Na chamada “Ditadura” , também havia eleições , porém os candidatos quase não tinham adversários e os actos eleitorais eram autênticas farsas. Hoje, no chamado regime “Democrático” as eleições são limpas, só que o jogo sujo é feito como anteriormente.
O “Sistema” e os “Aparelhos dos Partidos”, põem os eleitores a votarem em candidatos escolhidos a dedo. Não pelo seu mérito, mas pelo grau de comprometimento com os interesses que de facto os nomeiam.
Vale a pena ainda e mais uma vez citar Rui Rio no seu livro “A Política in situ”:
“ Não será verdade que quanto mais fraco o poder for, menos concorrido é e, por isso, não nos podemos espantar da crescente abundância de mediocridade.
É por tudo isto que à pergunta “ o 25 de Abril ainda existe”, respondo que existe cada vez menos. Porque à pergunta “que controlo democrático tem hoje o cidadão sobre os reais poderes da nossa sociedade? “, respondo também desapontadamente, que tem cada vez menos controlo.
No dia de hoje, seria politicamente correcto dar vivas ao regime. Entendi não o fazer, porque julgo que sirvo melhor o 25 de Abril se fizer o contrário: se, em nome da democracia, apontar o caminho errado que tudo isto está a seguir.”
As palavras do actual presidente da Câmara do Porto, são pela sua comprovada honestidade, um alerta de pessoa experimentada e amiga. Infelizmente fazem-nas passar despercebidas!
“ A nossa sociedade está a atravessar uma perigosa crise de valores. Uma crise que todos sentimos nas mais pequenas coisas, quando, no dia-a-dia, constatamos que temos de conviver com uma permanente inversão de prioridades.
Hoje, já começa a ser difícil encontrar quem perceba que o interesse colectivo se tem sempre que sobrepor ao interesse individual. De forma perigosíssima, a sociedade aceita demasiadas vezes e de forma complacente que os interesses individuais ou de grupo ditem políticas que agridem o colectivo. Infelizmente, são muitos esses exemplos.”
A política in situ
RUI RIO Já se falou de temas como o “ Sistema “ , “ lobbies” , “ Suspeitas “ , vamos , pois , continuar a abordagem de outros chavões como “ Democracia” , “Poder” , “ Aparelho “ etc. Achamos contudo conveniente lançar para reflexão mais notícias proferidas por pessoas bastante credenciadas no panorama político do nosso país e que fazem parte da nossa democracia. Vamos continuar com esta notícia da maior referência socialista.
“Mário Soares arrasa Guterres”
“ As grandes coisas que poderiam ter sido feitas não se vêem onde é que elas estão. Em que é que progrediram os direitos das pessoas em concreto? Como é que melhorou o estado de vida daqueles que são os mais sacrificados? E a repartição da riqueza?
Realmente nisso não se avançou muito. Se não se avançou, em que é que é um governo à esquerda? É uma pergunta que se pode pôr, (.). É uma resposta difícil, não a sei dar. Mas sei que é uma pergunta que deve fazer reflectir as pessoas de esquerda e eu sou uma delas. Sou uma pessoa que reflecte sobre essas matérias. Se a esquerda, no governo, faz o papel da direita, não vale a pena votar na esquerda”
Acabámos de ouvir Mário Soares em discurso directo, na Antena 1. Esta notícia vem pôr-nos em cima da mesa mais dois chavões; a ESQUERDA e a DIREITA. Alguém saberá nos dias de hoje, explicar a alguém, que diferença existe entre estas duas palavras?
Na sequência do que ficou dito sobre o “ Sistema “ e os “ lobbies” , só pode restar para o país um clima de permanente suspeição .
Por exemplo a grande maioria dos portugueses acredita firmemente que a morte de Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e seus acompanhantes, não foi ocasional, mas sim provocada por um acto de sabotagem. Já lá vão mais de vinte anos e a dúvida permanece, e com ela aumenta a falta de credibilidade nos altos responsáveis e nas próprias instituições.
Alguém, talvez «lobbies», soube reter o andamento, há longos anos, deste caso que emocionou o país inteiro, tendo já provocado o encerramento do mesmo, como inconclusivo e prescrito.
