” O Primeiro - Ministro britânico Tony Blair, propôs recentemente a divulgação dos nomes de magistrados, militares e polícias associados a organizações secretas, como por exemplo a maçonaria. A proposta de Blair faz um certo sentido. Numa sociedade aberta e democrática, como são hoje praticamente todas as sociedades ocidentais, haverá razão para a existência de associações cujos membros não se dão a conhecer? O facto de esses elementos, sobretudo aqueles com responsabilidades elevadas no Estado, como os magistrados, poderem ter obediências não conhecidas, não acaba por lhes conferir vantagens ou possibilidades superiores (ou, pelo menos, desiguais) às dos seus colegas que não contam com as mesmas fidelidades?”
Para a comemoração do extinto Dia do Diploma, normalmente, e quando muito, apareciam os pais e os alunos premiados com os 500 euros da praxe. Dos outros alunos, não havia sequer notícia. Poucos se davam à maçada de perder uma tarde ou uma noite para ouvir discursos de circunstância e bater palmas aos ganhadores. Estes levantavam o diploma e regressavam a casa.
Nesta cerimónia tudo seria diferente, pressentiasse-lhe uma sabor a política!
O ex-primeiro-ministro iria entregar diplomas aos alunos para valorizar socialmente os CET, s, (Cursos de Especialização Tecnológica do IPL), nesta cerimónia de entrega de diplomas aos alunos do nível IV. Deste jeito pretendia-se incentivar os portugueses que não terminaram os seus estudos, a inscreverem-se nestes cursos que conferiam uma qualificação profissional e permitiam o acesso ao ensino superior. Também se queria valorizar o “amor à escola” e aumentar a confiança dos professores.
O Senhor Primeiro-Ministro vinha revelando uma notória obsessão com esta palavra conhecida por “Diploma”. Por vezes custa a entender estas coisas! Custa, principalmente quando um Presidente do Brasil se orgulha de ter sido um simples operário. Afirma mesmo ser esse o seu melhor diploma. Todavia, recolhe a admiração e simpatia da grande maioria dos brasileiros.
A escolaridade é importante, mas, um país cheio de problemas como o nosso, não pode dar-se ao luxo de arvorar uma bandeira (a educação) que só daqui por muitos anos, noutras condições, nos pode resolver problemas que têm de se resolvidos “hoje”.
Se dar diplomas, mesmo que “eufemisticamente”, resolvesse os nossos problemas, então o Senhor primeiro-Ministro daria instruções ao ME para enviar a cada português que ainda o não tivesse.
O pior é que tudo isto não passou de eleitoralismo! Numa manobra que acabou por desacreditar o ensino. Um diploma é o maior símbolo do mérito, mas, deixa de sê-lo quando o seu significado é vulgarizado. Quando a escola deixa de “chumbar” e passa a distribuir “a esmo” diplomas atrás de diploma.
Simultaneamente o Senhor Presidente da República, ao anunciar a Jornada do Roteiro para a Juventude, indicou que iria agraciar um casal de jovens agricultores, com baixa escolaridade, mas que está à frente de uma exploração leiteira de sucesso.
Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é um sistema religioso filosófico que reivindica o discernimento da natureza divina. Kabbalah QBLH) é uma palavra em hebreu que significa receção.
Origem da "Cabala" é uma doutrina esotérica que diz respeito a Deus e ao Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e preservada apenas por alguns privilegiados.
As formas antigas de misticismo judaico consistiam inicialmente de doutrina empírica. Mais tarde, sob a influência da filosofianeoplatónica e neopitagórica, assumiu um carácter especulativo. Na era medieval desenvolveu-se bastante com o surgimento do texto místico, Sefer Yetzirah, ou Sheper Bahir que significa Livro da Luz, do qual há menção antes do século XIII. Porém o mais antigo monumento literário sobre a cabala é o Livro da Formação (Sepher Yetsirah), considerado anterior ao século VI, onde se defende a ideia de que o mundo é a emanação de Deus.
Transformou-se em objeto de estudo sistemático do eleito, chamado o "baale ha-kabbalah-kabbalah" "possuidores ou mestres da Cabala ". Os estudantes da Cabala tornaram-se mais tarde conhecidos como "maskilim" "o iniciado". Do décimo terceiro século para frente ramificou-se numa literatura extensiva, ao lado e frequentemente na oposição ao Talmud.
