de alguém na situação mais inusitada. Muitos deles são relativos à saúde, nomeadamente à sua promoção. Alguém do ramo da saúde, estudou 290 provérbios portugueses, todos eles relacionados com a saúde, no âmbito da sua tese de doutoramento,  “A sua análise demonstrou que, embora muitos (126) não tenham qualquer base científica, a maioria (164) possui corroboração, quer por estudos efectuados, quer pela opinião expressa por  personalidades e organizações com credibilidade na área”, conclui-se.

É infindável, o número de ditados populares que se passeiam por todo o mundo:
"Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."
-- Provérbio Chinês

"Não há melhor negócio que a vida. A gente a obtém a troco de nada."
-- Provérbio Judaico

"A palavra é prata, o silêncio é ouro."
-- Provérbio Chinês

Não deixes para amanhã...

"Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje"


Esta frase aplica-se à organização pessoal de cada um.
Se tem tempo para executar uma tarefa hoje, porquê estar a adiar o que tem de ser feito?
Se adiar, vai acumular com outras tarefas também adiadas, o que acaba por acumular muitas tarefas para serem feitas ao mesmo tempo.
Por isso, se tem algo para fazer, não tenha preguiça e faça.

 

Seria fastidioso, enumerar os milhões de ditados populares de fácil alcance, mas

 

UMA VISÃO ASTRAL

 

A minha Quinta começou a ser visionada lentamente no painel informativo algures no espaço sideral. Fiquei estupefacto, mesmo sonhando! Lá estava a Quinta, algures no Ribatejo, onde passei os momentos mais belos da minha vida! O varandim e o rio Tejo, no qual corria apenas um fio de água. Pensei: certamente as barragens de Espanha, retinham a água que normalmente ele tinha a correr! A Quinta estava quase irreconhecível! Não se via viva alma, estava abandonada e desprezada! Não havia flores, carros de bois a passar, vindimas, o Dia da Espiga, e jovens a caminho do rio Tejo. Toda a verdura que antes se podia ver o ano inteiro, estava naquelas imagens amarelada. Contudo, os edifícios continuavam de pé! Com muitas rugas no seu aspeto exterior, aguentavam a pé firme, incólumes aos anos passados! Aquela boa gente que ainda recordo dos tempos de miúdo, estava morta. Eram adultos, quando eu era apenas uma criança. Sei que onde estiverem, continuam com a sua Quinta no coração, que há muito deixou de bater. Só podem pairar, por cima daqueles mil anos de história! Contemplando as velhas paredes dos palheiros, lagares, vacarias, adega, palácio e castelo, sempre de vigia. Os meus olhos estavam húmidos de comoção. A Quinta, ainda se aguentou algum tempo com os maus tratos da Revolução de Abril, porém, os conceitos destes revolucionários a favor da igualdade sem liberdade, iriam fazer os seus estragos e pô-la a dormir como mostra este visionamento! Quiseram mostrar-se pródigos no seu amor ao próximo, vai daí, todos os trabalhadores tiveram um substancial aumento na sua jorna, nesta e em todas as Quintas de Portugal. Será de acreditar que foi ingenuidade dos revolucionários, só pode ter sido. De permeio com muitas ocupações de propriedades selvagens e nítida baixa de produtividade. Foi sol de pouca dura e estes homens e mulheres, trabalhadores de sol a sol, começaram a ficar sem receber! A muitos, couberam-lhes pequenas reformas para os entreterem até ao final da vida!   

Com a entrada na CEE, mas não resistiu ao caos global! Tinha vivido centenas e centenas de anos sem petróleo ou eletricidade, mas sem água não sobreviveu! Era o seu elemento intrínseco. Nesta hora amarga das minhas recordações de criança, quero mesmo realçar, por fim, a vivência de uma pessoa como eu que cresceu numa realidade muito especial, com uma história riquíssima e de mãos dadas com uma natureza dura, mas amiga. Podemos, mesmo chamar-lhe de mãe. A história de que falo, está gravada nas centenárias pedras do seu castelo, são o orgulho que me vai perseguir o resto da minha vida. A sua natureza foi o meu melhor amigo, mas também o meu desafio para a vida que estou a enfrentar. O seu espaço mais amplo, é a minha transparência, porque nela, tudo era claro, mesmo, quando o escuro da noite ficava de breu! Acreditei que a minha Quinta era indestrutível! Infelizmente não o foi. Acredito que um dia se vai reerguer, tal como o mundo. A Terra dá aos homens o que os homens precisam. Foi isso que constatei naquela Quinta que jamais esquecerei. Assim vai ser, também, no futuro. Esta tragédia é o resultado de muitos erros a que a humanidade, com eivado de egoísmo, conduziu este mundo. 

