Uma corda ao pescoço que se prende ao ramo mais forte daquela árvore, escolhida muito tempo antes do ato definitivo, ou, por uma questão de pudor e de maior recolhimento, à trave mestra do celeiro em ruínas. Uma pedra como apoio, às vezes um banco para o qual se vai subir e de onde se dará o passo decisivo e último, pensado há muito, iniciado agora mesmo. Por dentro e por fora, apenas o silêncio e a solidão. A alma já estava morta de tristeza e de secura, tanta mágoa sofrida, tanta desesperança, tanto abandono, tanto vazio e desamparo. Mas tudo isso já passou e já não conta quando o corpo resolve enfim subir ao banco e atirar-se daquela altura, trinta centímetros, não mais. Um esticão forte, estremece a árvore, um gemido seco e breve, os olhos arregalados, cede que não cede o velho barrote apodrecido e o corpo fica a baloiçar uns momentos, antes de se imobilizar para sempre. Nem uma carta de despedida ou explicação. Porque em vida não houve tempo de ir à escola, porque a despedida não vale a pena e a explicação, a existir, não cabe numa carta!
Talvez o maior pensador da ética na política, o alemão Max Weber (1864-1920), um dos fundadores da sociologia na sua obra “Ciência e Política: duas vocações” faz menção a dois aspetos importantes no exercício da política: “Viver para a Política ou viver da Política.” O alemão enfatiza, assim, que é um fato dualista, simultâneo em muitos propósitos e ações, tanto ideologicamente quanto na prática constante dos atos e fatos públicos, ou seja a verdadeira política.
Na conceção weberiana, quem vive “para” a política, deve transformá-la em mecanismo incondicional na busca de objetivos a favor da sociedade. Por outro lado, aquele que vive “da” política, é beneficiário dos seus próprios interesses económicos, ou seja, está sempre na condição de “político profissional”, até porque vê a política apenas como uma permanente fonte de rendimento. Em condições normais, deve o homem político ser economicamente independente das atividades que a atividade política lhe possa proporcionar...”. Nesse sentido, o político exerceria a política de forma altruísta, já que não precisaria dela para obter vantagens pessoais.
Voltar para a sua profissão, em lugar de esperar outra nomeação política, também preserva as organizações partidárias, evitando, por exemplo, aquilo a que a democracia tende a criar, a figura de políticos profissionais fora do parlamento, ou sem mandato, que tomam as mãos da organização e tendem a administrar os partidos como empresários, buscando vantagens para o seu grupo e para si. Próprio.
Há uma expressão popular que diz: “não querem largar o osso”. Como a ambição do ser humano não tem limites, eles prosseguem na política porque assim podem ter sempre mais dinheiro, quintas, barcos, carros e apartamentos, ter poder, ter um Estado inteiro, ter, ter, ter... A política como profissão, no mau sentido da palavra, é uma constante.
Na verdade, a concorrência é tamanha que o político que não tiver uma conceção profissional na hora de conquistar o voto do eleitor, fatalmente será mal sucedido. Pode até ser eleito de novo, mas na próxima os adversários o engolirão. Nos bastidores costuma-se dizer que em política não há lugar para amadores. Por isso mesmo, um sinal de profissionalismo pode ser a conquista de sucessivos mandatos, embora as circunstâncias nem sempre favoreçam isso.
Muitos políticos não têm isso, uma profissão definida fora da política.
Sobre a conceituação depreciativa do político profissional, diz-se nesse caso que o cidadão depende da política para viver. Havendo muitos casos assim, como todos nós sabemos. São políticos que vivem na política para auferir vantagens. E isso não é só com quem tem mandato para presidir, por que muitos eleitos eleitorais vivem em função do processo político. Mesmo sem fazermos juízos de valor, mas essa é a realidade de muitas pessoas na política.
