O que será que todo o ser humano procura incessantemente? Naturalmente, procuram encontrar aquilo que julgam fazer-lhes falta e nesse caso, procuram-no fora de si mesmo. Será o amor, a felicidade, o bem-estar? O sentirem-se bem consigo mesmo? Ou um pouco de tudo isto em simultâneo?
É claro que todos estarão, desse modo, a procurar o seu sentido da vida e tudo aquilo que os pode fazer felizes em qualquer momento da sua vida. Esta eterna procura do equilíbrio físico, mental, psicológico e espiritual já fez gastar muita tinta aos estudiosos de todo o mundo e já desde os tempos antes de Cristo, segundo opiniões bem fundamentadas!
Muitos dizem que o objectivo da filosofia é procurar o sentido da vida, porém alguns filósofos como Albert Camus e Jean-Paul Satre, entendiam que na verdade a vida não tem sentido.
Quando analisamos o universo de maneira fria, percebemos nossa insignificância em relação a este, para o mundo, nossa existência não tem e nem precisa ter um sentido, apenas existimos.
O destino do ser humano é a evolução. Todo o universo está em constante evolução e o ser humano não é uma excepção.
Não existe uma realidade absoluta comum a todos. A realidade é relativa, depende do observador e do contexto. É preciso aprender a se ver, e a ver o mundo a interagir com ele próprio!
Não se quer ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não quero, nem posso querer, uma verdade inventada.
O sentido da vida constitui um questionamento filosófico acerca do propósito e significado da existência humana. Se alguém, maliciosamente, nos quiser separardesse direito, ficará de pé o nosso direito à revolta.
De facto já se anda a pedir perdão para a nossa dívida gigantesca!
PENSADORES
SALAZAR
“Há que regular a máquina do ESTADO com tal precisão, que os ministros estejam impossibilitados, pela própria natureza das leis, de fazer favores aos seus conhecidos e amigos. “
1932 – Salazar (em entrevista a António Ferro)
“ Em poucas décadas reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional.
Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suíça, o golpe de Estado foi o princípio do fim. Resta o Sol, o Turismo, o Servilismo de bandeja, a Pobreza crónica e a Emigração em massa.
Veremos alçados ao poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie, que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes da Republica.
Marcelo Caetano
“Em Portugal não há Direita, não há Esquerda, nem há Centro. Há sim um grupo de salafrários que se alternam nos governos, para ver quem rouba mais. “
Não há democracia que valha com cidadãos que só se preocupam com os seus interesses pessoais ou de grupo, que não se interessam pelo que é bem de todos e condição do verdadeiro desenvolvimento.
Uma sociedade aberta é, por definição, uma sociedade transparente, no caso português a evolução está a ir no pior sentido.
Assim, somos obrigados a concluir que o lodaçal das suspeitas na sociedade portuguesa se vai adensando e a propósito da reforma fiscal, então a ser discutida, Pedro Ferraz da Costa fez esta afirmação à Lusa:
“Toda a gente sabe que grande parte das despesas confidenciais das empresas têm a ver com verbas que elas têm que avançar «por fora» para obterem todo o tipo de licenças relacionadas com obras, toda a gente sabe e, aparentemente, ninguém se indigna. De resto era a segunda vez, pelo menos, que Ferraz da Costa aludia ao mesmo assunto: “ a existência de corrupção e tráfico de influências nos órgãos decisores do Estado e da Administração Pública.”
Trata-se de uma denúncia vaga, sem dúvida, e com destinatários indeterminados. Mas não pode senão estranhar-se a naturalidade com que ela foi feita e a indiferença com que foi recebida. Ferraz da Costa deve saber do que fala e de certo não se eximiria a apresentar a quem lho pedisse (policias ou tribunais) casos concretos de que tem conhecimento e as circunstâncias em que eles ocorreram. Seria um inestimável contributo para a necessária e tão apregoada transparência. Seria ainda uma óptima oportunidade de prestar um serviço valioso à democracia portuguesa e á política, as quais ameaçam soçobrar no tal lodaçal de suspeitas que toda a gente alimenta, mas ninguém, sabendo do que fala, se dá ao trabalho de provar,”. Estamos a citar noticia publicada.
As suspeitas sobre os políticos são uma constante. Com ou sem razão. A maneira como os processos são encerrados só aumenta o adensar das crescentes suspeitas.
Na sequência do que ficou dito sobre o “ Sistema “ e os “ lobbies” , só pode restar para o país um clima de permanente suspeição .
Por exemplo a grande maioria dos portugueses acredita firmemente que a morte de Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e seus acompanhantes, não foi ocasional, mas sim provocada por um acto de sabotagem. Já lá vão mais de vinte anos e a dúvida permanece, e com ela aumenta a falta de credibilidade nos altos responsáveis e nas próprias instituições.
Alguém, talvez «lobbies», soube reter o andamento, há longos anos, deste caso que emocionou o país inteiro, tendo já provocado o encerramento do mesmo, como inconclusivo e prescrito.