Com o lançamento do livro “ O CRIME DE CAMARATE “ de Ricardo Sá Fernandes, em simultâneo, aparece outra grande notícia:
“ POLÍTICOS QUEREM JULGAR CAMARATE “
“Um abaixo-assinado pede a reabertura do inquérito ao desastre. Entre os subscritores estão vários membros do actual Governo. Os políticos são os principais subscritores do abaixo-assinado sobre Camarate: actuais e antigos membros dos governos central e regional, presidentes de Câmaras Municipais e deputados dos vários partidos políticos, com excepção do PCP. Além de Durão Barroso, Paulo Portas e Celeste Cardona, figuram na lista de assinaturas os actuais ministros das Finanças, Manuela Ferreira Leite, da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Felix e da Cultura Pedro Roseta. Também Alberto João Jardim, bem como o presidente da Assembleia da República, Almeida Santos, e o ex-primeiro - ministram Cavaco Silva. Entre os deputados, destacam-se os do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã e Luis Fazenda, e do partido Ecologista Os Verdes, Isabel Castro. Mas figuram também vários parlamentares socialistas, como Helena Roseta e João Cravinho. As restantes assinaturas são de advogados, militares, médicos, empresários, artistas, jornalistas e presidentes de grupos de comunicação social.
Todos querem “ manifestar que, em face de todos os factos e testemunhos que (.....) se tornaram conhecidos, relativamente ao desastre de Camarate, consideram ser imprescindível a reabertura do processo e a realização do julgamento (.... ) com vista ao mais completo apuramento da verdade . “
Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali
montaram negócios florescentes! Por todo o mundo não é caso raro.
Não haverá uma receita mágica para fazer aparecer muitos e bons empresários. Quando muito, poder-se-á delimitar uma zona estratégica, temporal e condicionante para que tal objectivo se possa ir desenvolvendo através de uma selecção natural e evolutiva. Apertando a malha da rede, à medida que se for subindo na pirâmide.
Aquilo que todos sabemos é que sem bons empresários não haverá nunca uma economia sã e próspera. E também sabemos que sem empresários e uma economia produtiva e competitiva não haverá futuro para Portugal. Nem para um mínimo de “Estado Social”. O futuro visiona-se negro, mesmo sem quaisquer tipos de pessimismos. O tempo torna-se curto, e a Grécia está aí!
O país precisa de bons empresários, daqueles que querem arriscar, que têm espírito de iniciativa e não se resignem com a situação. Neste período de crise o motor da economia portuguesa terá de ser os empresários. Para tal não basta os altos dignitários do país exibirem casos de sucesso, será fundamental uma vaga de fundo. No contexto de todo o território e numa envolvente criteriosamente estudada. Um empresário não pode viver isolado e tem a cada momento de sentir-se estimulado e apoiado. Este apoio caberá ao Governo, sem moeda de troca. Para esse fim deverá saber-se estender órgãos de apoio que cheguem das cidades às mais remotas aldeias do isolado interior. Investigar o presente e o passado sem esquecer que uma “erva daninha” pode vir a constituir um bom negócio. Portugal não tem matéria-prima nem dinheiro para a comprar. Caberá aqui um papel fundamental à investigação e às universidades. Tal levantamento dos recursos naturais, deverá ser efectuado pelas câmaras municipais no âmbito distrital.
Esquecer de vez quais as habilitações literárias dos possíveis empresários. Se elas fossem condição básica, Portugal teria o problema resolvido através de milhares de licenciados desempregados. A condição só pode ser o velho “toque de Midas”, ou seja, ter aptidão para fazer ouro daquilo em que tocam. Não enjeitar uma necessária revolução nas “Novas Oportunidades”. Em lugar de fazer delas um instrumento de falsa correcção de estatísticas, virá-las para um desempenho de mão-de-obra especializada e de apoio aos novos e antigos empresários. Esquecer ainda, de forma definitiva, as actuais pretensões das “Direcções Comerciais de Luxo” a infiltrarem a política na sociedade e na economia! Esquecer sobretudo as famigeradas “empresas do regime” e a protecção aos “grupos”. A situação é demasiado grave para que alguém possa actuar, a qualquer nível, sem uma completa transparência.
O Homem tem uma constituição Septenária ou seja, é um ser marcado pelo número7, como de resto toda a Natureza, e é composto por sete corpos ou princípios.
O sete subdivide-se em duas formas geométricas: o quadrado e o triângulo. O quadrado representa os quatro elementos que no homem constituem a sua personalidade e o triângulo está relacionado com a sua parte espiritual ou seja o seu Ser.
