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O ENTARDECER

O ENTARDECER

PELAS RUGAS NA CARA

 

O mundo venceu Hitler na guerra, mas parece ter perdido a guerra, por ter ignorado que era preciso ensinar nas escolas, que há uma só vida normal, e que ela comporta três fases a que ninguém escapa; criança, adulto e idoso. Isto é o mais importante da vida.

Depois, e em nome da MORAL, devem ser instruídos os senhores presidentes de Câmara e de Junta, para pararem a ignóbil exploração política de pessoas enfraquecidas na sua vontade e meios. Se quiserem fazer excursões, que as façam com famílias inteiras e dessa forma unirão homens e mulheres, crianças, adultos e idosos, a FAMÍLIA. Lutemos contra os guetos. Recriemos a vida na sua plena dignidade, por que a terceira idade merece todo o respeito do mundo, embora seja uma conquista muito apetecível para o voto amestrado.

O PESADELO

Pesadelo

Uma funcionária das nações unidas refere-se a uma investigação feita pela America´s  Watch, à qual teve acesso, sobre o tema das violações e raptos de mulheres cometidos em Bagdad desde que se instalou a anarquia, a 9 de Abril. Este é um tema tabu porque, para a moral tradicional, uma mulher violada é na sociedade iraquiana uma afronta que desonra toda a sua família e, em vez de compaixão e solidariedade, merece repúdio e ódio. A mulher já sabe que a sua vida terminou, que nunca contrairá matrimónio, e que na sua própria casa será objecto de exclusão e de escárnio. Para lavar a afronta, não é raro que o pai ou algum dos irmãos, a mate. A justiça foi sempre branda com estes «assassínios cometidos para lavar a honra» medievais, e os seus autores recebiam sentenças simbólicas, de testemunhos de meninas, jovens e mulheres sequestradas e violadas em Bagdad pelos foragidos e que, por razões óbvias, resistem a denunciar o crime de que foram vítimas. Não apenas porque agora não há policias e tribunais que funcionem, como também, porque, mesmo quando os houver, os trâmites e humilhações infinitas que tiveram de sofrer as heróicas mulheres que se atreveram a fazê-lo no passado, não tiveram qualquer resultado prático. Apenas as expuseram ao desdém e aos vexames da opinião pública e à hostilidade ainda maior da própria família. Por isso, segundo o relatório da America´s Watch, as meninas e mulheres violsadas tentam desesperadamente ocultar o que lhes aconteceu, envergonhadas e com remorsos, como se, com efeito, fossem elas as únicas culpadas da sua desgraça. Agora compreendo melhor porque, às portas da Universidade de Bagdad que visitei ontem, havia tsantas mães de família esperando as suas filhas para as levar para casa, como se fossem criancinhas de infantário. O Iraque que hoje podemos ver é um país reduzido a escombros e nada tem de semelhante com o outro Iraque dos anos setenta, quando era um dos países mais desenvolvidos da região e um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Este é pois o legado que a governação de Saddam Hussein deixa ao seu país e ao seu povo, mas o pior ainda está para vir.

VALAS

 

As valas que estão agora a ser descobertas atraem milhares de pessoas que vêm ver se entre esses restos que aparecem à luz do dia, como testemunho do horror do passado recente do Iraque, descobrem os seus parentes desaparecidos. Um desses casais que, desde Abril, percorre o país em busca dos ossos de um filho que se esfumou há doze anos são dois anciãos – ele muito doente – aos quais só a ilusão de recuperar os restos desse ser querido, vai mantendo vivos. «A minha vida são 35 anos de dor», afirma a senhora Al-serrat, sem chorar com uma cara dura e como que dissecada pelo desespero. É uma mulher sem idade, submersa na “abaya” negra que apenas lhe deixa a cara a descoberto e rodeada pelas duas filhas, muito jovens, veladas também, e que ao longo de toda a entrevista permanecem imóveis e mudas, como estátuas trágicas. Pouco depois desta segunda desgraça, sobreveio a terceira. O pai foi preso e desapareceu na noite da ditadura. Três anos depois, um desconhecido fez chegar à família um pedaço de papel: «Vão à prisão de Abu Ghraib», a prisão dos arredores de Bagdad, cenário das piores torturas e assassínios políticos. Lá estava o seu pai, o qual puderam visitar de tantos em tantos meses, por poucos minutos. Soltaram-no seis anos depois, tão misteriosamente como o tinham capturado. Nunca lhe disseram porque o detiveram. Finalmente, chegou a vez do irmão mais novo, que desapareceu na altura do levantamento xiita de 1991, reprimido pelo regime numa orgia de sangue. Foi soldado durante a guerra do Kuwait. Na última vez que alguém o viu estava de serviço, de uniforme, em Najaf. Desde então, nada mais soube dele e é este desaparecido que os pais da senhora Al-Sarrat procuram, na sua peregrinação dolorosa pelas valas comuns que se descobrem dispersas pela geografia do Iraque