Existem ainda muitos políticos profissionais no sentido de que têm vocação para a política e a ela dedicaram a maior parte das suas vidas. De referir também que muitos políticos são mais empresários do que políticos, e até sabem conciliar as duas atividades de forma satisfatória.
Mas o que diferencia o político é a entrega, a dedicação, o trabalho sem dia nem horário, ao serviço da política. São um exemplo de dedicação. “Eles vão às reuniões, às festas, aos casamentos, estão sempre a viajar, ou a escutar as pessoas, no pulsar da sociedade É uma entrega total.”
O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.
O ensino público não será confessional
Ficará então a obrigação de perguntar: Porquê a total proteção dada ao ensino oficial? Para que haja cumprimento do ponto (1), será necessário fixar um custo por aluno, e sem outras proteções, dar liberdade ao público e privado, mesmo nas instalações utilizadas e na sua manutenção!
Do mesmo jeito se interrogam os termos da Lei 46!86 artigo 37º nº1 ou o artigo 75º da Constituição que a FENPROF invoca para defender a construção de mais escolas! para serem entregues àquilo a que chamam “ensino público”. Em boa verdade o artigo 43 da Constituição no seu número 2 determina:
“O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.”
Quando a FENPROF invoca a construção de mais escolas a serem entregues ao ensino público (?) (ensino dado a toda a gente mediante programa do Estado), não podem excluir essas escolas construídas, de serem também entregues às Escolas com Contrato de Associação (sem fins lucrativos). Podia e devia ser mais incrementado este tipo de ensino em edifícios do Estado.
Porquê, serem somente entregues às escolas no domínio do Ministério? Para haver igualdade terão de ser entregues, também, ao ensino privado que também é público!
O país está altamente endividado com a construção de muitas Mega Escolas (com luxos chocantes), os portugueses não têm uma economia que lhes dê emprego e têm de emigrar, depois de formados pelo Estado e ainda há o descaramento de pedirem mais construção? O abandono de escolas nas aldeias, ainda muito funcionais, é um crime por infringir o ponto n.2 do artigo 43º da Constituição? E quem produz riqueza para pagar tudo isto? Estamos na presença de programação da educação por diretrizes ideológicas, políticas e filosóficas! O Estado é que é bom! Isso é uma mentira que está a custar muito cara aos portugueses!
Artigo 43 da Constituição, número 2 (motivações ideológicas).
Chega de socialismo barato para não dizer comunismo, em falência. Portugal tem de ser um país moderno e democrático e esta ideologia socialista não tem lugar em qualquer democracia séria! Na Holanda o ensino está 70% nas mãos de escolas privadas. Noutros países europeus o panorama é idêntico! Aqui, continuamos no tempo do Conselho da Revolução! Que interesse tem o Sindicato dos professores nesta situação?
"Não são ladrões apenas os que roubam as malas, as bolsas e outros pertences. Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os poderosos encomendam os exércitos e as legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha ou pela força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades, reinos e repúblicas; os outros furtam correndo risco, estes furtam sem temor nem perigo. Os outros, se furtam, são enforcados; mas estes furtam e enforcam."
Está longe, muito longe de ser forte, alto e espadaúdo! Como disse Pessoa, é ser como a LUA:
“Assim, em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive”.
Ainda com a ajuda de Pessoa, bem poderíamos dizer: Sê grande sê inteiro”. Assim, melhor poderemos definir aquele que tem merecido o aplauso do mundo todo! É de MANDIBA que falamos, pois ele foi um homem inteiro toda a sua vida, detendo ou não o poder. Na história de Portugal ensinava-se que Angola bem como todas as outras províncias ultramarinas constituíam parte integrante do grande império português que nos fora legado pelos nossos corajosos e gloriosos antepassados que deram novos mundos ao mundo através dos descobrimentos e eram senhores de aquém e além-mar.
No momento em que se começou a entoar a “Grândola Vila Morena”, já este além-mar, que falava português, estava repleto de russos, cubanos e demais gente do ex-bloco soviético!