Grande parte das formas de Cabala ensina que cada letra, palavra, número, e acento da Escritura contém um sentido escondido; e ensina os métodos de interpretação para verificar esses significados ocultos.
Alguns historiadores de religião afirmam que devemos limitar o uso do termo Cabala apenas ao sistema místico e religioso que apareceu depois do século XX e usam outros termos para se referirem aos sistemas esotéricos-místicos judeus de antes do século XII. Outros estudiosos veem esta distinção como sendo arbitrária. Neste ponto de vista, a Cabala do pós século XII é vista como a fase seguinte numa linha contínua de desenvolvimento que surgiram dos mesmos elementos e raízes. Desta forma, estes estudiosos sentem que é apropriado o usodesta forma, e sentem também que é apropriado o uso do termo Cabala referindo-se ao misticismo judeu desde o primeiro século da Era Comum. O Judaísmo ortodoxo discorda com ambas as escolas filosóficas, assim como rejeita a ideia de que a Cabala causou mudanças ou desenvolvimento histórico significativo.
Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Cabala também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.
Aquela pelota amarela ou branca que se forma no canto dos olhos quando acordamos é uma espécie de sobra das lágrimas. Essencial para a lubrificação dos olhos, a lágrima é formada por 3 componentes: uma camada de muco, que aprisiona partículas de poeira; uma camada líquida, que fornece sal, proteínas e outros componentes importantes para a saúde da córnea; e uma camada gordurosa, mais externa, que ajuda a prevenir a evaporação da lágrima na superfície do olho.
Depois que as lágrimas são produzidas, elas se espalham pelo olho graças ao movimento de abrir e fechar das pálpebras. O excesso do fluido lacrimal é empurrado para o canto do olho, junto com poeira e todo tipo de sujeira que chega à nossa visão. À noite, nossas glândulas lacrimais reduzem a produção da parte aquosa da lágrima, mas continuam a produzir muco e gordura.
O ressecamento dessa meleca dá origem à remela – ou ramela, as duas formas estão certas. Em geral, ela não é sinal de problemas, mas, se a produção for excessiva e esverdeada, pode estar rolando uma infecção na conjuntiva, a membrana que cobre a parte interna das pálpebras. Daí, é preciso consultar um oftalmologista para se ver livre do incómodo e evitar problemas.
Por dentro da meleca
Parte não líquida da lágrima forma a remela
A lágrima é formada por água, muco e gordura. Na parte superior do olho, a glândula lacrimal libera a água e o muco.
A porção gordurosa da lágrima é segregada pelas glândulas de Meibomius, na borda das pálpebras inferior e superior.
Sempre que piscamos, a lágrima se espalha pelo globo ocular. O excesso é empurrado pelas pálpebras para o canto dos olhos.
A parte líquida da lágrima é absorvida pelo duto lacrimal. O muco, a camada oleosa e a sujeira acumulada ressecam e se transformam na remela.
Quem ouvir os noticiários, ler os jornais e alguns livros e for ouvindo os telejornais, procurando estabelecer uma relação entre as notícias, depara certamente com acontecimentos aparentemente sem lógica, mas que se percebe não acontecerem por acaso, tal o grau de eficiência que existe na sua execução.
É como se um conjunto de pessoas, não expostas, mas muito influentes, através de um complicado sistema de cordelinhos conseguissem encaminhar todos os acontecimentos a seu belo prazer, supõe-se também que com vantagens próprias asseguradas.
Do real ao imaginário, podemos visualizar um rio, daqueles com água muito transparente e fria, naturalmente pouco profunda. A sua torrente vai esbarrando nas imensas pedras espalhadas no seu leito, sem que a água nunca as cubra. A leveza que proponho, física e mental, vai permitir, que saltemos de pedra em pedra, quase sem nelas fazermos peso. Sempre que o nosso pé toca numa pedra, pisamos a realidade. Enquanto saltamos, percorremos o imaginário.
Provavelmente, tudo não passará de simples coincidência, ou mesmo de pura alucinação, com certeza provocada pelo “stress” com todos os seus efeitos colaterais geradores de desconfianças, fraquezas, mal entendidos e especulações, mas, mesmo assim, vale a pena pensar, evitando a castração do melhor que Deus nos deu, que foi o recurso ao pensamento.
