A “geração de ouro” queria era trabalhar e poupar, para que nada faltasse aos seus filhos e aos seus pais e também ao seu país.
De repente, em Abril/74, começaram-lhe a dizer para não trabalhar tanto e para pedir aumentos de vencimento. Muitos ingenuamente fizeram-no. As greves dispararam! As manifestações bloquearam as ruas e esvaziaram os locais de trabalho!
No final dos meses os vencimentos começaram a estar em perigo. Havia boatos de que era preciso reduzir custos e despedir ou pré – reformar os mais velhos, aqueles que nunca quiseram fazer greve. Aqueles que só queriam que os deixassem trabalhar.
Aos cinquenta anos o José, e o seu primo da Lisnave, que sabiam reparar barcos muito grandes, estavam os dois sentados no banco do jardim. Aos poucos vinham chegando cada vez mais e mais. Os bancos já não chegavam.
Foi a rutura com esta “geração de ouro”. Tinha de ser ela a pagar a crise, mesmo sem nunca fazer greves. Mesmo poupando e amealhando para o futuro!
Naturalmente sentiu-se mal tratada, desprezada. Até hoje, continua a pagar cada ve mais!
Parece um castigo!
Nos bancos do jardim ouviam-se coisas como estas: “pelo meu filho soube que na escola dele nenhum miúdo sabia o que era uma lima ou uma grosa. Ninguém sabia a tabuada ou fazer contas. Só sabiam que o Porto era o “maior”! Tudo isto deveria ser da minha cabeça pois, vi num jornal do clube do bairro, que agora estudam muito mais crianças mas, uma olhou para o jornal que eu lia, e não conseguia lê-lo direito”.
Até que em 2011, batemos no fundo! O país em que nascemos, entrou na bancarrota, sem dinheiro para pagar uma dívida tremenda e, até, para pagar os vencimentos da função pública! Coisa estranha, mas, neste país antes tão respeitado no mundo, os crimes morrem solteiros!
Caberá, quando muito, tirar o chapéu à SENHORA ex Ministra das Finanças! Sim ela disse a verdade que mais ninguém disse:
“RECEITA DO IRS – A ministra das Finanças disse ontem que os 10% de pensionistas que ganham mais, “suportam 70% da receita do IRS”, que reduziu o risco da pobreza”
Publicado em 19-12-2014 no CM
Depois de tanto ter feito por PORTUGAL (a Geração de Ouro), (fez guerras nacionais, emigrou, não fizeram greves e adaptaram-se a toda a enorme evolução mundial, ficando, ainda, sem as reformas que pagou ao longo de muitos anos de descontos e agora, até paga a redução do risco de pobreza! Se esta não é uma Geração de Ouro, então que mais poderia ela ter feito? Enquanto isto, quem destruiu PORTUGAL fica sem castigo, os políticos com boas reformas e bons pés-de-meia e os funcionários públicos vêm o Tribunal Constitucional, obrigar o Governo a devolver-lhe os descontos que lhe haviam sido feitos (banco de Portugal), como aos outros, inclusive com pagamento de juros! Do Governo, nem uma palavra! Para este governo, só importam os funcionários públicos e os não contribuintes!
Fala mais alto a sede dos votos e o seu apego ao poder…..
Quando se fala de REFORMADOS, seria bom que nos lembrássemos daqueles que pagaram dezenas de anos (com a sua entidade empregadora), a sua reforma e a de muitos outros que nunca contribuíram com um tostão que fosse, para tal fim! Para a actual juventude esquerdista, só contam aqueles que nunca se quiseram inscrever numa Caixa de Previdência! Coitados, querem acabar com o pouco que resta, e o nosso país ainda tem……como o hábito de poupar!
Para a comemoração do extinto Dia do Diploma, normalmente, e quando muito, apareciam os pais e os alunos premiados com os 500 euros da praxe. Dos outros alunos, não havia sequer notícia. Poucos se davam à maçada de perder uma tarde ou uma noite para ouvir discursos de circunstância e bater palmas aos ganhadores. Estes levantavam o diploma e regressavam a casa.
