PÁSSAROS CRIADOS EM GAIOLA, PENSAM QUE VOAR É UMA DOENÇA.
Ah, mas o que raio você quer com esta frase? Gostaria de refletir um pouco sobre como somos educados para a manutenção e não para as grandes mudanças e como, na maior parte das vezes, quando decidimos ir por caminhos não tão convencionais, somos desencorajados por nossos familiares, amigos e mentores.
Com isso, a minha mente volta-se para Platão e para a Alegoria da Caverna, essa passagem tem como personagens homens que eram mantidos prisioneiros no interior de uma caverna e acreditavam que aquele era o mundo real, porém, quando um deles é libertado, e pode enxergar o mundo lá fora, fica maravilhado. Ao tentar contar a boa nova para os seus antigos companheiros, é ridicularizado e ignorado.
Com os famosos “retornados”, passou a morar por detrás da minha casa, o senhor Afonso. Homem realista que, depois de se ver desposado do fruto de uma vida de trabalho dura e honesta, vê-se também despojado de tudo na terra onde o deixaram! Amigos, conforto e dinheiro, ficaram por terras africanas. Só não lhe conseguiram tirar o saber do seu ofício de longos anos, mesmo sem qualquer bastonário. Coça nos seus cabelos brancos e abençoa uma ideia milagrosa: “ vou abrir aqui, na minha nova casa, um posto de enfermagem. Assim foi e assim viveu os últimos dias de vida que Deus lhe deu. Muita gente acorria aos seus serviços e, muita gente, ele ajudou no seu sofrimento.
O Enfermeiro Afonso morreu, e o “posto de enfermagem”, desapareceu para sempre. Isto, com tantos enfermeiros a emigrar!
No caso presente, a “gaiola” é, o idealismo bacoco, que nos querem impingir! Aqui todos querem viver à sombra da segurança de uma falsa segurança do emprego público, ao invés de gente que voa sem limites ou ajuda de outros! Voa sozinho e voa seguro e com segurança. Aqui todos preferem a “caverna de Platão” ou a clausura da gaiola! Ou seja: “A coisa Pública”.
“As soluções passam por uma maior participação civil, acompanhada por políticas de educação eficientes, e pela criação de instituições justas e responsáveis, que protejam os direitos humanos e as liberdades básicas.”
O arrolamento paroquial do ano de 1865 e as palavras do Padre Francisco Figueira, referem para o lugar de Queijas uma população de 148 habitantes, 35 fogos e situada a meio quilómetro a noroeste de Linda a Pastora, assente num platô muito fértil.
É um lugar muito antigo sendo ele com o respectivo pároco que, antigamente, festejavam o orago da Freguesia de São Romão. Teve, também, outrora uma ermida dedicada a São Joaquim.
Povoação rural e como outras povoações ao seu redor. Queijas teve certamente origem muito antiga, contudo escasseiam as referências históricas.
Que não seja a insuficiência de fontes documentais e de investigação histórica, que minimize o valor ou o lugar patrimonial que Queijas ocupa no concelho de Oeiras. Povoação de terras férteis, ligada à agricultura e ao cultivo de cereais, Queijas foi lugar da freguesia de Carnaxide.
Digno de nota, é o património edificado que tão bem ilustra o passado e a actividade de Queijas e de Linda a Pastora. São exemplos a Casa de D. Miguel (Queijas), a casa de Cesário Verde e a Capela de S. João Batista (Linda a Pastora) mais o Santuário da Senhora da Rocha.
A história recente demonstra um percurso de autonomia administrativa, com a criação da Freguesia de Queijas em Junho de 1993, com 2,3 quilómetros quadrados que inclui as povoações Linda a Pastora e Queijas (sede de freguesia).
A simbologia heráldica escolhida para representação da freguesia, retrata as vivências passadas.
O livro lembra os escritores e poetas que por lá viveram como Cesário Verde e Tomás Ribeiro. Os moinhos, parte integrante da paisagem histórica da zona de Lisboa. O monte – memória da gruta onde apareceu a imagem de Nossa Senhora da Rocha.
