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O ENTARDECER

O ENTARDECER

UM LOUCO À SOLTA

 

 

Pede-se Justiça, há um louco à solta

 

26 Fevereiro 2010, 11:38 por Helena Garrido | Helenagarrido@negocios.pt

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Triste o país que desvaloriza os seus sucessos e se alimenta dos seus fracassos. Que se delicia a escutar e a espreitar a sua caminhada para o caos social e político, na ilusão de que está a fazer justiça e enquanto vai empobrecendo. Portugal está assim, como um...

Triste o país que desvaloriza os seus sucessos e se alimenta dos seus fracassos. Que se delicia a escutar e a espreitar a sua caminhada para o caos social e político, na ilusão de que está a fazer justiça e enquanto vai empobrecendo. Portugal está assim, como um louco a destruir tudo à sua volta.

Não ficará pedra sobre pedra em nenhuma instituição, é o que parece termos prometido a nós próprios. Governo, Tribunais, Banco de Portugal... Partidos e tribunais, políticos e juízes, governantes e opositores, empresas e gestores, jornalistas... O louco que se soltou no País esmaga, deliciado, a credibilidade de tudo e todos sem que encontre pela frente alguém que lhe faça frente.

Tudo parece desaguar no vazio que se foi gerando na Justiça. Porque a justiça não funciona - ou não funciona como cada um acha que deve funcionar -, façamos então justiça pelas nossas próprias mãos.

E no meio da maior crise económica e financeira desde a Segunda Guerra Mundial, discutimos escutas que quem tinha a obrigação de manter longe dos ouvidos de todos colocou na praça pública. A intenção de quem o fez, desconhecemo-la. Para nós, simples cidadãos, está criada a ilusão de que assim fazemos a justiça que a Justiça não faz.

Sim, estamos todos fartos de ver figuras públicas indiciadas sem que a mão da Justiça chegue até elas. No futebol, na política, nas empresas... E se nós, que assistimos de longe a esse espectáculo, estamos cansados e desalentados, como estarão aqueles que têm como trabalho investigar, acusar e fazer justiça? Revoltados? É a revolta que explica ter-se caído na tentação de fazer justiça com o que se tem à mão, o "You Tube" ou os jornais? Compreende-se mas não se pode apoiar.

O mau funcionamento da Justiça gerou justiceiros que, apoiados em cumplicidades variadas e inteligentes manipulações do sistema, condenam com trânsito em julgado, e sem direito de defesa ou resposta, todos quantos caiam numa escuta.

Todos queremos e temos o direito de saber. Mais informação é sempre melhor que menos informação. Mas cada condenado na praça pública que vai caindo é mais uma estrutura que se destrói na construção da nossa sociedade. Lentamente, com mesquinhas vinganças diárias que pensamos ser justiça, caminhamos para a nossa autodestruição.

Hoje satisfaz-nos ver apedrejar no espaço público quem julgamos saber que violou leis fundamentais. Amanhã, quando as pedras caírem por todo o lado, e a todos acertarem, clamaremos pela Justiça que julga com provas. E nessa altura, se não mesmo já, neste momento, a Justiça já estará totalmente destruída.

Contrariar o caminho que estamos a seguir parece quase impossível. O sistema parece estar em dinâmica autodestrutiva. É no interior da Justiça que está o motor dessa autodestruição. Estamos a assistir à reacção da Justiça contra a sua própria incapacidade de fazer Justiça. 

O louco que a Justiça soltou tem a força e o ânimo para nos empurrar violentamente para fronteiras mais negras que a actual mais grave crise económica e financeira das últimas seis décadas.

Quem nos poderá salvar do louco que se soltou? Apenas a Justiça o poderá prender.

helenagarrido@negocios.pt

ORAÇÃO

 

A oração que causou controvérsia …..

Oração de abertura do senado de Kansas.

Talvez queiras ler esta oração que foi feita em Kansas na sessão de inauguração da “ Kansas House of Representatives.

