AS Parcerias público-Privadas (PPP) no setor da Saúde vão custar ao Orçamento do Estado, nos próximos 30 anos, 5643.3 milhões de euros, verba semelhante ao investimento previsto para a construção do aeroporto de Lisboa, em Alcochete. Com os contratos de construção de dez novos hospitais e de gestão de dois centros de saúde, os cofres públicos terão uma despesa média anual de 188,1 milhões de euros. Por isso os negócios da área da saúde têm atraído cada vez mais o interesse dos grupos económicos privados. CM 08-09-08 –
Fácil é de perceber que diariamente, qualquer governo ou ministro estão permanentemente debaixo de pressão da comunicação social e das manifestações de rua!
Nos últimos tempos foi possível ver muitos enfermeiros e enfermeiras, manifestando-se contra o governo, alegando demasiado trabalho e cansaço! Chegaram ao limite de falar em muitos milhares de novos enfermeiros que seriam necessários admitir! Estamos na presença de bons gestores, talvez até melhores que enfermeiros! Só não dizem é quem lhes irá pagar. Claro que seria o povo, com mais impostos. Dada a nossa vocação turística, temos muita gente (turistas) no verão em certas regiões e a forma de resolver tudo isto nunca será com mais admissões, mas gerindo o contingente de enfermeiros que existe nas áreas do país que fornecem ao Algarve e litoral turistas no verão, e distribuindo também as suas férias. A reforma do Estado está por fazer devido, exatamente, aos interesses em jogo.
Antes da “Austeridade” já o País estava destruído! Estamos há muito a tentar colocar as contas públicas no máximo com um défice dentro dos 3%, como prometemos fazer no dia em que entrámos para a União Europeia! Esquecemo-nos dos compromissos, só nunca nos esquecemos de receber e gastar (mal) as ajudas financeiras. O que assusta, é como vamos pagar a dívida pública, que é 120% do PIB, é só fazer as contas….
Mais a despesa das PPP dos últimos dez anos, que se vão vencendo por muitos mais anos!
“As derrapagens dos vários défices anuais, já custaram 77 mil milhões de euros!”
Nos últimos dez anos, o Estado português gastou mais 77 mil milhões de euros do que devia e a dívida disparou.
Os défices orçamentais acumulados pelo Estado desde 2006 até este ano já totalizam 52,5 mil milhões de euros, segundo dados da Deloitte, o que perfaz uma média do desvio das contas públicas de quase 5% do PIB anual neste período. Apesar de diversas medidas extraordinárias para mascarar o défice real junto da Comissão Europeia ou da troika, nos últimos anos, a realidade é que a “fartura” do buraco nas contas do Estado é a principal razão para a subida da dívida pública portuguesa, que está hoje a atingir o limite do sustentável e irá ultrapassar os 120 % do PIB já em 2013.
Cada vez que o Estado regista um défice (gastou maios do que recebeu) este tem de ser financiado com o recurso à dívida. A tendência do desvio nas contas do Estado tem acelerado nos últimos anos. Entre 2001 e 2005, os sucessivos défices resultaram numa dívida acumulada de 24,5 mil milhões de euros, refere a Deloitte. Na última década, os diversos executivos gastaram mais de 77 mil milhões de euros do que deviam. Um valor que é responsável por quase metade da dívida actual do país (180 mil milhões de euros). O Governo já anunciou que vai centrar-se no corte de despesa em 2014, uma redução que será feita sobretudo nas prestações com pessoal, duas componentes que representam mais de metade da despesa do Estado.
E foi o segundo acto da tragédia que, se não imolou vidas humanas, a poucas terá deixado sem graves prejuízos.
Para completar o pânico que se apodera de muita gente que, durante dois inesquecíveis dias, caminha pelas estradas e caminhos sem rumo certo. Não terá sido possível alertar inteligentemente as populações que se sabia correrem risco? Não sabemos, mas o que afirmamos é que tudo isto foi trágico!”
