Na campanha em marcha, ouvimos António Costa a ludibriar os eleitores chamando, desdenhosamente à Coligação Governamental, de direita PORTUGUESA!
A verdade nua e crua, é de que em Portugal não há direita, o que temos, é:
Extrema-esquerda
Esquerda
Centro Esquerda
Centro Direita.
Pois é, em Portugal não há direita nem extrema-direita, aquilo que António Costa sabe perfeitamente. Mas nisto, e em tudo de que fala há uma clara intenção de enganar os eleitores, enquanto pela Europa fora muitos países já votam maioritariamente na direita e extrema-direita!
Na Grécia acabamos de ver em 20-09-2015 os seguintes resultados:
21h14: DADOS OFICIAIS (61,69% dos votos contados, com uma taxa de abstenção próxima dos 45%)
Syriza: 35.44% (145 deputados) Nova Democracia: 28.27% (75 deputados) Aurora Dourada: 7.07% (19 deputados) PASOK: 6.40% (17 deputados) Partido Comunista Grego (KKE): 5.43% (14 deputados) To Potami: 3.98% (11 deputados) Gregos Independentes: 3.66% (10 deputados) Esta é a plena confirmação, daquilo que se escreveu acima, o partido socialista grego, anda de mão dada com o partido comunista, só em Portugal e apesar das três “bancarrotas” os portugueses parecem continuar a querer levar Portugal para mais um desastre! Isto não tem perdão….
Em todo e qualquer país e em todas as sociedades civis, há um fio condutor que assegura o seu progresso e a sua existência. Também o seu futuro. Este fio condutor é composto fisicamente (?) de duas realidades diferentes: uma de natureza humana e outra de natureza sobrenatural. Esta última, representa o seu passado e os milhões de pessoas que o serviram, mas que já morreram. A natureza humana representa aqueles que estão vivos e a representam.
Este fio condutor obedece a regras inscritas, talvez, na natureza. Aquela parte do fio de condição humana pode aguentar esforços de distensão rápida ou mesmo de estagnação ou compressão, mas nunca de rupturas. De qualquer modo, deve estar sempre atenta à componente a que chamei de natureza sobrenatural, muito extensa, que representa aqueles já desaparecidos, ou seja, o passado do país ou da sua sociedade civil. A sua cultura.
Quem tiver a incumbência de tomar decisões, se não respeitar esta realidade, ou até se a quiser ignorar, pode provocar roturas de grande dimensão e, muitas vezes, a rutura completa do tal fio condutor e das realidades culturais e projectos de toda a ordem, que ele assegurava.
De certo modo, foi isso que aconteceu em Portugal depois da Revolução dos Cravos. Os capitães de Abril tiveram muitos seguidores, embora de natureza mais moderada, mas que cometeram e continuam a cometer erros de estratégia nas suas tomadas de decisão. Isto acontece, rigorosamente, pela total desresponsabilização com que se passa uma esponja aos sistemáticos maus decisores.
Para se poder gerir com eficácia o nosso país, seria impossível fazê-lo sem o auxílio de um Banco de Dados à escala nacional. Muitas coisas, os portugueses desconhecem de Portugal mas, o PORDATA já é, mais ou menos, do conhecimento público. De lamentar que, com um Estado Monstro, não tivéssemos este precioso auxiliar, tão essencial, que foi levado a cabo por uma entidade privada!
Onde pára o nosso serviço público?
Todo o negócio, seja ele pequeno, médio ou grande, tem como maior objectivo o lucro (no Estado isto é discutível).
Chegar aos melhores resultados, principalmente quando à frente desse caminho surgem os complicados desafios que, hoje, enfrentam as empresas de transporte rodoviário e urbano de pessoas, não é tarefa fácil. O aumento da concorrência direta, indireta e, inclusive, as condições das estradas; a falta de segurança; o o preço dos combustíveis, as várias questões relativas à legislação existente e o próprio momento político e económico, são factores que não podem ser deixados de lado. A crise do actual modelo de urbanismo, (as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, fizeram enriquecer milhares de pessoas!), em vez de um todo, ligado com harmonia, temos um total desordenamento, altamente dispendioso!