Quando se pediu ao reverendo Joe Wright que fizesse a oração de abertura no senado de Kansas, todos esperavam uma ovação ordinária, mas isto foi o que todos escutaram:

“Senhor, viemos junto de ti neste dia, para Te pedir a tua direção.

Sabemos que a tua palavra disse:

“ Maldição àqueles que chamam “bem” ao que está “mal”, e é exatamente o que temos feito.

Temos perdido o equilíbrio

Espiritual e temos mudado os nossos valores.

Temos explorado o pobre e temos chamado a isso “sorte”.

“ Temos matado os nossos filhos que ainda não nasceram e temo-lo chamado “ a livre escolha”.

“ Temos abatido os nossos condenados e chamamo-lo de “Justiça”.

“ Temos sido negligentes ao disciplinar os nossos filhos e chamamo-lo “desenvolver a sua autodisciplina”.

Temos abusado do poder e temos chamado a isso: “Política”.

Temos cobiçado os bens do nosso vizinho e a isso temo-lo chamado “ter ambição”.

Temos contaminado as ondas de rádio e televisão com muita grosseria e pornografia e temo-lo chamado “liberdade de expressão”.

Temos ridicularizado os valores estabelecidos desde há muito tempo pelos nossos ancestrais e a isto temo-lo chamado de “obsoleto e passado”.

Oh Deus! Olha no profundo dos nossos corações; purifica-nos e livra-nos dos nossos pecados.

Amen.

A MENTIRA

A mentira tornou-se prática comum

O Tenente-General está farto.

Nós também

 

29 Agosto 2014, 10:03 por Baptista Bastos | b.bastos@netcabo.pt

 

A mentira tornou-se prática comum, inclusive nas mais simples relações sociais; na política, nem se fala.

Não culpemos apenas a Europa por esta desgraça que nos atinge. O sonho europeu (o que quer que a expressão queira dizer) nasceu dos escombros de uma guerra maldita, pensado por homens generosos que acreditavam na generosidade dos outros homens. Os grandes escritores e os grandes pensadores, que têm conjecturado sobre o mundo, ensinam-nos da maldade dos homens; e as guerras sem fim, as atrocidades que não acabam provam-no das razões, horrorosas razões, que determinam a condição humana. Há uma maldade intrínseca em nós, e quando essa maldade é sustentada pela ganância e por um sistema que a estrutura pretende justificar, a extensão do mal torna-se pavorosa.

Os nomes dessa maldade estão aí: Gaza, Iraque, Afeganistão; mas também o preconceito, a fome, a ignorância em que as religiões, todas as religiões se apoiam; as hegemonias, tudo o que de pior há por aí, aí está. Claro que os oportunistas políticos, os incapazes que seguem, como as rémoras, as ideologias salvíficas, fazem grupo; porém, o infortúnio não será para sempre.

A tragédia que assolou a sociedade portuguesa tem culpados e responsáveis, primeiros entre os quais, nós próprios. Os que mandam treparam ao poder devido à nossa inércia e à alucinante incapacidade de os escorraçar. Os protestos chovem de todo o lado, transversalmente, e vamos ficando cada vez mais pobres, em alguns casos esmoleres sem energia nem dignidade. A mentira tornou-se prática comum, inclusive nas mais simples relações sociais; na política, nem se fala. A moleza ética parece fazer parte integrante de uma idiossincrasia até agora pouco conhecida. A palavra de honra e o aperto de mão correspondente faziam parte dos nossos padrões de vida. Ainda se encontram na província, de onde regressei há dias, um pouco recauchutado desta lástima.

Anteontem, o Diário de Notícias publicou um artigo notável por contundente e contundente pelo desabafo moral que contém, assinado pelo tenente-general Mário Cabrita, reformado, o qual, associado a centenas que se publicam, resulta numa grave advertência e num protesto superior.

Escreve Mário Cabrita:

"Estou farto de políticos mentirosos que na oposição prometem tudo e que no Governo nada fazem.