Recusou vinganças menores, a coberto da cor da pele. Nisto e em tudo o resto foi um “Homem Inteiro”.
Ninguém nos poderá impedir ou censurar, que nos venha à mente a tragédia da nossa descolonização.
Faltou a Portugal nesta data histórica, um homem, “inteiro” como Mandela que obrigasse “brancos e negros” a permanecerem na mesma ESCOLA E NA MESMA CARTEIRA. Era importante para o mundo que essa continuidade tivesse sido defendida!
A bem do cristianismo que por ele espalhámos e da extinção de todo e qualquer racismo.
Reavivar assim a memória é serviço prestado a Portugal. E também à História.
Toos os Homens deveriam ser como a lua e serem inteiros tal como Mandela.
Esta expressão tem uma carga altamente pejorativa quando relacionada com pessoas. Em boa verdade se chama “capacho” a um objeto que fica à nossa porta, sem sequer pretender entrar, e que nos presta um valioso serviço. Com a sua ajuda a sujidade pode ser retida de uma forma eficiente no exterior colocando “capachos” adequados nas entradas. Ao contrário, chama-se “capacho” a alguém que se deixa pisar por falta de vontade sistemática na defesa da sua razão! Mesmo quando presta ao alheio serviços inestimáveis! Não será por acaso que nos tempos que correm se acabaram as chaves por baixo do “capacho”, se acabaram as portas fechadas somente no trinco e acabou-se também a entrega de chaves a inúmeras pessoas relativamente desconhecidas, mas confiáveis. Sim, o capacho livrava-nos da sujidade, mas hoje excluímos os capachos e tapetes da nossa confiança pessoal!
De fato o mundo mudou, não certamente para melhor. Continuamos a pisar o capacho sem sequer nos apercebermos do alto serviço que nos presta e, por má formação nossa, chamamos às pessoas de bom caráter e coração de capachos. Ao contrário, não hesitamos em dispensar atenções aos aduladores baratos, frívolos e oportunistas. Isto significa que nossa comunidade deixou de ser um capacho, ou seja, deixou de nos proteger da sujidade que enlameia meio-mundo! A nossa comunidade deixou de entender que ser bom, não significa ser capacho ou tolo, no mau sentido. Afinal, o que reina hoje na nossa comunidade, é o tão conhecido “chico-espertismo”. As altas instâncias esqueceram-se que a sujidade que a todos enlameia, pode ser retida de uma forma eficiente colocando capachos adequados e de confiança nas nossas entradas, ou seja, valorizando e não menosprezando os capachos eficientes e de bons sentimentos!
"As estatísticas do desemprego são assustadoras. A destruição de postos de trabalho nunca foi tão acelerada, mas a realidade ainda consegue ser pior do que aquilo que contam os números oficias. Entre Outubro de 2008, o mês em que a economia real começou a ser contagiada pela crise financeira internacional, e Outubro do corrente ano o número de desempregados inscritos no IEFP passou de 400 877 para 517 5216.
Mas muitas mais pessoas foram atingidas pelo flagelo neste período. Como revela hoje o CM, uma das razões para que as estatísticas de desemprego não sejam ainda piores é o recurso às reformas antecipadas. Trata-se de uma tábua de salvação para quem tem descontos e idade suficiente, apesar da penalização da pensão por cada ano que falta até aos 65 anos.
Em Outubro, o número de pessoas desempregadas que recorreram à reforma antecipada já ultrapassava as 80 mil, o que significa que, se não existisse este mecanismo, o número oficial de desempregados já estava em patamares inadmissíveis. Em situação mais dramática estão as pessoas sem emprego com mais de 45 anos ou 50 e poucos, que o mercado de trabalho considera velhos, mas que são muito novos para ter acesso à reforma antecipada. Essa geração, e os jovens à procura do primeiro emprego, são as principais vítimas desta crise."