Nesta cerimónia tudo seria diferente, pressentiasse-lhe uma sabor a política!
O ex-primeiro-ministro iria entregar diplomas aos alunos para valorizar socialmente os CET, s, (Cursos de Especialização Tecnológica do IPL), nesta cerimónia de entrega de diplomas aos alunos do nível IV. Deste jeito pretendia-se incentivar os portugueses que não terminaram os seus estudos, a inscreverem-se nestes cursos que conferiam uma qualificação profissional e permitiam o acesso ao ensino superior. Também se queria valorizar o “amor à escola” e aumentar a confiança dos professores.
O Senhor Primeiro-Ministro vinha revelando uma notória obsessão com esta palavra conhecida por “Diploma”. Por vezes custa a entender estas coisas! Custa, principalmente quando um Presidente do Brasil se orgulha de ter sido um simples operário. Afirma mesmo ser esse o seu melhor diploma. Todavia, recolhe a admiração e simpatia da grande maioria dos brasileiros.
A escolaridade é importante, mas, um país cheio de problemas como o nosso, não pode dar-se ao luxo de arvorar uma bandeira (a educação) que só daqui por muitos anos, noutras condições, nos pode resolver problemas que têm de se resolvidos “hoje”.
Se dar diplomas, mesmo que “eufemisticamente”, resolvesse os nossos problemas, então o Senhor primeiro-Ministro daria instruções ao ME para enviar a cada português que ainda o não tivesse.
O pior é que tudo isto não passou de eleitoralismo! Numa manobra que acabou por desacreditar o ensino. Um diploma é o maior símbolo do mérito, mas, deixa de sê-lo quando o seu significado é vulgarizado. Quando a escola deixa de “chumbar” e passa a distribuir “a esmo” diplomas atrás de diploma.
Simultaneamente o Senhor Presidente da República, ao anunciar a Jornada do Roteiro para a Juventude, indicou que iria agraciar um casal de jovens agricultores, com baixa escolaridade, mas que está à frente de uma exploração leiteira de sucesso.
Mas não é só este ano que as opções políticas terão reflexo nas contas da ADSE e nos votos. O plano de atividades ilustra bem o impacto que a abertura da ADSE aos funcionários com contrato de trabalho teve no orçamento de 2009. Desde logo, este alargamento fez com que mais 83 mil pessoas (34 mil titulares no ativo, 18 mil aposentados e 31 mil familiares) tivessem aderido ao sistema, que no final do ano passado contava com mais de um milhão e 300 mil beneficiários.
Consequentemente, os gastos com os benefícios de saúde também cresceram e atingiram quase mil milhões de euros (986 milhões de euros). Trata-se do montante mais elevado da última década e que representa um aumento de 30 milhões de euros face ao ano anterior. E para onde foi este dinheiro? Cerca de 47 por cento do total destinou-se a pagar pelos serviços prestados pelo SNS, uma despesa que este ano sairá da alçada da ADSE; 23 por cento serviu para pagar às clínicas e prestadores de serviços que têm convenção com a ADSE, e 19 por cento foi gasto na comparticipação de medicamentos. O regime livre, modalidade que permite aos funcionários dirigirem-se a qualquer médico e depois receberem uma comparticipação, levou quase 12 por cento das verbas. Na prática, cada funcionário custou à ADSE quase 800 euros. Menos do que em 2008, é certo, mas isso deveu-se ao aumento do número de beneficiários, que fez com que o bolo tivesse que ser dividido por mais bocas.
Criada em 1963, a ADSE assegura a comparticipação das despesas de saúde dos funcionários públicos. Os seus beneficiários têm de descontar 1,5 por cento do salário mensal, caso estejam no ativo, ou 1,3 por cento da pensão.