Visão Astral

 

A minha Quinta começou a ser visionada lentamente no painel informativo algures no espaço sideral. Fiquei estupefacto, mesmo sonhando! Lá estava a Quinta, algures no Ribatejo, onde passei os momentos mais belos da minha vida! O varandim e o rio Tejo, no qual corria apenas um fio de água. Pensei: certamente as barragens de Espanha, retinham a água que normalmente ele tinha a correr! A Quinta estava quase irreconhecível! Não se via viva alma, estava abandonada e desprezada! Não havia flores, carros de bois a passar, vindimas, o Dia da Espiga, e jovens a caminho do rio Tejo. Toda a verdura que antes se podia ver o ano inteiro, estava naquelas imagens amarelada. Contudo, os edifícios continuavam de pé! Com muitas rugas no seu aspeto exterior, aguentavam a pé firme, incólumes aos anos passados! Aquela boa gente que ainda recordo dos tempos de miúdo, estava morta. Eram adultos, quando eu era apenas uma criança. Sei que onde estiverem, continuam com a sua Quinta no coração, que há muito deixou de bater. Só podem pairar, por cima daqueles mil anos de história! Contemplando as velhas paredes dos palheiros, lagares, vacarias, adega, palácio e castelo, sempre de vigia. Os meus olhos estavam húmidos de comoção. A Quinta, ainda se aguentou algum tempo com os maus tratos da Revolução de Abril, porém, os conceitos destes revolucionários a favor da igualdade sem liberdade, iriam fazer os seus estragos e pô-la a dormir como mostra este visionamento! Quiseram mostrar-se pródigos no seu amor ao próximo, vai daí, todos os trabalhadores tiveram um substancial aumento na sua jorna, nesta e em todas as Quintas de Portugal. Será de acreditar que foi ingenuidade dos revolucionários, só pode ter sido. De permeio com muitas ocupações de propriedades selvagens e nítida baixa de produtividade. Foi sol de pouca dura e estes homens e mulheres, trabalhadores de sol a sol, começaram a ficar sem receber! A muitos, couberam-lhes pequenas reformas para os entreterem até ao final da vida!   

Com a entrada na CEE, mas não resistiu ao caos global! Tinha vivido centenas e centenas de anos sem petróleo ou eletricidade, mas sem água não sobreviveu! Era o seu elemento intrínseco. Nesta hora amarga das minhas recordações de criança, quero mesmo realçar, por fim, a vivência de uma pessoa como eu que cresceu numa realidade muito especial, com uma história riquíssima e de mãos dadas com uma natureza dura, mas amiga. Podemos, mesmo chamar-lhe de mãe. A história de que falo, está gravada nas centenárias pedras do seu castelo, são o orgulho que me vai perseguir o resto da minha vida. A sua natureza foi o meu melhor amigo, mas também o meu desafio para a vida que estou a enfrentar. O seu espaço mais amplo, é a minha transparência, porque nela, tudo era claro, mesmo, quando o escuro da noite ficava de breu! Acreditei que a minha Quinta era indestrutível! Infelizmente não o foi. Acredito que um dia se vai reerguer, tal como o mundo. A Terra dá aos homens o que os homens precisam. Foi isso que constatei naquela Quinta que jamais esquecerei. Assim vai ser, também, no futuro. Esta tragédia é o resultado de muitos erros a que a humanidade, com eivado de egoísmo, conduziu este mundo. 

CONHECER E VIVER A AUSTERIDADE

 

Para toda a juventude e também para todos os políticos, isto, visando a enorme possibilidade de um 4.º RESGATE e a melhor forma de o evitar! Será bom não esquecer, de que hoje a nossa juventude, nem o “serviço militar”, cumpre. Quanto aos políticos vão ter de mudar muito, muito mesmo. Conhecer e viver a “austeridade”, prepara as pessoas para sofrer, mas que sejam todos, e não só os idosos

O RITO da passagem a homens de toda a juventude CHEROKEE é, na sua forma simbólica, um ritual valioso.Vejamos:

-O pai leva o seu filho para a floresta durante o entardecer e depois venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho no cimo de uma montanha durante toda a noite.

