O primeiro requisito para uma boa ordem social melhor, é conquistarmos uma liberdade de pensamento e de expressão sem subterfúgios. Todavia, entretanto, sempre poderemos imaginar como será esse país corrupto, criando cenários muito prováveis e situações que certamente surgirão, pela falta de transparência inerente ao estado de imoralidade, sempre de mão dada com qualquer vivência amordaçada.
Vamos então começar por virar o mundo no campo de uma imaginação construtiva, salutar e supostamente real, através, também, de uma criança, de um jovem, um adulto, um chefe de família e de um pré-reformado que ficou idoso e deste mal morreu.
É uma tarefa gigantesca! Está bem de ver! Mesmo assim vale a pena tentar, seria indigno não o fazer!
Contudo, os problemas do ser humano serão somente de natureza económica?
Vejamos se assim é.
Situemo-nos em qualquer região pobre, de qualquer país do mundo, sendo preferível que seja a região de cada país no qual se matam mais idosos!
A dor dos idosos
Uma corda ao pescoço que se prende ao ramo mais forte daquela árvore, escolhida muito tempo antes do ato definitivo, ou, por uma questão de pudor e de maior recolhimento, à trave mestra do celeiro em ruínas. Uma pedra como apoio, às vezes um banco para o qual se vai subir e de onde se dará o passo decisivo e último, pensado há muito, iniciado agora mesmo. Por dentro e por fora, apenas o silêncio e a solidão. A alma já estava morta de tristeza e de secura, tanta mágoa sofrida, tanta desesperança, tanto abandono, tanto vazio e desamparo. Mas tudo isso já passou e já não conta quando o corpo resolve enfim subir ao banco e atirar-se daquela altura, trinta centímetros, não mais. Um esticão forte, estremece a árvore, um gemido seco e breve, os olhos arregalados, cede que não cede o velho barrote apodrecido e o corpo fica a baloiçar uns momentos, antes de se imobilizar para sempre. Nem uma carta de despedida ou explicação. Porque em vida não houve tempo de ir à escola, porque a despedida não vale a pena e a explicação, a existir, não cabe numa carta!
Oliveira Martins criou-se no meio da Lisboa democrática da década de 1860. O autor então mais em voga era Alexandre Herculano. Herculano não era associado com uma escola literária por exemplo o “Republicanismo”, mas com uma visão do mundo acima de tudo por duas categorias siamesas: “Virtude e Corrupção”.
Herculano achava que a vida colectivo portuguesa estava “corrupta”, que a liberdade se perderia por causa disso e que só com “virtude” se poderia manter uma nação livre. A “corrupção era o resultado do facciosismo e da concentração nos “interesses materiais”.
A virtude que faltava era a devoção cívica. O impacto em Oliveira Martins desta maneira de ver as coisas pode-se atestar pelo romance histórico. Febo Moniz, de 1867. Martins mostra aí como um político virtuoso, isolado entre a aristocracia egoísta e a plebe demagógica, falhou na sua tentativa de manter a liberdade colectiva. Numa “Nota Final” ao livro, explicava o que competia fazer para evitar uma tragédia semelhante: Fortificar-nos pela moral e pelo civismo, engrandecer-nos pela ilustração e pela riqueza.
O que aconteceria se o planeta ficasse sem energia eléctrica para sempre?
17 de Novembro de 2014 por Rafael Miranda
A humanidade sobreviveu a muitos estados evolutivos na sua longa história neste planeta. Duas descobertas, em particular, têm moldado o futuro da nossa raça como nenhuma outra: A pólvora e a eletricidade. A primeira foi certamente a causa de muitas tragédias, enquanto a última ajudou a empurrar a raça humana para a frente, embora tenha causado danos consideráveis à natureza.
Juntos, os dois fizeram as guerras mais destrutivas. Mas, considere se a eletricidade fosse um dia desaparecer, sem aviso. Falta de energia para os dispositivos pode ser a preocupação imediata que vem à mente,
mas o problema maior seria ainda abrangente quando se considera que o mundo moderno foi construído em torno da dependência elétrica.
PÂNICO
O pânico e o caos tomariam conta das grandes cidades. Ocorreriam assaltos, roubos e assassinatos em massa. As forças policiais e militares não conseguiriam conter o pânico da população.
QUEDA DE GOVERNOS E LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA
Haveria a descentralização dos poderes. Com a população em pânico, a lei do “mais forte” seria instaurada. O seu lindo vizinho poderia tornar-se o mais feroz na competição por alimento. Seria o momento no qual o ser humano iria mostrar os instintos mais ferozes.
VOLTA AO FEUDALISMO
A civilização, que não inclui algumas tribos indígenas nos cantos perdidos do mundo, depende de energia elétrica para a sua inovação. Não se pode ignorar o fato de que a indústria médica entraria em colapso sem eletricidade. Doenças extintas poderiam voltar com uma vingança e stoques das vacinas seriam esgotados. Mesmo um extremo racionamento não garantiria o inevitável.
