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O ENTARDECER

O ENTARDECER

Negócios e Governantes

 

DN - 02.08.08

O Governo é uma "direcção comercial de luxo", disse o ministro Manuel Pinho. O Governo vai tratando dos negócios, com Chávez ou com Khadafi, mas também com a Intel e a Embraer. O Governo tem ideias, projectos e "estratégias" empresariais. Vamos ter o carro eléctrico, o TGV e o portátil português. O Governo tem caprichos, a que chama "visão estratégica". Não há qualquer noção de risco ou rentabilidade. O povo paga.

O Governo acredita que gere o País como se fosse uma empresa. Mas um país não é bem uma empresa. Um país é composto por milhões de indivíduos e milhares de empresas com interesses e objectivos conflituantes. Uma empresa tem um número limitado de objectivos coerentes entre si. Pode ser dirigida num dado sentido de forma consistente. Os cidadãos e as empresas de um país têm uma infinidade de objectivos. Um governo que define objectivos para toda a economia, que escolhe projectos e que favorece empresas está a tomar partido pelos objectivos de alguns portugueses, penalizando os restantes. A função do Governo não é essa. A função do Governo é defender o interesse geral, respeitando regras gerais e abstractas que permitam a todos os agentes prosseguir os seus objectivos económicos em pé de igualdade.

Este Governo comporta-se de facto como uma direcção comercial. Vai tratando de casos, de pequenos interesses, de forma arbitrária. O Governo não se submete nem aceita leis gerais e abstractas. Tem produzido uma infinidade de leis especiais, isenções fiscais e facilidades burocráticas destinadas a beneficiar projectos concretos e empresas específicas. Mas se o Governo toma partido no eterno confronto entre as várias facções da sociedade, quem é que desempenha as funções de árbitro? Se o Governo cria privilégios e leis especiais, quem deve combater os privilégios e promover a justiça e a igualdade perante a lei? Se o Governo quer ser empresário, a quem cabe o papel de regulador imparcial da economia? Quem é que cuida do interesse geral? Quem é que desempenha as funções próprias de um governo?

Investigador em biotecnologia
jmirandadn@gmail.com

 

A HISTÓRIA PODE DAR-NOS CONSELHOS

 

Portugal 120 anos depois da bancarrota de 1892

Não é a primeira vez que Portugal se vê nestas alhadas de ter que declarar bancarrota e socorrer-se da ajuda externa. Em 1892 o país teve que estender a mão e declarar uma bancarrota parcial numa crise que se arrastou por mais de 10 anos.

A implementação da República no Brasil em 1889 e a crise do Banco Barings inglês colocou as finanças portuguesas num ponto quase caótico. Portugal começou a recorrer ao empréstimo estrangeiro para assegurar o pagamento do coupon da dívida (e com isso endividando-se mais) mas sem sucesso. Então optou-se por um estratagema de vender a exploração de tabaco por 15 anos perante uma determinada “renda”. A verba anual de 4250 contos foi uma pequena esmola em 1891 e após vários ministros da fazenda que se foram demitindo por impossibilidade de tirar o país do buraco, o ministro da fazenda Oliveira Martins apresentou um orçamento ao parlamento a 13 de Fevereiro de 1892. Neste orçamento propunha um aumento da tributação dos títulos de dívida pública para 30%, dos impostos sobre os ordenados dos funcionários públicos e das corporações administrativas para 12,5%, 15% às contribuições predial, industrial e sumptuária, e 12,6% sobre os rendimentos de rendas de casas. No entanto a comissão da Fazenda limitou estes aumentos de impostos e o ministro demitiu-se em Maio.

A 13 de Junho de 1892 o estado anunciou oficialmente a impossibilidade de pagar os juros da dívida pública e a bancarrota foi declarada e a crise política instalou-se até pelo menos o convénio de 1902 e eventualmente até à implantação da república (18 anos).

No meio desta crise um dos projectos adiados de Portugal foi o do metro de Lisboa. As capitais do mundo estavam neste momento a construir os seus metropolitanos. Londres em 1863 foi a primeira, Nova Iorque seguiu-se em 1868, Budapeste e Glasgow em 1897 e Paris em 1898. Em Lisboa a ideia de um metro foi discutida em 1885 por proposta dos engenheiros Costa Lima e Benjamim Cabral. Em 1888 o engenheiro militar Henrique da Lima e Cunha apresentou um projecto à associação de engenharia portuguesa intitulado “Esboço de traçado de um Caminho de Ferro Metropolitano em Lisboa”. Nada disto pode ir avante e foi preciso esperar por 1949 (quase 60 anos) para que o projecto renascesse e foram precisos mais 10 para que no final de 1959 finalmente o metro abrisse as portas com 6,5Km e 11 estações.