As mudanças políticas, sociais e económicas à escala mundial, requerem um novo esforço de organização desse espaço urbano, do transporte público, privado e de um trânsito sem loucuras. Congestionamentos crónicos, que originam a redução e desordenamento da oferta do transporte público, a queda da sua mobilidade e acessibilidade, a degradação das condições ambientais e os altos índices de acidentes de trânsito, são o cenário presente em muitas cidades e vilas. O inadequado modelo atual de transporte urbano é um fator agravante, gerando elevados dispêndios e atraso no desenvolvimento económico da sociedade. As cidades e vilas portuguesas, como de resto muitas outras de países desenvolvidos ou em desenvolvimento, foram transformadas, nas últimas décadas, em espaços virados para o automóvel. O transporte próprio dominou o panorama urbano. O número de carros foi sempre crescendo, definindo-se como a única alternativa eficiente de transporte para as pessoas. Mesmo para as pessoas sem grandes recursos financeiros. O sistema viário foi adaptado e ampliado, com elevados gastos de erário público, para garantir melhores condições e fluidez. Todavia, a situação do trânsito não teve melhoras, antes pelo contrário! Isso, teria resolvido muitos problemas. Os Sistemas Urbanos de Transportes, vivem crises cíclicas, em virtude, principalmente, da incompatibilidade entre custos, e receitas e das deficiências na sua gestão e operacionalidade. Em breve surgirão os impactos da escassez do crude.
A implementação dos Sistemas Interligados de Transporte Urbano, nunca foi uma realidade em Portugal. De resto, a falta de comunicação e diálogo entre operadores e utentes tem sido tão grande que nem os próprios funcionários das empresas concessionárias sabiam, muitas vezes, precisar a veracidade das informações que circulavam e, ainda, precisar o prazo para as mudanças urgentes.
De bem imprescindível, o transporte público transformou-se num mal necessário para as pessoas que não podem dispor de um automóvel. Mesmo para as que podem, os dias estão chegando ao fim.
Existem vários autores que procuraram dar uma definição do conceito de "Serviço Público". De forma geral, entende-se Serviço Público como aquele que a Administração Pública presta à comunidade porque reconhece-se como essencial para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. De entre os principais autores que exploram a natureza de Serviço Público destacam-se os conceitos:
EmPortugalsão serviços públicos essenciais os seguintes:6
Serviço de fornecimento de água;
Serviço de fornecimento de energia elétrica;
Serviço de fornecimento de gás natural e gases de petróleo liquefeitos canalizados;
Serviço de comunicações electrónicas;
Serviços postais;
Serviço de recolha e tratamento de águas residuais;
A noção de serviço público é relevante para analisar o papel do Estado na Economia:
A intervenção do Estado na Economia, em maior ou menor grau, reflecte-se nos modos de se organizar os serviços públicos. Assim, num modelo de Estado de Bem-estar o Estado tende a intervir mais na Economia, na medida em que assume maior número de prestações, como prestador directo ou indirecto. Um modelo neoliberal tende a reservar ao Estado um papel de controlador ou regulador dos serviços públicos, que são oferecidos em regime de concorrência pela iniciativa privada e apenas podem ser assumidos pelo Estado quando verificadas as chamadas “falhas de mercado”. O Estado não pode subtrair-se, no entanto, à obrigação de controlar, assegurar ou gerir as actividades que reconhece formalmente como serviços públicos, seja qual for o modelo económico vigente.
A convivência entre diferentes gerações é, quase sempre, um problema complicado. Isso, ocorre quando a diferença envolve diferentes faixas etárias, uma vez que grupos de variadas gerações podem possuir valores e interesses muito distintos. O jovem, por exemplo, visto muitas vezes como um "rebelde sem causa", que age de modo inconsequente e tanto desafia os limites de instituições tradicionais, como a família e a escola, é, por outro lado, o mesmo que tem sido caracterizado historicamente como um revolucionário, aquele que se levanta contra situações estabelecidas, vindo mais tarde a arrepender-se!
