“… Quase ao mesmo tempo emudeceu a lira de Camões e parou a pena de João de Barros, o cronista da Índia. A providência levou-os a todos quando a Pátria já não precisava dos cantos do Poeta, nem das crónicas do Historiador, nem dos cálculos do Cosmógrafo...”.
Lembramos de novo que à medida que foi sendo consolidado o comércio na rota das índias, a partir da sua descoberta em 1498, a coroa foi absorvendo gradualmente os poderes da Ordem de Cristo. Até que em 1550 o rei D. João III fez o papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem o direito de sucedê-lo também no comando da Ordem de Cristo e das expedições.
Por esta ou outra razão depois de se ter atingido o apogeu de Portugal, o nosso País vai começar a entrar em declínio até se extinguir todo o Império!
O declínio irá atingir Portugal em todos os seus aspectos mais essenciais, nomeadamente nos valores morais dos seus cidadãos.
Nunca será de mais relembrar, em parte, um texto do (séc. I a . C. ) atribuído ao celebre Juvenal :
“ ..... Desprezam os gostos e os valores; o mau gosto torna-se sinónimo de requinte o idiota passa por genial, cantores medíocres são vistos como estrelas. Já não há em Roma mais lugar para um bravo Romano. ......
“.... Onde estão os ritos antigos? A religião é publicamente vilipendiada. Quem teria ousado, outrora, fazer troça do culto dos Deuses? Não nos devemos surpreender que a desonestidade seja geral. Já ninguém tem palavra, porque todos perderam a fé. Mesmo os crentes já não crêem na virtude. Outrora, um desonesto era algo incrível. E, agora, um tipo verdadeiramente integro é visto como um prodígio. Quanto aos jovens, é melhor nem falar. Onde vai o tempo em que era visto como um sacrilégio um jovem não se levantar diante de um idoso?
Em resumo, devoção, correcção, rectidão, palavra de honra, respeito, valor, civismo, património cultural, etc; Tudo isto desapareceu. “
Nos últimos séc. do Império (IV – VI d.C.) tudo que tinha valor se foi perdendo, e o Mundo Clássico dava o último suspiro para dar lugar (séc. IV – X) à Alta Idade Média e ao seu repugnante obscurantismo.
“A descida ao fundo do poço”, dentro de si próprio.
Este é um novo e grande desafio para que o povo português faça a sua descida ao fundo do poço.
No mundo esotérico há muita convicção de que a verdade está no fundo do poço.
A verdade parece estar no fundo do poço. A descida até lá é decerto desanimadora e sofredora.... mas é lá que está a verdade.
Parece ser verdade que todo aquele que não ficar a meio mas descer efectivamente ao fundo do poço é um esoterista por inteiro.
O nosso problema de hoje é a falta de preparação de cada português individualmente e do colectivo nacional para combaterem os seus monstros interiores.
Neste sentido o poço é um símbolo verdadeiramente universal.
Odim, ao beber a água do poço, conseguiu o conhecimento dos acontecimentos passados, presentes e futuros.
De certo, logo a seguir a uma viagem de todos nós ao fundo do poço virá à nossa alma colectiva de portugueses, a mesma força que fez com que este povo entrasse pelo mar dentro cheio de confiança e orgulho e, sem surpresa, ficasse frente a frente com gente de outros credos, raças e culturas e riquezas, e com eles aprendesse e ensinasse sem reservas o modo espiritual de estarmos no mundo.
Profundas mudanças económicas, atingirão de forma particularmente violenta, a população activa com baixos níveis de escolaridade onde os houver. A população passou a concorrer no mercado de trabalho com imigrantes de todo o mundo. A educação passou a ser de facto o capital mais socialmente valorizado pelas famílias.
As Pessoas serão, ponto assente, a principal riqueza de um País e do mundo, ou mesmo, de uma simples instituição, seja ela empresa privada ou serviço público.
Chegará um dia em que se instalará na Terra um poder, baseado na vontade da maioria da população mundial. Essa maioria sabe, que os desígnios desta Terra nunca deixarão que a sua população se acomode. As dificuldades surgirão sempre, mas sempre serão ultrapassadas, a contento de todos.
Nessa altura, nunca mais reinarão os medíocres em Portugal
É de há muito, a maior aspiração de toda a freguesia de Queijas. Logo no início do segundo mandato autárquico da Junta de Freguesia, o seu executivo desenvolveu um imenso trabalho no sentido de pressionar as fontes do poder ministerial e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para uma tomada de decisão que faça justiça a esta boa população.
