Enviado: 7 de Junho de 2017 21:04 Assunto: Os Portugueses são ricos ou pobres?
Nós os Portugueses somos pobres!
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Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:
Sabes, nós os portugueses somos pobres ....
Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?
Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?
Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e cartas de crédito ao triplo que nós pagamos EUA?
Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em Nova Iorque o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, pagais ainda impostos municipais.
Além disso, são vocês que têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc, que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até 300 % do valor original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.
Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como são pobres nos conforma com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
Vocês, portugueses ou são uns estúpidos ou uns mansos.
Enquanto o tempo passava e o século XX dobrava, Portugal apareceu de repente invadido por milhares de coisas que não existiam. O mundo também.
Algumas até falavam e noutras podíamos ver o mundo inteiro, primeiro a preto e branco e depois a cores.
Eram tantas coisas, que nos deixavam de boca aberta.
Esta geração não se assustou e em pouco tempo já as ligava e desligava e uns meses mais à frente até as sabía consertar.
Computadores e tudo. Até programar!
Portugal não ficou envergonhado e até tínhamos dos melhores técnicos, segundo diziam os nossos emigrantes de férias em Portugal!
Quando se quer muito, tudo se resolve, mas é preciso que acreditem em nós.Num momento Portugal também ficou cheio de carros, motas, barcos de recreio etc.
A sua posse tornou-se banal.
Os satélites e as viagens à lua também, não no uso mas nos noticiários!
Certo dia, num aeroporto ouvi alguém que chegava dizer à mulher que o esperava: viajei de avião para a Madeira, em serviço, e dormi num bom hotel. Nunca esperei. Sinto-me tratado com respeito.
Nem tudo foram sacrifícios, esta geração já tinha férias, subsídios de doença, assistência médica, descontava para a reforma e, até, comparticipação nos lucros.
Daí a fazer férias no estrangeiro foi um passo. Tudo a prestações! Diziam que não havia liberdade, mas ela nem tinha tempo para pensar nisso.
A “geração de ouro” queria era trabalhar e poupar, para que nada faltasse aos seus filhos e aos seus pais.
De repente, em Abril/74, começaram-nos a dizer para não trabalharmos tanto e para pedirmos aumento de vencimento. Muitos ingenuamente fizeram-no. As greves dispararam!
No final dos meses os vencimentos começaram a estar em perigo. Havia boatos de que era preciso reduzir custos e despedir ou pré – reformar os mais velhos, aqueles que nunca quiseram fazer greve. Aqueles que só queriam que os deixassem trabalhar.
Aos cinquenta anos o José, e o seu primo da Lisnave, que sabia reparar barcos muito grandes, estavam os dois sentados no banco do jardim. Aos poucos vinham chegando cada vez mais e mais. Os bancos já não chegavam.
Foi a ruptura com esta “geração de ouro”. Tinha de ser ela a pagar a crise, mesmo sem fazer greves. Mesmo poupando e amealhando para o futuro!
Naturalmente sentiu-se mal tratada, desprezada. Até hoje continua a pagar!
Parece um castigo!
Nos bancos do jardim ouviam-se coisas como estas: “pelo meu filho soube que na escola dele nenhum miúdo sabia o que era uma lima ou uma grosa. Ninguém sabia a tabuada ou fazer contas. Só sabiam que o Porto era o “maior”!. Tudo isto deveria ser da minha cabeça pois, vi num jornal do clube do bairro, que agora estudam muito mais crianças mas, uma olhou para o jornal que eu lia, e não conseguia ler direito”.
Era uma das que aumentavam as estatísticas do aumento da escolaridade!
Noutro banco podia-se ainda ouvir um pré-reformado: “fui visitar os meus antigos colegas para lhes contar as coisas estranhas que tenho sabido no jardim. Preferia não ter lá ido, estava um licenciado no meu lugar a fazer contas de somar contando pelos dedos. Ainda me ofereci para o ajudar, mas ele olhou-me com má cara”.
Enterraram a “geração de ouro” nos bancos do jardim, prematuramente, e continuam a tirar-lhe dinheiro e regalias que com tantos sacrifícios tinham conseguido! As conquistas eram uma mentira! Nada está adquirido! Tudo é perene. Para alguns não!
Se calhar estes “novos velhos” estavam a mais e deveriam ter morrido mais cedo, como os seus pais, aos cinquenta anos. Era melhor para todos. Esticaram tanto a corda, que partiram o fio condutor!
Agora não encontram remédio para o défice das finanças públicas! Nem para o défice externo. Nem para o desemprego que dispara! E a competitividade não funciona!