PS: Não se pretende perder tempo com a análise quantitativa dos benefícios da ADSE ou do SNS, quer-se sim, vincar que este princípio abonado à função pública, deveria ser estendido para toda a gente (ADSE OU SNS), na EDUCAÇÃO TAMBÉM, ou seja, LIVRE ESCOLHA DO MÉDICO OU DA ESCOLA para os nossos filhos :
"O regime livre, modalidade que permite aos funcionários dirigirem-se a qualquer médico e depois receberem uma comparticipação, levou quase 12 por cento das verbas."
PS: Meus senhores da política, as coisas só mudarão quando houver absoluta liberdade da escolha do nosso médico e da escola dos nossos filhos. Isto não acaba com o SNS ou a EDUCAÇÃO oficial, antes, salva-a. Deixem de pensar nos votos e pensem nas pessoas e na sociedade!
O SNS deverá pôr-se a funcionar de modo a que isto seja uma realidade. Ninguém quer acabar com o SNS ou a ADSE, mas muita gente quer, com todo o direito, que funcione de modo a permitir esta liberdade de escolha. SÓ ISSO,IGUAL PARA TODOS!
Por mais de trinta anos um mendigo ficou sentado no mesmo lugar, debaixo de uma marquise. Até que um dia, uma conversa com um estranho mudou sua vida:
– Tem um trocadinho aí pra mim, moço? – Murmurou, estendendo mecanicamente o seu velho boné.
– Não, não tenho – disse o estranho. –
- O que tem nesse baú debaixo de você?
– Nada, isso aqui é só uma caixa velha. Já nem sei há quanto tempo me sento em cima dela.
– Nunca olhou o que lá tem dentro? – Perguntou o estranho.
– Não – respondeu.
– Para quê? Não tem nada aqui, não!
– Dá uma olhada dentro – insistiu o estranho, antes de se ir embora.
O mendigo resolveu abrir a caixa. Teve que fazer força para levantar a tampa e mal conseguiu acreditar ao ver que o velho caixote estava cheio de ouro.
Eu sou um estranho sem nada para dar, que lhe está dizendo para olhar para dentro. Não de uma caixa, mas sim de você mesmo. Imagino que você esteja pensando indignado: "Mas eu não sou um mendigo!"
Infelizmente, todos que ainda não encontraram a verdadeira riqueza – a radiante alegria do Ser e uma paz inabalável – são mendigos, mesmo que possuam bens e riqueza material. Buscam, do lado de fora, migalhas de prazer, a provação, segurança ou amor, embora tenham um tesouro guardado dentro de si, que não só contém tudo isso, como é infinitamente maior do que qualquer coisa oferecida pelo mundo.
A palavra iluminação transmite a ideia de uma conquista sobre-humana e isso agrada ao ego, mas é simplesmente o estado natural de sentir-se em unidade com o Ser. É um estado de conexão com algo imensurável e indestrutível. Pode parecer um paradoxo, mas esse "algo" é essencialmente você e, ao mesmo tempo, é muito maior do que você. A iluminação consiste em encontrar a verdadeira natureza por trás do nome e da forma. A incapacidade de sentir essa conexão dá origem a uma ilusão de separação, tanto de você mesmo quanto do mundo ao seu redor. Quando você se percebe, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado, o medo e os conflitos internos e externos tomam conta da sua vida.
Adoro a definição simples de Buda para a iluminação: "É o fim do sofrimento." Não há nada de sobre-humano nisso, não é mesmo? Claro que não é uma definição completa. Ela apenas nos diz o que a iluminação não é: não é sofrimento. Mas o que resta quando não há mais sofrimento? Buda silencia a respeito, e esse silêncio implica que teremos de encontrar a resposta por nós mesmos. Como ele emprega uma definição negativa, a mente não consegue entendê-la como uma crença, ou como uma conquista sobre-humana, um objetivo difícil de alcançar. Apesar disso, a maioria dos budistas ainda acredita que a iluminação é algo apenas para Buda e não para eles próprios, pelo menos, não nesta vida. Você usou a palavra Ser. Pode explicar o que quer dizer com isso?
Numa cidade do interior, dois padres costumavam cruzar-se de bicicleta na estrada todos os domingos, quando iam rezar a missa nas suas respectivas paróquias.