As condições, porém, nunca foram as mais vantajosas, dado que nos inserimos num concelho no qual os Centros de Saúde estão degradados, sem capacidade, com falta de médicos e enfermeiros, as pessoas continuam desesperadas e a grande verdade é que as candidaturas propostas a PIDDAC, não são contempladas, o que mais prejudica a saúde no Concelho de Oeiras.
Este é um balanço triste mas real da saúde em Oeiras e por muitas propostas que sejam apresentadas, nada se consegue para a melhoria de quem precisa de cuidados médicos neste concelho!
Em 10-04-1997, numa Reunião da Assembleia Municipal de Oeiras realizada em Queijas, um habitante apresentou à mesa um requerimento onde se podia ler:
"A população de Queijas não tem um médico, nem mesmo um centro de enfermagem que preste os primeiros socorros a uma criança vítima de um qualquer acidente! É frequente a deslocação em situação de aflição com um filho acidentado nos braços para Linda - a Velha ou outra localidade, na esperança de encontrar um enfermeiro ou um médico.
As pessoas idosas ou mais pobres, pagam deslocações caras para os seus parcos rendimentos, até aos centros de saúde já superlotados das freguesias vizinhas, ficando semanas e muitas vezes meses esperando e mendigando uma consulta.
Esta é umas situações injustas, que teremos de abolir urgentemente. Não fazem sentido as desculpas e justificações para as impossibilidades da construção de um centro de saúde.
O Sr. Presidente da Câmara, disse numa reunião em Queijas aquando de uma sessão comemorativa de um aniversário da Junta e nós acreditamos, que por ele não teria qualquer problema na cedência dos terrenos necessários à construção dessa unidade de saúde.
Gostaríamos e apelamos a um melhor empenhamento da Câmara Municipal e dos órgãos da freguesia, no sentido de resolver com a máxima urgência este, para nós, grande problema.
Por parte da Junta sabemos que foram pedidas audiências ao Ministério da Saúde que invariavelmente as remetia para a Administração Regional de Saúde.
Esta, depois de muita insistência, concedia reuniões com os seus responsáveis, que começavam por remeter o bloqueamento do assunto para a Câmara Municipal por não disponibilizar terrenos com uma certa grandeza.
Da parte da Câmara sempre foi dito que se o Ministério quiser concretizar, o terreno aparece apesar de não ser uma atribuição sua.
De cada vez que se voltava a insistir junto dos responsáveis da Administração Regional de Saúde dizendo-lhe que a Câmara cederia o terreno, eles aumentavam a grandeza do terreno que queriam.
Este ciclo só tinha um significado; protelar e nada mais.
O que diferencia o verdadeiro político é a entrega, a dedicação, o trabalho sem dia nem horário, ao serviço da política. Ele vai às reuniões, vai às festas, aos casamentos e funerais. Está sempre viajando e atendendo todos que o procuram. É uma entrega total, feita com prazer e amor. Na sua verdadeira concepção, quem vive “para” a política, deve transformá-la num mecanismo incondicional na busca de objectivos a favor da sociedade. Por outro lado, aquele que vive “da” política, é beneficiário dos seus próprios interesses económicos, ou seja, está sempre na condição de “político profissional”, até porque vê a política apenas como uma permanente fonte de renda.
Deve o homem político ser economicamente independente das actividades que a actividade política lhe possa proporcionar...”. Nesse sentido, o político exerceria a política de forma altruísta, já que não precisaria dela para obter vantagens.
Mas a política também é renovação, das pessoas e das coisas. A verdadeira política, tem de ser mudança na busca não da visão de um só homem, mas da visão do conjunto do dos cidadãos, melhor dizendo, da sociedade civil no seu todo. É por esta razão que o político não pode cristalizar na política, mas, desprender-se dela e reocupar o seu lugar na sociedade para, ocupando a sua profissão de sempre, promover, assim, o arejamento salutar à transparência da ética política. Isto funcionará como a sua indispensável reciclagem junto da população e das suas privações e anseios. Dando de caminho o lugar de político a outra pessoa, de momento, mais actualizado com o pulsar da sociedade.