Naturalmente que se forem coincidências, também não vem grande mal ao mundo, estaremos então a entrar no campo da pura ficção, que de certo modo nos fará esquecer outras preocupações mais reais e nefastas para a nossa saúde e bem-estar psíquico.
Ninguém duvidará da honestidade e competência de ninguém, contudo, ficou sempre por esclarecer o que eram e de onde vinham as ditas forças de bloqueio. Acredita-se que elas existiram e continuarão sempre a existir. Tinham e têm, sobretudo, uma ação bloqueadora terrivelmente nefasta! Estarão, também, as mais das vezes, ao serviço do mal!
Toda esta região que foi conhecida como área pastoril e mais tarde como área agrícola, cheia de pomares e quintas, aparece de repente transformada num grande dormitório da capital.
Como já se disse, em situações onde a oferta de habitação não se adequa à procura a preços ajustados, assiste-se também à implantação de núcleos de construção clandestina, ou bairros de barracas.
Assim e infelizmente, à volta de todo este crescimento habitacional, enxameiam, em todo o concelho, especialmente na área desta freguesia de Queijas, os chamados bairros degradados da Senhora da Rocha e Gandarela, detrás dos Verdes, Pombais, RIGUEIRA de Queijas, Forte de Caxias, alto dos AGUDINHOS, Suave Milagre, Eira Velha, Rádio da Marinha, etc.
Trata-se pois, de muita gente que veio da província à procura de trabalho na capital e seus arredores. Muitos do Alentejo.
São milhares de modestos trabalhadores, que na maioria pagam rendas mensais pelos terrenos que ocupam com as suas barracas.
São milhares e milhares de braços ocupados na produção industrial, que habitam numa terra que ainda há pouco vivia do amanho agrícola, que hoje ninguém quer fazer, ou fazem para subsistência própria em terrenos baldios.
Trabalham nas imensas obras, mas também nas muitas industrias que na freguesia ou nos seus limites se foram fixando. Etc.
Existem ainda muitas centenas de unidades de produção de média ou pequena dimensão que dão emprego a muita gente que veio à procura de emprego até esta freguesia, mesmo com salários muito baixos e se fixaram em habitação degradada neste local.
Euro nasceu a 1 de Janeiro de 1999. Nos últimos dias de 1998, assim como nos primeiros de 1999, sucederam-se diversos acontecimentos diretamente relacionados com o aparecimento da moeda única europeia. E a revelação em ECOFIN especialmente convocado para o efeito das taxas de conversão das moedas dos países da União Económica e Monetária foi o ponto alto de uma data memorável. Deste modo ficou anunciada a taxa de conversão portuguesa em 200.482.
No momento de entrada em vigor da Moeda Única era impossível deixar de recordar a evolução, ao longo de trinta anos do processo que finalmente veio a concretizar a União Económica e Monetária. Assim, entre a divulgação do documento Barre, primeiro esboço para a UEM, em 1968 e, a entrada em vigor da Moeda Única em 1 de Janeiro de 1999, muitas reuniões, relatórios, Conselhos Europeus, Sistemas Monetários etc., foram ocorrendo.
Deste modo foram 11 os Estados-Membro da União Europeia que constituíram a primeira vaga de adesão à zona Euro e às taxas definitivas da conversão das respetivas moedas nacionais em relação ao Euro.
Principalmente na parte final de todo processo a Junta de Freguesia de Queijas foi-se desdobrando em apoio e sessões de esclarecimento, sempre com objetivo de esclarecer e ajudar a população da freguesia a ultrapassar algumas dificuldades inerentes a este complexo acontecimento.
No meio de tanto fervor pela Senhora Aparecida, começa a correr o boato de ter sido ela a divina anunciadora da queda da Constituição, proclamada, mas aborrecida para muitos.
O rei D. João VI vivia atemorizado, tanto no paço real como na rua, e a grande maioria dos crentes desejavam acreditar em alguma coisa muito forte que travasse os jacobinos.
A ordem de mandar a Imagem Aparecida para a Sé de Lisboa, local onde deveriam ir prestar-lhe a sua devoção, provocou enorme revolta. Uns números superiores a mil pessoas juntaram-se no Sítio da Rocha. Homens e mulheres em armas, repeliam o Juiz de Oeiras, as forças da ordem e o Intendente da polícia.
Por nada queriam deixar partir a Santa e o povo propunha-se desafiar até o exército.
O general Sepúlveda, herói do movimento constitucional, é mandado acalmar os rebeldes em fúria.