A história ensina muito a quem estiver disposto a olhar para ela com cuidado. É fácil ver nesta descrição semelhanças gritantes com algumas coisas que ocorreram nos últimos tempos em Portugal. Desde os projectos megalómanos em que insistimos, aos aumentos de impostos, às demissões e oposições, é possível ver que os tempos que se aproximam não serão fáceis. Infelizmente penso que a crise será longa à semelhança da que aconteceu há 120 anos, o que não quer dizer que tenhamos que ser miserabilistas ou pessimistas sobre o nosso futuro. Os tempos futuros serão de crise, de sacrifícios por vezes até extremos. A história pode dar-nos pistas e também mostrar os erros que fizemos para não os repetir. Infelizmente acho que alguns políticos dormiam nas aulas de história.

A ARMADILHA DA DÍVIDA

 

LÁ COMO CÁ

Como a dívida pública interna impede o desenvolvimento económico e aumenta a desigualdade social.

Panorama de 150 anos de finanças públicas no Brasil

Buraco nas contas públicas: FHC quebrou o Brasil

Propostas para enfrentar a dívida interna

A política fiscal como instrumento de distribuição de renda.

PARA GARANTIR a continuidade do pagamento das dívidas financeiras, o governo Fernando Henrique Cardoso tem promovido um avassalador calote de todas as dívidas sociais, desviando para pagamento dessas dívidas recursos que poderiam garantir moradia, saúde, educação, transporte, terra e trabalho para todos os brasileiros. A questão da dívida interna tem um papel central nesse processo, pois, nos últimos anos, o governo tem gasto mais com o pagamento da dívida pública interna do que com a dívida externa.

Assim, é fundamental saber qual a origem da dívida pública interna, qual sua composição e quem são seus beneficiários.

A armadilha da dívida – dos mesmos autores de O Brasil endividado (também publicado na coleção Brasil Urgente) – sistematiza as informações disponíveis sobre a dívida pública interna brasileira desde 1850 até os dias de hoje, com destaque para o que ocorreu durante o governo FHC. Esperamos que a leitura deste livro nos ajude a enfrentar os “senhores da dívida”.

Como a dívida pública per capita aumentou

de R$ 1.000 em 1995 para R$ 5.300 em 2002

Governo FHC: o maior déficit, a maior carga

tributária, a maior dívida interna e um desempenho econômico medíocre.

Reinaldo Gonçalves e Valter Pomar

 

 

SEMPRE A PIOR

Como explicar o crescimento da dívida externa

Nacional desde 1996 – Ricardo Cabral

- Desde meados do século passado que Portugal nunca teve um excedente da balança de bens e serviços. E o défice comercial médio foi de 7,4% do PIB entre 1953 e 2010. Ora, para colocar a dívida externa numa trajetória sustentável, seria necessário que Portugal passasse a ter um excedente na balança de bens e serviços de cerca de 6% do PIB durante mais de uma Década e uma taxa de crescimento de 4% ao ano. É irrealista esperar, no âmbito da União Económica e Monetária e com as regras vigentes da Política de concorrência da União Europeia, que tal seja possível.

Há dados que sugerem que a má performance recente das exportações não é devida à alegada perda de competitividade internacional do país em resultado

da adesão ao euro, ao contrário do que aponta a generalidade dos observadores como sendo uma das

Principais causas da crise.

 

- Dívida externa elevada constitui um problema grave para qualquer economia porque tem duas características que a diferenciam de dívida doméstica: o pagamento de juros empobrece o país e essa dívida só pode ser paga essencialmente com Receitas de exportações.

- No caso português, para pagar a dívida externa integralmente o país teria de passar a registar substanciais excedentes comerciais durante mais de uma década, algo que Portugal nunca foi capaz de fazer desde, pelo menos, meados do século XX

//www.ffms.pt/upload/docs/a8719b83-9c17-4a00-9ba3-e9c04efef23c.pdf

 

RELATÓRIO OFICIAL

 

Os Vinte anos de Adesão não foram iguais

 

Tiveram Balanço Positivo mas……

 

Mas não podem ser analisados como um bloco, pois nele existiram factos importantes

para que hoje,

apesar dos avanços, estejamos classificados como um mau aluno da UE. Digamos que

até ao ano 2000

tudo foi indo, mas a partir desta data, começaram os problemas!

