O sentimento de gratidão traz-nos bem-estar e alegria. E esse estado de espirito torna-nos mais aptos para a criatividade, enfortecesse-nos a autoestima e desperta-nos boas ideias para vermos com maior eficácia e clareza. Dito de outro modo, a gratidão ajuda a atrair novas situações pelas quais nos sentiremos ainda mais gratos. Desta vez o sentimento de gratidão vai para o grande artista Victor Lajes e para a obra que nos legou.
A obra que realizou em Queijas, na nossa Igreja, é valor artístico assinalável! Tive o prazer de pisar com ele, muitas vezes, os andaimes que o elevaram muito alto, tão alto que nos deixou a singeleza artística de um enorme Cristo e outras obras de enorme classe artística, que ficará para sempre com as gentes de Queijas.
Mas não é só este ano que as opções políticas terão reflexo nas contas da ADSE e nos votos. O plano de atividades ilustra bem o impacto que a abertura da ADSE aos funcionários com contrato de trabalho teve no orçamento de 2009. Desde logo, este alargamento fez com que mais 83 mil pessoas (34 mil titulares no ativo, 18 mil aposentados e 31 mil familiares) tivessem aderido ao sistema, que no final do ano passado contava com mais de um milhão e 300 mil beneficiários.
Consequentemente, os gastos com os benefícios de saúde também cresceram e atingiram quase mil milhões de euros (986 milhões de euros). Trata-se do montante mais elevado da última década e que representa um aumento de 30 milhões de euros face ao ano anterior. E para onde foi este dinheiro? Cerca de 47 por cento do total destinou-se a pagar pelos serviços prestados pelo SNS, uma despesa que este ano sairá da alçada da ADSE; 23 por cento serviu para pagar às clínicas e prestadores de serviços que têm convenção com a ADSE, e 19 por cento foi gasto na comparticipação de medicamentos. O regime livre, modalidade que permite aos funcionários dirigirem-se a qualquer médico e depois receberem uma comparticipação, levou quase 12 por cento das verbas. Na prática, cada funcionário custou à ADSE quase 800 euros. Menos do que em 2008, é certo, mas isso deveu-se ao aumento do número de beneficiários, que fez com que o bolo tivesse que ser dividido por mais bocas.
Criada em 1963, a ADSE assegura a comparticipação das despesas de saúde dos funcionários públicos. Os seus beneficiários têm de descontar 1,5 por cento do salário mensal, caso estejam no ativo, ou 1,3 por cento da pensão.
PS: Não se pretende perder tempo com a análise quantitativa dos benefícios da ADSE ou do SNS, quer-se sim, vincar que este princípio abonado à função pública, deveria ser estendido para toda a gente (ADSE OU SNS), na EDUCAÇÃO TAMBÉM, ou seja, LIVRE ESCOLHA DO MÉDICO OU DA ESCOLA para os nossos filhos :
"O regime livre, modalidade que permite aos funcionários dirigirem-se a qualquer médico e depois receberem uma comparticipação, levou quase 12 por cento das verbas."
PS: Meus senhores da política, as coisas só mudarão quando houver absoluta liberdade da escolha do nosso médico e da escola dos nossos filhos. Isto não acaba com o SNS ou a EDUCAÇÃO oficial, antes, salva-a. Deixem de pensar nos votos e pensem nas pessoas e na sociedade!
O SNS deverá pôr-se a funcionar de modo a que isto seja uma realidade. Ninguém quer acabar com o SNS ou a ADSE, mas muita gente quer, com todo o direito, que funcione de modo a permitir esta liberdade de escolha. SÓ ISSO,IGUAL PARA TODOS!
LEGALMENTE a atual legislatura acabará em 2009. De facto, já terminou. O Governo abriu a campanha eleitoral quando Correia de Campos saiu da Saúde e a paz foi feita com os professores. Tem vindo a intensificá-la, redistribuindo um mínimo de dinheiro pelo maior número possível de beneficiários. É o “social barato”, porque a economia o impõe. Por agora, está feito o que o Governo foi capaz de fazer. Mas o essencial, fica, uma vez mais, adiado. Os partidos da oposição, por seu lado, sem recurso sequer ao “social barato”, confiaram às crises e à gatunagem a tarefa de desgaste do eleitorado socialista.
No que respeita à economia, esta é mais uma legislatura sem avanços: em 2009 a conjuntura não será melhor que a de 2005; e as bases estruturais mínimas, que sustentem o progresso da produtividade e da competitividade, continuam por criar. Estamos parados, o que é o mesmo que dizer que ficámos mais atrasados.
O Estado promoverá a democratização da educação e as condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para o desenvolvimento da personalidade e para o progresso da sociedade
Democrática e socialista.