São também os representantes das novas gerações, mais adaptadas às mudanças tecnológicas, que têm promovido grandes avanços nas relações de trabalho do mundo contemporâneo. Pensando nisso, questionamos: Como se caracteriza o convívio social entre gerações atualmente?
As relações inter geracionais permitem a transformação e a reconstrução da tradição no espaço dos grupos sociais. É uma transformação recíproca!
Assim mesmo, a transmissão dos saberes não é linear; ambas as gerações possuem sabedorias que podem ser desconhecidas entre si , e a troca de saberes possibilita vivenciar diversos modos de pensar, de agir e de sentir, e assim, renovar as opiniões e visões acerca do mundo e das pessoas. As gerações renovam-se e transformam reciprocamente, em movimentos constantes de construção e desconstrução.
Durante muitas décadas, definiu-se nova geração como sendo aquela que sucedeu aos nossos pais. Portanto, “calculava-se como sendo uma geração com um tempo de 25 anos. “A questão é que, nos últimos 50 anos, nós tivemos uma aceleração do tempo, do modo de fazer as coisas, do jeito de as produzir. A tecnologia é decisiva para criar marcas de tempo. O intervalo entre uma geração e outra, ficou mais curto. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que mais pessoas diferentes estão convivendo em casa, na escola, no mercado de trabalho.
Para conhecer as gerações que, hoje, são colegas de trabalho, nós agora vamos voltar à linha do tempo. Nos acontecimentos de cada época, está a chave para entender a cabeça de cada geração.
É difícil entender o que se passa com este país! No balanço dos mais de quatro anos deste governo socialista de maioria absoluta e de três de maioria relativa, sente-se a convicção na população de que está a viver pior. Muito pior. E ainda vai piorar mais! Já não se fala dos últimos 15 anos, com 12 de sábia governação rosa. Estamos num país do “faz de conta”! Tudo se apaga, tudo se manipula! Vamos acreditar em quê? Os portugueses são os cidadãos mais pessimistas da EU (Euro barómetro - 2007) quanto ao seu futuro!
Com o país à beira de uma explosão social e depois de um bloqueio de camionistas, que levou o PM a desabafar que sentiu o país muito vulnerável. De facto, os indicadores não mentem. O país está completamente endividado. A divida ao estrangeiro deve atingir este ano os 120 % do PIB. Este, em lugar de crescer a uma taxa alta para recuperarmos o atraso endémico que temos, começou a descer ou imobilizou! Os portugueses e as empresas nem se fala! Já perderam o sono. Ninguém tem ideia do rumo a seguir!
É um problema de liderança? É, mas não só. Guterres tinha currículo, mas faltava-lhe liderança forte e experiente. Era um homem honesto, mas isso só não chega. Bateu com a porta, com medo do pântano. Seria o pântano o próprio partido socialista? Provavelmente.Com um pequeno interregno, volta a mesma mentalidade pela mão do (Eng.) José Sócrates! Desta vez iria ser pior. Não havia currículo, nem experiência e o que havia era uma falsa liderança apoiada numa dialéctica desprovida da realidade.
Se o problema do da liderança é fundamental, muitas outras condicionantes são indispensáveis. Um pensamento integrado e mobilizador precisa-se urgentemente. A economia será sempre o motor de um Estado social. Mas tal economia não pode ter qualquer actividade como “vedeta”. Investir por exemplo e só nos meios informáticos, desleixando tudo o resto! Qualquer treinador de futebol sabe que tem de pôr a equipa a jogar com os jogadores que tem. Não pode agarrar em meia equipa e mandá-la para a pré-reforma. É preciso contar com todos e saber de todos aproveitar os seus méritos. Mérito para conseguir uma produção de bens transaccionáveis, os tais que equilibram as contas do país. E neste campo terá de haver lugar para todos, pois tudo pode concorrer para este efeito a atingir. Por enquanto estamos a importar a cada dia mais novas tecnologias!