ALI O QUÍMICO

 

De óculos escuros e roupa à civil, Ali vagueia, impune, pelas ruas. È um dos polícias afetos ao regime de Saddam Hussein que despiu a farda e que goza da liberdade do caos que se vive no pós-guerra de Bagdad. O seu testemunho dado a Mark Franchetti, enviado do «Sunday Times» à capital iraquiana, é uma espécie de símbolo do regime que chegou ao fim. O relato que fez aos jornais revela parte da barbárie que, aos poucos, se vão descobrindo entre os escombros deixados pelas bombas da coligação, através das mais diversas declarações de ex-presos políticos sobreviventes. Ali era responsável por castigos a dissidentes. Sob o olhar dos familiares, na via pública, a vítima ouvia o veredicto enquanto os guardas lhe cortavam a língua, as mãos ou a cabeça, de acordo com a sentença. E os motivos poderiam ir da oposição “oficial” ao regime até a um mero desabafo proferido contra Saddam Hussein na rua. Ao ser instado a dizer em quantos castigos tinha ele participado com as suas próprias mãos, respondeu, de forma tão fria quanto os métodos que utilizava: «Ia precisar de uma calculadora». Mas acabou por assumir que cortara a língua a 13 pessoas, além da participação no assassinato de outrs 16 e decapitações. Entre as vítimas conta-se feras Adnan, um comerciante de 23 anos, acusado de insultar o Presidente durante uma rixa no mercado de Bagdad. Perseguido pela polícia, Adnan conseguiu refugiar-se e esconder-se nos arredores da capital. Chegados a sua casa, perante a sua ausência, os agentes detiveram um tio, um irmão e dois dos seus primos. Na prisão, torturaram-nos com choques eléctricos. Depois chegaria a vez dele. Foi entregue ao corpo policial ao qual pertencia Ali e levado para casa do pai, no norte de Bagdad. À frente da família, Feras Adnan foi amarrado e vendado. Apesar dos apelos insistentes do pai, os guardas cortaram-lhe a língua com uma faca. Mas, desta vez, não chegaram a conseguir concluir o serviço. Adnan ainda exibe a cicatriz e mal articula as palavras, mas conseguiu relatar a sua experiência. Contudo, Ali subestima os seus actos. «Nem sequer pensava no que fazia. Não era mais do que um trabalho», afirma, acrescentando: «comecei a sentir-me mal com os castigos, o das línguas, o das mãos e as decapitações». O antigo dirigente iraquiano Ali Hassan al-Majid, mais conhecido por «Ali, o Químico», foi detido no Iraque e está sob custódia das forças norte-americanas. Quando da ressurreição curda no norte do Iraque, em 1988, al-Majid, então comandante do exército, terá ordenado um ataque com armas químicas que matou milhares de curdos, episódio que lhe valeu a alcunha de “Ali, o Químico”. As segundas e quartas-feiras eram dias de execução de opositores de Saddam Hussein na prisão mais famosa do Iraque. O ritual repetia-se como um relógio e foi aparentemente realizado pela última vez dias antes da guerra. 

CONTABILIDADE DO TERRORISMO

 

Andrew Silke, da Jane´s, revista especializada em assuntos militares, calcula que nos últimos vinte anos, 17 grupos terroristas utilizaram operacionais suicidas em 14 países diferentes. Em menos de 400 atentados, conseguiram matar mais de cinco mil pessoas, ferir outros 20 mil e causar prejuízos na ordem dos 100 mil milhões de dólares. Como se pode pedir a um país que sofre um atentado como o de 11 de Setembro, dentro das suas próprias fronteiras, que fique à espera de inspecções num país e numa área em que não é possível encontrar Osama Bin Laden ou, até mesmo, Saddam Hussein?

Numa região do mundo onde parece haver fascínio pelas cavernas ou subterrâneos naturais ou artificiais!

Num país que praticou vários ataques a países vizinhos, Indefesos! Como se pode ficar à espera que surjam provas das ligações de Saddam Hussein aos grupos terroristas, ou pelo menos, à al-Qaeda, com os nossos entes mais queridos a morrerem cobardemente?