No dia seguinte de manhã era a desolação total. O autor destas linhas foi testemunha do pavoroso rescaldo na margem direita do JAMOR, da Rocha ao Estádio Nacional, onde as águas ainda quase tapavam as enormes árvores daquela área desportiva!
Por ali jaziam meio enterrados na lama, seis cadáveres e muitos animais trazidos pelas fortes enxurradas. A Gruta da Rocha ficou quase toda enterrada na lama e no Santuário os vidros estavam todos partidos. Altares e imagens destruídos, as paredes e tectos do Santuário com enormes rachas por onde escorria água no dia seguinte. Umas dezasseis barracas da modesta gente da Rocha, foram levadas pelas fortes e largas torrentes do JAMOR.
O forte do Carrascal, onde tantas vezes, durante a noite, o autor comandou a sua guarda em tempos de serviço militar obrigatório, viu os seus paióis enterrados no chão, serem infiltrados pelas águas da chuva originando uma explosão em cadeia.
Com estragos tão avultados a que urgia pôr cobro, como poderia nos tempos mais próximos alguém pensar nas próximas festas de 1968, até aí primeiro objectivo da Irmandade.
Tudo se alterou e as vontades viraram-se por inteiro para tão grandes, como urgentes, trabalhos de recuperação dos enormes estragos. Em primeiro lugar acudindo aos desalojados que na Rocha eram cerca de vinte famílias sem-abrigo. As portas do velhinho Santuário abriram-se então para albergar tanta gente de mãos vazias, os seus filhos e os parcos haveres não engolidos pelas águas em fúria.
Só depois a Irmandade pensou na recuperação dos estragos no Santuário e áreas circundantes tão duramente atingidas.
Foram tempos de duras canseiras, de muito bater a portas amigas, de empresas da região e autoridades locais, para aos poucos e poucos se conseguir reaver e reconstruir o muito que se tinha perdido.
Só assim foi possível, em Fevereiro de 1968, inaugurar dezassete casinhas em «LUSALITE» e nelas alojar outras tantas famílias que ainda dormiam no Santuário.
Face a tanto sofrimento e canseiras de ordem social, a Irmandade ponderou, e com toda a justeza, fazer chegar ao conhecimento público, não ser possível levar a efeito nesse ano de 1968, a tradicional romagem de fim de Maio, no Santuário da Rocha.
A actividade da Irmandade foi crescendo de ritmo e podia-se ler em cuidado opúsculo tornado público para anúncio das festas de 1969, a seguinte nota de abertura:
" Para quem queira sinceramente descerrar as pálpebras não é possível deixar de verificar a grande transformação porque tem passado a nossa Rocha nos últimos dois anos: o jardim passou de MONTUREIRA a ambiente verde, limpo, sadio e a luz felizmente chegou; o venerando templo acusa o sacrificado dispêndio de largas dezenas de contos de réis, que ao menos susterá a impressionante por que acelerada marcha que vinha fazendo para a ruína, conquanto ainda esteja longe de alcançar o pleno restauro; o ambiente pobre e abandonado das míseras habitações que por lá ainda restam infelizmente, pode ser algo atenuado com a apressada e provisória solução das «LUSALITES» que a nossa Irmandade fomentou com alguns auxílios oficiais e particulares.
Era pois, chegada a hora de as nossas bem antigas Festividades se restaurarem, dever máximo e grave que à mesma Irmandade incumbe, desde a primeira hora da sua existência, (19/09/1883) segundo os seus Estatutos".
(….) Não esperamos nenhuma outra recompensa terrena, senão que todos que até nós vierem se há-de admirar e comprazer. Todos à uma deveremos, convicta e euforicamente, assim o cremos, exclamar: - Temos finalmente, e com toda a verdade, umas Festas! É o que mais cordialmente possível a todos deseja, “A Irmandade".
E foi o segundo acto da tragédia que, se não imolou vidas humanas, a poucas terá deixado sem graves prejuízos.
Para completar o pânico que se apodera de muita gente que, durante dois inesquecíveis dias, caminha pelas estradas e caminhos sem rumo certo. Não terá sido possível alertar inteligentemente as populações que se sabia correrem risco? Não sabemos, mas o que afirmamos é que tudo isto foi trágico!”