- Não pode tirar-lhe a venda até ao amanhecer.

- O filho senta-se sozinho, não podendo nunca remover a venda dos seus olhos até que os raios de sol brilhem no sai seguinte.

- Também, não pode gritar por socorro

- Se não desistir e lá passar a noite, será por toda a gente considerado um HOMEM.

- Contudo, não poderá nunca contar a experiência vivida aos outros jovens porque cada um deve tornar-se homem pelos seus meios, enfrentando o medo do desconhecido e assumindo assim, as suas futuras responsabilidades.

- Qualquer jovem vive esta praxe, naturalmente, amedrontado. Mas em profundo silêncio

- Animais selvagens podem andar por perto. Mesmo humanos, mal-intencionados, podem surgir. Insetos e cobras podem.causar-lhe calafrios.

- E entretanto o jovem pode ficar com frio, fome e sede. O vento sopra forte sobre a relva, e esbarra nos troncos de árvores abatidas, mas o jovem continua estoicamente, sentado e sem remover a venda.

- Segundo os CHEROKKES, este é o único meio de um jovem se tornar HOMEM.

- Após uma noite horrível, o sol aparece radiante e a venda é-lhe retirada dos seus olhos.

- Então, ele descobre o seu pai sentado na montanha e perto de si. Tinha estado toda a noite a protege-lo dos muitos perigos possíveis.

Afinal, todos nós, nunca estamos sós. Mesmo quando não o percebemos, Deus está olhando por nós sentado ao nosso lado.

A LEI DA SELVA

 

Todo e qualquer ser humano, é constituído por uma certa porção de matéria e, também, por uma parte espiritual. Daqui resulta que um dado ser humano ocupa um espaço que não pode ser ocupado por outro ser humano, mas que carece de diversas necessidades, em razão de um ser vivo que é e, também, por estar em constante modificação. Em função da sua parte animal, está sujeito a todos os condicionamentos impostos pelas leis naturais.

Da mesma forma que os animais o homem, também, se tem conduzido pela lei da selva, a que muitos têm chamado, sub-repticiamente coisas como: “lei da sobrevivência dos mais fortes”, “lei do mais forte”, “luta de classes”, etc. Mesmo que muitos o queiram negar, o homem sempre foi e continua a ser um guerreiro cruel, dominador e devorador dos mais fracos. Isto, explica muita injustiça e revolta que pairam sobre o mundo em que vivemos!

O CONTRA FOGO

O CONTRA FOGO

 

Mais de metade da área consumida pelas chamas este ano (2016), na Europa, ardeu em território português, são quase 117 mil hectares, valor quatro vezes maior que a média do que ardeu entre 2008 a 2015, segundo os técnicos de protecção civil.

Mitigar os impactes negativos dos incêndios exige um esforço de boa governação, algo que tem estado largamente ausente da discussão pública. Em primeiro lugar, a experiência internacional atesta que a eficácia na gestão do fogo está associada a serviços florestais (SF) sólidos e com intervenção significativa no território. Podemos referir a transferência do combate para os bombeiros em 1980/81 (perdendo-se o conhecimento de como combater o fogo na floresta), o desmantelamento e a regionalização da estrutura vertical em 1996, e a “entrega” da guarda-florestal e da rede de postos de vigia à GNR em 2006.

Mesmo assim, deve prevalecer a técnica do contra fogo, pela sua eficácia e despesa compensadora, em confronto com os actuais gastos anuais no combate aos incêndios.

O contra fogo requer uma preparação técnica compatível, porém os gastos em causa, podem ter efeitos noutros grandes problemas que os países enfrentam.

Para coroar o momento de ápice político, o Ministério Público mandou ao Congresso – no meio da maior e mais bem-sucedida operação anticorrupção do planeta – uma série de medidas como se as que existissem não tivessem sido suficientes para assegurar o amplo e retumbante êxito da Operação Lava-Jato no Brasil.

O problema é que no meio das medidas anticorrupção, que ninguém leu e ninguém pode ficar contra, sob pena de ser execrado pelo pensamento do politicamente correcto, vieram algumas pérolas: o famigerado teste de integridade, já conhecido como o teste de infidelidade; e a admissão de provas ilícitas colhidas com boa-fé. O contra fogo é um sistema de combate infalível! Todo o ser humano teme os fogos incontroláveis (de todos os tipos), mas que o contra fogo é eficaz, não tenhamos dúvidas. É preciso não esquecer que o verão está chegar. Assim será bom também não esquecer de estender o contrafogo a toda a actividade do nosso país.

