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O ENTARDECER

O ENTARDECER

UM FIO CONDUTOR

 

Em todo e qualquer país e em todas as sociedades civis, há um fio condutor que assegura o seu progresso e a sua existência. Também o seu futuro. Este fio condutor é composto fisicamente (?) de duas realidades diferentes: uma de natureza humana e outra de natureza sobrenatural. Esta última, representa o seu passado e os milhões de pessoas que o serviram, mas que já morreram. A natureza humana, representa aqueles que estão vivos e a representam.

Este fio condutor obedece a regras inscritas, talvez, na natureza. Aquela parte do fio de condição humana pode aguentar esforços de distensão rápida ou mesmo de estagnação ou compressão, mas nunca de ruturas. De qualquer modo, deve estar sempre atenta à componente a que chamei de natureza sobrenatural, muito extensa, que representa aqueles já desaparecidos, ou seja, o passado do país ou da sua sociedade civil. A sua cultura.

Quem tiver a incumbência de tomar decisões, se não respeitar esta realidade, ou até se a quiser ignorar, pode provocar ruturas de grande dimensão e, muitas vezes, a rutura completa de tal fio e das realidades culturais e projetos, que ele assegurava.

De certo modo foi isso que aconteceu em Portugal depois da Revolução dos Cravos. Os capitães tiveram muitos seguidores, embora de natureza mais moderada, mas que cometeram e continuam a cometer erros de estratégia na tomada de decisões. Isto acontece pela total desresponsabilização com que se passa uma esponja aos sistemáticos e desonestos, maus decisores.

 

UM PLANO NACIONAL

 

PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO

Ao se aproximar o fim desta campanha política, em que percorri todo o nosso território, trago gravada em meu espírito a exata visão das nossas imensas possibilidades e a nítida compreensão da gravidade de nossos problemas.

Estou convencido de que na nossa geração se definirá o destino de Portugal: — seremos uma grande e rica Nação, se soubermos trabalhar intensamente e nos organizarmos para construir o nosso futuro; seremos uma grande e pobre comunidade, superpovoada e infeliz, se nos dedicarmos ao abandono no presente, e à ostentação e às disputas internas dos partidos políticos.

Portugal é ainda uma terra de oportunidades. Continuará, entretanto, retardado e sofredor, se não quisermos lutar com a energia de construtores de um novo mundo e de uma nação reformada e convencida de que uma diretriz geral, nos fará encontrar o caminho que devemos percorrer nos próximos anos, para acelerar o nosso desenvolvimento económico e social. Com ele encontraremos o otimismo sadio e a decidida vontade de criar e realizar, que empolga os homens de boa-fé, deste histórico Portugal. Amadureceremos, assim, o espírito dos mais esclarecidos estudiosos da nossa realidade e das tendências para a evolução necessária ao êxito. Espera-se que em torno delas possamos reunir o melhor da nossa capacidade de trabalho, para darmos a Portugal, nos próximos anos, um novo impulso na senda do progresso e da felicidade para todos os portugueses.

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