Esta é uma história real de homens, de árvores e de tempos. Eles conhecem a verdade da terra, bem como a omnipotência do céu sobre as colheitas, pedra angular da existência para si e para as suas famílias. Lá em cima nada é como dantes. A desregulação climática perturba os ecossistemas e leva os homens à loucura. Desde há muito tempo os homens exploram a floresta sem “discernimento”. Ao ponto de ameaçarem os elementos fundamentais de uma biodiversidade até então ideal para a existência de uma floresta de elevada qualidade. E de porem em perigo uma economia de proximidade vital para as populações campestres e aldeias.
Uma só árvore purifica 600 litros de água por ano, protegendo, simultaneamente, o ambiente. Actualmente os seus produtores enfrentam desafios críticos devido às alterações climáticas. A praga das doenças nas plantas e as chuvas diluvianas, mesmo com algum auxílio, para serem combatidas carecem de novas técnicas na cultura da floresta.
“Plantar uma árvore pode custar meia-dúzia de euros e alguns minutos de trabalho, para depois prestar serviços ecossistémicos gratuitos durante 50 a 100 anos.
Multiplicar as espécies de árvores ajuda o agricultor a aumentar o seu rendimento. Desta forma, o agricultor pode, em cada ano, vender as colheitas das suas árvores de fruto e produzir mais madeiras preciosas.
Torna-se imperiosa a criação e implementação de um programa de educação e sensibilização florestal, dos riscos dos fogos e da sua prevenção – a negligência é a principal causa dos incêndios. Sobre isto nada se tem feito no nosso País, muito menos, em qualquer pretensa reforma florestal. No último ano, este pobre País ardeu de norte a sul.
A área ardida em 2016, até ao dia 15 de agosto, é três vezes superior ao histórico dos últimos dez anos, correspondendo a 103.137 hectares, refere um relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
“Comparando os valores do ano de 2016 com o histórico dos últimos 10 anos destaca-se que se registaram menos 22 por cento de ocorrências relativamente à média verificada no decénio 2006-2015 e que ardeu três vezes mais área do que a respetiva média nesse período”, indica o relatório, datado do dia 17 de julho e difundido esta sexta-feira pelo Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Proteção Florestal do ICNF. Segundo o documento, de 14 páginas, o ano de 2016 apresenta, desde 2006 (até ao passado dia 15 de agosto), o quarto valor mais baixo em número de ocorrências e “o valor mais elevado de área ardida”.
A estatística especifica que a base de dados nacional de incêndios florestais regista (no período compreendido entre 1 de janeiro e 15 de agosto de 2016), um total de 8.624 ocorrências (1.520 incêndios florestais e 7.104 fogachos), que resultaram em 103.137 hectares de área ardida, entre povoamentos e matos.
De acordo com a análise distrital efetuada pelo departamento do ICNF, o distrito de Aveiro foi o mais afetado - no que concerne à área ardida - com 41.569 hectares, “cerca de 40 por cento” da área total ardida até à data. Segue-se Viana do Castelo, com 23.197 hectares (23 por cento do total).
O relatório refere também que os números de ocorrências registadas no mês de julho e na primeira quinzena de agosto de 2016 “superam” os respetivos valores médios do decénio 2006-2015, com mais 204 ocorrências no mês de julho e mais 1.296 nas duas semanas de agosto.
“A área ardida entre 1 e 15 de agosto contabiliza 95.357 hectares de espaços florestais, quase 93 por cento da área total ardida em Portugal continental até essa data”, sublinha o relatório.
O Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Proteção Florestal recorda também que se consideram “grandes incêndios” sempre que a área total afetada seja igual ou superior a 100 hectares.
“Até 15 de agosto de 2016 registaram-se 86 incêndios enquadrados nesta categoria que queimaram 92.966 hectares de espaços florestais, cerca de 90 por cento do total da área ardida até à referida data.