O individualismo falou mais alto. A instalação de um sistema de trânsito que respondesse ao primado do carro , acabou por sacrificar o espaço público carregado de identidade e vida social, num espaço de arrumo e passagem de centenas e centenas (milhares) de carros, diariamente. O princípio de movimento e parqueamento impôs-se ao de jardim e lazer. Formou-se a “cultura do automóvel”, que absorveu muitos recursos, sonegados ao atendimento de outras necessidades mais importantes. Paralelamente, os sistemas de transporte público permaneceram insuficientes para atender à procura sempre crescente.
De bem imprescindível, o transporte público transformou-se num mal necessário para as pessoas que não podem dispor de um automóvel. Mesmo para as que podem, os dias estão chegando ao fim. O automóvel também parece ter os dias contados, na frequência e facilidade com que tem entrado nas cidades. No seu uso também.
O petróleo vai acabar! As alternativas de carros elétricos, são falácias de políticos. Os tempos vão mudar e o mundo continua de olhos fechados! Passando de solução a problema, os sistemas urbanos de transporte viram declinar a sua eficiência, a sua credibilidade e, sobretudo, o utente vê o preço do transporte a subir constantemente e a sua qualidade a descer. Os tempos perdidos de espera nas paragens e dentro dos autocarros, são geradores de cansaço e perda de saúde! Revolta também! Principalmente para os moradores dos subúrbios. As greves plenas de sentido anárquico, logo irresponsável. Os enormes prejuízos acumulados pelo Estado patrão e incapaz de praticar uma boa gestão na conciliação de vencimentos, equipamentos e tentações populistas com o dinheiro dos outros.
Então a solução vai ser o carro? Nem pouco mais ou menos. A divida externa de Portugal é asfixiante para as contas públicas! Os impostos sobre a compra de carro e produtos petrolíferos são elevadíssimos. As suas receitas para os cofres públicos são gigantescas! Mas tudo tem um fim. É imperioso reduzir estes montantes para se conseguir algum equilíbrio na nossa balança de pagamentos. O Estado precisa de receitas sim, mas provindas de produtos que criem riqueza directa. Mesmo sem ter acabado, o petróleo está proibitivo. O preço dos carros igualmente. A solução está nos transportes públicos, sem dúvida. Senhores políticos, as próximas eleições estão a chegar. Os vossos programas eleitorais não podem fugir à abordagem desta realidade. Fazem favor, haverá um momento em que o silêncio não é mais possível! Para todos.
Só entre Maio e Julho 2008, a fatura dos combustíveis foi de 2,381 milhões de euros, mais 853 milhões que no mesmo período do ano passado! Depois tentem encontrar na informação disponível (talvez a PORDATA) quanto gasta Portugal por ano em pagamentos com a importação de carros e de peças! Nos custos dos acidentes e conservação de autoestradas.
Meditem na nossa dívida externa e assumam ser um crime, um país pobre como o nosso, verem-se milhares de carros, todos os dias, só com um passageiro, que é em simultâneo o motorista. Pensem, como esse dinheiro poderia erguer uma economia que equilibrasse os pagamentos ao exterior e desse emprego a toda a gente!
Ontem um blog do Financial Times contava a seguinte anedota que ajuda a explicar o esquema do ‘bailout' ao Chipre: um abastado e afidalgado turista alemão chega a um hotel numa pequena aldeia cipriota. Quando chega à receção pede para inspecionar os quartos para ver se são bons. O dono do hotel dá-lhe as chaves e o turista alemão, antes de subir as escadas para ir ver os quartos, deixa-lhe em cima do balcão uma nota de 100 euros. Enquanto espera, o dono do hotel agarra nos 100 euros e vai ao talho pagar a sua dívida. O dono do talho agarra nos 100 euros e vai a correr para o senhor que cria porcos, para pagar o que lhe devia.
Este pega nos 100 euros e vai à bomba de gasolina saldar as suas dívidas. O senhor da bomba vai à tasca pagar os copos que ontem bebeu e não pagou. O dono da tasca agarra nos 100 euros e entrega a uma prostituta que ontem lhe tinha "oferecido" os seus serviços a crédito. A prostituta pega no dinheiro e vai ao hotel para dar ao dono os 100 euros pelo quarto que ela usou no dia anterior e não pagou.
E entretanto, o abastado e afidalgado turista alemão desce as escadas e encontra a sua mesma nota de 100 euros no balcão da receção. Diz que não gostou dos quartos e agarra na sua nota de 100 euros, mete-a no bolso, e vai-se embora. Mas entretanto, toda a aldeia ficou feliz já que todos ficaram livres das suas dívidas.
As virtudes teologais aparecem profundamente entrelaçadas na vivência espiritual e na ação apostólica da nova beata portuguesa Maria Clara do Menino Jesus. Numa retrospetiva da sua vida, o Pe. Henrique Pinto Rema escreve que a Irmã Maria Clara do Menino Jesus surge “com virtudes humanas únicas, com uma Fé exemplar, com uma Esperança a toda a prova, sempre otimista e realista no meio das maiores contrariedades, a jogar firme e forte no futuro, e com uma Caridade que a enobrece junto de Deus e dos homens”.
A extinta freguesia de Queijas nunca esquecerá esta Irmã dos pobres, principalmente na assistência que prestou aos mais desfavorecidos desta terra na qual, através de uma estátua e da sua memória, a lembramos e lhe agradecemos a sua caridade que a enobreceu junto de Deus e dos homens.