Com o lançamento do livro “ O CRIME DE CAMARATE “ de Ricardo Sá Fernandes, em simultâneo, aparece outra grande notícia:
“Um abaixo-assinado pede a reabertura do inquérito ao desastre. Entre os subscritores estão vários membros do actual Governo. Os políticos são os principais subscritores do abaixo-assinado sobre Camarate: actuais e antigos membros dos governos central e regional, presidentes de Câmaras Municipais e deputados dos vários partidos políticos, com excepção do PCP. Além de Durão Barroso, Paulo Portas e Celeste Cardona, figuram na lista de assinaturas os actuais ministros das Finanças, Manuela Ferreira Leite, da Segurança Social e do Trabalho , Bagão Felix e da Cultura Pedro Roseta . Também Alberto João Jardim, bem como o presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, e o ex-primeiro - ministram Cavaco Silva. Entre os deputados, destacam-se os do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã e Luis Fazenda, e do partido Ecologista Os Verdes, Isabel Castro. Mas figuram também vários parlamentares socialistas, como Helena Roseta e João Cravinho. As restantes assinaturas são de advogados, militares, médicos, empresários, artistas, jornalistas e presidentes de grupos de comunicação social.
Todos querem “ manifestar que, em face de todos os factos e testemunhos que (.....) se tornaram conhecidos, relativamente ao desastre de Camarate, consideram ser imprescindível a reabertura do processo e a realização do julgamento (.... ) com vista ao mais completo apuramento da verdade . “
Financial Times vê-nos como um modelo esgotado, onde as reformas são travadas por todas as classes e com os piores niveis de qualificação, produtividade e absentismo. Um desafio dificil.
“Francisco Sarsfield Cabral – Sobe de tom a contestação ao Governo. Mas quase não há, tirando o caso da segurança social, onde se nota um pensamento maduro e uma estratégia determinada na concretização da mudança. Predominam, isso sim, declarações de intenção reformista, mas ainda sem grande correspondência na prática. E como essas declarações não têm primado pela clareza, permitindo imaginar tudo e mais alguma coisa, a perspectiva de mudança alarmou inutilmente muitas pessoas. Inutilmente não: o alarme exagerado veio mesmo a jeito para os interesses instalados estimularem uma onda de rejeição indignada de toda e qualquer reforma.
Os «lóbies» não andavam distraídos, como já se tinha visto com a reacção à proposta de Ferro Rodrigues de criar farmácias sociais. A sua melhor defesa é o ataque. Assim, os vários grupos de pressão atacam por antecipação qualquer hipótese de reformas. Mas fazem-no em geral por interpostas pessoas, aproveitando o receio entretanto gerado na sociedade pela ânsia deste governo de se demarcar do estilo Guterrista de empatar com diálogos. E fazem-no com tanto maior ânimo quando o governo se mostra verbalmente decidido a mudar muito, mas já comtemporizou demasiado com alguns «lobbies» por exemplo, nas finanças das regiões autónomas ou no endividamento das autarquias. E não escapa a ninguém que, nestes como noutros casos, a verdadeira oposição ao Governo está dentro do PSD. Chegámos, assim, a uma situação curiosa. O governo do PS não fazia reformas para evitar contestações. Este governo fomenta contestações ruidosas, mas ainda não se mostrou capaz de concretizar reformas. Muito barulho para nada? ´”
“O presidente da Assembleia da República aproveitou a recente visita de uma delegação parlamentar a Moçambique – entre 3 e 11 de Abril -, para fazer «lobby» empresarial e político junto das autoridades moçambicanas. O apoio que disponibilizou para «abrir portas» a um grupo de empresários que viajou para Moçambique na mesma altura e a negociação informal do nome de António Almeida, ex-presidente da EDP, para a Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB), foram duas inesperadas vertentes da visita que causaram profundo mal-estar entre os deputados. Certo é que é este o homem que eu defendo e cujo o nome não negou ter abordado, ainda que informalmente, em Moçambique: «Eu não representei o Governo , o assunto só veio a talho de foice , mas toda a gente sabe que veria com bons olhos a nomeação de António Almeida para Cabora Bassa.» .
” O Primeiro - Ministro britânico Tony Blair, propôs recentemente a divulgação dos nomes de magistrados, militares e polícias associados a organizações secretas , como por exemplo a maçonaria . A proposta de Blair faz um certo sentido. Numa sociedade aberta e democrática, como são hoje praticamente todas as sociedades ocidentais, haverá razão para a existência de associações cujos membros não se dão a conhecer? O facto de esses elementos, sobretudo aqueles com responsabilidades elevadas no Estado, como os magistrados, poderem ter obediências não conhecidas, não acaba por lhes conferir vantagens ou possibilidades superiores (ou, pelo menos, desiguais) às dos seus colegas que não contam com as mesmas fidelidades?”