Os governos, partidos e políticos de esquerda fazem sistematicamente oposição aos EUA, ignorando ostensivamente a verdade dos factos, só porque eles são uma grande potência, sem porem em prática políticas de esquerda. Com o partido democrático no poder abrandam as críticas!

Dá a impressão de quererem condicionar o voto dos americanos!

Esquecem os altos serviços prestados ao mundo pelos Estados Unidos, alguns deles por nomeação da própria ONU, como a Guerra do Golfo, do Afeganistão e da Coreia, ou por iniciativa própria como na II Guerra Mundial. Esquecem a bárbara agressão de que foram vítimas, em 11 de Setembro de 2001, levada a cabo por fundamentalistas que matam inocentes sem qualquer problema de consciência.

A GUERRA PRESTES A DEFLAGRAR

 

Mais do que a iminência de guerra, a questão da invasão do Iraque está também a dividir a base das Nações Unidas: de um lado, estão os Estados Unidos e a Inglaterra, seguidos por outros países apenas a Espanha não é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e todos já tomaram partido na discussão. A 24 de Fevereiro de 2003, a Grã – Bretanha e os EUA, com o apoio da Espanha, encaminharam um projecto de resolução da ONU em que o Iraque é acusado de não cumprir a última resolução e não desarmar. George Bush afirmou que a nova resolução “detalha tudo o que o mundo presenciou”, durante os últimos meses: O regime iraquiano não se desarmou e nem se está a desarmar como quer a ONU”. A França, Alemanha e Rússia já apresentaram uma contraproposta para reforçar e dar mais tempo para as inspecções das armas no Iraque. Além disso, esta coligação reclama um prazo maior para que Saddam Hussein desarme o país, deixando uma invasão ao Iraque como última opção. A batalha agora é diplomática: as duas frentes tentam agora conseguir os votos necessários para impor as suas posições. A votação da ONU deve ocorrer nas próximas duas semanas. Para que uma resolução seja aprovada precisa pelo menos de 9 votos favoráveis e de que nenhum dos membros permanentes do Conselho use o seu veto. Os EUA continuam a garantir que o Iraque tem armas de destruição maciça, mas, até agora, isso não foi comprovado pela ONU. E a possível existência dessas armas é o principal pretexto para a invasão. As chances dos americanos e britânicos conseguirem aprovar a sua resolução no Conselho são, de momento, poucas. A aprovação vai depender muito do relatório que o chefe dos inspectores de armas no Iraque, Hans Blix, vai apresentar no próximo dia 7 de Março de 2003. Novamente o mundo está na iminência de uma guerra. Por mais longínqua e restrita geograficamente que ela seja, cidadãos do mundo inteiro sabem que um conflito não afecta somente uma região em que ela acontece, mas a vida de boa parte das pessoas, em variados aspectos: social, profissional, psicológico, etc. Além disso, qualquer guerra, independentemente das suas motivações, traz destruição e morte, onde quer que ela ocorra. Por estas razões a ONU e os seus países membros tentam sempre impor a negociação àqueles que querem o conflito. Ao longo da história do Conselho de Segurança, só havia dois momentos em que votaram favoravelmente a intervenção bélica. O primeiro foi, nos anos cinquenta, quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul. Para repelir a invasão, foi aprovada a invasão militar de uma força da ONU liderada pelos EUA. O segundo caso foi quase semelhante e refere-se à invasão do Kuwait, pelas forças do Iraque, nos anos noventa. Nos casos de aplicações de sanções, tem acontecido, algumas vezes os países sancionados não respeitarem as imposições aprovadas pela ONU. Já foi o caso de Israel e principalmente do Iraque que nunca respeitou a imposição do desarmamento imposto pelas Nações Unidas. O relatório entregue por Blix, mencionou não terem sido encontradas armas de destruição maciça. Blix não se mostrou surpreendido por este facto nem por Bagdad não ter utilizado armas de destruição maciça durante a guerra. “Disse antes, da guerra que eles não as tinham, por isso, não as podiam utilizar. E se as não tinham não as podiam, de facto, utilizar”, afirmou. Na sua opinião, o Governo de Bagdad não podia perder o apoio internacional mostrado através dos protestos e Saddam Hussein era muito cauteloso preservando a sua reputação, especialmente “porque queria passar para a história como um herói árabe”. No caso de não se encontrarem armas de destruição maciça, Blix afirmou que a grande dúvida era saber porque o presidente Saddam Hussein nada fez para convencer o mundo. “Quando viu as tropas americanas ao redor do país preparadas para atacar, Washington, na sua opinião, vai defender a sua invasão do Iraque, dizendo que embora não tenham encontrado armas de destruição maciça, com o dinheiro, os cientistas e engenheiros que Saddam tinha, poderiam ter reconstruído o seu programa de armamento. Por último, o problema do armamento de destruição maciça, está longe de abarcar toda a problemática sobre a instabilidade a nível mundial. Atentados como os do 11 de Setembro de 2001 e dezenas ou centenas de outros actos tresloucados praticados pelos “homens bomba” ou “suicidas”, já mataram largos milhares de pessoas inocentes. Este facto mostra que sem armas de destruição maciça, é bem possível matar e destruir em massa pessoas e bens.

