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O ENTARDECER

O ENTARDECER

QUER SER FELIZ?

 

Por que é que, pra ser feliz,
É preciso não sabê-lo?

Fernando Pessoa

 

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.  
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.  
Se achar que precisa voltar, volte!  
Se perceber que precisa seguir, siga!  
Se estiver tudo errado, comece novamente.  
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.  
Se perder um amor, não se perca!  
Se o achar, segure-o!  

______________________________________________________

Teus olhos entristecem

Teus olhos entristecem.
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham, esquecem...
Não me ouves, e prossigo. 
Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.


Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso. 

Continuo a falar.
Continuas ouvindo
O que estás a pensar,
Já quase não sorrindo.


Até que neste ocioso
Sumir da tarde fútil
Na casa defronte de mim e dos meus sonhos,  
Que felicidade há sempre!

Moram ali pessoa que desconheço, que já vi mas não viu.  
São felizes, porque não são eu.

As crianças, que brincam às sacadas altas,  
Vivem entre vasos de flores,  
Sem dúvida, eternamente.

As vozes, que sobem do interior do doméstico,  
Cantam sempre, sem dúvida.  
Sim, devem cantar.

Quando há festa cá fora, há festa lá dentro.  
Assim tem que ser onde tudo se ajusta — 
O homem à Natureza, porque a cidade é Natureza.

Que grande felicidade não ser eu!

Mas os outros não sentirão assim também?  
Quais outros? Não há outros.  
O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada,  
Ou, quando se abre,  
É para as crianças brincarem na varanda de grades,  
Entre os vasos de flores que nunca vi quais eram.

Os outros nunca sentem.  
Quem sente somos nós,  
Sim, todos nós,  
Até por mim, que neste momento já não estou sentindo nada.

Nada? Não sei...
Um nada que dói...

Fernando Pessoa

ARRASA O PAÍS

DEBATE POLÍTICO TELEVISIVO

Para este propósito, parte-se do pressuposto de que observar o discurso é ir além da língua, é analisar as regras do seu uso, pois acredita-se que um sujeito, ao falar ou escrever, leva em consideração aqueles para quem o seu discurso é dirigido e os objetivos do debate.

Um outro ponto a salientar refere-se ao papel da média como formadora de opinião. Noutras palavras, a maneira como ela informa, interrompe e conduz os discursos dos candidatos a respeito de determinados fatos, matérias, acontecimentos, ou mesmo na distribuição dos tempos de antena! Tudo isto, pode influenciar e conduzir milhões de telespectadores. Não podemos esquecer que a TV forma, ou reforça a opinião pública e este é o seu poder. A grande maioria dos portugueses, não lê; informa-se pela televisão e isso constitui uma grande responsabilidade para tais organismos controladores do poder.

Ontem, quer do ponto de vista do conteúdo, quer do ponto de vista da mecânica dos debates, quem saiu vencedor? Passos ou Costa?

Assistiu-se a um PM que estando preso aos factos da governação, em conjuntura muito adversa, pouco mais pode fazer do que justificar-se, perante alguém com argumentação livre, com guião fantasista, difícil de contrariar por falta de contraprova. As previsões que suportam os argumentos de Costa, são meras conjeturas, difíceis de contrariar antes de acontecerem os factos a que se reportam.

Neste, como noutros debates idênticos, as perguntas só poderiam incidir sobre três questões! Ou seja, passado, presente e futuro. A vida de um país altamente endividado, está carente de uma análise fria e competente sobre estas três palavras. Ontem, hoje e amanhã, estarão sempre naquilo que for acontecendo, sem quaisquer possibilidades de mudanças milagrosas. Assim, encontrámos um Passos Coelho muito bem preparado para falar de tudo isto (com retórica mais ou menos professoral). Por outro lado, tivemos pela frente um António Costa que fugiu do passado como o diabo da cruz (pudera!). O momento em que o partido de Costa meteu o nosso país na bancarrota, precisa de um estadista competente em gestão e firme no manejo de números gigantes. De outro modo, em lugar de três bancarrotas, somos atirados para a quarta, sem dó nem piedade!