"É minha convicção que Queijas tem um futuro risonho"
Presidente da Junta de Freguesia de Queijas, António Reis Luz
Entrevista: Alexandre Gonçalves
A Freguesia de Queijas lutou durante muito tempo com a falta de infraestruturas e foi uma das mais sacrificadas com a implantação de bairros de barracas, todavia o esforço dos seus autarcas e da Câmara, está a dar a esta parte do território do Concelho, a qualidade de vida a que todos os cidadãos têm direito.
Fundada em 1993, depois da revisão administrativa do Concelho de Oeiras, Queijas tem uma área de cerca de 2,267 Km2 e uma população de quase 10 mil habitantes, distribuídos pelas povoações de Queijas e Linda – a - Pastora. Com uma situação privilegiada, estas duas povoações são autênticos miradouros de onde se avista o vale do JAMOR até ao rio Tejo, ou se pode estender a vista pelas paisagens mais a norte. O seu clima ameno, os seus terrenos muito férteis e a grande abundância de água, de que ainda são testemunho os chafarizes alimentados todo o ano, terão justificado a ocupação desta região desde a pré-história até ao passado recente, por comunidades agrícolas. A produção de cereais foi uma das mais importantes actividades, de que os moinhos ainda existentes são testemunho, mas outras produções agrícolas tiveram importância, como foi escrito pelo Poeta Cesário Verde, cuja casa ainda hoje podemos apreciar em Linda – a - Pastora. O esquecimento a que foi votada esta região, está agora a ser compensado com a criação de novas estrutura, como é o caso do conjunto escultural implantado na rotunda de Queijas, representando o padroeiro desta localidade, S. Miguel Arcanjo, da autoria do escultor Francisco Simões. A igreja é também, para além do seu significado religioso e do seu centro social, uma peça importante pelas pinturas interiores, da responsabilidade de Victor Lages.
Mercado de Queijas, Posto da GNR e Polidesportivo e a estátua da Madre Maria Clara, cuja obra social exerce uma grande actividade nesta Freguesia e concelho, perto dos moinhos; obra que esteve a cargo do escultor José Núncio. O Mercado Municipal, é um moderno edifício que integra uma esquadra de polícia e um parque de estacionamento subterrâneo, constituindo também outra obra importante. Os bombeiros de Linda – a - Pastora viram remodeladas as suas instalações, dispondo agora de um quartel moderno e adequado á sua nobre actividade. As ruas destas localidades, renovadas, têm hoje melhor aspecto, com criação de zonas ajardinadas. Mas nem tudo está feito, há ainda carências a que é preciso dar resposta. Foi sobretudo no sentido de sabermos qual a realidade da Freguesia de Queijas, que conversámos com o seu atual Presidente, António Reis da Luz. Oeiras Municipal - Como é que enveredou pelo trabalho autárquico? António Reis Luz - Eu faço parte daquele grande contingente de portugueses que foram postos fora das empresas prematuramente, a fim de as mesmas conseguirem emagrecer o número de empregados, o famigerado downsizing. Algum tempo depois de passar a ter uma quase total disponibilidade, recebi o convite para me candidatar à Presidência da Junta de Freguesia, que acabei por aceitar e posso dizer que não estou nada arrependido.
OM - Encontrou uma Junta com muitas carências? ARL - Estou convencido que as carências nunca acabam, porque quando umas coisas são conseguidas, outras passam a ser necessárias.
Na realidade nos serviços da Junta reinava muita desorganização e a situação financeira era também aflitiva. Como autarca entendo que o que conta é o que temos ainda para fazer, e o maior anseio da população de Queijas, é um Centro de Saúde. Esperamos que o Poder Central nos resolva em breve este grave problema, até porque é um imperativo da Lei que num centro populacional como este, haja cuidados básicos de saúde.
OM - Como é que a população de Queijas ultrapassa esse problema?
ARL - Todas as pessoas são abrangidas pelo Centro de Saúde de Carnaxide, que tem umas instalações desadequadas, num prédio velho, e serve além de Carnaxide, a OUTORELA, Portela e Queijas. Serão cerca de 30 mil pessoas a recorrerem a um Centro de Saúde sem condições e cuja resposta é necessariamente deficiente.
