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O ENTARDECER

O ENTARDECER

VOGANDO SOBRE UM RIO

 

Convido os meus leitores a imaginarem-se a vogar, não na água de pouca profundidade, mas sobre ela. Podem imaginar esse rio de pouca água, mas muito transparente e fria, naturalmente pouco profunda. A sua torrente vai esbarrando, nas imensas pedras espalhadas no seu leito, sem que a água nunca as cubra. A leveza que vos proponho, física e mental, vai permitir, que saltemos de pedra em pedra, quase sem nelas fazer peso. Sempre que o nosso pé toca numa pedra, pisamos a realidade. Enquanto saltamos, percorremos o imaginário. Em tal rio, as pedras são as notícias de jornais sobre expressões de conteúdo equívoco. Não houve qualquer preocupação em escolher entre os vários tipos de periódicos disponíveis nas bancas de venda. O trabalho foi imenso e consistiu na recolha de artigos que servissem o fim em vista. Não foi fácil, pois em regra, os jornais ou revistas não abordam muito o tema, que consideramos em análise. Foi preciso gastar muito tempo e ter imensa paciência na sua escolha e leitura de um vasto noticiário.

Na abordagem deste tema, pretende-se somente levantar dúvidas, sobre a sociedade em que vivemos, nomeadamente em pessoas que não têm acesso a todo um mundo que se presume existir, pelas contradições visíveis, inexplicáveis e frequentes, que qualquer observador atento pode detetar, dir-se-ia, no seu dia-a-dia, com um pouco de espírito de observação. Quem ouvir os noticiários, ler jornais ou alguns livros e for ouvindo os telejornais, e procurar estabelecer uma relação entre essas notícias, depara certamente com acontecimentos aparentemente sem lógica, mas que se percebe não acontecerem por acaso, tal o grau de eficiência que existe na sua execução.

É como se um conjunto de pessoas, não expostas, mas muito influentes, através de um complicado sistema de cordelinhos conseguissem encaminhar todos os acontecimentos a seu belo prazer, supõe-se, também com vantagens próprias asseguradas. Provavelmente tudo não passará de simples coincidência, ou mesmo pura alucinação, com certeza provocada pelo “stress” com todos os seus efeitos colaterais geradores de desconfiança, fraqueza, mal entendidos e especulações, mas mesmo assim, vale a pena pensar, evitando a castração do melhor que Deus nos deu, que foi o pensamento. Naturalmente que se forem coincidências também não vem grande mal ao mundo, estaremos então a entrar no campo da pura ficção que, de certo modo, nos fará esquecer outras preocupações mais reais e nefastas para a nossa saúde e bem-estar.

É aqui que entramos na levitação, atrás mencionada.

Aconselha-se para o mesmo tipo de notícia, dispor de várias fontes de informação, no mesmo sentido, e até no sentido contrário. Também se aconselha a preocupação de fazer análises diferidas no tempo e verificar com esse método a erosão ou sedimentação verificada por esse efeito, nelas.Acredita-se que este trabalho pode provocar algum efeito dominó, benéfico para a sociedade em que nos inserimos, sem exceção de pessoas ou grupos, pequenos ou grandes, pois a intenção não é, nunca poderia ser, modificar o tipo de sociedade ou economia em que vivemos, pois desse ponto de vista existe a convicção de que estamos no bom caminho. De uma pedrada no charco, espera-se sempre, que o agitar das águas produza resultados positivos e não que mate algum peixe.

AS INCERTEZAS NO FUTURO?

  • Nunca os racionalistas radicais poderão entender a grandeza de gente muito anterior ou posterior a Cristo que, muito para lá da barriga e do conforto, se preocupou essencialmente, em desvendar os segredos da natureza, do Homem e do universo, na procura de descobrir o seu lado espiritual e superior.
  • Para descobrirem se a sua vida é controlada pelo tempo que vai passando, podem usar um critério simples. Basta perguntar se há alegria, bem-estar e leveza naquilo que estão a fazer? Se não houver, é porque o tempo está a encobrir o momento presente e a vida é vista como um fardo ou uma luta.  Para mudar poderá bastará, mesmo continuando a fazer o mesmo, mudar o modo como o está fazendo.

Não admitem que a matéria possa ser como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Nem sequer aceitam como possível que todo o conhecimento possa fluir e refluir da nossa mente, uma vez que estamos ligados a uma mente divina que contém todo esse conhecimento.

A sua atenção está tão concentrada no microcosmo que não se apercebem do imenso macrocosmo à nossa volta.

Portanto também não podem aprender e compreender as grandes verdades do cosmo, ou observar como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.

Nem que das galáxias às partículas subatómicas, tudo é movimento.

Tão pouco aceitarão que a própria matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas repleta de movimento.

Duvidarão sempre esses assanhados racionalistas, que o claro e o escuro também são manifestações da luz e que a síntese da árvore da vida poderá ser o Homem Arquétipo. Ou duvidam, também, que a Água, Ar, Terra e Fogo, objetos de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica, sejam os “ Quatro Elementos” da natureza?

 Para eles, radicais, basta ganhar eleições e continuar no poder, mesmo mentindo e procurando agradar aos grupos de votantes mais alargados. Com isso, os votos virão e a boavida continuará!

 

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