O Estado promoverá a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos, em especial os trabalhadores, à fruição e criação cultural, através de organizações populares de base, coletividades de cultura e recreio, meios de comunicação social e outros meios adequados.
Como se vê a preocupação deste documento foi acima de tudo apoiar-se na socialização e no Estado! Também, nas organizações populares de base e nos meios de comunicação social. É lá que devemos certificar-nos do estado da cultura educação nacionais. Quem quiser que procure à porta das fábricas (já não existem!) os trabalhadores de pincel e tela na mão criando cultura, sim cultura socialista! Entretanto, sem economia o país deixou de ter dinheiro para todas estas promessas. Mas ficámos com uma constituição cheia de direitos para os trabalhadores e para as organizações populares de base.
É ouvi-los, políticos, jornalistas, comentadores e tudo aquilo que é gente a debitar opiniões, enche a boca com o crescimento da economia. Todos os males derivam da economia, no ano em curso, ter crescido só 0,3% quando se esperavam uns farfalhudos 0,6%
De facto o crescimento mexe com muita coisa, tanto de forma positiva como de forma negativa. Muitas vezes até mexe com as duas coisas!
O mundo em que vivemos defronta-se, principalmente, com um aumento brutal da sua população! Tudo em contraponto com a diminuição acelerada das suas reservas de combustível, fósseis, encarecimento da energia, e um meio ambiente em lenta e inexorável. A acrescentar a tudo isto iremos ter uma carência acelerada de água potável!
Perante estas indesmentíveis realidades e enfrentar tal pesadelo, teremos de ver o dito crescimento económico com outros olhos. Sem dúvida alguma. Passa por aqui uma nova visão do atual sistema económico ou seja, rever o dito capitalismo. Talvez tenha chegado o momento de os defensores do crescimento capitalista a todo o custo e os seus antagonistas, ambientalistas convictos, se sentarem numa mesma mesa abolindo a palavra antagonismo.
Não será muito difícil para eles perceberem que o crescimento para lá de certos limites se irá transformar numa doença incurável para toda a humanidade.
Sem antagonismo algum, o capitalismo até pode revigorar-se numa economia sem crescimento, desde que haja paz no mundo.
O crescimento está a caminhar para um falso símbolo de sucesso. Sem mais delongas, resta uma simples: para se encontrar uma nova economia e um novo capitalismo, talvez baste pensar em recuperar por um lado, aquilo que se perde por outro lado. Encontrar ganhos onde hoje se desbarata. Tudo equacionado, teremos encontrado o famoso “Ovo de Colombo”.
Não é a primeira vez que Portugal se vê nestas alhadas de ter que declarar bancarrota e socorrer-se da ajuda externa. Em 1892 o país teve que estender a mão e declarar uma bancarrota parcial numa crise que se arrastou por mais de 10 anos.
A implementação da República no Brasil em 1889 e a crise do Banco Barings inglês colocou as finanças portuguesas num ponto quase caótico. Portugal começou a recorrer ao empréstimo estrangeiro para assegurar o pagamento do coupon da dívida (e com isso endividando-se mais) mas sem sucesso. Então optou-se por um estratagema de vender a exploração de tabaco por 15 anos perante uma determinada “renda”. A verba anual de 4250 contos foi uma pequena esmola em 1891 e após vários ministros da fazenda que se foram demitindo por impossibilidade de tirar o país do buraco, o ministro da fazenda Oliveira Martins apresentou um orçamento ao parlamento a 13 de Fevereiro de 1892. Neste orçamento propunha um aumento da tributação dos títulos de dívida pública para 30%, dos impostos sobre os ordenados dos funcionários públicos e das corporações administrativas para 12,5%, 15% às contribuições predial, industrial e sumptuária, e 12,6% sobre os rendimentos de rendas de casas. No entanto a comissão da Fazenda limitou estes aumentos de impostos e o ministro demitiu-se em Maio.
A 13 de Junho de 1892 o estado anunciou oficialmente a impossibilidade de pagar os juros da dívida pública e a bancarrota foi declarada e a crise política instalou-se até pelo menos o convénio de 1902 e eventualmente até à implantação da república (18 anos).
No meio desta crise um dos projectos adiados de Portugal foi o do metro de Lisboa. As capitais do mundo estavam neste momento a construir os seus metropolitanos. Londres em 1863 foi a primeira, Nova Iorque seguiu-se em 1868, Budapeste e Glasgow em 1897 e Paris em 1898. Em Lisboa a ideia de um metro foi discutida em 1885 por proposta dos engenheiros Costa Lima e Benjamim Cabral. Em 1888 o engenheiro militar Henrique da Lima e Cunha apresentou um projecto à associação de engenharia portuguesa intitulado “Esboço de traçado de um Caminho de Ferro Metropolitano em Lisboa”. Nada disto pode ir avante e foi preciso esperar por 1949 (quase 60 anos) para que o projecto renascesse e foram precisos mais 10 para que no final de 1959 finalmente o metro abrisse as portas com 6,5Km e 11 estações.