OM - A Junta teria facilidade em disponibilizar terrenos para a instalação de um Centro de Saúde? ARL - Muitas vezes o Ministério da Saúde invoca a falta de espaços onde construir equipamentos, mas neste caso não pode ser dada essa desculpa, porque se surgisse uma solução rápida para esta carência, a CMO disponibilizava os terrenos necessários.
OM - Um dos grandes problemas que encontrou nesta freguesia, à semelhança de outras no Concelho, foram e ainda são, em certa medida, os bairros de barracas. Em que situação se encontra este problema? ARL - Tenho que considerar que é curioso que me coloque essa questão, porque vulgarmente o interesse é dirigido para as obras que têm visibilidade e servem para mostrar obra feita; o que se verifica com os bairros de barracas é que não são vistos como uma questão muito importante pelos outros habitantes. Mas se há algo de que me orgulho neste mandato, é o trabalho feito nesse campo, por mérito da Câmara. O facto de estarem praticamente eliminados os bairros degradados, pois até ao fim do ano estarão todas as famílias realojadas, é um orgulho que vem substituir a vergonha que era para esta Freguesia, haver no seu território pessoas a viver em tão más condições.
OM - Quantos bairros existiam? ARL - Eram ao todo seis, espalhados por diversos locais e conhecidos por, Senhora da Rocha, Suave Milagre, Verdes, Beco dos Pombais, Taludes e Eira Velha. O Alto dos AGUDINHOS embora não pertencendo à esta freguesia, tinha com ela uma forte ligação devido à proximidade. Foi feito um trabalho muito importante e hoje a maioria destas famílias têm uma casa digna. Não foi um trabalho fácil, surgiram dificuldades com a mudança das pessoas que ao longo dos anos aqui criaram algumas raízes, provocando até alguma rotura social. Casos como os bombeiros de Linda -a-- Pastora e os grupos desportivos, que viram os jovens que integravam as suas fileiras, serem deslocados para longe, não foram situações fáceis. Até mesmo ao nível do comércio surgiram receios motivados pelo êxodo desta faixa da população. Todavia, depois de ultrapassado este processo, já contactei algumas das famílias realojadas e sinto alegria por todas estarem satisfeitas com a nova situação. Não sendo uma obra que fica à vista de quem passa ou mora na freguesia , esta foi para mim a maior realização do meu mandato. OM - Em termos económicos como está a freguesia? ARL - A evolução desta região foi lenta desde que deixou de ser zona rural, depois dormitório, até há alguns anos em que aqui se instalaram algumas empresas e um hotel, o comércio cresceu razoavelmente, começamos a ter vida própria, e espero que cresçamos mais, mas também não muito, apenas até atingirmos uma dimensão equilibrada.
OM - O Mercado de Queijas ainda não tem o dinamismo que seria de desejar: Considera possível a revitalização deste tipo de equipamentos? ARL - Coloca-me uma questão complicada. O aparecimento das grandes superfícies alterou os hábitos das populações, hoje as pessoas deslocam-se, ainda que, de longe em longe, a espaços comerciais onde encontram tudo ou quase tudo. Os mercados, mesmo existindo a poucos metros do local onde residem, estão esquecidos. Perante isto, a recuperação dos mercados tradicionais não vai ser fácil, mas está-se a tentar, com algumas alterações ao seu antigo funcionamento, dar a esta zona comercial o carácter de um espaço de convívio.
OM - A educação é uma área com problemas? ARL - No campo da educação penso que não estamos mal, temos escolas básicas, salas de estudo, infantários e ATLS, tanto particulares como oficiais, a escola C+S Prof. Noronha Feio é um equipamento moderno e responde às necessidades, nele só faltando um pavilhão desportivo. OM - Esse panorama é igual no campo do desporto, do lazer, da cultura…? ARL - Gostava de dividir a minha resposta em duas vertentes: a desportiva e a cultural. No que se refere ao desporto, ele é marcado pelo sucesso dos clubes da freguesia, como é o caso da Linda a - Pastora Sporting Clube e do 1.º de Dezembro de Queijas, no atletismo e no andebol, todavia não há instalações desportivas, à exceção de um pequeno polidesportivo ao ar livre, que é quase exclusivamente utilizado pelas crianças.