Da Cruz Quebrada, resolveu seguir, sem o seu esquadrão e somente acompanhado do seu ajudante, o alferes marquês de Fronteira.
Apearam-se, então, no adro da igreja de Carnaxide, na qual estava guardada em recato a Imagem da Senhora.
O juiz de fora estava fortemente guardado por um contingente de infantaria, quando se começou a ouvir um coro de vaias. Eram as mulheres quem mais protestava e como o general as tentasse acalmar, levou duas bofetadas da mão forte de uma mulher indignada. O sangue escorria do nariz do homem que havia feito a revolta do Porto e foi no meio desta enorme confusão, que a custo, a Imagem iniciou a sua caminhada para a Sé de Lisboa.
Podemos afirmar que a Freguesia é uma consequência lógica da evolução das Paróquias, cujo começo teve origem em 1830 pelo Decreto n.º 25.
A partir dessa altura e na base desse Decreto em cada Paróquia haveria “uma junta nomeada pelos vizinhos da Paróquia e encarregada de promover e administrar todos os negócios que forem de interesse permanente local”. A partir de então passaram as Paróquias/Freguesias a fazer parte, como autarquias locais, do sistema administrativo público do Estado.
Ao longo destes 172 anos, apesar de várias tentativas para extinguir as freguesias, estas, ao contrário revitalizam-se.
Hoje as Juntas de Freguesias são órgãos do Estado que se afirmam, cada vez mais, junto das populações quer pelo trabalho que desenvolvem quer pelo empenho que manifestam na defesa dos interesses locais.
O título meramente informativo mas com o objectivo bem definido de todos os leitores poderem aferir do que era a Paróquia/Junta de Freguesia ao tempo, realço alguns aspectos bastantes curiosos:
1-Têm voto na eleição dos membros da Junta e secretário da Junta da Paróquia todos os chefes de família ou cabeças de fogo, domiciliados na área da Paróquia.
2-Era ao regedor da Paróquia que competia presidir à Junta e dirigir os seus trabalhos. Além do gesto administrativo da Junta, era da sua competência manter a ordem pública, procurando prevenir ou dissipar qualquer rixa, tumulto ou motim.
3- Perante uma morte violenta era competência do regedor não consentir que o cadáver fosse enterrado enquanto o Juiz de Fora ou do Crime não viesse fazer o exame com médicos ou cirurgiões.
4-Também era da sua competência no caso “flagrante delito” ou em seguimento dele prender as pessoas envolvidas, remetendo-as dentro das primeiras 24 horas contadas a partir da hora da prisão, ao Juiz de Fora ou do Crime debaixo de guarda segura acompanhado do respectivo auto que tivesse sido lavrado.
5- Outro aspecto mais de acordo com a hoje chamado Solidariedade Social estava na competência do regedor em recolher quaisquer crianças achadas ou abandonadas na área da Paróquia e encaminhá-las para a roda dos enjeitados do Concelho provendo à sua sustentação e condução; se algum vizinho da Paróquia quisesse encarregar-se da criação e educação gratuita e caritativa da criança desde que fosse considerado pessoa capaz para o fazer, o regedor entregava-lhe a dita criança lavrando-se Auto de Entrega que após assinado seria remetido ao Juiz de Órfãos etc.
Não será porém de admirar que apesar de estar consagrada uma verdadeira autonomia das Freguesias no n.º2 do art.237 da Constituição da República Portuguesa estas ainda não o tenham conseguido por vários motivos, onde a componente de autonomia financeira tem um forte peso.
Toda a área desta freguesia de Carnaxide, mais parecia ter caído em profundo esquecimento das autoridades oficiais responsáveis, se não fossem vários empreendimentos industriais a fixarem-se nesta região.
Foi porém esta industrialização a qualquer preço e com a construção civil que assentava arraiais, que despontaram na freguesia de Carnaxide.
Entre as várias urbanizações em marcha, a maior foi baptizada por Miraflores e nasceu no vale de Algés por volta dos anos sessenta, do século passado.
Em Carnaxide, para os lados do cemitério municipal e, nas traseiras da conhecida Casa de Saúde, duas empresas de construção, SOLÁTIA e URBACO, fazem em cada dia aparecer mais e mais prédios de oito a doze andares, em pleno contraste com as antigas e modestas moradias desta terra.