Presentemente, Queijas é notícia nos jornais por pretender a elevação a vila. E assim aconteceu, sendo Queijas elevada à categoria de vila, com aprovação em 19 de Abril de 2001. A Junta celebrou com toda a população, este acontecimento importante para todos os habitantes de Queijas.
Hoje Queijas e Carnaxide pertencem à mesma freguesia.
Desde 1974 em Portugal que nunca existiu um orçamento com superavit. (fonte)
A despesa pública portuguesa é superior a 50% do PIB (dados de 2010).
A dívida pública portuguesa é superior a 200 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 20 mil euros a cada cidadão. (fonte)
A carga fiscal em Portugal corresponde a cerca de 36,8% do PIB (fonte). Cada trabalhador em média trabalha desde o dia 1 de Janeiro até 4 de Junho apenas para pagar impostos. (fonte)
Em Portugal existem cerca de 10,5 milhões pessoas (dados de 2011) sendo que:
mais de 2 milhões têm mais de 65 anos (dados de 2011)
a esperança média de vida é de cerca de 77 anos para o sexo masculino e de 83 anos para o sexo feminino (dados de 2011) com tendência ligeira de aumento
Em 2012 nasceram cerca de 90.000 pessoas (compara com cerca de 160.000 pessoas nascidas em 1980 e com tendência para diminuir) (dados de 2012)
existem cerca de 3 milhões de pensionistas (dados de 2012)
a população ativa é de cerca de 5,5 milhões (dados de 2012)
a população empregada é cerca de 4,5 milhões de pessoas (fonte)
Dos cerca de 78 mil milhões de euros do orçamento de estado de 2013, as maiores rubricas são (fonte):
Prestações sociais (37,6 mil milhões ou 48,2 %)
Despesas com pessoal (17,3 mil milhões ou 22,1 %)
Consumos intermédios (7,6 mil milhões ou 9,7 %)
Despesas com juros (7,1 mil milhões ou 9,2 %)
O orçamento de estado de 2013 previa um défice de 7,5 mil milhões de euros equivalentes a 4.5% do PIB, previsão que já revista para 5,5%.
Qualquer discussão séria terá que assumir que o trajecto das contas públicas e da dívida pública é insustentável. Ninguém consegue imaginar uma família com gastos acima dos seus rendimentos ou uma empresa com prejuízos sistemáticos e que aumente o seu endividamento todos os anos. O mesmo se passa com o estado. Os nossos credores não são nossos benfeitores nem nossos mecenas e a “solidariedade europeia” tem os seus limites. Existem então essencialmente duas vias para se equilibrar as contas públicas, ambas impopulares mas com efeitos diferentes e que podem ser utilizadas em conjunto:
Aumentar os impostos – abrange a população em geral, sendo que aumentos de impostos irão causar necessariamente uma redução da atividade económica. Um imposto é uma apropriação por parte do estado de riqueza e recursos do sector privado.
Cortar na despesa – abrange essencialmente os beneficiários do orçamento de estado e pode abrir a porta à redução de impostos que estimularia a atividade económica.
Obviamente que eu tenho uma grande preferência pela opção de redução da despesa e creio ter sido um grande erro deste governa ter iniciado a sua legislatura com a opção pelo aumento de impostos. O corte na despesa do estado, é certo, terá que enfrentar muitas vezes o próprio governo e os seus partidos, os partidos da oposição, a comunicação social, grupos de interesse e grupos muito bem organizados – só hoje surgiram estas duas notícias: “Reitores“e “Sindicato diz que cortes comprometem o funcionamento dos serviços e a arrecadação de impostos”.
Os portugueses têm que fazer uma escolha clara: cortar na despesa do estado ou aumentar os impostos. Não se pode nem não cortar na despesa nem não aumentar impostos – essa é uma via demagógica que não existe.