Relativamente à cultura conseguimos com, muito esforço, erguer um grupo de teatro o "FERSUNA" e uma Associação Cultural a "Junt ´ Árte.
Apesar do seu funcionamento regular, a freguesia não dispõe de quaisquer instalações culturais. FORAM USURPADAS POR GENTE SEM DIGNIDADE.
Nas últimas autárquicas (2005), um candidato falou muito na expressão indicada no título deste artigo. Talvez por isso, de lá para cá, Oeiras, Portugal e o próprio mundo, parecem estar de “candeias às avessas”.
No Jornal de Oeiras (2006-Junho) li um relato descritivo, sobre aquilo a que chamaram “Inauguração da Alameda de Queijas”. O Presidente da CMO elogiou o construtor e claro quis ser o protagonista desta inauguração. Teresa Zambujo também o quis ser, todavia durante a campanha autárquica de 2005, viu um “out door”, que aludia a esse facto, colocado em Queijas, mesmo em frente do Posto Policial, pela calada da noite, um carro abalroar toda a estrutura desse “out door”, danificando tal intenção.
Em boa verdade esta Alameda, deveria ter sido inaugurada no final dos anos oitenta do último século, data em que foi inaugurada a mancha A da Cooperativa Cheuni, anexa a essa alameda. Não foi e foi muito estranho que se tivessem dado licenças de habitação a todas aquelas habitações, com aquela área repleta de cardos, mato e lixo de todo o tipo! Se a responsabilidade de fazer tal alameda seria da CMO ou da Cooperativa Cheuni, tanto importa. A verdade é que ela tardou muito, mas existe, quanto à paternidade vamos mais DEVAGAR. Em Assembleia de Freguesia de 1999, foi lançada a enorme vontade de a fazer. Todos os partidos deram a sua colaboração. As propostas foram para a CMO e o Presidente da Junta de então, acompanhou todos os detalhes da sua concepção. Até da sua realização. Foram os seus impulsionadores.
Já em 1998 foi lançado pela Junta um concurso, sobre o nome da pessoa dado à sua rua. De todos os trabalhos apresentados, salientou-se o de uma menina de seis anos, moradora nesta alameda, à data uma verdadeira lixeira! Passo a transcrever o seu trabalho:
Cada Rua uma História – Alameda de Queijas
Acompanhando um desenho podíamos ler; era assim que eu gostava que fosse a minha rua. A minha rua tem um espaço cheio de ervas, mesmo em frente da minha casa. Eu gostava que tivesse um parque. Se tivesse um parque podíamos brincar e jogar à bola. Nesse jardim podia haver um escorrega e baloiços, assim como uma coisa para trepar. Devia também ter bancos para a minha avó se sentar a bordar com as suas amigas. Eu gostava que tivesse um lago com nenúfares, peixes e rãs e muitas flores para as abelhas tirarem o mel. Podíamos plantar muitas Árvores, que seriam bonitas como os pinheiros do meu avô. Há muitos anos quando o meu avô veio morar para esta rua, ele plantou uns pinhões na terra. Agora temos três grandes pinheiros que dão muita sombra. Ao pé dos pinheiros, o meu avô também plantou rosas. Há outras pessoas na rua que plantam árvores bonitas ….. . Mas não é a mesma coisa. Se houvesse um parque todo arranjadinho a minha rua ficava mais bonita e os meninos de Queijas teriam um sítio grande e bom para brincar … ficávamos todos mais contentes. Catarina Flores Henriques – 6 anos!
Esta criança é que merece a paternidade da Alameda de Queijas. É por isto que vale a pena ser autarca, não por qualquer feira de vaidades ou paternidades.
