Esquecer o passado, é um mau hábito. Neste momento, os reformados e não só, que muitos sacrifícios fizeram para angariar poupanças, estão a ser expoliados para colmatar a incompetência de gestores e políticos. Também a falência bancária!
Ninguém sabe o dia de amanhã. A velhice, as doenças, os azares da vida etc, aconselham o hábito de poupar. Todavia, hoje, os idosos estão a ser roubados nos seus esforços de poupança. Têm dinheiro no banco, praticamente, sem receberem juros. Até o pouco dinheiro que vem é emagrecido pelos impostos! Esses impostos sobem desalmadamente,e as suas reformas, pagas pelas entidades patronais e trabalhadores, levam facadas pela "surra".
Está-se a dxestruir uma cultura da poupança, injustamente, sem que nos lembremos de um passado não muito distante. Vejamos:
Portugueses colocaram em offshores 12,6 mil milhões, mais 44 por cento que em 2008!
O investimento dos portugueses em produtos financeiros sediados em offshores disparou em 2009: em ano marcado pela maior crise económica e financeira desde a II Guerra Mundial, com o desemprego a atingir níveis nunca registados em Portugal, a fuga de poupanças para os paraísos fiscais ascendeu a 12,6 mil milhões de euros, um aumento de 44 por cento face aos 8,7 mil milhões de euros em 2008.
O próprio Governo, no Orçamento para 2010, reconhece que “a conjuntura económica alimentou a colocação de fundos no estrangeiro que poderiam, de outro modo, estar a ajudar ao relançamento da economia nacional”. Para incentivar o regresso desses capitais a Portugal, o executivo quer aplicar uma taxa especial de cinco por cento, reservada apenas às pessoas singulares, sobre o dinheiro que regresse a Portugal.
CM 28-02-2010
PS: De facto, esta realidade é fruto da forma pouca honesta como o Governo de Sócrates tem tratado aqueles que poupam, e não à conjuntura económica! Se resolverem aplicar a taxa de 5% ao capital entrado, essa é a maneira de todos ou quase todos mandarem as suas poupanças para as offshores, a fim de virem a receber também esses 5%. O Governo vai de mal a pior.
(A opção à Crise, foi o investimento em obras públicas, que levou à criação de uma brutal dívida externa)
O investimento de Portugal no estrangeiro baixou para metade até Abril, comparado com igual período do ano anterior, segundo dados do Banco de Portugal. Os valores da balança de pagamentos publicados no boletim estatístico do Banco de Portugal mostram que o ministro da Economia cortou no investimento direto estrangeiro do país no exterior, que registou uma queda de 47 por cento, para mil milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano. Até Abril de 2007, esse valor era de dois milhões de euros, pelo que a queda foi praticamente para metade. Os estrangeiros também passaram a investir menos em Portugal, com esse indicador a cair 18,4% para os 1,5 mil milhões de euros.
Os dados mostram ainda que o défice externo português se agravou em 35%, para os 5,2 mil milhões de euros.
Veredicto das Nações Unidas não deve ser conhecido "antes de 2013 ou 2014"
Portugal oficializa proposta de extensão da plataforma continental
Portugal submeteu hoje à apreciação das Nações Unidas (ONU) a sua proposta de extensão da plataforma continental que, caso seja aceite, irá estender a área sob jurisdição portuguesa até aos 3,6 milhões de quilómetros quadrados.
Portugal poderá iniciar o "armazenamento no fundo do mar de dióxido de carbono da atmosfera"
O projecto português entregue hoje em Nova Iorque, e que foi acompanhado por projectos do Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, propõe a extensão da plataforma continental para o dobro.