Estou farto de políticos despudorados que concorrem a eleições com um programa e que, quando eleitos, o rasgam sem ponta de vergonha.

Estou farto de políticos autistas que não percebem que a elevada abstenção representa um não ao actual sistema político.

Estou farto de políticos malabaristas que jogam com números já hoje duvidosos e amanhã falsos, tentando fazer de nós estúpidos e ineptos.

Estou farto da promiscuidade entre políticos e poderes financeiro e empresarial.

Estou farto de ministros que são nomeados e depois se volatilizam, tal como o dinheiro dos contribuintes que o Estado coloca nos bancos falidos.

Estou farto de pagar mais impostos, ver a pensão reduzida e a dívida a aumentar.

Estou farto de ouvir dizer que o problema são os juros da dívida e não ver coragem para negociar a sua reestruturação.

Estou farto de banqueiros e de presidentes de empresas com prejuízo receberem milhões de indemnização e receberem para si reformas obscenas.

Estou farto de bancos e empresas com conselhos de administração de 20 membros a ganharem quantias exorbitantes.

Estou farto de uma A.R. cujos deputados passam parte do tempo a trabalhar para empresas privadas.

Estou farto das juventudes partidárias que só produzem políticos incultos, arrogantes e inexperientes".

É o documento impressionante que não pode deixar de ser lido e ouvido por quem tem responsabilidades gerais: os governantes, os comentaristas não estipendiados, os jornalistas honrados, os escritores que ainda não emudeceram. Por todos nós. O tenente-general Mário Cabrita fala por todos nós. E o seu documento possui, além do valor do protesto imediato, a consistência que transforma as palavras num requisitório humano e histórico.


b.bastos@netcabo.pt

 

A FINALIDADE DA POLÍTICA

 

Num panorama traçado – pode -se resumir: não nos pode retirar uma convicção: “ a política é essencial”. Por isso, se escreve : “uma sociedade que a despreze expõe-se a graves riscos”.

Importa, então, na opinião dos melhores entendidos, que se tenha em conta quão urgente é urgente reabilitar a política e repensá-la em todos os seus domínios: educação, família, economia, ecologia, cultura, saúde, protecção, social, justiça … De modo que haja uma efectiva relação activa, entre a política e a vida quotidiana dos cidadãos.

Por último e para prestígio da política, também não contribuem nada – antes pelo contrário! – os “casos” em que alguns elementos da “classe” política se deixam enredar. Estes casos facilitam a generalização da suspeita, assim traduzida: “ a política reduz-se à mera gestão de “dossiers” complexos, à solução de conflitos de interesse, à regularização de egoísmos corporativos ou de bairro, e à sujeição à lógica do aparelho partidário. Abrem-se pois, as portas ao renascimento de ideologias extremistas, especialistas em esgrimir com temas demagógicos.   

Finalizando, apontamn-se mais 4 objectivos a atingir:

1 - Ajudar as pessoas e os grupos a viver em sociedade ,e em que cada ser humano reconheça todos os outros como irmãos e os trate como tais.

2 - Construir o bem comum, que é muito mais que a soma dos interesses particulares. 

3 - Dominar a violência que está no coração da condição humana humana e que tem de ser substituída.

4 - Valorizar o compromisso político, considerando mesmo que esta é uma tarefa inadiável. Denunciar a corrupção não é, pois, condenar a política como um todo, nem justificar o cepticismo e o absentismo.

MARIA JOSÉ MORGADO

Maria José Morgado:

 Uma entrevista abrangente a não perder. A corrupção viral.

 

 
 

M.J.Morgado garante que tudo serve de desculpa
para travar a justiça

Maria José Morgado
Do que falámos?  
Dos mecanismos da corrupção, “velha como o mundo”.
De Portugal ser “o campeão das Parcerias Público Privadas”. O que há nelas? Corrupção ou esbanjamento de dinheiro público?
Do “país de funcionários públicos” que somos, onde o dinheiro do Estado, o empregador, o animal perigoso, foi tratado “como se não fosse nosso”.
De obras públicas. “ Em Portugal têm uma regra:

as derrapagens”.
De coisas absurdas.  “O bater das asas de uma borboleta no tribunal pode provocar um atraso de 15 anos num processo. A simples falta de um toner pode provocar uma prisão preventiva.”
De a justiça ser o bombo da festa, de se assistir a uma tabloidização da justiça (...)
Maria José Morgado foi considerada a mulher mais poderosa do país. É responsável pelo DIAP.