No dia seguinte de manhã era a desolação total. O autor destas linhas foi testemunha do pavoroso rescaldo na margem direita do JAMOR, da Rocha ao Estádio Nacional, onde as águas ainda quase tapavam as enormes árvores daquela área desportiva!
Por ali jaziam meio enterrados na lama, seis cadáveres e muitos animais trazidos pelas fortes enxurradas. A Gruta da Rocha ficou quase toda enterrada na lama e no Santuário os vidros estavam todos partidos. Altares e imagens destruídos, as paredes e tectos do Santuário com enormes rachas por onde escorria água no dia seguinte. Umas dezasseis barracas da modesta gente da Rocha, foram levadas pelas fortes e largas torrentes do JAMOR.
O forte do Carrascal, onde tantas vezes, durante a noite, o autor comandou a sua guarda em tempos de serviço militar obrigatório, viu os seus paióis enterrados no chão, serem infiltrados pelas águas da chuva originando uma explosão em cadeia.
Com estragos tão avultados a que urgia pôr cobro, como poderia nos tempos mais próximos alguém pensar nas próximas festas de 1968, até aí primeiro objectivo da Irmandade.
Tudo se alterou e as vontades viraram-se por inteiro para tão grandes, como urgentes, trabalhos de recuperação dos enormes estragos. Em primeiro lugar acudindo aos desalojados que na Rocha eram cerca de vinte famílias sem-abrigo. As portas do velhinho Santuário abriram-se então para albergar tanta gente de mãos vazias, os seus filhos e os parcos haveres não engolidos pelas águas em fúria.
Só depois a Irmandade pensou na recuperação dos estragos no Santuário e áreas circundantes tão duramente atingidas.
Foram tempos de duras canseiras, de muito bater a portas amigas, de empresas da região e autoridades locais, para aos poucos e poucos se conseguir reaver e reconstruir o muito que se tinha perdido.
Só assim foi possível, em Fevereiro de 1968, inaugurar dezassete casinhas em «LUSALITE» e nelas alojar outras tantas famílias que ainda dormiam no Santuário.
Face a tanto sofrimento e canseiras de ordem social, a Irmandade ponderou, e com toda a justeza, fazer chegar ao conhecimento público, não ser possível levar a efeito nesse ano de 1968, a tradicional romagem de fim de Maio, no Santuário da Rocha.
A actividade da Irmandade foi crescendo de ritmo e podia-se ler em cuidado opúsculo tornado público para anúncio das festas de 1969, a seguinte nota de abertura:
" Para quem queira sinceramente descerrar as pálpebras não é possível deixar de verificar a grande transformação porque tem passado a nossa Rocha nos últimos dois anos: o jardim passou de MONTUREIRA a ambiente verde, limpo, sadio e a luz felizmente chegou; o venerando templo acusa o sacrificado dispêndio de largas dezenas de contos de réis, que ao menos susterá a impressionante por que acelerada marcha que vinha fazendo para a ruína, conquanto ainda esteja longe de alcançar o pleno restauro; o ambiente pobre e abandonado das míseras habitações que por lá ainda restam infelizmente, pode ser algo atenuado com a apressada e provisória solução das «LUSALITES» que a nossa Irmandade fomentou com alguns auxílios oficiais e particulares.
Era pois, chegada a hora de as nossas bem antigas Festividades se restaurarem, dever máximo e grave que à mesma Irmandade incumbe, desde a primeira hora da sua existência, (19/09/1883) segundo os seus Estatutos".
(….) Não esperamos nenhuma outra recompensa terrena, senão que todos que até nós vierem se há-de admirar e comprazer. Todos à uma deveremos, convicta e euforicamente, assim o cremos, exclamar: - Temos finalmente, e com toda a verdade, umas Festas! É o que mais cordialmente possível a todos deseja, “A Irmandade".