Mas certo dia, um deles estava apeado. Surpreso, o outro padre parou e perguntou:
- Onde está a sua bicicleta, Padre João?
- Foi roubada! Creio que no pátio da igreja.
- Mas que absurdo! - Exclamou o ainda ciclista. Eu tenho uma ideia para saber quem foi: na hora do sermão, cite os 10 mandamentos. Quando chegar ao «Não roubará» faça uma pausa e percorra os fiéis com o olhar. O culpado com certeza que se vai denunciar!
No domingo seguinte, os padres cruzam-se de bicicleta. O padre que deu a ideia diz: - Parece que o sermão deu certo, não é, Padre João?
- Mais ou menos - responde ele - na verdade, quando cheguei ao «Não desejarás a mulher do próximo» acabei por me lembrar onde é que tinha deixado a bicicleta!
O humano é tão perfeito que nem a imperfeição lhe escapa. A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.
Tomando a Bíblia por fonte segura, vejamos o seguinte:
“A cada dia que passa o mundo mostra-se mais exigente, como consequência as pessoas também exigem mais de si mesmas. As empresas buscam profissionais mais qualificados, homens e mulheres enchem as salas de cirurgia e as academias, os atores e modelos não podem fugir de padrões pré – estabelecidos e assim segue a humanidade, perdida nos seus próprios ideais. Mas como estes conceitos se aplicam à vida espiritual? Tem-se buscado a melhoria? A perfeição? É possível alcançar a perfeição, espiritualmente falando? Temos exemplos de homens perfeitos na bíblia? Mergulhemos nesta dimensão do espírito e procuremos personagens que se tenham destacado na bíblia como exemplos para aqueles que viveram depois deles, e então, vamos?
Vejamos o caso de Davi, um jovem pastor de ovelhas ruivo que chegou a ser rei de Israel, teria Davi atributos para que fosse considerado um homem perfeito? Não poderia ele ter feito muito mais ou talvez de forma mais perfeita? Não haverá em todos os casos de perfeição, uma dimensão quase infinita?
Vejamos algumas qualidades de Davi:
Um homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22) – Dentre todos os habitantes da terra o próprio Deus escolheu Davi como modelo ou referência de homem perfeito;
Um salmista consagrado – Davi escreveu 73 dos 150 salmos da bíblia, seus cânticos, orações e suas meditações são responsáveis por quase a metade (49%) de todo o livro dos salmos;
Homem temente a Deus – Davi consultava a Deus sobre todas as suas batalhas, erigiu vários altares, fazia questão que a arca da aliança o acompanhasse em todas as suas batalhas;
Misericordioso – Poupou várias vezes a vida de Saul que procurava incessantemente matá-lo;
Sonhou construir o templo do Senhor – Embora Deus não o tivesse permitido pelo fato de Davi ter sobre si o sangue de muitos inimigos, Ele gostou tanto da ideia que a fez cumprir em Salomão, filho de Davi, inclusive o próprio Deus foi o engenheiro e arquiteto conforme você pode ver em II Samuel 07.
- Vejamos o caso de outro personagem da bíblia: Elizeu, um aprendiz de profeta que veio a tornar-se um dos maiores e mais notáveis profetas de toda a bíblia. Teria Elizeu atributos para que fosse considerado um homem perfeito? Vejamos algumas realizações de Elizeu:
Abriu as águas do rio Jordão –
A exemplo do que Moisés fez com o mar vermelho e Josué com o rio Jordão, Elizeu também fez com que o Jordão se abrisse e passou a seco (II Reis 2:14);
É absurdo afirmar tudo isto, mas não é absurdo procurar a perfeição!
Depois de coabitarmos, forçosamente, no mundo, com o bem e o mal, deste confronto só avançamos com vida, se conseguirmos manter dentro de nós, um sentimento elevado, chamado esperança, qual bóia de salvação, que nos pode levar até ao fim da vida.A força secreta que move todo o esforço humano é a esperança num amanhã diferente para melhor.Mas a esperança cristã, tal como a fé, não é uma esperança individual: é antes, uma esperança com os outros e para os outros.