Depois de um enorme e insistente fervor ateísta, assistimos agora, impotentes, a uma transformação subtil e perigosa de algumas correntes radicais a favor de uma desconstrução da nossa cultura europeia e ocidental! Com isso, todas as sociedades ocidentais estão a entrar em perda de harmonia estrutural, logo de solidez. E, por isso, elas, na sua actuação, estão a comprometer o presente e o futuro desta nossa milenar civilização.
Tais correntes radicais são certamente o expoente máximo de um bem-estar social a que chegou esta nossa cultura e que é hoje, tomado por elas, como escasso e também considerado, como um dado adquirido, num mundo repleto de incertezas no futuro.
Os sistemas de ensino entraram, em Portugal, numa desencantada e vazia fonte de aprendizagem não dando aos alunos uma perspectivai real da cultura que nos trouxe até aqui, perdendo-se ultimamente em preocupações “revolucionárias”, sobre figuras ou conceitos de um passado recente, preocupações bem pequenas e irrisórias quando comparadas com uma larga visão de um mundo, de um país e de uma civilização de muitos milhares de anos.
Nunca tais racionalistas radicais poderão entender a grandeza de gente muito anterior ou posterior a Cristo que, muito para lá da barriga e do conforto, se preocupou essencialmente em desvendar os segredos da natureza, do Homem e do universo, procurando descobrir o seu lado espiritual e superior.
Nunca eles poderão entender ou querer entender, se o universo funciona como um grande pensamento divino.
Tais seres, limitam-se a pensar que eles próprios são o universo!
Não admitem que a matéria possa ser como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Nem sequer aceitam como possível que todo o conhecimento possa fluir e refluir da nossa mente, uma vez que estamos ligados a uma mente divina que contém todo esse conhecimento.
A sua atenção, está tão concentrada no microcosmo que não se apercebem do imenso macrocosmo à nossa volta.
Portanto, também não podem aprender e compreender as grandes verdades do cosmo, ou observar como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.
Nem que das galáxias às partículas subsónicas, tudo é movimento.
Tão pouco aceitarão que a própria matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas repleta de movimento.
Duvidarão sempre esses assanhados racionalistas, que o claro e o escuro também são manifestações da luz e que a síntese da árvore da vida poderá ser o Homem Arquétipo. Ou duvidam, também, que a Água, Ar, Terra e Fogo, objectos de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica, sejam os “ Quatro Elementos” da natureza.
Para se mudar alguma coisa, torna-se necessário pensar. Pensar e repensar. …Como? Isso, cada um que escolha. Todavia, por vezes, só um “Milagre” parece poder realizar o que realmente desejamos e muito. Também, não deveremos julgar que poderemos impor-nos seja a quem for, e o melhor é estudarmos o mundo que nos rodeia. Cair na tentação de destruir aquilo que está feito e funciona, parece de muito mau gosto e de um carácter pouco cuidado. Acaba sempre mal.
Mesmo com a aliança das ditas “Correntes Radicais!
Com sorte, encontraremos uma “Boa Ordem Social” como ponto de partida, se não esquecermos que sem “Transparência”, ficaremos sempre pelo caminho.
Pessoalmente, acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque, serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.
Representará tal, uma conquista e uma vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia e sociedade em geral, mesmo da própria economia.
Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta: a escassez, dentro de duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.
Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os pólos da humanidade, reconhecer e conhecer a actividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que há-de vir …. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol, talvez mesmo, o próprio universo!
Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite, como provável, que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 1 7000 000 de anos. Até hoje, sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer?
É na lógica de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no consumo, gestão e preservação dos bens da Terra! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta ruptura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio colectivo é indispensável à nossa sobrevivência.
Parece, contudo, que depois deste «caos» em crescendo, surgirá a já anunciada nova Idade de Ouro. Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje na Terra. Esse “paraíso” virá, na normal convicção, de uma força universal a unir as pessoas, e que brotará por volta de 2040 na montanha Sinjar, no Iraque. Resultará ela, de uma nova cultura que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido colectivo, quase perfeito, em consequência directa de se ter atingido um grau superior na civilização.
Novamente aquela região, doa grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova civilização global! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via!