A noite do próximo passado 25 de Novembro ficou marcada na história do nosso Patriarcado a letras de sangue. Quem não se encontrasse realmente ou ao menos por acaso na zona do verdadeiro dilúvio, dificilmente se dará conta do que aquilo foi; os que vivemos aquelas horas amaríssimas ficaram habilitados a perceber algo da velhíssima página bíblica do tempo do patriarca Noé: chuva torrencial e demorada, vento invulgar e estranho, ruídos esquisitos de que não se podia verificar a procedência. Daí a pouco, os pequenos cursos de água, como o JAMOR, de junto do qual escrevemos, em pouco mais de uma hora, subindo a alturas impensáveis e tudo tragando à passagem com um barulho infernal; corpos passando nas águas lamacentas, carros e árvores, etc., gritos de dor humana, característicos clamores dos pobres animais, tudo enfim formava um autêntico pandemónio em meio de densas trevas.
Nesta zona, para cúmulo, e como a não deixar despedir-se sem mais aquelas a escuridão da terrífica noite, há um enorme estampido - era um paiol que rebentava, tudo rebentando num raio de vários quilómetros.
Os acontecimentos da Aparição da Imagenzinha na Rocha, coincidiam com o inicio das actividades liberais em Portugal. D. Miguel e as infantas, iam regularmente venerar a Imagem no altar onde fora colocada. Constava que os jacobinos, vendo na Imagem a política, ficavam encolerizados.
As visitas à Imagem, assim como as ofertas que lhe faziam, não paravam de aumentar, dando azo a vingança contra os constitucionais.
Os "vintistas" chamavam de «megera» à senhora rainha e haviam de entaipar com pedras e cal o local da Aparição, o que mais irritava os simples devotos.
Portugal vivia com alvoroço, as lutas entre os dois irmãos, D. Pedro e D. Miguel.
João VI iria morrer e os boatos propalavam que poderia ter sido envenenado, tudo isto agravado com a morte que se seguiu, do seu amigo e cirurgião, de nome Aguiar.
Miguel, foi mandado regressar do seu exílio em Viena de Áustria, para subir ao trono.
Este jovem rei ao fazer o caminho entre Queluz e Paço de Arcos, onde ia encontrar-se com uma bonita jovem, ficou debaixo do carro que o transportava, por se terem partido os eixos numa curva em Caxias.
Com tantas preces em seu auxílio, depressa ficaria bom da perna.
As mulas que o puxavam eram pretas e brancas e os seus amigos, logo acusaram os animais de liberalismo!
A partir daí, os amigos de D. Pedro IV, ficaram conhecidos pela alcunha dos malhados.
Nesta altura, tocou o sino para a missa e, à pressa, taparam com pedras a entrada, deixando fechados o coelho FUJÃO e a cadela perseguidora.
Assim que a missa terminou, voltaram à toca com uma luz. Um dos gaiatos, o mais pequeno, conseguiu entrar, e ao ver que se tratava de uma gruta, grande, chamou os outros. Uma vez entrados todos, viram no chão uma laje e quando conseguiram erguê-la, a muito custo, descobriram duas caveiras, ossos humanos, pedaços de loiça, entre os quais os de um pote, pedras lisas e roliças, certamente machados e PERCUTORES neolíticos, ou uma e outra coisa, indícios de depósito mortuário do culto dos mortos na Idade da Pedra polida. Os rapazes apanharam o coelho que perseguiam e um deles, chamado Nicolau, levou-o para casa. Dias depois decidiu oferecê-lo a el-rei D. João VI, juntamente com uma das pedras lisas que encontrara. Como tinham noticiado na povoação o achado das ossadas na gruta, a "casa", como lhe chamaram, o juiz de fora de Oeiras mandou pôr guardas à sua entrada, dia e noite. Muita gente acudiu a ver e foi nessa altura que alguém também encontrou, num cantinho escuro da gruta, uma imagem da Virgem,com um manto de seda muito velhinho, "cor de obreira desmaiada". De quem seriam aquelas ossadas, foi a interrogação que a todos assaltou.
