É difícil entender o que se passa com este país! No balanço dos mais de quatro anos deste governo socialista de maioria absoluta e de três de maioria relativa, sente-se a convicção na população de que está a viver pior. Muito pior. E ainda vai piorar mais! Já não se fala dos últimos 15 anos, com 12 de sábia governação rosa. Estamos num país do “faz de conta”! Tudo se apaga, tudo se manipula! Vamos acreditar em quê? Os portugueses são os cidadãos mais pessimistas da EU (Euro barómetro - 2007) quanto ao seu futuro!
Com o país à beira de uma explosão social e depois de um bloqueio de camionistas, que levou o PM a desabafar que sentiu o país muito vulnerável. De facto, os indicadores não mentem. O país está completamente endividado. A divida ao estrangeiro deve atingir este ano os 100 % do PIB. Este, em lugar de crescer a uma taxa alta para recuperarmos o atraso endémico que temos, começou a descer ou imobilizou! Os portugueses e as empresas nem se fala! Já perderam o sono. Ninguém tem ideia do rumo a seguir!
É um problema de liderança? É, mas não só. Guterres tinha currículo, mas faltava-lhe liderança forte e experiente. Era um homem honesto, mas isso só não chega. Bateu com a porta, com medo do pântano. Seria o pântano o próprio partido socialista? Provavelmente.Com um pequeno interregno, volta a mesma mentalidade pela mão do (Eng.) José Sócrates! Desta vez iria ser pior. Não havia currículo, nem experiência e o que havia era uma falsa liderança apoiada numa dialéctica desprovida da realidade.
Se o problema da liderança é fundamental, muitas outras condicionantes são indispensáveis. Um pensamento integrado e mobilizador precisa-se urgentemente. A economia será sempre o motor de um Estado social. Mas tal economia não pode ter qualquer actividade como “vedeta”. Investir por exemplo e só nos meios informáticos, desleixando tudo o resto! Qualquer treinador de futebol sabe que tem de pôr a equipa a jogar com os jogadores que tem. Não pode agarrar em meia equipa e mandá-la para a pré-reforma. É preciso contar com todos e saber de todos aproveitar os seus méritos. Mérito para conseguir uma produção de bens transaccionáveis, os tais que equilibram as contas do país. E neste campo terá de haver lugar para todos, pois tudo pode concorrer para este efeito a atingir. Por enquanto estamos a importar a cada dia mais novas tecnologias!
O fazer e o admirar a arte, utilizando-a como fator de integração social e formador de identidade, é comportamento transmitido de pai para filho, e começa no berço, ao som das primeiras cantigas de ninar e das primeiras histórias de fadas.
Muito há que se falar sobre as histórias de fadas, a linguagem que os adultos encontram para penetrar no universo infantil.
As histórias de fadas oferecem muito mais do que magia e encantamento à mente de crianças de todas as idades.
Os contos de fadas, trabalhados há séculos por gerações e gerações de crianças, têm uma sabedoria própria e são o veículo ideal para introduzir a criança no seu contexto cultural.
As histórias infantis refletem-se no psiquismo infantil em vários níveis, conscientes e inconscientes. A utilização destas histórias permite uma ampla abordagem da problemática infantil por várias razões:
a mais óbvia é a razão estética: sendo agradável, capta a atenção da criança.
b- é uma atividade lúdica que permite o desdobramento do tema utilizando a criatividade e a participação ativa da criança, podendo ser transformada em dramatização simples, peça teatral elaborada, pintura, letra de música e brincadeira de faz-de-conta.
c- contar uma história estabelece e/ou fortalece os vínculos afetivos entre quem conte e quem ouve. Através das interações não-verbais que se estabelecem entre o narrador e o ouvinte, cria-se uma cumplicidade, uma empatia que fortalece a sensação de segurança e compreensão do outro por parte do narrador quanto do ouvinte.
d- ouvir histórias auxilia a criança a sentir-se incluída no mundo e integrada à realidade. Como os pais contam para ela que na sua idade ouviam histórias contadas pelos avós, e que ela poderá, por sua vez, contar a seus filhos, a criança pode identificar-se com os pais, projetar-se no futuro, modelar seus comportamentos e perceber-se como um elo vivo nas cadeias de gerações.
e- as histórias ampliam o vocabulário infantil e transmitem por estímulos subliminares todo tipo de informação cultural e conhecimentos teóricos sobre a história, a geografia, a religião e os costumes dos povos.