As várias referências que fez a números, foram de uma incapacidade gritante. -Costa argumentou que o governo se comprometeu com corte nas pensões de 600 milhões, mas não confessa que prevê entre 2016 e 2019, arrecadar 1.360 milhões de euros, com o congelamento das pensões (pagina 12 “Estudo do Impacto Financeiro do Programa Eleitoral do PS”) o que constitui cortes implícitos, por erosão do poder real de compra das pensões. Quando fala da despesa do Estado, diz que o seu partido deixou a dívida em 96% do PIB, e que hoje ela está em 120 e tal %! Esquece este senhor que o dono da Tróica, nas imensas obras faraónicas que fez, utilizou as famosas PPP, ou seja, fez sempre desorçamentação! Melhor dizendo, transformou Portugal no país europeu com mais autoestradas por Km2 e remeteu as dívidas envolvidas para pagamentos até 2030/40! Tais despesas, se tivessem sido orçamentadas e pagas no ano em que foram inauguradas, atirariam com a despesa para muito mais que os autuais 120%! Enfim, foram tantas as despesas com este tratamento e erros de gestão decididos, que nenhum governo do mundo os conseguiria pagar antes de meados DESTE SÉCULO. Por último, iremos esquecer como o senhor presidente da Câmara de Lisboa conseguiu diminuir as dívidas da sua autarquia, mesmo andando há muito em plena campanha eleitoral!

Como de costume, os políticos, jornalistas e supostas entidades públicas etc. dão hoje a vitória ao António Costa! Esta envolvente de bem com a vida, arrasa tudo e todos, principalmente o próprio país!

TRIGONOMETRIA AMOROSA



Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos romboides, boca trapezoide,
Corpo ortogonal, seios esferoides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" Indagou ele
Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."


E falando descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos
Viciosos.
Ofereceu, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Chamado amoroso.
E desse problema, ela era a fração
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade.
Como aliás, em qualquer
Sociedade.
Autor desconhecido, mas admirável.

 

 

 

Padre Raimundo dos Anjos Beirão

 

 “...Morrer bem, é uma prova de que se viveu bem. Que sentimentos nos acompanharão quando Nosso Senhor, nos disser: Vede Maria, vede Minha Mãe, vede a Vossa Mãe, olhai para Ela, agradecei- lhe de perto o que Lhe pedíeis de longe. Ó Maria, eu Vos estou vendo e jamais deixarei de Vos contemplar. Ó Minha Mãe, quanto Vos devo!” Novena a Nossa Senhora da Boa Morte, 1868 Reflexão: 1. A partir de expressões do texto, partilhe a devoção mariana do Padre Beirão. 2. E eu? Como membro da Família Franciscana Hospitaleira, como vejo a presença de Nossa Senhora na minha vida

A INFLAÇÃO E OS JUROS A ZERO %

 

Previsão Taxa de Inflação 2016, 2017 e 2018 Pordata

Informação Mais Recente:

Com estas previsões, ou outras, da taxa de Inflação para 2017, (valores entre 1,3 e 1,4), quem levou uma vida a juntar poupanças depositadas num banco, está em risco de ficar sem dinheiro!

Numa recessão, a resposta clássica dos bancos centrais é descer os juros. Vem nos manuais: dinheiro barato incentiva o consumo de particulares e o investimento de empresas: a procura agregada aumenta e a economia recupera.

Pois é: esta receita pode ajustar-se perfeitamente ao País e à sua economia, mas acaba por destruir poupanças que levaram várias dezenas de anos a consolidar!

Juros baixos (o, %), agregados a uma inflação de mais de 1, %, liquidam o esforço de milhões de seres honrados.

Parece, assim, compreender-se a rapidez com que milhares de pessoas mandam poupanças para as “offshore”. Claro que este não é o caso daquelas pessoas para quem o dinheiro, terá uma origem duvidosa.

Agora, quando os juros chegam tão baixos, são estas pessoas que estarão a salvar o seu país e não o ministro das finanças seja ele qual for! Quando acontece aquilo que está a acontecer (dinheiro à borla), tudo indica estar para surgir uma depressão histórica e serão estas pessoas mais simples, as vitimas, da tomada de decisões que se espera salvarem a economia do seu país. É triste, muito triste ….. Os políticos ficam sempre resguardados!

 

 

 

 

 

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