Há quanto tempo ali estariam?
A novidade corre depressa, mas as respostas para as dúvidas levantadas, ninguém as tinha. Está deste modo criado um clima de mistério e exaltação em torno do estranho achado!
É o próprio Pie Francisco da Silva Figueira que nos seus "Primeiros Trabalhos Literários", avança uma hipótese: " Quem seria que para ali fugira do bulício e enganos do mundo?"
Os restos mortais tudo parecem indicar tratar-se de alguém que à Virgem se teria dedicado com extrema devoção. Talvez algum monge ou algum penitente que ali viera acabar os seus dias em forma de expiação, purificando desse modo algum passado menos puro, com uma santa devoção.
Puseram então a imagem na Igreja de Carnaxide, mas, como a maior parte das imagens das lendas, também a senhora da Rocha é "fugitiva", isto é, quando posta num local que não é o da Aparição volta a casa: Assim, no dia 1 de Junho, deram por falta da estatueta e logo se suspeitou de roubo sacrílego. Avisada a Justiça, entretanto, tratou-se de devassar o crime. Poucos dias depois, dois lavradores de Linda - a - Velha dirigiam-se com uns bois a Carnaxide, ao ferrador. Um dos animais, a certa altura do trajecto, encostou-se a uma oliveira e parou a descansar. Um deles, que tentava espicaçá-lo para tornar ao caminho, olhou para cima inadvertidamente e viu a imagem da Virgem desaparecida. Correram a chamar o juiz de Carnaxide, que, depois de confirmar no próprio local a veracidade da notícia, foi prevenir Quintino Franco, o juiz de fora de Oeiras. Enquanto isto se passava, um dos lavradores pegou na Virgem, que estava num buraco da árvore, e beijou-a. Como não conseguiu voltar a pô-la no mesmo local, correu a comprar uma fita e alfinetes, com que a prendeu na árvore. Começava a juntar-se gente e uma mulher de nome ISADORA, pôs uma lanterna de azeite aos pés da santinha. É então que o povo, em clima de grande agitação, começa a chamar àquela Imagem, de Nossa Senhora da Conceição da Rocha.
Quando o magistrado de Carnaxide regressou de Oeiras trazia ordem do juiz de fora para levar a imagem para a gruta onde fora primeiramente achada.
Formou-se então uma pequena procissão e a Senhora da Rocha foi metida no seu cantinho primitivo, onde ISADORA deixou acesa a lâmpada de azeite.
Todos os factos descritos aumentaram o entusiasmo popular e a romagem de fiéis, vindos não só das redondezas, como de lugares mais distantes., trazendo ofertas e donativos.
É neste clima de desconfiança e medo por aquilo que pudesse acontecer à Imagem daquela a quem chamavam de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, que começa a correr o desejo entre o povo da construção de um templo onde a Imagem não corresse qualquer perigo.
Da oliveira onde encontraram a adorada Imagem, nada sobrou. Considerada sagrada, dela as pessoas até as raízes levaram esburacando o solo e levando as pedrinhas mais próximas como relíquias.
Começa aqui a discussão entre os povos de Carnaxide, que afirmavam ser a sede da paróquia, e os de Linda - a - Pastora que retorquiam ser as margens direitas do JAMOR, onde está a gruta, do seu termo, não cedendo nenhuma das partes àquilo que consideravam serem os seus direitos, enquanto não houvesse um lugar sagrado para acolher a Imagem sagrada.
Aliás, Isidora Maria, casada com Manuel João, da Ribeira do JAMOR, segundo se afirma a primeira pessoa a prestar culto à Santa Imagem, seguida de muitas outras pessoas, também comungava da mesma opinião, chegando-se desta maneira à decisão de mandar fazer uma porta em forma de grades de ferro e um portal para a gruta, colocando lá dois guardas.
Passada no séc. XIX, esta história, tem o mesmo sabor das lendas velhinhas que falam do aparecimento de imagens santas por este país fora. Contudo, por ser recente, tem a vantagem de manter ainda os nomes verdadeiros dos seus intervenientes.