Tanto a Al-Qaeda, como muitos outros grupos de terroristas, actuam há anos com total impunidade! Matam de forma mais bárbara, matando-se com glória uns tantos (homens bomba) e muitos dos mandantes ficam certos da sua impunidade! O mundo vai-se calando.

O MUNDO MUDOU?

 

Os trágicos e terríveis ataques aos seus cidadãos mudaram mais do que apenas a América, mudaram o mundo. O impacto real dos ataques encontra-se muito para além da dor sofrida pelos sobreviventes e familiares das vítimas, e mesmo além da ameaça à segurança dos Estados Unidos. Os ataques de 11 de Setembro alertaram-nos para o facto de que o terror nos ameaça a todos. Os terroristas florescem com o apoio dos tiranos e com os ressentimentos dos povos oprimidos. Quando os tiranos caem, e os ressentimentos dão lugar à esperança, homens e mulheres de todas as culturas rejeitam as ideologias do terror, e viram-se para a procura da paz. Onde quer que a liberdade impere, o terror bate em retirada. Já que todos somos vítimas da ideologia do ódio, e porque os terroristas acreditam que todas as vidas são dispensáveis no seu ímpeto para espalhar o caos, as nações vão continuar a condenar o massacre de inocentes e a rejeitar o ódio que alimenta essa violência. Após o dia 11 de Setembro, o mundo já não é o mesmo de antes, como parecem pensar a generalidade das pessoas. Por outro lado, os Estados Unidos perderam o sentimento de invulnerabilidade. Por outro, os cidadãos de todo o mundo querem sentir segurança, conscientes de que, em reacção ao ocorrido naquela data, um conflito mundial pode ser desencadeado. Ainda não se sabe o número exacto das vítimas que morreram durante os ataques às torres gémeas do World Trade Center (WTC) de Nova Iorque, ao pentágono em Washington e no desastre do avião que caiu na Pensilvânia sem ter atingido o seu objectivo de chocar com a Casa Branca, como dizem muitos, ou contra o Congresso, como afirmam outros. As últimas estimativas citam 2800 mortos mas, ninguém sabe ainda o número exacto. As torres do World Trade Center foram destruídas, uma ala do Pentágono também. A maioria realça o sentimento de unidade que atravessou o país. Os efeitos políticos e económicos dos ataques foram sentidos por todos e não só pelos cidadãos dos Estados Unidos. O principal objectivo do contra ataque americano, declarado logo no dia 11 de Setembro a seguir aos ataques terroristas era o de “capturar e trazer perante a justiça” os autores dos atentados contra o WTC e o Pentágono. Mas com o passar dos dias e das semanas emergiram algumas conclusões mais completas:

  • Que ia ser difícil encontrar os culpados, escondidos nas terras desertas e abandonadas do Afeganistão, qual agulha em palheiro;
  • Que a captura dos responsáveis não destruiria a sua rede de apoio que começava no Afeganistão e não se sabia onde acabava;
  • Que destruir os terroristas e a sua rede de apoio carece de apoio da comunidade internacional, que George W. Bush passou os primeiros nove meses da sua presidência a desprezar;
  • E que até essa rede ser destruída, a mão terrorista de Osama Bin Laden e a sua organização (Al-Qaeda) pode voltar a aparecer.