A criança, ao aprender algo com o avô ou outro idoso, adquire respeito pela sabedoria adquirida, admira o outro, valoriza a tradição e deseja para si esta sabedoria enriquecida pelos anos. O ancião, por sua vez, ao ensinar, renova seu conhecimento , ao percebê-lo através dos olhos infantis; revive as boas lembranças, consolida sua autoestima. No contato entre velhos e jovens verifica-se um enriquecimento mútuo: os velhos melhoram a atenção, a memória, a saúde e o humor; os jovens ganham em paciência e em humildade. Através da cultura, o conflito pode transformar-se em parceria, a tolerância dar lugar à integração dos novos passos no mesmo caminho antigo.
Uma cumplicidade estabelece-se entre pessoas de todas as idades e de todos os extratos sociais frente a uma manifestação cultural. Por meio de um elo invisível, já não se trata mais de ser rico ou pobre, branco, negro ou mestiço, rural ou urbano – trata-se de SER brasileiro, e neste termo ‘brasileiro’, ao som do Hino Nacional, todos sentem-se iguais.
A identificação dos diferentes segmentos da coletividade frente a uma equipe esportiva, defendendo o nome do país nos Jogos Olímpicos, em um campeonato mundial, ou frente a um filme que concorra a uma premiação internacional, cria um forte vínculo ante o qual desaparecem as diferenças menos significativas. Em torno do ideal cultural é possível unificar toda uma nação e motivá-la para um importante trabalho de desenvolvimento social – lembremos o que ocorreu em diversos países após a Segunda Grande Guerra.
No Brasil existem atualmente diversos grupos isolados trabalhando a cultura com a intenção de integrar à sociedade segmentos marginalizados – menores, doentes e idosos. No caso do idoso, os cursos e clubes de lazer para a Terceira Idade são um importante fator de melhora de qualidade de vida.
A solução cultural é a melhor arma de que dispomos para combater os graves problemas socioeconômicos de nosso país, pois a cultura interfere na autoestima de maneira surpreendente, atribuindo valor, identidade, disciplina e motivação para mudar. A cultura proporciona prazer em SER, FAZER e PERTENCER, sendo este o prazer sadio do bem viver, força capaz de contrapor-se ao medonho prazer das drogas e da tendência autodestruição para que se dirigem os excluídos sociais.
Todos sabemos que a clonagem é a cópia, ou a duplicação, de células ou de embriões a partir de um ser já adulto.
A figura da MARIAGROSSA, (nome fictício) reproduziu-se nas últimas dezenas de anos em milhares de seres completamente iguais, todos dedicados ao “Sistema”.
O que me parece mais estranho é que toda esta reprodução de «clones» não se processou da forma conhecida, mas de outro processo que, ao que julgo saber, não vem nos compêndios.
Têm um processo de formação totalmente exógeno, ou seja, conduzido por fatores exteriores.
São produto de condições criadas de forma muito hábil, não se sabe bem por quem, e que funcionam como o isco posto no anzol para apanhar os pobres peixes. Aqui, o segredo passa pela constituição de tal engodo.
O isco e o engodo constituem, não promessas feitas, mas insinuações e pequenas recompensas, que poderão ir aumentando de valor intrínseco.
A oferta desse produto aos humanos, passa por um fenómeno parecido com o que acontece entre o macho e a fêmea, em fase de encantamento.
A fêmea poderá representar, quando bela, o engodo. Contudo nada funcionará sem que através de um rubor na face e várias trocas de olhares, algo comprometedores, mas bastantes esclarecedores, seja entendida a vontade de namoro ou algo mais. Existe como sempre o perigo de adultério ou mesmo o aparecimento de desconfianças que podem colocar em perigo o segredo jurado pelas trocas de olhares meigos, coniventes e promíscuos.