 

Relatório Elucidativo sobre 2001

 

AJUSTAMENTO ECONÓMICO E CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL

 

A publicação deste Boletim Económico constitui uma oportunidade para realizar uma

primeira

apreciação do comportamento da economia portuguesa no ano passado usando os

dados por

enquanto disponíveis. Um primeiro balanço da evolução da economia permite-me

identificar

três grupos de problemas que defrontamos neste momento:

1)    uma desaceleração da atividade económica, que partilhamos com o resto da Europa,

mas que tem fatores internos próprios;

2)    uma difícil situação orçamental que requer uma redução significativa do défice em

 pouco

tempo;

3)    um défice estrutural de competitividade a que temos que fazer face com novas soluções

que alterem o lado da oferta da economia, por forma a vencer os desafios que nos

coloca o

alargamento da União Europeia. 

 

O ano de 2001 fica marcado por uma significativa redução da taxa de crescimento do

produto

de 3,6% em 2000 para 1,8%, valor ainda assim superior ao da média europeia. Este

desempenho

acompanhou a evolução da economia mundial, caracterizada também por uma forte

redução do

crescimento e por um afundamento do comércio internacional que implicou, no nosso

caso, uma

desaceleração da procura nos nossos mercados externos de 11,8 % em 2000 para

apenas 1,2%

em 2001. Para além deste factor, no entanto, há que sublinhar que a quebra do

crescimento em

Portugal se ficou a dever ao andamento da procura interna que aumentou apenas

0,9% após um

incremento de 3,0% em 2000. Esta quebra do crescimento do consumo e do

investimento, iniciada

já em 2000 em menor grau, representa o ajustamento da economia após

um período de forte

crescimento que implicou uma forte progressão do endividamento dos

agentes económicos.

Assim, desde a segunda metade de 2000 que as famílias têm vindo a aumentar a

respectiva taxa de

poupança e a conter o consumo que cresceu apenas 0,8% no ano passado contra

2,8% em 2000.

Este comportamento, apesar da continuação do aumento do Rendimento

Disponível

l (1,9%) e da

manutenção da situação de pleno emprego, constitui uma reação normal ao

endividamento atingido

e às expectativas entretanto geradas num sentido mais negativo sobre o futuro

da economia.

No mesmo sentido, as empresas reduziram também o investimento que apresentou

uma taxa

globalmente negativa de 0,8% apesar do aumento do investimento público. 

A desaceleração da procura interna foi entretanto compensada por um aumento

do contributo

das exportações líquidas de importações para o crescimento da economia. Na verdade

, as exportações

cresceram mais do que a procura internacional e, desse modo, verificou-se um ganho

de quota de

mercado das nossas exportações. Em consequência, o défice da balança de bens e

serviços reduziu-se significativamente em 2 pontos percentuais. Por sua vez, o saldo

conjunto da balança corrente e da

balança de capital (equivalente à antiga balança de transações correntes) reduziu-se

para 8,1%.

A desaceleração da procura interna contribuiu para esta melhoria do equilíbrio

externo que deve,

aliás, prosseguir este ano. Com efeito, continuam presentes os fatores que determinaram

a evolução

recente da procura interna, possivelmente acentuados pelas inevitáveis medidas de

consolidação

orçamental. É, assim, natural que a economia portuguesa venha a crescer este ano

abaixo da média

europeia. 

Nos próximos anos vai ter que continuar a reduzir- se o défice da balança de bens e

serviços. Os limites

ao défice e ao endividamento são introduzidos pelos próprios agentes privados ou pelos

mercados que

asseguram, assim, o funcionamento de mecanismos de autocorrecção dos défices,

mecanismos que são naturalmente de natureza restritiva. Quanto mais tarde começasse

este processo de desaceleração,

mais abrupta poderia ser a paragem e maiores os riscos recessivos. Por essa razão se pode

considerar

como positiva a desaceleração que se começou a verificar na despesa interna,

uma vez que

isso significa

o caminho de um ajustamento suave da economia portuguesa. Desde a segunda

metade

de 2000 a

desaceleração da despesa interna deu-se no contexto de uma situação de pleno

emprego,

de uma

subida dos salários reais e de um aumento do Rendimento Disponível dos

particulares.

O crescimento

deste último, tendo sido superior ao do consumo, significa que houve uma

subida na taxa

de poupança,

o que revela que as famílias começaram elas próprias a corrigir os excessos de

crescimento

da despesa.