Voltar para a profissão, em lugar de esperar outra nomeação política, também preserva as organizações partidárias, evitando, por exemplo, aquilo a que a democracia tende a criar, a figura de políticos profissionais fora do parlamento, ou sem mandato, que tomam as mãos da organização e tendem a administrar os partidos como empresários, buscando vantagens para seu agrupamento e para si.
Há uma expressão popular que diz: “não quer largar o osso”. Como a ambição do ser humano não tem limites, eles prosseguem na política porque assim podem ter sempre mais. Ter dinheiro, quintas, barcos, carros e apartamentos, ter poder, ter um Estado inteiro, ter, ter, ter... A política como profissão, no mau sentido da palavra, é uma constante no nosso País. Principalmente no Partido Socialista.
Na verdade, a concorrência é tamanha que o político que não tiver uma experiência profissional na hora de conquistar o voto do eleitor, fatalmente será mal sucedido. Mesmo conquistando outro mandato.
Seria de todo em todo desejável, que constasse de algum site oficial o currículo de todos aqueles que se passeiam pelos lugares de eleição ou nomeação política. Escrutináveis por tudo e por todos, envoltos em total transparência ou removidos para sempre da nobre função de ser político.
O esforço de correcção teórica inicial, nos mostra que os modelos democráticos de representação política necessitam ser vistos no cenário das condições históricas da época em que se apresentam e de cada país.
Claro é que da democracia ateniense à democracia de partidos, longo caminho foi trilhado no curso pelo desenvolvimento político da humanidade no Ocidente. Todavia, a construção da democracia enquanto espaço político das massas é uma realidade contemporânea. Esta conquista situa-se num plano político e tem, evidentemente, consequências para os modelos de representação.
Este texto tem por objectivo analisar a relação entre os pressupostos da democracia com os propósitos da democracia de partidos e, dessa forma, promover uma reflexão normativa sobre o papel que os partidos políticos
devem desempenhar no processo de consolidação e desenvolvimento da democracia, sobre os compromissos a serem assumidos diante da sociedade e, por consequência, examina o problema dos limites do espaço político e jurídico
que as instituições partidárias devem ocupar no interior do Estado.
São essas, enfim, algumas questões abordadas neste trabalho.
Todos aqueles que integravam um demos, dirigido por um demarca, participavam nas assembleias. Surge daí a expressão democracia, ou seja, governo dos demos.
Esse novo sistema foi saudado por Tucídides, na História da Guerra do Peloponeso, como democracia perfeita por não estar o governo nas mãos de uns poucos, mas de muitos.
Carece ainda hoje, de ser promovida uma reflexão normativa sobre o papel que os partidos políticos devem desempenhar no processo de consolidação e desenvolvimento dessa mesma democracia, e sobre os compromissos a serem assumidos diante da sociedade, por consequência, examinar o problema dos seus limites no espaço político e jurídico que as instituições partidárias devem ocupar no interior do Estado.
Assim, este texto, este texto tem por objectivo analisar a relação entre os pressupostos da democracia com os propósitos da democracia de partidos e, dessa forma, promover uma reflexão normativa sobre o papel que os partidos políticos devem desempenhar no processo de consolidação e desenvolvimento da democracia, sobre os compromissos a serem assumidos diante da sociedade e, por consequência, examina o problema dos limites do espaço político e jurídico que as instituições partidárias devem ocupar no interior do Estado.
Este texto tem por objectivo analisar a relação entre os pressupostos da democracia com os propósitos da democracia de partidos e, dessa forma, promover uma reflexão normativa sobre o papel que os partidos políticos
devem desempenhar no processo de consolidação e desenvolvimento da democracia, sobre os compromissos a serem assumidos diante da sociedade e, por consequência, examina o problema dos limites do espaço político e jurídico
que as instituições partidárias devem ocupar no interior do Estado.
A Democracia e a Representação Política, quando
Clístenes instaurou as primeiras instituições democráticas atenienses em 508 a.C., os cidadãos de Atenas passaram a decidir directamente em assembleia-geral sobre os assuntos concernentes à cidade. Todos aqueles que integravam um demo, dirigido por um demarca, participavamnas assembleias. Surge daí a expressão democracia, ou seja, governo do demo.
Esse novo sistema foi saudado por Tucídides, na História da Guerra do Peloponeso, como democracia perfeita por não estar o governo nas mãos de uns poucos, mas de muitos.