O cristão deve ser homem de esperança, pois sabe de onde vem e para onde vai. Sabe que vem de Deus e regressa a Ele.
Para viajarmos neste grande barco da vida, o bilhete de ingresso chama-se, a nossa família, mas logo que entramos nele, temos de perceber através do amor que temos à nossa família, que é inevitável fecharmos os olhos ao desafio de aceitarmos a concepção de uma família mais alargada, e dessa maneira estarmos abertos ao encontro e ao diálogo de gerações.
Tudo aquilo que não queremos para a nossa família, também não podemos, nem devemos querer, ou aceitar, para a grande família alargada, a quem chamam o próximo. O mundo.
Nasce, então, em nós, e a partir de agora, outro conceito; o conceito da justiça social e o destino universal dos bens da Terra.
Chegámos, sem darmos por isso, a um porto até agora desconhecido, chama-se ele: um conceito cristão sobre a propriedade e o uso dos bens.
É o princípio típico da Doutrina Social Cristã; os bens deste mundo são originariamente destinados a todos.
O Direito à propriedade privada é válido e necessário, mas não anula o valor de tal princípio.
Sobre a propriedade privada, de facto, está subjacente «uma hipoteca social», quer dizer, nela é reconhecida, como qualidade intrínseca, uma função social, fundada e justificada precisamente pelo princípio do destino universal dos bens.
Depois, e ainda, dentro do mesmo barco, começamos a respirar, ainda que levemente, um leve perfume que lido no frasco que o contém, se percebe chamar-se hino à caridade.
Conforme a fragrância escolhida, podemos optar pela caridade paciente, a caridade bondosa, a caridade discreta, a caridade da verdade e nunca deveremos comprar alguns outros tipos de caridade postas à venda como, a caridade indiscreta ou a caridade interesseira, ufana ou mesmo, invejosa.
Ao sairmos de novo do barco, no qual fizemos esta longa viagem, teremos seguramente descoberto que há outra forma de ser feliz na terra, que desconhecíamos, e que também, ainda nos pode levar à salvação que ansiamos.
Sem medo de nos rotularem de utópicos, sabemos ser esta a viagem aconselhada.
O actual sistema político está a esgotar-se. O modelo económico também. Num momento que o mundo se está a tornar muito perigoso, por exigir novos e grandes desafios! Mudança. Foi ignorando, que o mundo chegou aqui!
Quisemos ignorar que as reservas da Terra são finitas! Matérias-primas, carvão, crude, água potável etc. Não saímos de cima da linha e vem lá o comboio! Em menos de um século, esbanjámos aquilo que seria o sustento de muitas gerações. Os conceitos de "trabalho", têm de mudar em breve. Do emprego também! A riqueza só para um terço da população mundial vai acabar. Teremos de viver com menos fartura (?) mas com muito mais solidariedade e valores.
Não é fácil, tomar a toda a hora este barco! Se nos atrasássemos, nunca mais acertaríamos o passo com o futuro, que alguns dizem, estar para vir:
Segundo o Antigo Testamento (Gênesis 11,1-9), torre construída na Babilónia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Esta soberba provocou a ira de Deus que, para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e os espalhou por toda a Terra.
Este mito é, provavelmente, inspirado na torre do templo de Marduk, nome cuja forma em hebraico é Babel ou Bavel e significa "porta de Deus". Hoje, entende-se esta história como uma tentativa dos povos antigos de explicarem a diversidade de idiomas. No entanto, ainda restam no sul da antiga Mesopotâmia, ruínas de torres que se ajustam perfeitamente à torre de Babel descrita pela Bíblia.