O Ser Humano é complexo e, se repararmos bem, podemos e devemos distinguir nele: 1. O corpo físico que todos conhecem; 2. O molde e as causas dirigentes da geração e formação desse corpo físico, bem como a vitalidade que o anima e mantém coeso; 3. Os desejos, emoções, afectos e sentimentos pessoais; 4. Os pensamentos e a capacidade analítica a partir dos dados observados e das coisas sentidas; 5. Uma inteligência criadora, que funciona em termos abarcantes e sem ser comandada, de fora para dentro, pelos fenómenos e pelas reacções que estes suscitam, antes se lhes sobrepondo, num domínio de liberdade (por isso se diferenciando do tipo de pensamento imediatamente antes considerado); 6. Capacidade intuitiva, i.e., de uma sabedoria íntima, realc e essencial, adveniente do contacto directo com o âmago dos seres e das situações, o que só pode ser concomitante de um Amor inegoísta, forte, lúcido e que não se confina à própria pessoa e ao que lhe está próximo (distingue - se, assim, dos afectos atrás referidos); 7. Uma latente Vontade incondicionada de Bem, que se pode manifestar somente quando nenhuma mácula de egoísmo ou separabilidade existe, visto ser uníssona com o grande Plano Divino, com o extraordinário Propósito Inteligente que subjaz a todo o Universo.
E, antes e depois de tudo, É (e, ao Ser, pode expressar-se sob todas as formas que vimos enumerando).
É perfeitamente visível perceber a matemática da Natureza na repetição do 7; nos dias da semana, nas cores do arco-íris, nas 7 ondas, nas sete saias, nos 7 pecados mortais, as sete colinas de Lisboa, os sete Dons do Espírito Santo, as sete partidas do Mundo, etc.
Foi apanágio dos regimes comunistas ou ditatoriais! Em liberdade o poder está na iniciativa privada com o controlo dos órgãos escolhidos, democraticamente, pelo povo.
Tudo o que temíamos acerca do comunismo: - que perdíamos as nossas casas (IMI insustentável), as nossas poupanças, o dinheiro descontado para as nossas reformas, e que nos obrigariam a trabalhar eternamente por escassos salários, sem voz ativa no sistema político e sem qualquer capacidade de decisão nos destinos do país - corremos o risco de acontecer neste entediante passar de anos numa política sem futuro, nem esperança. O sistema que queremos e precisamos é outro, é o sistema dos nossos parceiros do norte da europa. E, sem uma completa reforma do Estado, não vamos lá! O nosso sistema atual está bloqueado no pior sentido, porque não temos uma sociedade civil criadora de riqueza, mas temos um autêntico Estado Socialista. Qual é o Estado que temos? Pouco produz e consome excessivamente, como ninguém ou nenhuma organização o poderia fazer!
Aquele que é o país mais antigo da EUROPA, está moribundo, tudo nele cheira a bafio! Quem detém os cordelinhos da sua atual vivência, não está interessado que o mínimo ou o essencial mude, para nos começarmos a aproximar do norte da Europa, do seu nível de vida e da sua cidadania.
Há medo de se ouvir dizer, por exemplo, de que na Holanda as escolas são na ordem dos 70%, “escolas com contrato de associação” ou seja privadas!
“Sempre que um novo ministro da Educação toma posse, nasce uma esperança. Uma esperança, ainda que ténue, na alteração radical daquilo que tem sido o Ministério da Educação nas últimas décadas, independentemente do Governo ou do ministro que o geriu. As primeiras declarações públicas de David Justino reforçam essa esperança. O novo responsável pela Educação disse, de facto, meia dúzias de coisas que, a serem aplicadas, não deixarão de ser importantes melhorias no sistema. Desde logo, falou na autoridade nas escolas, na autoridade dos professores, palavra e conceito que é preciso reintroduzir no léxico educativo. Depois, defendeu que não é necessária tanta especialização no ensino secundário - e menos ainda no básico, como é óbvio -, o que parece ainda do mais elementar bom senso. Disse, ainda, não é a brincar que se aprende, mas sim a trabalhar, coisa que poderá arrepiar os cabelos a certos pedagogos que têm a mania que são modernos, mas que fica demonstrado pelo grau de insucesso escolar em que somos praticamente recordistas (além de que, como frisou o ministro, não é a brincar que se cria a necessária responsabilidade e ética dos trabalhos que serão necessários no futuro dos nossos jovens).
(...) Disse ainda DJ que as ideias relativistas e pós-modernas que se infiltraram nos programas escolares são, em boa parte, responsáveis pela inexistência de autoridade, de espirito de trabalho ou de cultura científica em muitas escolas de Portugal.