A história ensina muito a quem estiver disposto a olhar para ela com cuidado. É fácil ver nesta descrição semelhanças gritantes com algumas coisas que ocorreram nos últimos tempos em Portugal. Desde os projectos megalómanos em que insistimos, aos aumentos de impostos, às demissões e oposições, é possível ver que os tempos que se aproximam não serão fáceis. Infelizmente penso que a crise será longa à semelhança da que aconteceu há 120 anos, o que não quer dizer que tenhamos que ser miserabilistas ou pessimistas sobre o nosso futuro. Os tempos futuros serão de crise, de sacrifícios por vezes até extremos. A história pode dar-nos pistas e também mostrar os erros que fizemos para não os repetir. Infelizmente acho que alguns políticos dormiam nas aulas de história.
O Compasso Pascal é uma tradição cristã que consiste na visita casa a casa de uma paróquia (daqueles que a queiram receber) do Crucifixo de Cristo no dia de Páscoa para celebrar a sua Ressurreição.
Um pequeno grupo de paroquianos, com ou sem o seu pároco, liderados por um crucifixo que representa a presença de Jesus vivo, percorre várias casas de outros paroquianos que manifestem a sua vontade de receber a visita de Jesus Ressuscitado no dia de Páscoa. Em cada uma das casas, após uma bênção inicial, os habitantes da casa visitada beijam a cruz de Cristo como demonstração de adoração.
A esta tradição associaram-se diferentes formas de receber essa visita. Ela é vista como uma forma de confraternização dos membros da comunidade paroquial com a oferta de alimentos da quadra ou apenas uns minutos de repouso para o grupo itinerante. É também comum ser aproveitada para oferta de donativos pecuniários à paróquia (para pagamento de eventuais direitos paroquiais).
A associação cultural de grandes exposições, de um Grupo de Teatro com pergaminhos no concelho, que apoiava dava lanche a idosos e muitas pessoas com deficiência, que se deslocava a dois lares semanalmente colocando gente triste e só ocupada, essa associação já não existe! Deu lugar a qualquer coisa que os grupos disputam à vez, a qualquer coisa onde não há lugar para a dedicação, carinho e amor ao próximo. Sobrou lugar para a maledicência, para a “carta anónima”, para um colectivo despersonalizado onde não cabe a liberdade individual! É pena, muita pena.
Vinha-se adivinhando isso, motivo pelo qual eu quis ser substituído. Apoiei com lealdade na qualidade de mandatário quem me traiu em razão de uma “estranha” obediência a Fernando Dias. É essa obediência cega que me custa a aceitar. Por idealismo não é, certamente!
Antes, há dois ou três anos que começaram os ataques pessoais. Talvez em jogos políticos de mau gosto.
Apresento em anexo, dois desses ataques eivados de cinismo e mau carácter! Em que uns fingiam defender-me enquanto outros exibiam, cobardemente, cartas anónimas! Resisti, com recurso aos documentos a que tinha acesso, em fotocópias. Ergui processos que permitiram provar e limpar a minha dignidade! Deixo em anexo dois desses processos, bem elucidativos dos meios que esta gente utiliza. Quem se debruçar sobre estes processos, não pode acreditar que eu faria qualquer coisa contra um filho que imaginei e criei. Também o baptizei chamando-lhe Junt´Arte.
Era o lema que quereria dizer: “ CRIAR UNIDADE”.
Talvez se encontre, isso sim, um fio condutor que começa e acaba em “cartas anónimas”. Hoje sem recurso aos documentos, não me poderia defender, seria arrastado na lama sem qualquer apoio. Este não é o mundo que eu preciso para respirar. Os processos falam por si.
Segundo o Antigo Testamento (Gênesis 11,1-9), torre construída na Babilónia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar os seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Esta soberba provocou a ira de Deus que, para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e os espalhou por toda a Terra.
Este mito é, provavelmente, inspirado na torre do templo de Marduk, nome cuja forma em hebraico é Babel ou Bavel e significa "porta de Deus". Hoje, entende-se esta história como uma tentativa dos povos antigos de explicarem a diversidade de idiomas. No entanto, ainda restam no sul da antiga Mesopotâmia, ruínas de torres que se ajustam perfeitamente à torre de Babel descrita pela Bíblia.
