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O ENTARDECER

O ENTARDECER

Um país desinformado

Não existe informação na nossa comunicação social,  e muito menos existem estudos profundos e credíveis! Passa-se a vida a discutir palavras adulteradas no seu exacto sentido, por descontextualização. Os nossos telejornais abrem, correm e fecham com polémicas estéreis repetidas dezenas de vezes, fazendo por esquecer os factos reais e as  causas profundas. Ideologias mais que ultrapassadas no mundo de hoje, têm os seus representantes, em contínuo, nas nossas casas, descaradamente sentados à nossa mesa, do pequeno-almoço ao jantar!  

Afirmou-se há meses que algumas famílias não poderão comer bife todos os dias, como faziam antes, e que outras terão de poupar mais.

Disse-se também que se os sem-abrigo aguentam, pessoas que vivem com muito menos dificuldades também podem aguentar

- O Presidente da República declarou que as suas reformas, depois dos “cortes”, não lhe deveriam chegar para pagar as despesas, tendo de recorrer às suas poupanças e às da mulher.

Que passamos a vida a discutir palavras, é uma realidade indesmentível. Outra realidade é que todas estas coisas foram ditas, por quem as disse, com mágoa e triste constatação e os órgãos de informação puseram-nas a correr com o seu real sentido desvirtuado.

Não teria sido muito mais profissional que os senhores jornalistas tivessem aprofundado cada um dos casos que põem a correr, de modo a explicar à população coisas como:

As causas da nossa triste situação, ou como pode alguém que representa o governo mais responsável neste caos, vir falar de “retoques”? Porque aumentam os desempregados? Quais as reformas que temos de fazer e porquê? Como se pode crescer sem dinheiro nem credibilidade externa, agravada pela instabilidade de rua e greves contínuas? Por que motivo toda a gente pode acumular empregos, menos a maioria dos reformados? Que governos compraram tão luxuosos  automóveis? Causas do desemprego? Descontos feitos para as reformas no sector público e privado? Em quanto diferem? O que são PRECÁRIOS? Como se inscreveram na Função Pública. Etc.  

Tenham pena e respeito por este povo, e ajudem quem quer acabar com toda esta triste realidade para onde o país foi atirado, com um estranho silêncio da maioria da nossa comunicação social!

 

 

 

OS DONOS DO BURGO ?

 

O coronel que num passado recente fez ameaças - ou seriam apenas desabafos? -ao Estado democrático não se importa de dizer uma coisa e o seu contrário. Sem medos, adora disparar em todas as direções e Passos Coelho foi apenas uma das suas vítimas, quando lhe chamou “mentiroso contumaz”. Vasco Lourenço parece viver noutro tempo, no tempo em que as armas falavam mais alto que o voto democrático. Há um ano, consumido e dilacerado com o estado da nação, ameaçava: “Fique claro que não nos fecham a boca nem amarram os braços, chegou o tempo de dar um estrondoso murro na mesa. Temos de ser capazes de expulsar os vendilhões do templo. Existe hoje em Portugal uma legitimidade semelhante à que existia no 25 de Abril para que as Forças Armadas intervenham.” Imagino que o coronel, quando se referia à legitimidade, estaria a olhar para o espelho... Faz algum sentido alguém achar-se dono da “verdadeira democracia”? Mas isso é um dom natural que o coronel possui? Não precisamos de coronéis que se armam em Hugo Chávez cá do burgo. Sempre que há eleições, o povo decide votar em quem muito bem entende, mas Vasco Lourenço, se calhar, gostaria de ter um militar em cada mesa de voto a obrigar as pessoas a votarem no partido que o visionário coronel determinaria...

O antigo capitão de Abril não pode ser levado a sério, já que a sua incontinência verbal o leva a dizer disparates sucessivos. Voltando às semelhanças com o major Valentim Loureiro, também adora dizer: “Quantos são? Quantos são?” Mas, felizmente, volta sempre para casa com a pistola no bolso.

O SOL

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