E, de facto se persistirmos, em conjunção com algumas teorias pretensamente inovadoras das ciências da educação (por sua vez influenciadas por uma sociologia bacoca), em afirmar, por exemplo, que todos os saberes se equivalem, que tudo resulta de construções sociais, que não pode haver uma escala de valores definível, chegamos rapidamente à bambochata em que se tornou a educação.
É um conjunto de ideias que mina a autoridade, que destrói a melhor tradição do conhecimento e que – em última instância – cria gerações de analfabetos sem referências nem valores.”
Os “ lóbis “ , dá para perceber , que são conduzidos por pessoas colocadas nos lugares certos , para facilitar , dificultar ou até desviar o normal curso de certos processos , de maneira a que as conclusões finais sejam aquelas que mais interessam a quem fomentou os ditos « lobbies ».
Agora como se articulam essas pessoas, com são instruídas, quem as coloca e como, e o modo como também são protegidas é mais difícil de perceber.
Percebe-se que tem de ser um trabalho feito em rede, as informações têm de circular com fluência, e o sigilo é fundamental tendo em vista o sucesso a alcançar.
Em toda esta cadeia humana não pode haver descontentes, sendo difícil perceber como tal é conseguido.
O descontente normalmente desabafa a sua revolta com alguém, a menos que esteja coagido a não o fazer, por medo naturalmente de perder no futuro, oportunidades que sozinho não conseguiria alcançar.
Agora quem tem força para lhes dar segurança e oportunidades? Uma pessoa isolada não é crível, mais parece trabalho de organizações. Mas que organizações?
Quem protege estas organizações e como ultrapassam o “Poder “ legitimamente constituído? Ou se entrelaçam com ele?
Volto a acreditar que tudo isto passa ao lado da maioria da população, que vive quase completamente absorvida pelas preocupações do dia-a-dia. Provavelmente têm ao seu lado pessoas a trabalharem num qualquer «lobby», sem do facto se aperceberem.
Por último, não tenhamos quaisquer dúvidas, que os “lobbies “ atravessam partidos, governos, organismos públicos, Assembleia da República e todo o lado, onde possa haver, uma ponta que seja, de poder de decisão ou interesses
.Os intervenientes em tais processos, salvo raras excepções, só podem ser pessoas sem escrúpulos pouco interessadas na defesa do que é justo ou da verdade e, somente norteadas no cumprimento cego das instruções de quem lhes paga.
ªContinua a ser demasiado fácil incumprir contratos, incumprir normas de conduta, incumprir deveres legais.
Jose Miguel Judice, Bastonário da Ordem dos Advogados
Será certamente oportuno começarmos pela análise do significado de uma palavra que já anda de boca em boca e, apesar disso, muito poucas pessoas, seguramente, conseguem definir, mesmo com pouca exactidão.
A palavra é nem mais nem menos que ”SISTEMA”. Sendo nos tempos actuais utilizada para o futebol, para a política, na cultura e de uma forma geral em todos os aspectos, mas sempre com um sentido envolto em secretismo e processos pouco claros. É assim como a palavra destino, com o seu fatalismo fora do alcance dos homens (a maioria). Em todo o trabalho que será apresentado, iremos transcrever casos típicos sobre a já frequente utilização da citada palavra.
Quando uma qualquer pessoa ouve ou lê uma referência a esta palavra, tudo se passa como se existissem realmente dois mundos, um do comum dos mortais e outro, o dos excepcionalmente dotados ou melhor, dos escondidos. Vamos pois admitir que é isto, num acto de grande benevolência.
Basta agarrar em qualquer jornal, ouvir noticiários ou escutar conversas de café, para deparar com casos onde se diz...” foi o “SISTEMA”, é como se quisessem dizer foi a vontade de Deus, todo-poderoso.
Enfrentou de cara renovada as traquinices do novo milénio. As férias grandes permitiram que a Santa Casa da Misericórdia de Oeiras, ao abrigo das suas responsabilidades no Protocolo, em tempo assinado com a Junta e a Câmara municipal de Oeiras, que se fizessem grandes obras de beneficiação, tanto no interior das instalações, como no exterior, ao ar livre.
Tais obras impunham-se de há muito, pois as condições existentes eram de facto más, apesar de algumas beneficiações que a Junta, ali já tinha feito. Desta vez a Autarquia Loca, também prestou ajuda à Santa Casa, tendo assumido a realização de algumas obras.
As nossas crianças e as suas famílias, bem merecem este esforço conjunto e passaram, a dispor de um “Traquinas” mais limpo, mais funcional e, acima de tudo, com muito mais conforto.