É assim deste modo, que foram reproduzidos os milhares de clones a partir de uma primeira MARIAGROSSA ao serviço do famigerado “Sistema”.
Uma vez apanhado no anzol, o «clone» assim nascido, jamais abandona o meio ambiente que o fez nascer, antes pelo contrário, torna-se cada vez mais servil e as recompensas aparecem como ele sabe, de todas as formas e valores.
Há medida que o tempo passa, tais «clones» vão ficando totalmente dependentes do “Sistema”. A sua semelhança com os toxicodependentes é total.
Esta gente pouco ou nada tem a ver com o povo, embora andem no meio dele, guardando o segredo num bolso, que nunca abrem, nem está roto.
A partir daí, quanto mais eficientes forem na denúncia, na mentira e na falta de escrúpulos, mais sobem na vida.
Muitos vão longe. Onde nunca esperaram ir. Os seus familiares também.
As pessoas alheias ao “Sistema” interrogam-se;
Como é possível haver tanta sorte? Só eu não tenho nenhuma!
Longe ou perto não há «clone» que não sinta segurança na vida.
Não pode é pensar. Se por acaso o fizer então que não o diga.
Remorsos também são proibidos. Dormir bem é muito necessário pois, grande parte do trabalho é feita em horas extraordinárias!
Assistimos aos esforços fantásticos dos monopolizadores do ter, do saber e do poder para nos reduzir a simples galinhas. Para nos manter somente nos limites estritos do galinheiro e do terreiro. Para nos subordinar aos seus interesses. Eles são os principais responsáveis pelas ameaças da devastação e destruição que pesam sobre a terra e a Humanidade. Para continuarem a usufruir dos privilégios usurpados, extraídos dos que sustentam o sistema, se fazem surdos ao clamor desesperado de milhões e milhões de sofredores de todo o mundo e surdos ao grito lancinante da Terra. Atrevem-se a sufocar a nossa águia que nos impulsiona a gritar, a protestar, a resistir e a buscar caminhos de libertação.
Eis aí o grande desafio: salvaguardar a águia, a sua sagrada significação para o destino humano, de fazer-nos voar rumo ao espaço aberto. Não aceitamos permanecer somente na dimensão-galinha, obedientes aos mandos dos que nos querem submeter e controlar. Repelimos veementemente o pretenso realismo histórico daqueles que apenas reproduzem o paradigma da dominação, causador de tantos sofrimentos e lágrimas à maioria da humanidade, hoje empobrecida, alienada e excluída. Porque simplesmente prolonga e agrava a crise atual, ao invés de enfrentá-la com alternativas mais esperançosas para os humanos e para a Terra. ( … )
Leonardo Boff, Teólogo e Filósofo, reconhecido internacionalmente na sua luta pelos excluídos do mundo e pela espiritualização ecológica do planeta. Um dos pais da teoria da libertação.
Moldada neste espírito, foi pintada por quatro mãos e duas almas. E uma grande paixão pela época dos anos 20 levou-nos aos interiores recheados de objetos antigos, tecidos feitos à mão, mobílias do tempo e livros antigos. Embora sejam coisas reais, tudo o que aparece nestes quadros transmite um ar romântico e sonhador. O romantismo sente-se na leveza da pincelada e na paleta das cores. A suavidade da luz tem a sua discreta presença em tudo.
O nome deste estilo exprime a ideia de as artistas mostrarem ao espetador lugares comuns da nossa vida, do ponto de vista romântico: um recanto de varanda, um corrimão de ferro antigo. No chão, um cesto com flores do campo. Na cadeira de ferro, outro cestinho. Vista pela janela, uma panorâmica da floresta com um caminho a desaparecer ao fundo. Uma suave paleta da cor do quadro, luz penetrante nos objetos do passado, tão queridos à alma do artista.