Visto na filosofia das Escolas Públicas e das Escolas com contrato de Associação. Um Estado altamente privilegiado em todo o horizonte social e laboral!
Reformados pagam mais de mil milhões da consolidação em 2012
por Nuno Aguiar, Publicado em 14 de Março de 2011
Um quarto do esforço previsto para 2012 será pago pelos idosos portugueses através de cortes de pensões e aumentos de impostos Os anteriores pacotes de austeridade já tinham mexido na carteira dos idosos portugueses, mas as novas medidas apresentadas sexta-feira pelo governo pedem novo esforço adicional aos reformados, com os pensionistas a dar um contributo decisivo para a consolidação das contas nacionais. Segundo o novo PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento), só em 2012, entre cortes e aumentos de impostos, os reformados irão contribuir com mais de mil milhões de euros. Tendo em conta que existem 2,3 milhões de pensionistas por velhice, significa que para o ano o Estado vai poupar 435 euros por cada reformado.
As tabelas divulgadas pelo Ministério das Finanças mostram que o esforço extra exigido pelo governo aos portugueses em 2012 representará 2,5% do PIB (4,31 mil milhões de euros), dos quais 0,6 pontos percentuais - mil milhões - terão origem nos bolsos dos mais velhos.·
A velocidade incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido fonte de corrupção e miséria.
Espantoso é descobrir a esperteza destas lusas no “Sermão do Bom Ladrão, do Padre António Vieira.
“Basta Senhor que eu porque roubo uma barca” e vós porque roubais uma armada, sois Imperador? Assim é”.
Pois a armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos.
Alguns pequenos exemplos, segundo um especialista.
Há 14.000 entidades, 900 fundações, 1000 empresas do Estado central e local, com duplicação de funções, de despesas e desperdícios absurdos alimentados por dinheiros públicos e tuteladas pelo Governo. Funcionam em regime de apagão orçamental.
Outra particularidade lusa é a de sermos o líder europeu das parcerias público-privadas em percentagem do PIB, visados nalguns destes grandes negócios são curiosos: traduzem-se numa rede de transacções entre o Estado e particulares, intermediadas por empresas veículo das quais o Estado também faz parte, com sobre facturação ao contribuinte, numa original competitividade. A protecção do concessionário privado tornou-se normalmente ruinosa para o Estado.
Outro mistério é o fenómeno da derrapagem nas obras públicas.
A Casa da Música apresentou uma derrapagam de 300 %. Não é excepção. A metodologia das derrapagens parece essencial. Os estádios do euro 2004 são um encargo de mais mil milhões de euros a suportar em vinte anos.
É o campo de alto risco das despesas, assumindo quase sempre os encargos com protecção exagerada das empresas privadas, como se os decisores públicos não estivessem vinculados por dever de eficiência no bom uso dos dinheiros do contribuinte. Neste húmus de más práticas foi como se o Estado entregasse a chave do galinheiro à raposa.
A crónica má gestão dos dinheiros públicos aliada ao concubinato entre certas empresas e o Estado destruíram a economia e a capacidade de produzir riqueza. Foi o resvalar da incompetência e do desleixo para formas de corrupção sistémica com o descontrolado endividamento público.
O sistema económico da livre iniciativa foi substituído pelo sistema da planificação central das comissões.
A inoperância da justiça nesta área agravou a patologia. Ninguém respondeu financeiramente por nada. Consagrou-se um espaço de actuação sem risco. O resultado está à vista: empobrecimento do país, enriquecimento ilícito e imoralidade pública.
O MP, a polícia, os tribunais devem assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mudança na parábola do bom ladrão.