Nós teríamos que reaprender a cozinhar, lavar, usar novos meios de transporte, novos meio de diversão e viver sem os dispositivos que usamos todos os dias. Seria a volta aos tempos feudais. E sem eletricidade, o tratamento médico seria medieval. Também voltaríamos ao regime de manufatura. Isso é algo para que muitos não estariam preparados.
FIM DO MUNDO MODERNO
No mundo moderno quase todos os aparelhos ou máquinas trabalham tanto a gasolina como a eletricidade. É difícil imaginar um mundo de hoje, na ausência de energia elétrica. A vida sem ela representa tentar imaginar o planeta sem chuva, ou seja, quase impossível de se manter a sua sobrevivência.
Em todo o mundo, as pessoas iriam engatar os bois para seus carros e trabalhar nos campos até ao anoitecer. Seria o fim dos alimentos industrializados que muita gente ama. O trabalho depois do pôr do sol não seria possível sem iluminação adequada. Ausência de elétricos e autocarros fariam as pessoas caminharem horas para chegar aos locais de trabalho. Nas casas, o bombeamento de água de poços não seria fácil.
Os computadores deixariam de funcionar, a Internet daria blackout. De fato a eletricidade abriu o caminho para uma transição suave e progressiva da humanidade. Ela mudou a forma como se comunicar e relaxar, ajudando a melhorar a decoração das cidades e casas e minimizando o esforço em vários campos no cotidiano.
E você, acha que o mundo tomaria essas proporções se ficássemos sem energia elétrica?
Depois de coabitarmos, forçosamente, no mundo, com o bem e o mal, deste confronto só avançamos com vida, se conseguirmos manter dentro de nós, um sentimento elevado, chamado esperança, qual bóia de salvação, que nos pode levar até ao fim da vida.A força secreta que move todo o esforço humano é a esperança num amanhã diferente para melhor.Mas a esperança cristã, tal como a fé, não é uma esperança individual: é antes, uma esperança com os outros e para os outros.
O cristão deve ser homem de esperança, pois sabe de onde vem e para onde vai. Sabe que vem de Deus e regressa a Ele.
Para viajarmos neste grande barco da vida, o bilhete de ingresso chama-se, a nossa família, mas logo que entramos nele, temos de perceber através do amor que temos à nossa família, que é inevitável fecharmos os olhos ao desafio de aceitarmos a concepção de uma família mais alargada, e dessa maneira estarmos abertos ao encontro e ao diálogo de gerações.
Tudo aquilo que não queremos para a nossa família, também não podemos, nem devemos querer, ou aceitar, para a grande família alargada, a quem chamam o próximo. O mundo.
Nasce, então, em nós, e a partir de agora, outro conceito; o conceito da justiça social e o destino universal dos bens da Terra.
Chegámos, sem darmos por isso, a um porto até agora desconhecido, chama-se ele: um conceito cristão sobre a propriedade e o uso dos bens.
É o princípio típico da Doutrina Social Cristã; os bens deste mundo são originariamente destinados a todos.
O Direito à propriedade privada é válido e necessário, mas não anula o valor de tal princípio.
Sobre a propriedade privada, de facto, está subjacente «uma hipoteca social», quer dizer, nela é reconhecida, como qualidade intrínseca, uma função social, fundada e justificada precisamente pelo princípio do destino universal dos bens.
Depois, e ainda, dentro do mesmo barco, começamos a respirar, ainda que levemente, um leve perfume que lido no frasco que o contém, se percebe chamar-se hino à caridade.
Conforme a fragrância escolhida, podemos optar pela caridade paciente, a caridade bondosa, a caridade discreta, a caridade da verdade e nunca deveremos comprar alguns outros tipos de caridade postas à venda como, a caridade indiscreta ou a caridade interesseira, ufana ou mesmo, invejosa.
Ao sairmos de novo do barco, no qual fizemos esta longa viagem, teremos seguramente descoberto que há outra forma de ser feliz na terra, que desconhecíamos, e que também, ainda nos pode levar à salvação que ansiamos.
Sem medo de nos rotularem de utópicos, sabemos ser esta a viagem aconselhada.
O actual sistema político está a esgotar-se. O modelo económico também. Num momento que o mundo se está a tornar muito perigoso, por exigir novos e grandes desafios! Mudança. Foi ignorando, que o mundo chegou aqui!
Quisemos ignorar que as reservas da Terra são finitas! Matérias-primas, carvão, crude, água potável etc. Não saímos de cima da linha e vem lá o comboio! Em menos de um século, esbanjámos aquilo que seria o sustento de muitas gerações. Os conceitos de "trabalho", têm de mudar em breve. Do emprego também! A riqueza só para um terço da população mundial vai acabar. Teremos de viver com menos fartura (?) mas com muito mais solidariedade e valores.
Não é fácil, tomar a toda a hora este barco! Se nos atrasássemos, nunca mais acertaríamos o passo com o futuro, que alguns dizem, estar para vir.