Vão ver que ainda vêm ter connosco para pagarmos tudo isto! Certo e sabido. Em lugar de comparticipação nos lucros, a tal geração ganhou comparticipação nos prejuízos! Afinal quem foram os responsáveis por tudo isto? Provavelmente estão no estrangeiro …
Conseguir uma improvisação de última hora que, não se sabe bem como, mas funciona, é o que os portugueses consideram como uma das aptidões mais valiosas: até a ensinam na universidade e nas forças armadas. Eles acreditam que esta capacidade tem sido a chave da sua sobrevivência durante séculos”.
“Os portugueses tornaram-se adeptos de se irem safando, um talento para a adaptabilidade chamado «desenrascanço», aperfeiçoado por séculos de dificuldades. Trabalhos paralelos ajudam a manter as dificuldades à porta. Fora das cidades, as pessoas têm em geral um bocado de terra onde plantam legumes e, mesmo nas cidades, podem encontrar-se faixas de terrenas plantadas no meio do trânsito intenso. A sociedade parece obedecer a regras informais. A ajuda vem da família ou dos vizinhos, ligados por uma rede informal que compensa as limitações do sistema. Não é o modelo da moderna UE, mas mais uma inspiração do passado. Arranjar alguma coisa que é precisa implica alguns telefonemas para amigos dos amigos - relações úteis chamadas «cunhas» - porque o Estado, pensam as pessoas, nunca vos dará nada de bom grado. Estas relações substituem os parâmetros do mérito e da justiça pois, dizem os portugueses, não se trata de «saber como» mas de «conhecer quem». E, esperando por um milagre como o regresso de el-rei D. Sebastião, os portugueses são os europeus que gastam mais, em termos relativos, na lotaria do Euromilhões. Tal como aqueles que afastam os receios de uma repetição do terramoto de 1755, estes jogadores depositam a sua fé na providência e apostam pouco na possibilidade de triunfar através da sua própria iniciativa.” A nossa política está prenhe de tais vícios!
O brasão de armas do chamado Estado Português da Índia.
Existem poucos testemunhos do que no texto de Pedro Guerreiro, publicado recentemente e que aqui reproduzo com vénia, resumiu numa linha – que destaco a negrito na sua interpretação do que foi isto tudo: no auge da investida indiana nos territórios de Diu, Damão e Goa, “no outro lado do Índico, Portugal retaliava com a detenção de 12.000 indianos em Moçambique”.
Pouco ou nada sei sobre o que só pode ter sido mais uma tragédia na saga colonial portuguesa. A única referência que ouvi em Moçambique, há alguns anos, estava relacionada com Prakash Ratilal, hoje um empresário em Moçambique, que creio ser de origem indiana, mas que creio ele próprio nunca escreveu nada sobre o assunto.
Se alguém tiver testemunhos ou informação sobre o que aconteceu em Moçambique, agradecia e disponho que use este blogue para dizer alguma coisa.
O magnífico texto de Pedro Guerreiro saiu no jornal Sol de Lisboa de 17.12. 2011, quando passavam cinquenta anos sobre os eventos que ele descreveu.
Chama-se “Como Salazar perdeu a Índia”.
Mas basta lê-lo para se perceber que quase nada havia a perder para Salazar na Índia naquela altura.
Como Salazar perdeu a Índia
Um certo Portugal começava a ruir há 50 anos. A 22 de Janeiro de 1961, um comando liderado por Henrique Galvão tomava o paquete português Santa Maria. A 4 de Fevereiro, o MPLA atacava a cadeia de Luanda e ateava o rastilho para a guerra de libertação de Angola. Um mês e onze dias depois, a UPA matava e esquartejava mais de 800 pessoas no Norte. Entre Março e Abril, o ministro da Defesa, Botelho Moniz, tentava e falhava um golpe palaciano para afastar António de Oliveira Salazar do poder.
As eleições legislativas de 10 de Novembro, manipuladas, são precedidas de intensa agitação. Dois dias antes, um voo da TAP que ligava Casablanca a Lisboa era tomado por opositores do regime que lançaram milhares de panfletos sobre a capital e o Sul do país. Na véspera da votação, um grupo de militantes comunistas foge de Caxias num carro de Salazar. Seguir-se-ia o assalto ao quartel de Beja.
Mas era longe da metrópole e de África que o Portugal colonial iria sofrer, ainda em 1961, a sua primeira amputação. A história da queda do Estado Português da Índia tornar-se-ia paradigmática do autismo do regime perante pressões internas e alterações externas. E tornar-se-ia uma história sobre como se conta uma história: como se quiser contar.