 

 

OS PORTUGUESES MERECEM A VERDADE

Depois das declarações do líder socialista no debate que o colocou frente a frente com Passos Coelho, o antigo ministro Eduardo Catroga vem fazer um esclarecimento público sob a forma de carta aberta destinada a António Costa. Leia na íntegra.

CARTA ABERTA AO DR. ANTÓNIO COSTA

 

Exmo. Sr. Dr. António Costa,

Em 2011, o País caminhava para a bancarrota com o governo socialista do Engenheiro José Sócrates, pelo que aceitei como cidadão independente colaborar com o PSD, entre Março e Junho desse ano, na coordenação de um programa político tendo em vista a recuperação da credibilidade externa de Portugal e a criação de condições para um novo ciclo de desenvolvimento económico e social.

Na sequência das suas declarações tão surpreendentes, quanto injustificadas, no debate televisivo de dia 9 de Setembro, vi-me forçado a fazer um esclarecimento que deve ser público, na medida em que referiu o meu papel de forma que não corresponde à verdade. Quando se invertem tão descaradamente os padrões do que é verdade e do que não o é, manda a consciência que seja reposta a verdade dos factos de um modo absolutamente cristalino. Porque é de factos que estamos a falar, não de interpretações ambíguas, nem de opiniões divergentes. O propósito de torturar a memória dos Portugueses e de tentar reescrever a história dos factos não pode constar das armas dos partidos numa campanha eleitoral.

O fundamento das suas afirmações segundo as quais foi o PSD “quem chamou a troika” é pura e simplesmente inexistente, como de resto o testemunho dos Portugueses comprovaria. São afirmações sem qualquer correspondência com os factos, tanto no que diz respeito à substância, como à circunstância. Está para além de qualquer dúvida e de qualquer reinterpretação do passado que foram o ex-Primeiro Ministro José Sócrates e o ex-Ministro das Finanças Teixeira dos Santos a chamar a troika. Não só isso é uma evidência tão clara quanto uma evidência pode ser, mas sucede que foram assinadas cartas formais públicas de um e de outro a atestar este facto. Não quero acreditar que estamos perante uma tentativa de riscar da história o que deixou de ser conveniente. Mas tem de haver limites para a manipulação do passado.

O pedido de ajuda externa foi tornado necessário pela situação de pré-falência a que o País tinha chegado no início da Primavera de 2011. A dimensão da emergência financeira refletia-se na proximidade cronológica de uma paralisia dos pagamentos do Estado. Se o País continuasse nessa trajetória, e vedado o acesso aos mercados de financiamento, em Junho, isto é, apenas dois meses depois desta constatação, o Estado não teria recursos para atender ao pagamento de salários e pensões, para não mencionar outro tipo de consequências que decorreriam de uma bancarrota.

Os factos são simples de reportar.

Em primeiro lugar, chegada a troika a Portugal, entenderam as três instituições que a compunham que deviam iniciar uma ronda de conversas com os partidos políticos de representação parlamentar, assim como com os parceiros sociais e outras entidades da sociedade civil. O PSD foi naturalmente incluído neste conjunto de interlocutores.

Em segundo lugar, o PSD teve apenas uma conversa com a troika, representado por uma delegação composta por eu próprio, o Engenheiro Carlos Moedas e o Professor Abel Mateus.

Em terceiro lugar, essa conversa não foi uma negociação. Na referida reunião, o PSD transmitiu à troika as linhas gerais da política económico-financeira do seu próprio programa partidário. A troika limitou-se a escutar-nos.

Em quarto lugar, estava previsto que houvesse um acompanhamento por parte de outros partidos da evolução das negociações entre o governo socialista de então e as instituições. Infelizmente, por desígnio do governo socialista tal nunca veio a suceder. O PSD foi sistematicamente ignorado pelo governo, na pessoa do seu interlocutor para estas matérias o então Ministro da Presidência Silva Pereira. A nossa insistência na obtenção da informação pertinente, e o protesto por o governo deixar os partidos da oposição completamente às escuras, nunca foram bem-sucedidos na reversão desta conduta do ex-Ministro da Presidência. Do outro lado, só encontrámos silêncio e opacidade. Foi por essa razão que o PSD dirigiu quatro cartas (20, 26, 28 de Abril, e 2 de Maio de 2011) ao Ministro Silva Pereira, com conhecimento para a troika também. As cartas são públicas e verificáveis por todos.