Não foi exactamente nas planícies áridas da Mesopotâmia que Pieter Brueghel, o Velho, localizou a sua pintura a óleo Torre de Babel (1563), mas nas terras baixas e férteis de Flandres. Sem dúvida, os estudos que muitos artistas realizaram sobre o Coliseu de Roma proporcionaram o modelo para este edifício de arcos superpostos. Muitos arqueólogos relacionam o relato bíblico da Torre de Babel com a queda do famoso templo-torre de Etemenanki, na Babilônia, depois reconstruído pelo rei Nabopolasar e seu filho Nabucodonosor II. Dizem também que a torre foi um zigurate, uma construção piramidal escalonada
O meu berço, começou a ser visionada lentamente no painel informativo, algures no espaço sideral. Fiquei estupefacto, mesmo sonhando! Lá estava a “natureza dura e crua”, algures no Ribatejo, onde passei os momentos mais belos da minha vida! O varandim e o rio Tejo, no qual corria apenas um fio de água. Pensei: certamente as barragens de Espanha, retinham a água que normalmente ele tinha a correr! Aquele espaço que eu retinha, estava quase irreconhecível! Não se via viva alma, estava abandonada e desprezada! Não havia flores, carros de bois a passar, vindimas, o Dia da Espiga, e jovens a caminho do rio Tejo. Toda a verdura que antes se podia ver o ano inteiro, estava naquelas imagens amarelada. Contudo, os edifícios continuavam de pé! Com muitas rugas no seu aspecto exterior, aguentavam a pé firme, incólumes aos anos passados! Aquela boa gente que ainda recordo dos tempos de miúdo, estava morta. Eram adultos, quando eu era apenas uma criança. Sei que onde estiverem, continuam preocupados com o berço, que guardam no seu coração que já não bate, e que há muito deixou de bater. Só podem pairar, por cima daqueles mil anos de história! Contemplando as velhas paredes dos palheiros, lagares, vacarias, adega, palácio, vinhedos, searas e o altivo castelo, sempre de vigia. Os meus olhos estavam húmidos de comoção. Aquela Quinta, ainda se aguentou algum tempo com os maus tratos da Revolução de Abril, porém, os conceitos destes revolucionários a favor duma igualdade sem liberdade, iriam fazer os seus estragos e pô-la a dormir como mostra este visionamento! Quiseram mostrar-se pródigos no seu amor ao próximo, vai daí, todos os trabalhadores tiveram um substancial aumento na sua jorna semanal, nesta e em todas as Quintas de Portugal. Será de acreditar que foi ingenuidade dos revolucionários, só pode ter sido. De permeio com muitas ocupações de propriedades, selvagens e ilegais, despontou uma nítida baixa de produtividade. A conquista foi sol de pouca dura e estes homens e mulheres, trabalhadores de sol a sol, começaram a ficar sem receber! A muitos, couberam-lhes pequenas reformas para as quais não haviam contribuído! Depois foi esperar pela ceifa da morte. Com a entrada de Portugal na CEE, a agricultura foi morrendo aos poucos. Nada se produzia mas não resistiu ao caos global que adiante adviria! O interior do nosso país,
ficou deserto, sem escolas, empregos ou searas e acima de tudo ficou sem gente. Viraram “IMIGRANTES”!
Portugal já tinha vivido centenas e centenas de anos sem petróleo ou electricidade, mas sem água não sobreviveria! Era o seu elemento intrínseco. Nesta hora amarga das minhas recordações de criança, quero mesmo realçar, por fim, a vivência de uma pessoa como eu, que cresceu numa realidade muito especial, com uma história riquíssima e de mãos dadas com uma natureza dura, mas amiga. Podemos, mesmo chamar-lhe de mãe. A história de que falo, está gravada nas centenárias pedras do seu castelo, são o orgulho que me vai perseguir o resto da minha vida. A sua natureza foi o meu melhor amigo, mas também o meu desafio para a vida que estou a enfrentar. O seu espaço mais amplo, foi e é, ainda, a minha transparência, porque nela, tudo era claro, mesmo quando o escuro da noite ficava de breu! Acreditei que a minha Quinta era indestrutível! Infelizmente não o foi. Acredito que um dia se vai reerguer, tal como o mundo depois deste caos. A Terra dá aos homens o que os homens precisam. Foi isso que constatei naquela Quinta que jamais esquecerei. Assim vai ser, também, no futuro. Esta tragédia é o resultado de muitos erros a que a humanidade, eivada de egoísmo, conduziu este mundo. Mundo, incerto, injusto e muito longe da igualdade apregoada! Em lugar de tal igualdade, espreita-se gente oportunista sem lei nem Roque.