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O ENTARDECER

O ENTARDECER

TAMBÉM EU

 O exuberante guarda-rios

 

Um clarão azul-eléctrico: para a maioria das pessoas, o guarda-rios comum não é
mais do que isto.
texto de hannah holmes . fotografias de charlie hamilton 
james

Um clarão azul-eléctrico: para a maioria das pessoas, o guarda- rios comum não é mais do que isto. Mas é o suficiente. “Os ingleses que já viram um lembram--se sempre das
circunstâncias do avistamento”, diz o fotógrafo Charlie Hamilton James. “Vi o meu primeiro guarda-rios quando era miúdo.
Desde então, vivo completamente obcecado por eles.” Durante
alguns anos, perseguiu a ave, junto a Bristol, no Sudoeste de
Inglaterra. Mais tarde, para justificar as horas passadas nas
margens escuras frequentadas pelo guarda-rios, passou a levar
uma máquina fotográfica. Isto aconteceu há 20
anos.

O DIREITO DE PROPRIEDADE

 

ONDE MORAM OS RESPONSÁVEIS DO ABANDONO DA CASA DE D.MIGUEL?

Sobre o proprietário impende a obrigação de zelar pelo edifício, evitando que ele se transforme num perigo público ou, num atentado visual à dignidade do mesmo. É preciso não esquecer que o tal proprietário nunca renunciou aos proveitos do mesmo, sejam eles pequenos ou grandes.

O direito de propriedade tem regras cuja responsabilidade recai, em primeira instância, sobre o seu dono. Mesmo quando classificado como património cultural ou então, mais ainda.

Também a Câmara Municipal de Oeiras, porque é co-responsável na partilha de tais responsabilidades, e por omissão, na medida em que a sua acção não se cinge apenas à notificação do proprietário do edifício. No limite é responsável por tudo o que se passa no concelho. Legalmente, podia e devia ter procedido à restauração do edifício, ao abandono há décadas, e por omissão do dever de agir junto proprietário. Por fim, assistimos, com vergonha, à constatação de culpas que morrem solteiras. Como sempre neste País de brandos costumes, não há responsáveis.

COM PERNAS PARA ANDAR

 

 

A "Globalização", tal como foi concebida, vai determinar a derrocada económica do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia e outros países. O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos sabem que o custo da mão-de-obra é insignificante no valor dos bens aí produzidos em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Os países ocidentais perderam a aposta quando aceitaram a "globalização selvagem" sem exigirem aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice. A única alternativa será a de nivelar os salários e as condições sociais no ocidente pelas do oriente e é a isso que estamos a assistir neste momento, enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas por falência, outras fecham portas para se deslocarem para oriente. De qualquer maneira o resultado será sempre mais desemprego no ocidente em favor do oriente. Quanto aos trabalhadores, será que vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc? Não! Por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Para desincentivar a deslocalização de empresas começam a ser-lhes dadas facilidades fiscais e de isenção nas contribuições para a Segurança Social, que serão cada vez mais pagas apenas por assalariados, pequenos comerciantes e pequenos industriais, o que não será suficiente para evitar as deslocalizações nem para financiar a SS com necessidades acrescidas. A democracia só é viável se existir uma classe média que assegure a manutenção do sistema económico; sem ela como esperam os políticos manter-se no poder? Como vão convencer os trabalhadores escravizados a votar neles? Será com o apoio de criminosos e outros marginais? Será que vão conseguir enganar a maioria dos trabalhadores e convencê-los de que a miséria é boa para eles?
Um dia esta convulsão irá estabilizar mas o centro do novo mundo económico estará então no oriente e a época áurea do ocidente pertencerá ao passado. As ruas encher-se-ão por cá de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque. Com o declínio da classe média, haverá apenas duas classes: a dos ricos (alguns à custa do crime violento e/ou económico), que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelos seus “senhores”; e a dos pobres, uma enorme mole de gente desocupada de mendigos e de salteadores lutando pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida quando em grupos. As ruas serão dominadas por bandos de marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.
Os políticos, desonestamente, para justificarem o corte de regalias sociais, continuarão a lamentar a redução da "natalidade", num discurso perverso, escondendo que o desemprego será o futuro mais que provável para as futuras gerações, até porque a intervenção humana será cada vez mais desnecessária à produção face às novas tecnologias. E como não há uma melhor repartição da riqueza produzida (a nível global) não haverá a possibilidade de grande aumento de ocupações alternativas, como nas áreas do lazer, saúde, etc.
PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta política, de "Globalização", por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir.

 

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