Frei Cláudio, cronista e padre da Província de Santa Maria d' Arrábida, descreve-nos a Imagem aparecida do modo seguinte:
" É da Senhora da Conceição, muito bonita, tem cinco polegadas e meia com as mãos erguidas ante o peito, o manto que tem na encarnação é azul forrado de encarnado, vestido branco com a lua debaixo dos pés, a serpente enrolada no globo, a encarnação do rosto assim como as mais tintas algum tanto desmerecidas ".
Toda esta região que foi conhecida como área pastoril e mais tarde como área agrícola, cheia de pomares e quintas, aparece de repente transformada num grande dormitório da capital.
Como já se disse, em situações onde a oferta de habitação não se adequa à procura a preços ajustados, assiste-se também à implantação de núcleos de construção clandestina, ou bairros de barracas.
Assim e infelizmente, à volta de todo este crescimento habitacional, enxameiam, em todo o concelho, especialmente na área desta freguesia de Queijas, os chamados bairros degradados da Senhora da Rocha e Gandarela, detrás dos Verdes, Pombais, RIGUEIRA de Queijas, Forte de Caxias, alto dos AGUDINHOS, Suave Milagre, Eira Velha, Rádio da Marinha, etc.
Trata-se pois, de muita gente que veio da província à procura de trabalho na capital e seus arredores. Muitos do Alentejo.
São milhares de modestos trabalhadores, que na maioria pagam rendas mensais pelos terrenos que ocupam com as suas barracas.
São milhares e milhares de braços ocupados na produção industrial, que habitam numa terra que ainda há pouco vivia do amanho agrícola, que hoje ninguém quer fazer, ou fazem para subsistência própria em terrenos baldios.
Trabalham nas imensas obras, mas também nas muitas industrias que na freguesia ou nos seus limites se foram fixando. etc.
Existem ainda muitas centenas de unidades de produção de média ou pequena dimensão que dão emprego a muita gente que veio à procura de emprego até esta freguesia, mesmo com salários muito baixos e se fixaram em habitação degradada neste local.
No mandato daquele que foi criança, jovem, adulto e CHEFE DE FAMÍLIA, também morador e presidente da junta. Num trabalho conjunto com a câmara, no final do mandato todos os moradores das barracas foram alojados em casas condignas.
No dia 28 de Maio de 1822, andavam sete rapazes a tomar banho no JAMOR. No meio da gritaria e da brincadeira, avistaram um melro e quiseram apanhá-lo. A ave, porém, fugiu-lhes e, entretanto, passou por eles um coelho que assustado correu a enfiar-se numa toca. Os miúdos alargaram a entrada da dita e enfiaram-se lá para dentro, em perseguição do coelho, uma cadela que pertencia ao tio de um deles, um conhecido caçador chamado Manuel Plácido, morador no próximo lugar de Linda - a - Pastora, a quem contaram o sucedido.
Este respeito já vem de longe! Vem mesmo, de antes do 25 Abril de 1974. A diferença do antes ou depois não é grande!
“Um quarto do esforço previsto para 2012 será pago pelos idosos portugueses através de cortes de pensões e aumentos de impostos Os anteriores pacotes de austeridade já tinham mexido na carteira dos idosos portugueses, mas as novas medidas apresentadas sexta-feira pelo governo pedem novo esforço adicional aos reformados, com os pensionistas a dar um contributo decisivo para a consolidação das contas nacionais. Segundo o novo PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento), só em 2012, entre cortes e aumentos de impostos, os reformados irão contribuir com mais de mil milhões de euros. Tendo em conta que existem 2,3 milhões de pensionistas por velhice, significa que para o ano o Estado vai poupar 435 euros por cada reformado.
As tabelas divulgadas pelo Ministério das Finanças mostram que o esforço extra exigido pelo governo aos portugueses em 2012 representará 2,5% do PIB (4,31 mil milhões de euros), dos quais 0,6 pontos percentuais - mil milhões - terão origem nos bolsos dos mais velhos!”