Evidentemente que isso implicou uma quebra do crescimento da economia, mas a

desaceleração da

despesa interna não tem que se traduzir linearmente na redução do crescimento do

produto, visto que

há sempre a possibilidade das empresas desviarem mais produção para a exportação.

Isso deve ter

acontecido o ano passado, uma vez que, como referi antes, houve ganho de quota

de mercado,

incluindo nas exportações tradicionais. É necessário que esse processo continue nos

próximos anos

e este é um factor a ter em conta na gestão das expectativas dos agentes económicos

por forma a

evitar um pessimismo excessivo e injustificado sobre o futuro da economia.

Em suma, o que tudo isto significa é que necessitamos de um outro padrão de

crescimento, menos

assente na procura interna e mais baseado em aumentos de produtividade que

deem maior solidez

à nossa competitividade externa. O que nos remete para o terceiro problema que

enunciei acima.

Precisamos de um profundo choque estrutural do lado da oferta, que depende de

algumas políticas

públicas mas que terá que resultar, sobretudo, de mais iniciativa empresarial.

Infelizmente, nem a

generalidade dos agentes privados nem o Estado parecem ter interiorizado suficientemente

as novas

regras de funcionamento da economia de um país membro de uma união monetária.

São regras que

requerem a alteração de comportamentos, algumas reformas estruturais e um novo

regime de

regulação macroeconómica.

 

A questão mais séria e imediata é a situação das Finanças Públicas. No ano passado

recordei a

necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade e afirmei então que: "Esta exigência

significa que,

mais do que com uma crise económica, o país está confrontado com uma crise

orçamental." O que

está em causa são os compromissos que assumimos sobre a evolução a médio

prazo do défice

orçamental. Não existe, como é conhecido, um problema técnico de sustentabilidade

das finanças

públicas portuguesas. Temos um rácio da dívida em relação ao PIB de 55%, inferior

à media europeia

e as regras do Pacto de Estabilidade quanto aos défices asseguram que terá que

continuar a diminuir.
O respeito pelas grandes orientações contidas no Programa de Estabilidade é essencial

à credibilidade internacional da nossa política económica. O agravamento do défice

orçamental em 2001 torna a tarefa

mais difícil, sendo indispensável um elevado nível de consenso nacional quanto aos

objetivos a atingir,

sem dramatismos mas de acordo com um sentido de responsabilidade geralmente

partilhada

relativamente aos interesses do país. Nomeadamente, a referida credibilidade

externa requer a

manutenção do objetivo de um défice próximo do equilíbrio em 2004 dada a

necessidade de darmos

visibilidade a um esforço sério de consolidação orçamental. Para reduzir o défice

terão que ser tomadas

algumas decisões difíceis no sentido da contenção das despesas e evitar quaisquer

medidas que possam

reduzir as receitas do Sector Público Administrativo. A situação poderá mesmo justificar

um aumento de

alguns impostos indiretos com efeitos mais imediatos na recuperação das receitas

do Estado. 

Todas estas medidas têm, no curto prazo, consequências restritivas que se torna

imperioso compensar

com um maior dinamismo das exportações, impulsionado pela recuperação económica

internacional e

pelo redireccionamento da produção para mercados externos. Para possibilitar essa

evolução torna-se

necessário inverter a tendência dos últimos anos de aumentos salariais superiores ao

crescimento da produtividade. Não se justifica propriamente um congelamento salarial,

mas precisamos de uma maior

moderação dos aumentos salariais. Todos devem ter consciência que, na situação atual,

isso é uma

condição para manter níveis elevados de emprego e evitar, assim, o agravamento de

fatores de exclusão

e maior desigualdade na sociedade portuguesa.

Entretanto todo o funcionalismo público havia sido contemplado com o ganho de um

nível na tabela salarial reportado a um ano de retroatividade, ficando com ganhos salariais

superiores aos dos trabalhadores da atividade privada, que, com os seus trabalhadores,

pagam os impostos para a manutenção da

Administração Pública!

RELEMBRANDO 2001, A TRAIÇÃO

MOVIMENTO CIDADÂOS INDEPENDENTES 

 

Caras (os) Companheiras (os)

 

Confesso que fiquei estupefacto ao receber em minha casa uma carta (convocatória) para uma reunião em casa do Sr. Rodrigues.

Está assinada em nome do Sr. António Rocha na qualidade de (Mandatário).