Índia pouco portuguesa
Goa, Damão e Diu. Gerações memorizaram estas três palavras como pedaços de um Portugal que ia do Minho a Timor. Capítulo inquestionável da história lusa no Oriente, a portugalidade do Estado da Índia era no entanto dúbia.
Segundo o censo de 1940, dos seus 624.177 habitantes, apenas 1.371 eram descendentes de portugueses. Um terço professava a fé católica, mas apenas 1,1% da população falava português. «Goa não é uma província portuguesa», concluía à data o diplomata espanhol Juan Carlos Jiménez, citado em Xeque-Mate a Goa, o livro da investigadora Maria Manuel Stocker que conta a verdadeira história do fim da presença portuguesa na Índia. «Goa tem todo o aspecto de uma colónia.
Uma minoria portuguesa ocupa os postos fundamentais, secundados por uns poucos goeses. Existe uma pequena classe média comercial, geralmente hindu ou muçulmana, e o resto da população é simplesmente a típica massa amorfa da Índia, apática, faminta, doente, totalmente indiferente e ignorante de problemas que não sejam os de resolver o milagre diário da alimentação», sentenciava.
Vizinha da União Indiana, que conquistara a independência do Reino Unido em 1947, a Índia Portuguesa, pouco industrializada e de parca capacidade agrícola, dependia economicamente do outro lado de uma fronteira porosa. Goa, Damão e Diu, argumenta Stocker, faziam geográfica, social, cultural, linguística e religiosamente parte da vizinha Índia, não tinham valor nem na economia nem na demografia portuguesas e eram sobretudo fonte de encargos.
Mas, na metrópole, a narrativa era outra – a de que Goa era e queria continuar a ser portuguesa. Contava o Século Ilustrado de 29 de Março de 1947 que, contra «vozes vindas da Índia inglesa» que clamavam o fim da presença lusa, «a população em espectaculosas manifestações pediu que Goa permanecesse portuguesa». O ajuntamento era organizado pelo regime.
“Como todos sabemos, a taxa de juro que o Estado paga na sua dívida pública é bem mais baixa do que a que se paga por um leasing ou por um empréstimo bancário. Não tem, pois, qualquer racionalidade económica o Estado recorrer a estas formas de financiamento, QUANDO DISPÕE DE OUTRAS MUITO MAIS BARATAS.
Porque o fez então o nosso último Governo? Porque não cortou nos seus gastos, porque gastou à “tripa forra” e depois não conseguiu cumprir o Pacto de Estabilidade. A solução que encontrou é fingir que faz alugueres e inventar as denominadas portagens virtuais que é, uma forma de esconder a divida do Estado no balanço das empresas privadas, ocultando-a, assim, do orçamento que é, cada vez mais, uma peça virtual. Neste momento o Governo praticamente não paga nenhuma estrada das que está a fazer. São as construtoras que as pagam, ficando o Estado a dever. Essas obras serão pagas durante os próximos 20 ou 30 anos com taxas de juro elevadíssimas face àquilo que são as taxas da dívida pública. É a esta aldrabice que o Executivo chama pomposamente “estradas em portagem virtual”. Na verdade, o que está a acontecer é um brutal endividamento oculto do país, que as gerações futuras pagarão com língua de palmo. Os futuros governos terão de pagar com juros altos as obras deste Governo. O nosso potencial de crescimento económico está, assim, ameaçado de forma muito séria, pois estamos a falar de muitos milhões de contos.
Julgo que é importantíssimo sensibilizar a opinião pública para o que está a acontecer, pois só ela terá força suficiente para travar esta política suicida. Da minha parte não me pouparei a esforços na luta contra uma irresponsabilidade que vai sair caríssima a Portugal.”
“Como todos sabemos, a taxa de juro que o Estado paga na sua dívida pública é bem mais baixa do que a que se paga por um leasing ou por um empréstimo bancário. Não tem, pois, qualquer racionalidade económica o Estado recorrer a estas formas de financiamento, QUANDO DISPÕE DE OUTRAS MUITO MAIS BARATAS.