 

ARTIGO COMPLETO: http://apodrecetuga.blogspot.com/2014/09/maria-jose-morgado-uma-entrevista.html#ixzz4ZWyrpVIJ

ESTÁ NA HORA

 

DE REABILITAR A POLÍTICA

A política é uma obra colectiva, permanentemente; uma grande aventura humana. Tem dimensões continuamente novas e alargadas. Diz simultaneamente respeito à vida quotidiana e ao destino da humanidade, a todos os níveis. A imagem dela, segundo a nossa sociedade, precisa de ser revalorizada. A política é uma actividade nobre e difícil. Os homens e as mulheres que nela se comprometem, assim como quantos querem contribuir para as causas comuns, merecem o nosso encorajamento.

Imaginemo-nos nos primeiros momentos de uma campanha eleitoral que nos vai levar a eleições. É quase certo que estes dias não vão trazer muito de novo em relação ao que há semanas, é dito pelos candidatos: eles de certo, esquecerão-se de informar que coligações querem ou não fazer, e de garantirem que se forem candidatos e perderem, lutarão para ajudar aquele ou aqueles que forem vencedores a tomarem as melhores medidas e decisões no sentido de servir o POVO, nunca os interesses ou partes da política (diga-se partidos). Quem perde, deve fazer oposição construtiva, nunca deve enveredar por manobras dilatórias e demagogias, para conquistar o PODER. Manipular as “massas” nem pensar, quem o fizer de político nada tem!

É com este intuito que hoje apresentamos algumas considerações, extraídas de uma declaração da Comissão Social do Episcopado francesa. É um texto em que os bispos confessam a intenção de lsançar sobre a política “ um olhar renovado” e “suscitar novos comportamentos neste domínio”.

Na análise que fazem da actualidade política, os prelados franceses descobrem sombras indesmentíveis: vai-se generalizando na opinião pública a ideia de que os governos se sucedem, sem que os grandes problemas sejam resolvidos. Pior, muito pior. E assim se adiam reformas estruturantes, que todos reconhecem urgentes.

Pior, muito pior: alguns governantes, começam por destruir tudo aquilo que os anteriores tinham feito, desconhecendo, ou fingindo desconhecer que nestas eleições, agora acabadas, eles ganharam com uma plena maioria! E assim, se adiam as reformas estruturantes que todos reconhecem urgentes. Em contrapartida, superabundam leis e regras, impostos e mais impostos, e vejam só, austeridade em nome de quê ou de quem? Da função Pública, da eutanásia, das igualdades entre homens e mulheres, com se não fossem eles a formar famílias dando continuidade ao povo de Deus!

Entretanto, quem obteve a maioria nas últimas eleições, é silenciado nos parlamentos, por supostos líderes partidários sem nível nem educação. Em vez de defenderem o povo, só querem silenciar quem quer apresentar alternativas válidas!

Ainda segundo o episcopado francês (esta fotografia serva a muitos outros países) o público depara-se também com a diluição dos centros de decisão, muitas vezes confrontados com a necessidade de responderem a questões imediatas sob pressão dos lobies ou da rua (leia-se sindicatos, manifestações). Neste quadro, os cidadãos sentem frequentemente que se alarga o fosso entre a sua procura e a oferta das instituições – com o consequente descrédito e desinteresse das pessoas. Daqui resulta uma forte quebra na militância, assim como uma participação eleitoral irregular e um absentismo crescente, sobretudo, entre a juventude. Também nos partidos crescem os demagógicos e desqualificados, à medida que os melhores militantes se afastam!  Mãos à obra!

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