Também para os lados de Linda – a - Velha, na JUNÇA e nos arredores da mata do Estádio Nacional, é possível ver as máquinas em constante movimento na edificação de prédios e moradias.
Num planalto do lado poente de Carnaxide, conhecido há séculos pelo nome de Queijas, sempre com meia dúzia de casas velhas amontoadas à volta de um característico casarão cuja tradição refere como casa de veraneio de D. Miguel, já se podiam ver centenas de habitações construídas ao abrigo da chamada auto - construção, com a finalidade de albergarem gente de menos recursos.
Toda esta região que foi conhecida como área pastoril e mais tarde como área agrícola, cheia de pomares e quintas, aparece de repente transformada num grande dormitório da capital.
Como já se disse, em situações onde a oferta de habitação não se adequa à procura a preços ajustados, assiste-se também à implantação de núcleos de construção clandestina, ou bairros de barracas.
Assim e infelizmente, à volta de todo este crescimento habitacional, enxameiam em todo o concelho, especialmente na área desta freguesia de Carnaxide, os chamados bairros degradados das «Santas - Martas», vale de Algés, Algés de Cima, Altos dos BARRONHOS e do Montijo, estrada do BALTEIRO, Senhora da Rocha e Gandarela, detrás dos Verdes, Pombais, RIGUEIRA de Queijas, Forte de Caxias, alto dos AGUDINHOS, Suave Milagre, Eira Velha, Rádio da Marinha, etc.
Trata-se pois, de muita gente que veio da província à procura de trabalho na capital e seus arredores. Muitos do Alentejo.
São milhares de modestos trabalhadores, que na maioria pagam rendas mensais pelos terrenos que ocupam com as suas barracas.
São milhares e milhares de braços ocupados na produção industrial, que habitam numa terra que ainda há pouco vivia do amanho agrícola, que hoje ninguém quer fazer, ou fazem para subsistência própria em terrenos baldios.
Trabalham nas imensas obras, mas também nas muitas industrias que na freguesia ou nos seus limites se foram fixando, tais como: Fábrica Portuguesa de Fermentos Holandeses, Lda. Sociedade Portuguesa de Fibrocimento, SARL; TEXTILGER da Cruz Quebrada; Baterias TUDOR; A LUMINANTE; A COMATRIL; Confeitaria Nortenha, Lda. Fábrica leão de Xaropes e Licores; Fábrica das Chaves de Algés, Lda. ATLAS COPCO, FANTA, TOFA; CIREL ; Fábrica dos Parafusos (Tornearia de Metais); Cabos Ávila; VIMECA; KODAK Portuguesa; GEVAERT ; Fábrica de Baterias ARGA; Philips Portuguesa; etc.
Existem ainda muitas centenas de unidades de produção de média ou pequena dimensão que dão emprego a muita gente que veio à procura de emprego até esta freguesia, mesmo com salários muito baixos e se fixaram em habitação degradada neste local.
Embora ainda vão subsistindo belas quintas e hortas, a freguesia de Carnaxide é a partir desta época uma área fortemente industrializada e urbanisticamente desordenada.
É ouvi-los, políticos, jornalistas, comentadores e tudo aquilo que é gente a debitar opiniões, enche a boca com o crescimento da economia. Todos os males derivam da economia, no ano em curso, ter crescido só 0,3% quando se esperavam uns farfalhudos 0,6%
De facto o crescimento mexe com muita coisa, tanto de forma positiva como de forma negativa. Muitas vezes até mexe com as duas coisas!
O mundo em que vivemos defronta-se, principalmente, com um aumento brutal da sua população! Tudo em contraponto com a diminuição acelerada das suas reservas de combustível, fósseis, encarecimento da energia, e um meio ambiente em lenta e inexorável. A acrescentar a tudo isto iremos ter uma carência acelerada de água potável!
Perante estas indesmentíveis realidades e enfrentar tal pesadelo, teremos de ver o dito crescimento económico com outros olhos. Sem dúvida alguma. Passa por aqui uma nova visão do atual sistema económico ou seja, rever o dito capitalismo. Talvez tenha chegado o momento de os defensores do crescimento capitalista a todo o custo e os seus antagonistas, ambientalistas convictos, se sentarem numa mesma mesa abolindo a palavra antagonismo.
Não será muito difícil para eles perceberem que o crescimento para lá de certos limites se irá transformar numa doença incurável para toda a humanidade.