Essa será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e do oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim poderá ser em meados do actual século!Algo irá ter que mudar.
Está a chegar o dia em que vai nascer um outro conceito de sociedade. Um forte estado geral muito crítico, foi-se desenvolvendo e transformando hábitos anteriores e mesmo seculares. Toda a gente, de forma espontânea, começou a participar na vida local. Os que mais se distinguiam pelo esforço ou pelas suas qualidades natas, começaram por ser eleitos para a administração autárquica, serviço local gratuito à sociedade civil. Alguns dos conceitos, já anteriormente em prática, foram absorvidos nesta nova orientação política. Os órgãos da comunicação social, renovados, foram encorajando a libertação de novos conceitos e atitudes. Como regra geral todas as pessoas adultas deveriam prestar um serviço gratuito à sociedade de bem-estar que se estava a tentar edificar, dentro dos parcos recursos financeiros existentes.
Nas mentes da população iam desaparecendo velhos e ultrapassados conceitos como esquerda vs direita. No centro das preocupações gerais da nova política, acabaria por estar a população em geral! O acesso ao poder é determinado pelas provas dadas no empenho e a qualidade da prestação dada por cada um à sociedade e no seu trabalho profissional. Os eleitores, são-no muito mais na qualidade de vizinhos em sentido lato. Eleitos locais com provas dadas, serão propostos às candidaturas nacionais em representação da sua região. O poder cria-se de baixo para cima e não ao contrário como na velha democracia. Um mau desempenho na política nacional por um político, retira-o da vida política nacional, regional ou local para sempre.
É desta vontade nascida de uma opinião pública moral, revitalizada no total respeito pela imparcialidade e transparência escrupulosas, que nasce um sistema político indestrutível e solidário, assente no poder da razão, da verdade e do serviço à sociedade. O político é escrutinado diariamente no seu desempenho com os códigos de honra estipulados, tais como: o amor aos princípios da boa gestão financeira e ao exemplo generalizado de rigor e de austeridade, no dispêndio do dinheiro dos contribuintes.
A “FAMÍLIA” é aceite por todos como a instituição mais sagrada da nova sociedade civil. Tem representação obrigatória na tomada de todas as decisões políticas, através de um Conselho Nacional da Família. O mesmo acontece com os idosos (mais de 65 anos) e com as crianças (representadas por um dos pais), em ambos os casos com um Conselho Nacional Eleito. Estas franjas da sociedade teriam dignidade de vida assegurada, nomeadamente nos casos mais difíceis e ingratos, com recursos a pequenos impostos a nível nacional.
O conceito de reforma existirá por requerimento do próprio e análise de um Conselho Consultivo, nos casos de idade inferior a 65 anos. Como alternativa depois da reforma e por sua solicitação quem o pretenda prestará trabalho cívico à sociedade civil (à sua escolha), em regime gratuito e ou minimamente subvencionado e apoiado. Estar ocupado é defendido como forma de bem-estar e saúde. Muito do trabalho de vigilância em hospitais e escolas (públicas ou privadas) será prestado desta forma, com horários leves. Igualmente a vigilância dos jardins e outros espaços públicos abertos, terão a mesma forma de cuidados por parte deste voluntariado.
A sociedade deve procurar organizar-se com recurso, sempre que possível, ao trabalho no local de residência ou, mesmo, nos lares locais. O Estado deverá prestar apoio colectivo para facilitar esta nova realidade. Pretende-se dar mais qualidade de vida às pessoas com menor utilização dos transportes públicos e emprego e trabalho na área de residência. O princípio será:
"o emprego vai até aos trabalhadores e não o contrário.
Todo o tecido social sairá reforçado com esta nova estratégia, pois o caminho faz-se sempre rompendo com hábitos desvantajosos, depois de um uso mostrado ultrapassado e inconsequente. Posta em prática esta NOVA DEMOCRACIA, ela própria se irá regenerando e qualificando. Não é utopia é querer mais e melhor para todos. Sem mexer muito, o caminho apontado permite corrigir o velho conceito de representatividade e dsempenho social.