Na impossibilidade de encontrar Bin Laden, imediatamente – há anos que os Estados Unidos tentam capturá-lo ou assassiná-lo – um ataque contra o Afeganistão satisfaz a necessidade de acção punitiva exigida pela opinião pública – se mais não fosse porque foi prometida pela administração há já algum tempo – e começa a desfiar a teia de apoios no país aonde Bin Laden se sentia em casa. Outros países, nomeadamente o Iraque estão na lista de suspeitos. Mas atacar outros países “amigos” dos terroristas não resolve o problema do terrorismo. Mais eficaz é convencer terceiros países a não darem guarida, apoio ou albergue aos terroristas. Assim como aconteceu com a guerra fria, o terrorismo, tal como o comunismo, pode não ter para todos os países a mesma urgência que tem para os Estados Unidos. Washington terá grande dificuldade – sobretudo no mundo islâmico – em encontrar aliados de confiança. É que mesmo que Washington diga e repita que esta guerra é contra o terrorismo e não contra a fé islâmica, milhões de muçulmanos em todo o mundo não acreditam.

BUDAS GIGANTES DESTRUÍDOS

A milícia talibã já atacou os Budas com tanques, lança-chamas e armas automáticas. Explosivos foram colocados em vários pontos para a destruição total das suas esculturas, que medem 55 e 38 metros de altura. A destruição das obras do budismo pré-islâmico começou três dias depois de dada a ordem por Mohamede Omar, o chefe supremo dos talibãs. Ele entende que as estátuas são anti-islâmicas.

 
As duas maiores estátuas de Buda no mundo, erguidas no século V no Afeganistão e consideradas património da Humanidade, foram destruídas pelos talibãs, empenhados em acabar com todas as esculturas antropomórficas no país, afirmou o embaixador da Grécia no Paquistão, Dimitrios Loundras, presidente da Sociedade Internacional para a Conservação da Cultura Afegã.

A HISTÓRIA DE JERUSALÉM

Jerusalém, al-Quds al-Sharif (a nobre cidade santa), tem uma longa e rica história acentuada por seu significado religioso, simbólico e estratégico. Ela permanece como testemunha da vida e das culturas dos numerosos povos que ali reinaram. A longa historia, sua importância central e o imaginário espiritual da cidade deram origem a uma vasta literatura sobre o passado de Jerusalém. E graças à emoção que a cidade suscita, poucos autores foram capazes de resistir a colorir os seus trabalhos com análises selectivas visando a mostrar que grupos de pessoas têm mais direito sobre a cidade. O resultado é que agora se pode achar diversas fontes de apoio a qualquer argumento, e que há pouco consenso acerca de longos períodos da história da cidade. Na verdade, há, provavelmente, poucos assuntos que tenham gerado tanta pesquisa e análise mutuamente contraditórias. Portanto, uma revisão geral da história de Jerusalém não deveria se deter sobre detalhes, mas ao contrário, tentaria destetar as linhas gerais que se combinam para formar o legado de Jerusalém. A diversidade e santidade da cidade, bem como seu potencial como um centro de convergência de diversas civilizações e intelectuais, são a grandeza de Jerusalém. É este legado que nós, que lidamos com Jerusalém presentemente, devemos lutar para proteger.

A INTIFADA

Como Arafat insistia em negociar uma solução para a Questão da Palestina, houve uma dissidência dentro da Organização para a Libertação da Palestina e, em Maio de 1983, as forças leais a Arafat começaram a enfrentar rebeldes chefiados por Abu Mussa. Arafat, por sua vez, assinou novas alianças com o presidente do Egipto, Hosni Mubarak, e com o rei Hussein, da Jordânia e reelegeu-se presidente da OLP no ano seguinte. Em 1985, Yasser e Hussein fizeram uma oferta de paz a Israel, em troca da sua retirada dos territórios ocupados. Os judeus, além de rejeitarem a proposta, mantiveram o exército naquelas regiões. Em 1987 explodiu uma rebelião popular em Gaza, cujo motivo foi o atropelamento e morte de quatro palestinianos por um camião do exército israelita. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados israelitas e os motins alastraram. A repressão israelita foi cruel. Os soldados combatiam os paus e as pedras com bombas de gás, tanques e balas de borracha. Os resultados da Intifada foram vários espancamentos, detenções em massa e deportações. A ação judaica foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU, o que influenciou a opinião pública mundial a favor da OLP. Como resultado da Intifada, as facções da OLP uniram-se na intenção de criar um Estado palestiniano e, em Novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestiniano proclamou o Estado Independente da Palestina, ao mesmo tempo que aceitava a existência de Israel. Além disso, o Conselho declarou a sua rejeição ao terrorismo e pediu uma solução pacífica para o problema dos refugiados, aceitando, também, participar de uma conferência internacional de paz.

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