CRISTO NO SOFRIMENTO
E NA CRUZ
"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaram?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre."
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E NA CRUZ
"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaram?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre."
Artigo 14º Deveres dos Deputados 1 - Constituem deveres dos Deputados: a) Participar nos trabalhos parlamentares e designadamente comparecer às reuniões do Plenário e às das comissões a que pertençam;
b) Desempenhar os cargos na Assembleia e as funções para que sejam eleitos ou designados, sob proposta dos respectivos grupos parlamentares;
c) Participar nas votações; d) Assegurar o indispensável contacto com os eleitores; e) Respeitar a dignidade da Assembleia da República e dos Deputados; f) Observar o Regimento da Assembleia da República. 2 - O exercício de quaisquer outras actividades, quando legalmente admissível, não pode pôr em causa o regular cumprimento dos deveres previstos no número anterior.
Fazer coligações, que não tenham sido apresentadas aos votantes antes das eleições, será respeitar o cargo inerente à vontade dos votantes?
Os portugueses parecem ter uma relação estranha com a democracia. Andam muito desconfiados. São republicanos, democratas radicais e parecem envergonhar-se do regime monárquico que os governou oitocentos anos. Parecem querer ignorar o esplendor que Portugal atingiu no mundo inteiro, nesse período !
Por outro lado, olham para os políticos eleitos por nós, empoleirados em Lisboa ou bem instalados nos edifícios públicos de todo o país, e sentem - se constrangidos e mal, mesmo muito mal, representados.
Aqui mora o estranho dessa relação: para a maioria dos cidadãos, aquelas caras são os seus representantes legítimos. Será verdade? Perguntam surpreendidos?
Porém, sentem por eles, quase sempre, um sentimento que abarca desprezo e repúdio, raiva e indiferença, asco e desconfiança. Se quiserem, ainda, muito mais do que isto! Sem exagero, sentem desdém!
Vivemos longos anos debaixo de uma ditadura instalada. A grande maioria habituou-se! Até achava que não era mau de todo. Só que os interesses das grandes potências exerciam sobre Portugal e as riquezas das suas colónias, uma feroz pressão. Lá, Portugal tinha de tudo! Petróleo, ouro, minérios, madeiras etc., e o respeito dos indígenas!
Eram tudo coisas muito apetecíveis.
Então, aliciados alguns promissores democratas (?) internos, a máquina de propaganda internacional enchia os ouvidos do povo com as qualidades supremas da democracia! Prometer mais e melhor é fácil e resulta. Hoje continua assim! Naquela época já se olhava para S.Bento e tínhamos vontade de chorar. Mas tínhamos um álibi: a maioria daquelas figuras estava lá contra a nossa vontade.
As instituições foram minadas, a credibilidade governativa também e o império foi caindo.
O regime do continente também caiu, e veio o grito de liberdade!
Veio a liberdade e com ela o assalto ao poder pelos menos preparados em todos os sentidos. A herança “fascista” encheu muita gente que nunca tinha querido trabalhar. Muitos outros tiveram de fugir, os que gostavam e sabiam trabalhar. Decorridos mais de trinta anos e entrados no século XXI, após a necessária democratização, boa parte da sociedade portuguesa continua com um travo amargo na boca ao olhar para os políticos. É como se tivéssemos um corpo estranho na alma!
Só que, agora, não temos que engolir em seco: fomos nós que os pusemos lá!
Será assim? É melhor nem saber. Mas que somos os verdadeiros responsáveis por toda esta bandalheira, pela falta de carácter e de vergonha, pelas patetices e pelas mesquinhices que eles perpetram. Nisso estamos todos de acordo.
Um rapaz procurava um rumo para a sua vida. Estava indeciso em relação à profissão, tinha dúvidas sobre as escolhas que fizera e não tinha nenhuma certeza a respeito daquilo que gostaria realmente de fazer. Resolveu, então, procurar o Mestre da Floresta, um sábio que certamente o ajudaria a encontrar aquilo que procurava. Um amigo indicou-lhe o caminho, ele encheu-se de coragem e viajou até ao lugar onde o mestre vivia.