Penso que tenho alguma autoridade moral para falar em nome do MCI. E com ela vos digo que a figura do (Mandatário) só existe no período de “ Organização do Processo Eleitoral “, até à publicação dos Resultados Eleitorais “.

Mesmo assim só com funções meramente burocráticas!

Não falarei daquilo que toda a gente sabe, ou seja dos resultados das Autárquicas de 2001 em Queijas. Por 65 votos menos, fui o segundo autarca mais votado.

O MCI não ganhou mas o resultado obtido foi um êxito assinalável!

O Bloco Central (PS PSD) instalou-se na Junta, dando origem àquilo que ninguém quer para Portugal, muito menos para Queijas.

O resultado e as consequências são do conhecimento de toda a população.

Por mim fiz aquilo que historicamente todos os Presidentes de Junta / Câmara, Primeiros-Ministros ou Presidentes da República fazem, em caso de não reeleição; pedi a “ Renúncia do Mandato “, para salvaguardar o capital de prestígio conquistado ao longo de quatro anos de muito trabalho.

O Sr. Rocha substituiu-me e julguei-me bem substituído apesar da sua nula experiência como autarca.

Gostaria de vos lembrar que o projecto MCI teve duas vias separadas mas igualmente importantes:

  1. a)     A Organização do Processo Eleitoral na sua versão burocrática.
  2. b)     O nosso conteúdo Ideológico e de Compromisso com o eleitorado.      

 

Só deste último vale a pena falar, pois foi ele que estabeleceu o nosso “ Compromisso Eleitoral “ .

Foram 1230 habitantes de Queijas que o entenderam e apostaram nele.

Julgo que aqui estão englobadas as pessoas mais conscientes da Freguesia.

Na minha qualidade de líder do MCI, assumi os juramentos de honra perante o eleitorado.

Depois tentei apoiar os companheiros presentes na Assembleia de Freguesia (4), com toda a experiência e conhecimentos que acumulámos no exercício das minhas funções de Presidente da Junta de Freguesia de Queijas.

Por uma ou duas vezes entreguei-lhes documentos que resumiam muitas horas de trabalho.

Na segunda vez que o fiz fui incorrectamente tratado, o que me fez abandonar o local da reunião (a casa do Sr. Rodrigues).

Era já minha grande convicção, que as coisas não estavam a correr dentro da normalidade.

O MCI como foi apresentado à população era (espero que ainda o venha a ser) um projecto sempre ligado aos anseios da população. Teríamos que ser os portadores desses anseios sem nunca os trair.

Os anseios seriam trazidos até nós pelos (29) candidatos do MCI e os (4) presentes na Assembleia com as mesmas ou outras palavras, sem medo, levariam a mensagem da população às reuniões.

Ao invés disto vejo na rua e no dia-a-dia uma fraterna amizade de alguns dos nossos autarcas com aqueles que fizeram baixar o desempenho autárquico ao mais baixo nível.

Vejo casos gritantes de incompetência passarem em claro nas sessões da Assembleia.

Refiro-me por exemplo a “ Revisões Orçamentais “ aprovadas sem um grito de revolta pela abissal diferença relativamente ao inicialmente orçamentado.

Vejo durante um ano o Presidente da Assembleia falar em nome do Presidente da Junta, quando lhe compete somente dirigir os trabalhos. É assim em todo o lado.

Vejo os membros do MCI sem coragem para abandonarem (simbolicamente) a Assembleia em protesto contra esta vergonhosa situação.

Vejo gastarem-se duas sessões (por ano só há quatro) com convidados que nada disseram e de seguida vejo também que as conquistas que o anterior mandato já tinha assegurado para a Freguesia serem esquecidas!

O Centro de Saúde, o Pavilhão Coberto, o Arranjo da Alameda, etc.

Falando com o senhor Rocha sobre o orçamento responde-me que não percebe nada daquilo.

De outra vez ouço o Sr. Rocha dizer-me que já não pode ouvir falar no MCI, o nosso futuro passava na sua opinião pelo PSD. Isto aquando da sua candidatura a Presente do Núcleo do PSD.

Foi a segunda derrota consecutiva acumulada. Dei-lhe lealmente todo o meu apoio. 

Por mim desliguei-me do PSD, entreguei o cartão, e não penso abandonar o MCI, como projecto. Foi um sonho que está bem vivo.

A verdadeira oposição não é feita na Assembleia de Freguesia, mas sim na rua e sempre que os interesses da população estiverem em causa.