"A energia é um dos aspectos essenciais, não só as energias fósseis como o petróleo ou o gás, mas também os minérios e moléculas que podem ser utilizadas na indústria farmacêutica. Tudo isto são áreas que existem [no espaço marítimo nacional] embora não saibamos ainda toda a sua dimensão e todo o seu valor, apesar de sabermos que nos dias de hoje estes são sectores muito importantes"
Para nós, este processo é tão importante como foram os descobrimentos, são os descobrimentos do século XXI. Em termos ambientais, Portugal poderá iniciar o "armazenamento no fundo do mar de dióxido de carbono da atmosfera". Dado ser um "país de referência no âmbito do mar", Portugal tem "mais trabalho a fazer" depois da entrega da proposta de extensão da plataforma continental. "Temos outras vertentes a trabalhar, temos de nos organizar para fazer o aproveitamento das novas riquezas, há uma segunda etapa deste trabalho que vai requerer organização, parcerias com outros países, com empresas e com instituições.Conseguir potenciar as vantagens e os recursos deste desdobramento da Plataforma continental portuguesa seria um activo enorme para a economia nacional, desde que fosse económica e ambientalmente sustentável. A criação de riqueza, de emprego através da nova economia do mar representaria para Portugal uma espécie de 2ª plataforma de turismo que precisamos para sair da crise económica em que vegetamos. Ainda que se saiba que os investimentos na economia do mar são, pela sua natureza, caros e exigem um know-how específico nem sempre disponível. Este é um sector de que muito se fala, mas que, em rigor, pouco investimento tem beneficiado. Talvez agora, a "toque de caixa" da nova filosofia da importância das energias renováveis receba o impulso (governamental e privado) decisivo para se por alguns projectos em prática. Veremos como nascem essas parcerias em busca do novo ouro negro...
É verdade que muitas das reformas económicas que é preciso implementar incomodam essencialmente os interesses instalados. Só que não há alternativa às reformas na lei laboral, nos licenciamentos, nas rendas e na justiça", no Estado etc.
Todas as reformas, muitas vezes, incomodam, mas são essenciais para a competitividade da economia portuguesa, e também para o equilíbrio das Finanças Públicas.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, defendeu que "em alguns sectores da economia, existem interesses instalados", que são "um fator do atraso económico português".
Em alguns sectores da economia há interesses instalados, interesses que resistem à mudança, que beneficiam de acesso especial ao Estado, de garantias que são dadas por uma legislação de proteção”. Até hoje, nenhum governo conseguiu enfrentar os interesses instalados Os grupos instalados têm um poder enorme em Portugal e nenhum governo conseguiu até hoje enfrentar tais interesses. A afirmação é de João César das Neves e foi feita durante uma conferência que decorreu na Universidade Católica sobre o Orçamento do Estado para 2014.
Podem chamar-lhe:“ Surdo como uma porta, teimoso como um burro,” mas era disto que os nossos comentadores e fazedores de opinião, deveriam falar e não fazerem campanhas contra o AMIANTO, que teve origem na mesma Política da “Conversa”
“A ineficácia da política da “conversa” é um facto: por isso, vem agora o Governo, mais perto das eleições de 2009, anunciar um exorbitante conjunto de obras públicas que promovam o investimento e o consumo, e acelerem o crescimento económico.
É o habitual e o desesperado recurso ao “betão” Keynasiano.Que, nas atuais condições, agravará o futuro só para produzir um fogacho que fantasie o presente. Se a política da “conversa” foi apenas um logro, a do excesso do “betão” poderá ser uma perigosa aventura. Desde logo porque, no plano do Estado, não se reduziu suficientemente o défice pelas despesas correntes (apenas 1,1 pp do PIB): os riscos de uma nova colisão com o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) são grandes. Mas, sendo o défice público um travão, nem sequer é o mais decisivo: são-no os nossos elevados défice externo e endividamento internacional, porque tais investimentos provocariam acréscimos de encargos insuportáveis. Em suma: públicos ou privados, pouco importaria, este volumoso “betão” teria de ser financiado no exterior: por insuficiência de poupança interna. À festa de agora seguir-se-ia depois da hora da verdade, com os juros e os reembolsos a pagar. O Governo tem referido as obras mas tem silenciado o seu financiamento externo: evita que a opinião pública se aperceba das pesadas consequências da sua exorbitante dimensão, para já não falar do caráter supérfluo de muitas. Importam-lhe apenas as eleições de 2009, porque outros estarão para pagar mais tarde. Basta atentar no alerta de Silva Lopes, feito já em 2004:
<Se continuarem as tendências de endividamento dos últimos anos do século XX (… ) antes de muito tempo os bancos, as empresas e as famílias (encontrarão limites para o mesmo) Se isso acontecer, negras nuvens pairarão sobre o cescimento da economia nacional.> Estas “tendências” não permaneceram por que se agravaram sempre. “