Mestre, disse, estudei na melhor universidade, fiz um MBA, sou fluente em 2 línguas. Procuro aperfeiçoar-me sempre, mas não sei o que quero da minha vida. Preciso de encontrar o meu rumo. O mestre compreendeu a preocupação e a ansiedade do rapaz. No mesmo instante, entrou na sua cabana, e, quando voltou, trazia um belo machado. Era feito de metal nobre e estava afiadíssimo. Tinha o cabo talhado na melhor madeira, e era todo revestido com couro e búfalo. Entregou-lhe o machado e disse-lhe que se deveria embrenhar na floresta, e que só deveria voltar quando soubesse a resposta para as dúvidas que o haviam conduzido ate ali.
O jovem obedeceu e, cheio de esperança numa solução rápida para o seu problema, desapareceu entre as árvores. Não demorou meia hora e reapareceu diante da cabana. Estava revoltado com o mestre. O machado, queixou-se, era inútil. Não o tinha ajudado a encontrar o seu rumo. Sem perder a calma, o sábio perguntou: Mas o que é que querias mesmo? E o rapaz mais indignado ainda, respondeu praticamente aos gritos: Já lhe disse o que é que eu quero! Quero encontrar o meu rumo! Paciente, o mestre pediu ao rapaz para se acalmar, e chamou um dos seus aprendizes. Entregou-lhe o mesmo machado, disse-lhe para ir até à floresta e só voltar depois de encontrar aquilo que queria. Assim aconteceu. O aprendiz entrou na mata cerrada e, algumas horas depois, voltou com 2 pinheiros às costas. O mestre perguntou ao seu aprendiz: O que é que querias quando foste para a floresta?
E este respondeu: como o mestre não me disse o que deveria fazer, decidi que traria pinheiros para plantar na entrada da cabana. Então segui na direção dos pinheiros, cortei as mudas mais bonitas e trouxe-as.
O rapaz ainda mais irritado, continuava sem perceber o sentido daquela prova. Então, perguntou ao mestre o que é que uma atividade tão banal como decorar a cabana com pinheiros, tinha que ver com o problema que o levara até ali. Ele precisava de encontrar o seu rumo. O mestre sorriu e respondeu-lhe: Tu tinhas nas mãos o meu melhor machado. Mas para alguém que não tem um objetivo, a melhor ferramenta não passa de um enfeite inútil. Com o meu aprendiz foi diferente, pois ele encontrou um objetivo, o de arranjar 2 pinheiros, e encontrou o rumo que o levou até às árvores. Sem um objetivo meu rapaz, não há rumo a seguir. Sem um objetivo, qualquer caminho te fará voltar sempre ao ponto de partida sem teres absolutamente nada nas mãos. Tens de encontrar primeiro o teu objetivo. Depois encontrarás o rumo.
Estar perdido, com a sensação de andar sempre às voltas, é mais comum do que se imagina. Para muita gente, estar perdido não é a exceção, é a regra.
De um modo geral este sintoma denuncia a falta de metas - de balizas que nos orientem na direção dos nossos sonhos. São elas que definem o caminho a ser percorrido e não permitem que haja desvios nem dúvidas. Sem uma meta certamente ficará perdido, sem saber ao certo o que deseja. Ficará muito mais sujeito às circunstâncias. Se em vez disso, existir um alvo definido, essa sensação desaparece. Nesse caso a mente trabalha para encontrar os caminhos. É inútil querer encontrar um rumo para a vida antes de saber onde realmente se pretende chegar.
Se eu me perder tenho de olhar para a Estrela Polar e ir para norte. Isso não significa que eu esteja à espera de chegar à Estrela Polar. Quero apenas, seguir nessa direção.
"A Tríade do Tempo" de Christian Barbosa.