Não foi exatamente nas planícies áridas da Mesopotâmia que Pieter Brueghel, o Velho, localizou sua pintura a óleo Torre de Babel (1563), mas nas terras baixas e férteis de Flandres. Sem dúvida, os estudos que muitos artistas realizaram sobre o Coliseu de Roma proporcionaram o modelo para este edifício de arcos superpostos. Muitos arqueólogos relacionam o relato bíblico da Torre de Babel com a queda do famoso templo-torre de Etemenanki, na Babilônia, depois reconstruído pelo rei Nabopolasar e seu filho Nabucodonosor II. Dizem também que a torre foi um zigurate, uma construção piramidal escalonada
A globalização da economia e a rápida massificação das telecomunicações produziram um terceiro fenómeno, cada vez mais evidente – a aculturação do planeta pelas potências pioneiras nestas tecnologias e que dominam a produção/emissão destas novas formas de comunicação de massas, exatamente os países mais desenvolvidos e mais ricos como os EUA, CE, Japão …
É um facto por todo o lado verificável o quanto a cultura ocidental, anglo-saxónica sobretudo, se vai impondo como cultura universal, nos hábitos do vestir, do habitar, do lazer.
Queda do muro de Berlim (Novembro de 1989)
Nos anos sessenta o mundo ainda se dividia em dois grandes blocos político-económicos, o do capitalismo liberal liderado pelos EUA e o comunismo soviético, cuja falência nos anos 80 (recorde-se a perestroika e a glasnost de Mikhail Gorbatchev) haveria de alterar o equilíbrio geoestratégico, deixando os EUA isolados na hegemonia política e económica do mundo, contrabalançada todavia, pela ascensão de novas “potências”, tais como a comunidade Europeia (1992) e o bloco de países da Àsia-Pacífico, liderado pelo japão.
Em termos de ciência História, o tempo sobre o qual incide este módulo didático é já o presente, de tal modo os seus acontecimentos se encontram na memória recente dos contemporâneos- Contudo, se analisarmos bem mais pormenorizadamente o mundo da década de 60 e o de hoje, são muitas as diferenças.
A questão da globalização do planeta – isto é, de pouco a pouco nos estarmos a tornar uma aldeia global onde a variedade de culturas e costumes seria substituída por uma monótona e enfadonha padronização – é um problema que remonta ao início da idade Moderna (com o começo de uma economia à escala mundial), sujeito a uma evolução histórica cumulativa e, há quem afirme, irreversível. Todavia, esta questão impôs-se de modo mais evidente na segunda metade do século XX, sobretudo após os anos 80, quando, com a afirmação do neoliberalismo, a Humanidade tomou consciência de quanto a economia se havia realmente mundializado.
De facto hoje em dia não há economias estanques. Expressões como “a industria italiana” (ou outra) já não se referem, como antes, à industria feita naquele país pelos seus nacionais, mas pode significar a industria dominada pelo capital italiano produzido em várias partes do mundo, envolvendo técnicos e operários de várias nacionalidades. Nestes termos, uma crise na sede financeira afeta toda a empresa e as pessoas e economias a ela ligadas.
Iniciado pela economia, o fenómeno da globalização só se tornou possível com o progressivo desenvolvimento dos transportes de pessoas e mercadorias – o que nos permite hoje, em algumas horas, viajar de um lado ao outro do planeta com custos cada vez mais reduzidos -, mas principalmente com a verdadeira revolução que, no século XX os progressos da eletrónica, da informática, e da cibernética operam nos meios de Informação e comunicação à distância.
Com efeito, hoje em dia, o telefone móvel, as comunicações por cabo ou satélite e principalmente os computadores e a internet permitem, em espaços de minutos/segundos, contatos áudio e vídeo entre pessoas em qualquer ponto do mundo. Estes novos meios
De informação/comunicação, estabelecidos à escalaa mundial, criaram-nos a noção de um novo espaço, um espaço virtual, que já não se mede pelas usuais dimensões do espaço físico, e onde em muito pouco tempo qualquer um pode consultar informação, aceder à sua conta bancária, realizar reuniões online, gerir os seus negócios, conversar com amigos ou família, procurar distração …. Sem sequer sair da cadeira da secretária do seu computador pessoal, esteja onde estiver.