Porque o fez então o nosso último Governo? Porque não cortou nos seus gastos, porque gastou à “tripa forra” e depois não conseguiu cumprir o Pacto de Estabilidade. A solução que encontrou é fingir que faz alugueres e inventar as denominadas portagens virtuais que é, uma forma de esconder a divida do Estado no balanço das empresas privadas, ocultando-a, assim, do orçamento que é, cada vez mais, uma peça virtual. Neste momento o Governo praticamente não paga nenhuma estrada das que está a fazer. São as construtoras que as pagam, ficando o Estado a dever. Essas obras serão pagas durante os próximos 20 ou 30 anos com taxas de juro elevadíssimas face àquilo que são as taxas da dívida pública. É a esta aldrabice que o Executivo chama pomposamente “estradas em portagem virtual”. Na verdade, o que está a acontecer é um brutal endividamento oculto do país, que as gerações futuras pagarão com língua de palmo. Os futuros governos terão de pagar com juros altos as obras deste Governo. O nosso potencial de crescimento económico está, assim, ameaçado de forma muito séria, pois estamos a falar de muitos milhões de contos.
Julgo que é importantíssimo sensibilizar a opinião pública para o que está a acontecer, pois só ela terá força suficiente para travar esta política suicida. Da minha parte não me pouparei a esforços na luta contra uma irresponsabilidade que vai sair caríssima a Portugal.”
Excelente texto sobre a TAP escrito por um contribuinte comum. O melhor e mais ajustado que alguma vez li.
António Manuel Santos Franco
A TAP TAMBÉM É MINHA... Cheguei a uma conclusão... A TAP também é minha... Ao ser uma empresa do estado, a TAP pertence aos cidadãos deste país, embora 90 por cento deles nunca tenha usufruído dos seus serviços... Só ouvimos falar da TAP por dois motivos... Ou porque estão em greve ou porque conhecemos alguém que trabalha lá e ganha ordenados principescos... Embora os "donos" ganhem muitas vezes o ordenado mínimo.. Caricato... Assistimos agora a uma greve marcada para a época natalícia e que vai custar cerca de 100 milhões de euros de prejuízo... Mas para os sindicatos isso não conta nada... Quanto pior, melhor... Os organizadores da greve já disseram ao que vinham... A TAP não pode ser privatizada... E dão como motivo, ideias completamente desfasadas da realidade, como a que a TAP tem que ser uma companhia "bandeira", porque a diáspora depende dela para ter um elo de ligação ao país de origem... Tenho vários primos no Canadá que quando vêm a Portugal voam na Air Transat, e nunca se referiram á TAP, a não ser pelo preço exorbitante do bilhete... Já os meus amigos que trabalham na Alemanha, voam na Easyjet ou naGerman Wings, e nunca referiram a necessidade de voar nos airbus da transportadora Portuguesa... A restruturação da TAP implica uma redução de pessoal... O estado não tem que suportar financeiramente empresas falidas... O dinheiro que seria investido na TAP, será muito mais bem aproveitado a fazer qualquer obra necessária, desde um hospital a um centro de apoio a idosos, e nunca para manter uma empresa falida com ordenados milionários... A Itália cometeu esse erro... Restruturou a Alitalia com dinheiro público... Despediu pessoas... No entanto hoje a Alitália está falida... Custou milhões ao estado... Mas continua na bancarrota... Nos Estados unidos pelo contrário, a Pan Am e a TWA faliram... O estado não interveio... Aconteceu alguma coisa? Não... Simplesmente a Delta, a Continental e a American Airways, que eram sabiamente geridas aguentaram-se... No Canadá a toda poderosa Canadian Pacific faliu... O estado não interveio... Aconteceu alguma coisa? Não... Simplesmente a air Transat e a Air Canadá, que eram sabiamente geridas aguentaram-se... Eu enquanto contribuinte não tenho que suportar empresas falidas... Falo da TAP como falo do Metro, daCarris, da Transtejo ou da Soflusa... Os contribuintes não podem suportar gestões ruinosas, contribuindo para manter ordenados astronómicos, quando a maior parte deles mal ganha para comer... A TAP teria todo o interesse em não fazer grave... Até para dar uma imagem de empresa responsável... Até numa eventual privatização isso seria benéfico... Quem é o investidor que quer comprar uma empresa que faz greve por tudo e por nada? Mas não... A TAP está refém de sindicatos demagogos... Que vão acelerar o fecho da empresa em vez de a rentabilizar... Os passageiros vão ser prejudicados, bem como os hotéis e as agências de turismo... Eu como não vou sair no natal, não preciso da companhia da qual sou um ilustre dono... E como enquanto dono, tenho o direito de vender a minha parte, vou oferecê-la a alguém que não se importe de pagar a um piloto, um ordenado mensal equivalente a um ano de trabalho de um cidadão comum... Bom fim de Semana...