“Senhor nosso Deus, que concedeste à Bem-aventurada Maria Clara do Menino Jesus a graça de viver sob o Teu olhar providencial, inteiramente dedicada ao cuidado dos mais necessitados, faz de mim, neste dia, uma oferenda permanente pela intenção deste dia, e conduz-me no caminho da fidelidade ao espírito das Bem-aventuranças, no exercício das Obras de Misericórdia corporais e espirituais, a exemplo da Bem-aventura maria Clara. Por Cristo Nosso Senhor.”
Uma Descrição moderna e bastante precisa da América (ou a quarta parte do Mundo)
Descrição
Em 1554, Diego Gutiérrez foi nomeado o principal cosmógrafo do rei da Espanha na Casa de la Contratación. A coroa incumbiu a Casa de produzir um mapa do hemisfério ocidental em larga escala, frequentemente chamado de "a quarta parte do mundo." O objetivo do mapa era confirmar o direito de posse da Espanha quanto aos novos territórios descobertos contra as reivindicações rivais de Portugal e da França. A Espanha reivindicou todas as terras ao sul do Trópico de Câncer, o que é notoriamente mostrado. O mapa foi estampado pelo famoso gravador Hieronymus Cock, que acrescentou inúmeros floreados artísticos, inclusive os brasões de armas de três forças rivais, um serpenteado Rio Amazonas que atravessa a região norte da América do Sul, sereias e lendários monstros marinhos, além de um elefante, um rinoceronte e um leão, na costa ocidental da África. O nome "Califórnia" está inscrito perto da Baixa Califórnia, logo acima do Trópico de Câncer, a primeira vez que aparece em um mapa impresso. Sabe-se que existem apenas dois exemplares do mapa: este das coleções da Biblioteca do Congresso e outro da Biblioteca Britânica.
Afinal o que é isso? Há um abismo total entre o querer perceber ou não querer mesmo perceber, ou preferir não perceber, e as pessoas preferem não perceber, preferem não entender. Se cada um fizesse um esforço para se situar em relação a esta realidade…, mas não, não há sequer isso, fazem um esforço máximo, para participarem desta coisa. E esta coisa é precisamente uma nação ser um corpo com alma ou sem ela.O esclarecimento é algo perfeitamente indispensável, e julgo que de uma maneira geral é assim. Desde criança deveríamos ser despertos para o “sentimento da nacionalidade, do próximo, da verdade, do ambiente etc.”.Para o sentimento da nossa integração num mundo que pense de forma igual ou parecida, mesmo com língua diferente. E que tal mundo fosse mesmo um mundo de irmãos. Sem esse sentir, a consciência nacional ou universal não funciona em pleno! Só o sentimento de irmandade, legítimo o sentimento da consciência. Mas, antes da incursão nestes conceitos, temos de desejar construir uma civilização, num país em que a população seja civilizada, e nunca degradada moral e etnicamente. Ou seja:
«Se não existir lugar no vosso coração para aqueles que estão ao vosso lado, não haverá lugar para vós na casa que é de todos.»
Se o poder quiser tirar o país da estagnação e conduzi-lo a grandes passos para o desenvolvimento e progresso tem, em primeiro lugar, de criar nesse povo o sentimento de uma nação, casa de todos e para todos. Tal, só se poderá conseguir pela cultura desse povo no caminho para a grandeza da nação e mais ainda face às suas sempre existentes fraquezas comuns.
Mesmo num país, multimilenar como o nosso, não podemos ouvir, nos meios de comunicação o martelar constante de apelos e reivindicações de cariz corporativo. Elas, não passarão de uma afronta imprópria, aos mais desprotegidos. Muito menos a tristes episódios de corrupção!
Simplificando: «ouvir presidentes de sindicatos, bastonário dos enfermeiros ou outros, chefes dos guardas prisionais etc., etc. anunciarem a necessidade de aumentar os respetivos efetivos ou condições salariais/laborais sem assumirem a mínima preocupação com a degradação nas reformas dos idosos, com o elevado desemprego, com uma conjuntura económica fragilizada, com a morte contínua da nossa “sociedade civil”, e por fim, sem a menor preocupação com as enormes fragilidades da nossa economia (potenciadora da criação de riqueza que pagará todas as necessidades do país e dos portugueses). Tambem, sem a noção de que sem dinheiro, as prioridades sempre serão para os problemas nacionais, em maior aflição. A defesa do mundo próprio de cada um, ou do sector empresarial mais frágil, não deverá sobrepor-se a tudo o mais.
A expressão viva da nação é a consciência dinâmica de todo o povo. É a prática coerente e inteligente de homens e mulheres. A construção coletiva de um destino presupõe uma responsabilidade à altura da história. De outro modo, é a anarquia, a repressão, o aparecimento de partidos tribalizados, do federalismo, etc. O governo nacional, se quiser ser nacional, deve governar pelo povo e para o povo, pelos deserdados e para os deserdados. Nenhum «leader», qualquer que seja o seu valor, pode substituir a vontade popular, e um governo nacional deve, devolver a dignidade a cada cidadão, povoar os cérebros, encher-lhe os olhos de coisas humanas, desenvolver um panorama verdadeiramente humano, habitado por homens conscientes e soberanos. Encutir-lhe a partilha das dificuldades, em conjunto com uma partilha de esperança que um dia chegará.