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O ENTARDECER

O ENTARDECER

UM MAPA EM LARGA ESCALA

 

Uma Descrição moderna e bastante precisa da América (ou a quarta parte do Mundo)

Descrição

  • Em 1554, Diego Gutiérrez foi nomeado o principal cosmógrafo do rei da Espanha na Casa de la Contratación. A coroa incumbiu a Casa de produzir um mapa do hemisfério ocidental em larga escala, frequentemente chamado de "a quarta parte do mundo." O objetivo do mapa era confirmar o direito de posse da Espanha quanto aos novos territórios descobertos contra as reivindicações rivais de Portugal e da França. A Espanha reivindicou todas as terras ao sul do Trópico de Câncer, o que é notoriamente mostrado. O mapa foi estampado pelo famoso gravador Hieronymus Cock, que acrescentou inúmeros floreados artísticos, inclusive os brasões de armas de três forças rivais, um serpenteado Rio Amazonas que atravessa a região norte da América do Sul, sereias e lendários monstros marinhos, além de um elefante, um rinoceronte e um leão, na costa ocidental da África. O nome "Califórnia" está inscrito perto da Baixa Califórnia, logo acima do Trópico de Câncer, a primeira vez que aparece num mapa impresso. Sabe-se que existem apenas dois exemplares do mapa: este das coleções da Biblioteca do Congresso e outro da Biblioteca Britânica.

Criador

 

OS PRIMEIROS MERGULHOS

- O porto fluvial estava equipado com batelões, barcos a motor e fragatas. No inverno, com as grandes e medonhas cheias todas as embarcações eram recolhidas no leito manso de uma ribeira.

 

As águas do Tejo quando estavam baixas, no verão, deixavam aparecer belos areais. O sítio onde uma ribeira desaguava no rio, era o mais belo e apetecido. Havia relva no chão e muitas amoreiras com óptimas sombras para descansar e amoras para comer. No meio deste espaço foi crescendo um frondoso chorão. Este lugar era conhecido pela «beira do Tejo» e servia para os banhistas e campistas descansarem e conviverem. Era a praia possível para muitas famílias dos arredores, nesta zona interior.

Naquele tempo, a água que corria neste rio era completamente límpida, com muitos pescadores, profissionais e desportivos, por perto. Peixe não faltava, até enguias, tartarugas, camarões, enguias e lindas aves. Até mulheres a lavar roupa nas margens, também.

- As primeiras incursões até ao leito do Tejo ocorriam com a chegada dos dias quentes e eram de normalmente de estudantes em grupos à procura da frescura do rio e aventuras. Vinham ver como estavam as coisas, mas só mais tarde se decidiam pela entrada na água. Começariam deste modo os mergulhos no Tejo.

A roupa era trocada no meio dos canaviais e aí guardada sem receio. O sítio mais profundo era exactamente onde a torrente esbarrava na muralha do palácio. Era aí, no pego, que os mais audazes mergulhavam. Os outros procuravam as águas mais baixas. Apesar disso todos os anos o Tejo fazia as suas vítimas entre os jovens menos avisados ou afortunados. Estes acontecimentos, onde toda a gente se conhece, eram profundamente sentidos. O luto era para todos, sem excepção. Logo que o corpo era encontrado traziam-no para a margem onde ficava a aguardar os trâmites legais. Por alguns dias o rio era motivo de profundo respeito e não havia banhos para ninguém. Curiosamente estes acidentes ocorriam quase sempre no entusiasmo dos primeiros mergulhos.

MÁ SINA A NOSSA

 

Será por simples acaso? Veremos:

"Oficialmente a 1ª bancarrota ocorreu em 1560 durante a regência da viúva de D. João III e a última, no final da monarquia, acabou com uma reestruturação da dívida soberana cuja negociação durou 10 anos. Na realidade, podem-se contabilizar 8: 1560, 1605, 1834, 1837, 1840, 1846, 1852 e 1892, ou seja, a maioria já no século XIX.

No entanto, o campeão das bancarrotas foi Espanha, com 12 episódios, concentrados na dinastia filipina e durante o século XIX.

1892-1902: A longa re-estruturação da dívida soberana no final da Monarquia

A famosa revista inglesa The Economist andava a avisar desde 1880: "Os mercados monetários da Europa estão a ficar cansados, e não sem razão, da constante solicitação por Portugal de novos empréstimos", escrevia em 27/11/1880. E em 1885: "No próprio interesse de Portugal era preferível que as suas facilidades de endividamento fossem, agora, restringidas".

Rebentou então uma crise financeira mundial, com o epicentro na City londrina, iniciada em 1890 com a falência do banco Baring Brothers que contagiaria Portugal por vários canais, incluindo via Brasil. O próprio Baring era o principal parceiro do governo português na City e, na aflição, reembolsou-se em 1 milhão de libras em Lisboa, o que levou a uma redução significativa das reservas em ouro do Banco de Portugal. Em 1888, no Fenn's Compendium, Portugal já tinha sido considerado como um país de alto risco. Com a contracção dos mercados de capitais internacionais, durante a crise financeira mundial de 1890-1893, o ecossistema financista português desabou. Juntou-se o esboroamento do padrão-ouro que havia sido adoptado em 1854. Finalmente, viveu-se uma crise política aguda que misturaria o efeito dos problemas geopolíticos em África - com o ultimatum sobre o mapa cor-de-rosa por parte da Grã-Bretanha - com a ascensão do movimento republicano (revolta no Porto em 31 de Janeiro de 1891) e das lutas dentro dos partidos monárquicos.

 

A balança de pagamentos acaba por ter um défice gigante em 1891, depois de um período em que acumulara excedentes. A dívida total (externa e interna) que andava pelos 24 milhões de libras em 1858 disparou para 127 mil milhões de libras. Apesar da pobreza do país, era a 2ª maior da Europa per capita, depois da França.

A revista inglesa, de novo, escrevia: "Tem sido evidente de há bastante tempo que o país estava a viver acima dos seus meios. Mais tarde ou mais cedo era inevitável que acabasse em bancarrota - e foi à bancarrota que Portugal agora chegou" (6/2/1892). E acrescentava: "É inevitável uma redução significativa do encargo com a dívida, que absorve quase metade da receita total. Os detentores da dívida portuguesa têm de consentir num abatimento dos seus direitos, por força das circunstâncias". Os ingleses aconselhavam mesmo: "Se Portugal abordar os seus credores leal e francamente nestas linhas ser-lhe-á relativamente fácil efectuar um acordo razoável com eles".

A solução acabaria por ser imposta por decreto. Os credores externos não aceitaram o curso forçado do papel-moeda emitido pelo Banco de Portugal. O default parcial acabaria por acontecer em Junho de 1892. O governo teve de suspender parcialmente os encargos altos da dívida. Em Paris, os credores ficaram surpresos com a redução das taxas de juro em 66%. O objectivo último acabaria por ser a reestruturação e reescalonamento dos pagamentos.

Julgava-se que no final do convénio de 1902 com os credores se obteriam novos empréstimos - mas isso não aconteceu. A dívida seria convertida num novo empréstimo amortizável a 99 anos, até 2001.

O efeito de afastamento dos mercados financeiros internacionais não seria muito prejudicial para a economia real, que dependia sobretudo do comércio com o Brasil, as colónias em África e o Reino Unido. Os principais credores financeiros da dívida estavam em Paris e em Berlim. A economia portuguesa acabaria por recuperar relativamente bem."

Fonte: Expresso

 

 

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