O nosso MOVIMENTO não está nem pode estar centrado na Assembleia porque esta não tem  poderes para corrigir os desvios de um Executivo incompetente.

O legislador não quis bloquear a acção dos Executivos.

O nosso lugar é na rua ao contrário do que fazem os partidos.

Ser independente no MCI não pode ser igual a ser independente num partido.

O lema maior do MCI foi e é não servir partidos ou outras forças semelhantes mas, sem esperar subsídios ou outras coisas idênticas, dizer bem alto tudo aquilo que possa prejudicar o bem-estar da população.

A todos os/as companheiros (as) envio em forma de panfletos que ainda tenho, tudo quanto prometemos ao eleitorado. Peço-vos que leiam e meditem.

É isso que eu defendo, sem nunca ameaçar desistir, porque não vou mesmo desistir e nas próximas eleições autárquicas a população de Queijas pode contar comigo e com todos aqueles que quiserem perceber que as verdades devem dizer-se sem qualquer receio de serem tidas como (abusivas).

Por último só mais uma pergunta:

Quem pode fazer comunicados do MCI sem ser de forma abusiva?

Os nossos autarcas em exercício vão completar um ano de mandato e eu pergunto:

Que informações já deram da vossa actividade aos outros companheiros ou à nossa população?        Podem contar comigo para reorganizarmos o nosso movimento e elegermos pessoas para as mais diversas funções que sejam consideradas necessárias.

Mas não contem comigo para pactuar com autarcas incompetentes e desonestos, ao serviço de interesses inconfessáveis. Falo do Bloco Central.

A rua é o lugar para denunciar tais pessoas.

Não contem também comigo para comparecer a reuniões abusivamente convocadas e em locais não previamente acordados.

O futuro saberá julgar as pessoas. SE ALGUÉM OS QUISER VER, PROCUREM-NOS NO IOMAF!

NÃO VALE A PENA VOTAR EM INDEPENDENTES, PORQUE NÃO HÁ INDEPENDENTES!        

Cumprimentos

António Reis Luz

 

DÍVIDA ABAFA INVESTIMENTO

 

“A dívida pública atingiu, no final de Setembro do ano passado, 244 m,l milhões de euros, o maior valor desde que há registo, segundo o Eurostat.

Se os portugueses fossem chamados a pagá-la, cada um teria de desembolsar cerca de 24 mil euros.

Face à riqueza do país, só a Grécia regista piores resultados do que Portugal.

O gabinete de estatísticas europeu, que divulgou ontem a situação das finanças públicas até Setembro de 2016, mostra que o rácio da dívida pública portuguesa atingiu os 133,4% do Produto Interno bruto (PIB). Trata-se da segunda maior dívida da União Europeia, a seguir à Grécia. Atenas já atingiu os 176% do PIB, devendo um total de 311 mil milhões.

A Grécia (4,4%) a Lituânia (3,1%) e Portugal (2,9%) lideram a lista dos onze países que viram a dívida pública agravar-se ao longo do terceiro trimestre do ano passado. No conjunto dos 28 estados-membros da EU a dívida pública foi de 83% do PIB, abaixo dos 85,9%homólogos e dos 84,2% do trimestre anterior. Os encargos de Portugal com a dívida rondam este ano 7,4 mil milhões de euros, um valor semelhante ao registado em 2016. Uma despesa que é inferior ao orçamento do Ministério da Saúde (cerca de 9,8 mil milhões de euros) mas superior às necessidades do Ministério da Educação, que este ano prevê cerca de 6 mil milhões de euros.

Só daqui a trinta anos – 2046-é que o ministério das Finanças, liderado por Mário Centeno, prevê que o País esteja a cumprir as regras da Comissão Europeia, que considera que o total da dívida pública de um país não deve exceder 60% do PIB. Desde o início do século, Portugal já duplicou este valor.”

CM – 24-01-2017

Raquel Oliveira

Nota do Blogue. É incompreensível que se considere que está tudo bem!

1 – A dívida Pública é brutal. Os orçamentos da maioria dos nossos ministérios são incomportáveis!

2 – Não se pode admitir que só daqui a 30 anos estejamos a atingir o máximo permitido pela EU!

3 - Como pudemos chegar a esta situação, sem que ninguém tivesse alertado para aquilo que envergonha Portugal?

4 – Quem está a sofrer toda a austeridade é a classe média, nomeadamente os reformados que pagaram a sua reforma (é sua), como se fosse possível viver sem ela! A menos que queiram eleger outra classe média e matar esta, que tantos serviços prestou a este Portugal!       

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