Nessas cartas formalizámos o nosso protesto e explicitámos a nossa grande preocupação: qual a base orçamental efectiva com que íamos partir para o Programa de Assistência? Qual o estado real das finanças públicas do País nesse momento decisivo, incluindo a situação das empresas públicas e os compromissos com PPP? Sem informação, que podia e devia ter sido disponibilizada pelo governo, seria impossível planear a política orçamental para os anos de vigência do Programa de Assistência. Seria impossível conhecer com rigor as verdadeiras necessidades de financiamento e, portanto, avaliar a adequação do próprio Programa, nomeadamente do seu envelope financeiro. Aliás, foi por não termos confiança nos números que eram divulgados, nem na definição do perímetro de consolidação, que, na reunião com a troika, o PSD nunca se comprometeu com valores para os défices desse e dos anos seguintes, nem com os montantes de dívida pública. O futuro acabaria por nos dar toda a razão e justificaria todas as nossas apreensões. Quando o actual governo tomou posse, e acedeu finalmente à informação relevante, percebeu-se que o País e as instituições credoras tinham sido enganados quanto à situação financeira do País. Ela era, afinal, bem pior do que tinha sido divulgado, e isso traria consequências muito sérias para a execução do Programa de Assistência, em particular na introdução de medidas adicionais de consolidação orçamental.

Em quinto lugar, a única informação que recebemos foi tão-só o documento final integralmente negociado pelo governo e a troika, isto é, o memorando de entendimento que formalizava o compromisso do Estado português e regulava o Programa de Assistência. A troika fez saber que queria uma carta dos principais partidos exprimindo o mínimo de consenso político na execução futura do Programa. Como ficou explícito na carta que o PSD enviou, demonstrámos o nosso desconforto com todo o processo e com a ausência de informação. E que apenas a situação dramática que o País atravessava, traduzida na necessidade urgente de o Estado português receber o primeiro desembolso do empréstimo externo para impedir um colapso nos pagamentos do Estado, nos fazia anuir a essa subscrição. Mas não sem fazermos um aviso decisivo e que seria muito importante para o futuro. Cito do texto da carta assinada pelo Presidente do PSD, Dr. Pedro Passos Coelho, e por mim, enquanto chefe da delegação, enviada ao Presidente do Euro grupo, da Comissão Europeia e do BCE, e ao Director do FMI:

“Entendemos que um futuro Governo liderado pelo PSD poderá propor e discutir, no contexto de revisões trimestrais do Programa, alguns ajustamentos ao mix das medidas estabelecidas que não ponham em risco, de forma alguma, a concretização dos objectivos definidos no Programa. De facto, esta flexibilidade pode ser necessária tendo em conta a incerteza, que se mantém, quanto à situação orçamental e quanto aos reais compromissos futuros do Estado.” 

E aqui permita-me que contribua para desfazer um mito que V. Exa tem ajudado a difundir. Porque é de um mito que se trata. A saber, que o actual governo foi “além da troika”. Se as metas orçamentais acabaram por ser flexibilizadas em todos os anos do Programa, e para valores menos restritivos do que aqueles acordados pelo governo socialista no memorando original, isso significa que o ir “além da troika” nunca disse respeito à política orçamental. Ir “além da troika” dizia respeito às políticas sociais de que o País precisava (como condições mais generosas na concessão de subsídio de desemprego a segmentos da população mais necessitados, ou o Programa de Emergência Social) e ao programa de reformas estruturais indispensáveis para a modernização da economia e que não eram atendidos devidamente pelo memorando (como, por exemplo, as reformas na Justiça, na Concorrência e na Regulação, no mercado de arrendamento, ou os incentivos fiscais ao investimento.) Dito de uma maneira simples, nas metas orçamentais ficámos aquém da Troika.

Não cumpriria os meus deveres cívicos se não manifestasse por este meio a minha estupefação com as declarações de V. Exa, e se não ajudasse a esclarecer a verdade dos factos. É o que aqui faço, sendo todas as minhas referências facilmente escrutináveis e verificáveis. A política e o debate partidário não podem estar isentos do respeito pela verdade factual. 

Aceite os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Catroga

 

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